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Linguística Aplica Língua Inglesa UNIT 1

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Linguística Aplica Língua Inglesa 
 
UNIT 1- ANÁLISE FONOLÓGICA NA APRENDIZAGEM DE LÍNGUA INGLESA 
 
Para realizar uma análise fonológica precisamos inicialmente obter um 
corpus. 
Consciência fonológica= capacidade de refletir sobre os sons da língua, 
bem como manipula-los. Envolve percepção e reconhecimento de 
sílabas e fonemas. A consciência fonológica é necessária na aquisição 
da linguagem, tanto na materna como de segunda língua. É um pré-
requisito para aquisição de leitura e escrita. 
 
“A consciência fonológica em L2 engloba as mesmas habilidades que aquela na L1 do 
indivíduo. Entretanto, há uma diferença importante entre essas habilidades. Quando o 
aluno está aprendendo uma LE, especialmente no ambiente em questão – o de inglês 
como língua estrangeira ensinada a sujeitos já alfabetizados em sua língua materna – ele 
traz consigo uma bagagem advinda de seus conhecimentos na L1. Esses abrangem a 
consciência em diversos níveis e, nesse caso, o aprendiz deve reorganizar e adaptar seus 
conhecimentos a uma nova língua (AQUINO; LAMPRECHT, 2009, p. 1052).” 
 
 NÍVEIS DE CONSCIENCIA FONOLÓGICA 
 Nível silábico- capacidade de perceber, refletir e manipular sons da fala no nível da 
sílaba. Distinguir e fragmentar os sons da fala por sílabas. 
 Nível intrassilábico- reconhecer e refletir sobre os elementos menores que uma 
sílaba, mas maiores que um fonema. O falante é capaz de distinguir elementos dentro de 
uma sílaba, reconhecendo alterações ou rimas. 
 Nível fonêmico- capacidade de identificar os fonemas, a menor unidade sonora da 
língua, que distingue significados. 
 
 
 
 
A alteração dos sons que não implica 
mudança de significado constitui 
alofones. Quando a mudança na 
pronúncia resulta na mudança de 
significado, constitui-se um fonema. 
Um exemplo de alofonia na língua 
inglesa é a aspiração das plosivas 
surdas (p, k,t) quando estiverem no 
início da sílaba tônica ou no inicio da 
palavra. 
 
Quando o falante utiliza padrões da sua língua 
materna para as produções na língua-alvo para, 
por exemplo, produzir sons que não fazem parte 
do repertorio sonoro de sua primeira língua, 
dizemos que esta realizando uma transferência. 
Quando a transferência auxilia na aprendizagem 
de segunda língua ela é uma transferência positiva. Quando a transferência dificulta 
esse processo ela é uma transferência negativa ou interferência. 
A transferência pode ocorrer não apenas no nível fonológico, mas também nos outros 
níveis linguísticos como nos níveis sintático e lexical. 
 
 ALTERNÂNCIA DE CÓDIGOS 
Code switching consiste em transitar de um código a outo 
e é utilizada como estratégia de comunicação por um 
aprendiz de língua estrangeira ou em uma segunda língua. 
 
“Quando um indivíduo se confronta com duas línguas que ele utiliza 
vez ou outra, pode ocorrer que elas se misturem em seu discurso e 
que ele produza enunciados “bilíngues”(CALVET, 2002, p. 34-35). 
 
 
 EMPRESTIMOS LINGUISTICOS 
Processo de utilização de palavras de outra língua no nosso cotidiano. Não se trata de 
uma estratégia linguística de um aprendiz, mas de um fenômeno de ocorre nas 
interações sociais e que relaciona línguas. 
 
 
CONTRIBUIÇÕES DA FONOLOGIA PARA O ENSINO DE LÍNGUA INGLESA 
 
A pronúncia de uma língua inclui os sons dessa língua, a tonicidade, o ritmo e a 
entonação. 
 
 AS VOGAIS 
Na língua inglesa elas se diferem da língua portuguesa. Na língua inglesa temos mais 
vogais que na língua portuguesa, além da diferença na duração de algumas vogais. 
 
