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12/03/2021 OneNote https://onedrive.live.com/redir?resid=3E873D8EEDA3DA2D%21565&page=Edit&wd=target%2821.02.one%7Cd3f39fa4-d5da-4d7d-b0f7-ecf25013ed… 1/13 Anatomia terça-feira, 25 de fevereiro de 2020 13:15 Anatomia do Sistema Reprodutor Feminino 1) Identifique na figura as estruturas anatômicas apontadas: 2) Em relação aos órgãos internos do sistema reprodutor feminino conceitue: • Ovário: Os ovários são as gônadas femininas bilaterais, e equivalem aos testículos masculinos. Eles liberam o óvulo com o propósito de fertilização. Além disso, agem como glândulas endócrinas, secretando vários hormônios necessários para a fertilidade, menstruação e maturação sexual das mulheres. Cada ovário está localizado na fossa ovariana da pelve verdadeira, adjacentes ao útero e inferior às tubas uterinas. O ovário contém quatro superfícies (anterior, posterior, medial e lateral) e dois polos (superior e inferior). É sustentado em sua posição por vários pares de ligamentos: ligamento suspensor do ovário, ligamento ovariano próprio (ligamento do ovário) e mesovário. 12/03/2021 OneNote https://onedrive.live.com/redir?resid=3E873D8EEDA3DA2D%21565&page=Edit&wd=target%2821.02.one%7Cd3f39fa4-d5da-4d7d-b0f7-ecf25013ed… 2/13 • Útero: O útero é um órgão muscular oco localizado profundamente na cavidade pélvica. Anterior ao reto e póstero-superior à bexiga urinária, o útero normalmente se encontra em posição de anteversão e anteflexão. O revestimento endometrial do útero prolifera a cada mês em preparação para o implante de embriões. Se a fertilização ocorre, o útero atua abrigando o feto em crescimento e sua placenta. Se a gravidez não ocorrer, o revestimento endometrial é eliminado durante a menstruação. O útero é dividido em três partes • Corpo: a parte principal do útero, conectada às tubas uterinas (trompas de Falópio) através dos cornos uterinos. O corpo tem uma base (fundo) e uma câmara interna (cavidade uterina). • Ístmo: a parte estreita do útero, localizada entre o corpo e o colo do útero. • Colo: a porção inferior do útero. É constituído por duas partes (supravaginal e vaginal), duas aberturas (orifício interno e orifício externo) e um canal cervical. O útero é parcialmente revestido pelo peritônio. Quando o peritônio se reflete a partir do útero para o reto e para bexiga, duas pregas são formadas: a bolsa ou escavação reto-uterina (de Douglas) e a bolsa ou escavação vesico- uterina, respetivamente. Vários ligamentos peritoneais sustentam o útero e o mantêm no lugar: ligamento largo, ligamento redondo, ligamento cardinal, ligamento uterossacro e ligamento pubocervical. O útero é irrigado principalmente pela artéria uterina, que emerge da artéria ilíaca interna. O ramo superior da artéria uterina supre o corpo e o fundo, enquanto o ramo inferior irriga o colo do útero. O sangue venoso do útero é drenado através do plexo venoso uterino para a veia ilíaca interna. • Tubas uterinas: As tubas uterinas (ou trompas de Falópio) são um par de órgãos musculares que se estendem dos cornos uterinos até aos pólos superiores dos ovários. As trompas de Falópio são o onde habitualmente ocorre a fertilização do óvulo. Elas também transportam o zigoto resultante para o útero para implantação. 12/03/2021 OneNote https://onedrive.live.com/redir?resid=3E873D8EEDA3DA2D%21565&page=Edit&wd=target%2821.02.one%7Cd3f39fa4-d5da-4d7d-b0f7-ecf25013ed… 3/13 As tubas uterinas são órgãos intraperitoneais, revestidos completamente por uma parte do ligamento largo do útero chamada de mesosalpinge. Elas são constituídas por quatro partes principais: • Infundíbulo: a parte distal da tuba uterina que se abre para a cavidade peritoneal através do óstio abdominal. O infundíbulo contém projeções em formatos de dedos chamadas de fímbrias, que se estendem sobre a superfície medial dos ovários. • Ampola: é a parte mais longa e mais larga da tuba uterina. É o local mais comum de fertilização. • Ístmo: é a parte mais estreita da tuba uterina • Parte intramural (uterina): Se comunica diretamente com a cavidade uterina através do óstio uterino. • Vagina: A vagina é o órgão genital feminino interno mais externo. Estende-se do útero à vulva (genitália externa). Funcionalmente, possibilita a menstruação, a relação sexual e o parto. A vagina está localizada posteriormente à bexiga e à uretra, e anteriormente ao reto. A extremidade superior da vagina está ligada ao colo do útero. Essas estruturas formam uma bolsa (fórnix vaginal) que possui as partes anterior, posterior e lateral. A extremidade inferior da vagina (orifício vaginal) se abre para o 12/03/2021 OneNote https://onedrive.live.com/redir?resid=3E873D8EEDA3DA2D%21565&page=Edit&wd=target%2821.02.one%7Cd3f39fa4-d5da-4d7d-b0f7-ecf25013ed… 4/13 vestíbulo vaginal logo atrás do orifício uretral. O orifício vaginal pode estar parcialmente recoberto por uma membrana chamada de hímen. 