Símbolos fonéticos Comparação com sons do português Exemplos 
aː Tem o som do a da palavra caro, mas 
um pouco mais prolongado. 
barbie [ˈbaːrbɪ] 
barman [baːrmən] 
æ Tem som intermediário entre o á, como 
em já e o é, como em fé. 
backhand [ˈbækhænd] 
basketball [ˈbæskɪtbɔːl] 
Se duas línguas forem de uma mesma 
família linguística (como o português e 
o espanhol), ocorrerá mais transferência 
positiva dos elementos que são 
semelhantes; se forem de famílias 
linguísticas diferentes (como o 
português e o inglês), haverá mais 
transferência negativa de elementos não 
semelhantes, ou interferência, e, com 
isso, mais chances de surgirem erros. 
ʌ Semelhante ao a semiaberto e sempre 
tônico, como em cama. 
budget [ˈbʌʤɪt] 
country [ˈkʌntrɪ] 
cover [ˈkʌvər] 
ə Semelhante ao a semiaberto e sempre 
átono, como em mesa. 
approach [əˈproʊʧ] 
bacon [ˈbeɪkǝn] 
bunker [ˈbʌnkər] 
ɜː Semelhante ao a semiaberto e sempre 
tônico e seguido de r. 
firmware [ˈfзːrmweər] 
first base [ˈfɜːrst beɪs] 
nurse [nɜːrs] 
personal chef [pɜːrsənəl ʃef] 
e Tem o som aberto do é, como em fé. best-seller [ˈbest ˈselər] 
help-desk [ˈhelp ˈdesk] 
ɪ Após uma sílaba tônica, semelhante ao 
e, como em tome, alegre e ele. 
chips [ʧɪps] 
clipboard [ˈklɪpbɔːrd] 
chutney [ˈʧʌnɪ] 
iː Tem o som do i, como em aqui, mas 
mais prolongado. 
cheesecake [ˈʧiːzkeɪk] 
peeling [ˈpiːlɪŋ] 
ɔ Vogal curta, semelhante ao ó, como 
em avó e só. 
closet [ˈklɔzɪt] 
fog [fɔg] 
hostel [ˈhɔstl] 
squash [skwɔʃ] 
ɔː Semelhante ao ó, como em nó, mas 
mais prolongado. 
broadside [ˈbrɔːdsaɪd] 
horse-power [ˈhɔːrs ˌ
paʊər] 
mall [mɔːl] 
ʊ Tem som curto, intermediário entre o ô, 
como 
em ovo, e o u, como em buquê. 
full time [ˈfʊl ˈtaɪm] 
input [ˈɪnpʊt] 
uː Tem um som equivalente ao do u da 
palavra uva. 
loop [luːp] 
nude [nuːd] 
 
 OS DITONGOS 
No inglês um ditongo pode ser representado graficamente por apenas uma vogal. 
 
Símbolo fonético Sons no português Exemplos 
aɪ Como em vai. bike [baɪk] 
bypass [ˈbaɪpæs] 
light [laɪt] 
eɪ Como em lei. band-aid [ˈbænd ˌeɪd] 
baseball [ˈbeɪsbɔːl] 
break 
dancing [ˈbreɪkdænsiŋ] 
ɔɪ Como em herói. boy [bɔɪ] 
 joint venture [ˈdᴣɔɪnt 
ˈvɛntʃǝr] 
aʊ Como em mau. stout [staʊt] 
round [raʊnd] 
oʊ Como em vou. modem [ˈmoʊdəm] 
notebook [ˈnoʊtbʊk] 
ɪə Como em tia. cashmere [ˈkæʃmɪər] 
terrier [ˈterɪər] 
eə Como em Oseas. underwear [ˈʌndəweər] 
software [ˈsɔftweər] 
ʊə Como em rua. spiritual [ˈspɪrɪtjʊəl] 
 
 
 AS CONSOANTES 
Grande parte das consoantes em inglês são iguais as em português. B, d, f, l, m, n, p, t e 
v são iguais nas duas línguas. 
 
Símbolos fonéticos Sons no português Exemplo 
g Na maioria dos casos, tem o som 
de gue, como em gato e guerra. 
geek [giːk] 
girl [gɜːrl] 
gap [gæp] 
h Tem, com raras exceções, o som 
aspirado. 
hacker [ˈhækər] 
headhunter [ˈhεdˌhʌntər] 
k Tem o som do c da palavra capa. cover[ˈkʌvər] 
commodity [kǝˈmɔdɪtɪ] 
r Quando no início da sílaba, tem o 
som retroflexo da pronúncia 
brasileira caipira. 
rapper [ˈræpər] 
recall [ˈriːkɔːl] 
rock [rɔk] 
r Na pronúncia britânica, tem o som 
quase imperceptível quando está 
no fim da sílaba ou antes de 
consoante. 
Personal organizer[ˈpersonal 
ˈɔːrgənaɪzər] 
s No início e no meio de palavras, 
tem o som aproximado do s da 
palavra silva, porém mais 
sibilante. 
selfie [ˈselfɪ] 
sitcom [ˈsɪtkɔm] 
press release [ˈpresrɪˈliːs] 
z Tem o som do z da palavra zero. zoom [zuːm] 
hazard [ˈhæzərd] 
ʒ Tem o som de j da palavra rijo. pleasure [ˈpleʒər] 
measure [ˈmeʒər] 
ʤ Semelhante ao dj da palavra 
adjetivo. 
deejay [ˈdiːʤeɪ] 
jogging [ˈʤɔgɪŋ] 
gentleman [ˈʤentlmən] 
ginger ale [ˈdᴣɪnʤər ˈeɪəl] 
ʃ Semelhante ao ch da palavra chá. shampoo [ʃæmˈpuː] 
show [ʃoʊ] 
ʧ Para ch, semelhante ao tch da 
palavra tcheco. 
check in [ʧekˈiːn] 
cheesecake [ˈʧiːzkeɪk] 
ŋ Semelhante ao som nasal (velar) 
de palavras como ângulo e banco. 
drink [drɪŋk] 
feeling [ˈfiːlɪŋ] 
ð Semelhante ao z pronunciado com 
a ponta da língua na borda dos 
dentes superiores. 
that [ðæt] 
there [ðeər] 
though [ðoʊ] 
θ Semelhante ao s pronunciado com 
a ponta da língua na borda dos 
dentes superiores (como as 
pessoas que ceceiam). 
third base [ˈθɜrd ˌbeɪs] 
thriller [ˈθrɪlər] 
 