3) O que é o colo do útero? Quais as principais patologias que acometem esta região e como pode ser prevenidas? O colo uterino é a porção inferior do útero e está localizado no fundo da vagina, anatomicamente o colo do útero está localizado entre meio a bexiga e o reto. Divide-se em ectocérvice e endocérvice, apresenta formato cilíndrico e possui um orifício central chamado de canal cervical. No óstio do colo do útero há o encontro de dois tipos diferentes de epitélio: escamoso e colunar, esta região de transição colunar denomina-se JEC (junção escamosa colunar) e é considerada uma área de maior risco em relação ao desenvolvimento do câncer de colo uterino. Patologias do Colo Uterino: Metaplasia escamosa do colo uterino: • Substituição do epitélio glandular endocervical por células de reserva subcolunares, que se diferenciam em epitélio escamoso (maduro ou imaturo). • É uma resposta comum a irritantes, que está presente em quase todos colos uterinos e se localiza na zona de transformação. • Não é considerada uma condição pré-maligna. • O epitélio escamoso recobre as glândulas endocervicais. HSV (Herpes simples genital): • Provoca lesões que podem ficar incubadas em um músculo, gânglio nervoso e se manifestar quando há uma queda na resistência imunológica. • É sexualmente transmissível • Geralmente aparece no contorno dos lábios, nos órgãos genitais, nádegas, podendo aparecer lesões no colo uterino. • Principais sintomas são: dor, ardência, formação de vesículas bolhosas contendo o vírus. • Estudos sugerem que o herpes genital associado a HPV aumenta o risco do desenvolvimento de tumores. HPV (papiloma vírus humano): Conhecido como verruga genital ou crista de galo. • É uma doença sexualmente transmissível que acomete principalmente o colo do útero e o ânus, podendo acometer a vagina, vulva, prepúcio, glande. • Tem como característica visível verrugas de tamanhos variados, o colo do útero exibe aspecto grosseiro, granulado, em outros casos a doença pode apresentar-se de forma subclínica, não extremar sintomas. • Se não descoberto o HPV, ou então, não ser tratado e o caso evoluir ao câncer, a progressão da doença poderá desencadear sangramento vaginal anormal, corrimento escurecido e fétido, dor abdominal, dado que tecidos malignos rompem-se facilmente. 12/03/2021 OneNote https://onedrive.live.com/redir?resid=3E873D8EEDA3DA2D%21565&page=Edit&wd=target%2821.02.one%7Cd3f39fa4-d5da-4d7d-b0f7-ecf25013ed… 5/13 Cervicite: A cervicite, também conhecida como endocervicite, é uma inflamação no colo do útero que costuma atingir mulheres entre 18 a 25 anos. Os sintomas deste problema incluem dores abdominais, na lombar, na região pélvica ou durante a relação sexual, além de corrimentos, odores vaginais atípicos e sangramento vaginal anormal. Prevenção: • Diminuir o número de parceiros sexuais; • Utilizar preservativos rotineiramente, pois eles previnem as DSTs; • Procurar tratamento imediato ao menor sintoma de infecções vaginais; • Fazer exames de rotina regularmente;• Evitar irritantes químicos para a vagina, como duchas vaginais; • Aumentar a imunidade com uma boa alimentação e prática de exercícios físicos regulares; Isso dificultará a ação de vírus e bactérias. Câncer de colo de útero: O câncer de colo do útero, também conhecido por câncer cervical, é uma doença de evolução lenta que acomete, sobretudo, mulheres acima dos 25 ano. O principal agente da enfermidade é o papilomavírus humano (HPV). Prevenção: • Tomar vacina contra o HPV; • Evitar a exposição ao HPV; • Usar preservativo; • Não fumar. Deectopia: A ferida no colo do útero, cientificamente chamada deectopia cervical ou papilar, é causada por uma inflamação da região do colo do útero. Por isso, ela tem diversas causas, como alergias, irritações a produtos, infecções, e pode até ser causa da ação da mudança de hormônios ao longo da vida da mulher, inclusive na infância e na gravidez, podendo acontecer em mulheres de todas as idades. Ela nem sempre provoca sintomas, mas os mais comuns são corrimento, cólica e sangramento, e o tratamento pode ser feito com cauterização ou com uso de remédios ou pomadas que ajudam a cicatrizar e combater infecções. A ferida no útero tem cura, mas se não for tratada pode aumentar, e até, virar câncer. Prevenção: Como não há meioscomo evitar ferida no colo do útero, o acompanhamento médico periódico é a arma mais forte para prevenir a ectopia e o câncer de colo de útero. O uso de preservativo nas relações íntimas também é importante, visto que ele evita a contaminação pelo vírus HPV. 4) Quais são e qual a função dos ligamentos do útero? Normalmente, o corpo do útero se projeta anterior e superiormente ao longo da bexiga urinária em uma posição chamada ante flexão. O colo do útero se projeta inferior e posteriormente e penetra na parede anterior da vagina em um ângulo aproximadamente reto. Vários ligamentos que são extensões do peritônio parietal ou cordões fibromusculares mantêm a posição do útero. 12/03/2021 OneNote https://onedrive.live.com/redir?resid=3E873D8EEDA3DA2D%21565&page=Edit&wd=target%2821.02.one%7Cd3f39fa4-d5da-4d7d-b0f7-ecf25013ed… 6/13 O par de ligamentos largos do útero são pregas duplas de peritônio que fixam o útero em ambos os lados da cavidade pélvica. O par de ligamentos uterossacros, também extensões peritoneais, encontram-se em cada lado do reto e ligam o útero ao sacro. Os ligamentos transversos do colo estão localizados inferiormente às bases dos ligamentos largos e se estendem da parede pélvica ao colo do útero e vagina. Os ligamentos redondos são bandas de tecido conjuntivo fibroso entre as camadas do ligamento largo; estendem-se de um ponto no útero imediatamente inferior às tubas uterinas até uma parte dos lábios maiores do pudendo da genitália externa. Embora os ligamentos normalmente mantenham a posição de ante flexão do útero, também possibilitam movimentação suficiente de seu corpo útero, de modo que o útero pode tornar-se mal posicionado. A inclinação posterior do útero, chamada retroflexão, é uma variação inofensiva da posição normal do útero. Muitas vezes não há causa para esta condição, mas ela pode ocorrer após o parto. 5) Qual a função do muco cervical? O muco cervical consiste em um muco produzido pelo colo uterino, também conhecido como cérvix. Tem como função impedir a penetração da flora bacteriana no útero, mantendo-o saudável. Além disso, durante os dias férteis da mulher, o muco cervical torna-se mais fino e aquoso, além de mais abundante, facilitando a passagem dos espermatozóides para o útero. Caso a mulher não sintetize muco cervical, ou ainda o produza em pouca quantidade, os espermatozoides não são capazes de fecundar o óvulo. Alterações na segregação de muco cervical habitualmente estão ligadas a desequilíbrios hormonais. Durante o período fértil, que engloba a ovulação, o aumento do estrogênio no organismo feminino faz com que o muco se torne mais abundante, menos espesso e mais aquoso. Desta forma, quando há alguma perturbação no equilíbrio do hormônio estrogênio, a quantidade e a consistência do muco irão sofrer alterações. Além disso, infecções e o uso de certos medicamentos podem interferir na qualidade do muco cervical. 12/03/2021 OneNote https://onedrive.live.com/redir?resid=3E873D8EEDA3DA2D%21565&page=Edit&wd=target%2821.02.one%7Cd3f39fa4-d5da-4d7d-b0f7-ecf25013ed… 7/13 6) Conceitue ciclo ovariano. A ovulação é a liberação, pelo ovário, de um ovócito maduro, ou seja, de um ovócito que já pode ser fecundado. Os eventos cíclicos que ocorrem no ovário e que incluem o processo de ovulação fazem parte do chamado ciclo ovariano. Esse ciclo apresenta relação direta com o ciclo uterino, sendo a ovulação observada em um momento em que o revestimento do útero (endométrio) está preparado para a implantação de um embrião caso ocorra uma gravidez. Percebemos então que o ciclo reprodutivo da mulher envolve dois ciclos, o uterino e o ovariano. Ciclo ovariano: O ciclo ovariano é observado nos ovários e apresenta, como um de seus eventos marcantes, a liberação do ovócito, ou seja, a ovulação. A cada ciclo, alguns folículos (estrutura que contém o ovócito em desenvolvimento) começam a desenvolver-se, entretanto, geralmente, apenas deles um atinge a maturidade