 BILINGUISMO 
 
 
Os primeiros estudos consideravam bilíngues somente os indivíduos que tinhatotal 
domínio em dois idiomas. Já os estudos posteriores passaram a descrever diferentes 
graus de competências. Em uma concepção menos restritiva um individuo bilíngue é 
alguém que possui competência mínima em uma das quatro habilidades linguísticas em 
uma língua diferente da sua nativa. 
 
Bilíngue é o individuo que se comunica regularmente 
em duas línguas e é capaz de produzir orações 
significativas nos dois idiomas. Não é requisito ser 
proficiente em todas as habilidades nas duas línguas, 
mas deve compreender e ser compreendido. 
 
 Dimensões e características do bilinguismo 
Competência relativa: esta dimensão descreve a 
relação entre a competência do falante em cada uma 
das línguas. Assim, ele pode ser descrito como 
possuindo bilinguismo balanceado ou bilinguismo 
dominante. O bilinguismo balanceado se refere ao sujeito que possui competências e 
habilidades iguais nas duas línguas, ou seja, tudo que ele é capaz de fazer em uma 
língua é capaz de fazer na outra. Já o bilinguismo dominante define um falante que é 
mais competente em uma língua do que na outra. 
 
Organização cognitiva: nesta dimensão, os bilíngues podem ser classificados em 
dois grupos: bilíngues compostos, ou seja, aqueles que apresentam a mesma 
representação cognitiva para as duas línguas (por exemplo, para esse sujeito, apple e 
maçã remetem exatamente à mesma imagem, ao mesmo significado); e bilíngues 
coordenados, isto é, aqueles para os quais em cada uma das duas línguas o item lexical 
terá uma representação. 
 
Idade de aquisição: a idade em que a segunda língua é adquirida influencia em 
vários aspectos. O desenvolvimento do bilinguismo na infância ocorre ao mesmo tempo 
que o desenvolvimento cognitivo. Neste caso, o bilinguismo pode influenciar o 
desenvolvimento cognitivo. O bilinguismo infantil pode ser simultâneo, quando a 
criança aprende duas línguas ao mesmo tempo, ou consecutivo, quando a criança 
aprende primeiro uma língua e depois a outra, ainda na infância. Há ainda o bilinguismo 
adolescente e o bilinguismo adulto. 
 
Presença de indivíduos falantes da segunda língua: no bilinguismo endógeno há 
presença de falantes das duas línguas na comunidade, as duas são utilizadas como 
línguas nativas e podem ser usadas para fins institucionais ou não. Já no bilinguismo 
exógeno, a segunda língua não está presente na comunidade. 
 
Status das línguas: bilinguismo aditivo e bilinguismo subtrativo (quando a primeira 
língua não é valorizada e é prejudicada ao adquirir a segunda língua). Um exemplo de 
bilinguismo subtrativo são alguns casos das línguas minoritárias. O falante tem como 
primeira língua outra que não seja o português, mas quando começa a frequentar a 
escola e aprende o português, passa a usar com menos frequência sua língua materna. 
 
Identidade cultural: quanto a esta dimensão, os bilíngues podem ser identificados 
em quatro categorias: os bilíngues biculturais (que se identificam culturalmente com os 
dois grupos – das duas línguas); os bilíngues monoculturais (que se identificam 
culturalmente com apenas um dos grupos – ou da língua materna ou da segunda língua); 
os bilíngues aculturais (que deixam de lado suas características culturais da língua 
materna e adotam as da segunda língua); e, por fim, os bilíngues desculturais (que 
renunciam à identidade cultural da língua materna, mas não adotam com competência a 
identidade cultural da segunda língua). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aprender outras línguas, portanto, possibilita ao aluno o acesso a conhecimentos em um 
contexto mais amplo, não apenas no sentido linguístico, mas no sentido de compreender 
e interpretar os fatos e a sociedade em um nível global. A ampliação do conhecimento de 
mundo também perpassa o uso das novas tecnologias da informação, especialmente na 
internet. Conhecer outras línguas permite explorar mais páginas da internet, ampliar o 
leque de interlocutores e aumentar as possibilidades de adquirir conhecimento.

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