plena. Esse ciclo tem início com a liberação do hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH). Esse hormônio é responsável por estimular a liberação de FSH (hormônio folículo estimulante) e LH (hormônio luteinizante) pela adeno-hipófise. O FSH promove o crescimento do folículo, sendo este auxiliado pelo LH. À medida que as células do folículo crescem, observa-se a produção de estradiol. O estradiol é liberado lentamente durante toda a fase folicular do ciclo ovariano. Essa fase caracteriza-se pelo crescimento do folículo e pelo amadurecimento do ovócito. Quando em baixas concentrações, o estradiol é responsável por inibir a ação dos hormônios hipofisários, sendo responsável, portanto, por manter os níveis de FSH e LH baixos. À medida que a secreção de estradiol aumenta, os níveis de FSH e LH aumentam rapidamente. O folículo que está em fase de amadurecimento aumenta-se, formando uma protuberância na superfície do ovário. Nessa fase o folículo apresenta uma cavidade cheia de líquido. Em decorrência da ação do FSH e do pico de LH, ele e a parede do ovário rompem-se, levando à liberação do ovócito secundário. Essa liberação é a ovulação e ocorre por volta da metade do ciclo menstrual. Após a ovulação, inicia-se a chamada fase lútea do ciclo ovariano. Nela o hormônio LH age estimulando o tecido folicular do folículo que se rompeu a formar o corpo lúteo. O corpo lúteo é uma estrutura glandular que, sob o estímulo de LH, é responsável por secretar progesterona e estradiol. Esses dois hormônios atuam reduzindo a secreção de LH e FSH, ação que evita a liberação de outro ovócito. Caso a mulher não fique grávida, no final da fase lútea, o corpo lúteo desintegra-se, formando uma massa de tecido cicatricial chamada de corpo albicans. Com isso, ocorre uma redução do estradiol e da progesterona. A redução desses dois hormônios faz com que a hipófise comece a liberar FSH para que um novo ciclo ovariano inicie-se. A ovulação é o momento em que o ovócito maduro é liberado. Como esse ovócito está apto para a fecundação, o período próximo que antecede esse evento e o período que o sucede são chamados de período fértil. 12/03/2021 OneNote https://onedrive.live.com/redir?resid=3E873D8EEDA3DA2D%21565&page=Edit&wd=target%2821.02.one%7Cd3f39fa4-d5da-4d7d-b0f7-ecf25013ed… 8/13 Geralmente se considera o período fértil como os cinco dias que antecedem a ovulação e os dois dias que o sucedem. Esse período que antecede a ovulação é importante, pois, embora o ovócito sobreviva por cerca de 24 horas, o espermatozoide pode permanecer ativo por cerca de cinco dias. 7) O ciclo reprodutivo feminino refere-se aos acontecimentos que ocorrem noovário , no útero e respectiva regulação hormonal. Tem como objetivo preparar o corpo da mulher para a ocorrência da gravidez. Sobre este assunto responda: A) Quais os hormônios e suas funções no ciclo reprodutivo hormonal feminino. • FASE MENTRUAL: A fase menstrual, também chamada de menstruação, perdura aproximadamente os 5 primeiros dias do ciclo. (Por convenção, o primeiro dia da menstruação é o dia 1 de um novo ciclo.) Eventos nos ovários: Sob influência do FSH, vários folículos primordiais se desenvolvem em folículos primários e, então, em folículos secundários. Este processo de desenvolvimento pode levar vários meses para ocorrer. Portanto, um folículo que começa a se desenvolver no início de um dado ciclo menstrual pode não alcançar a maturidade e ovular até vários ciclos menstruais mais tarde. 12/03/2021 OneNote https://onedrive.live.com/redir?resid=3E873D8EEDA3DA2D%21565&page=Edit&wd=target%2821.02.one%7Cd3f39fa4-d5da-4d7d-b0f7-ecf25013ed… 9/13 Eventos no útero: O fluxo menstrual do útero consiste em 50 a 150 mℓ de sangue, líquido tecidual, muco e células epiteliais do endométrio descamado. Esta eliminação ocorre porque os níveis decrescentes de progesterona e estrogênios estimulam a liberação de prostaglandinas que fazem com que as arteríolas espirais do útero se contraiam. Como resultado, as células que elas irrigam são privadas de oxigênio e começam a morrer. Por fim, todo o estrato funcional descama. Nesta altura, o endométrio está muito fino, com cerca de 2 a 5 mm, porque apenas o estrato basal permanece. O fluxo menstrual passa da cavidade uterina pelo colo do útero e vagina até o meio externo. • FASE PRÉ-OVULATÓRIA: A fase pré-ovulatória é o período entre o fim da menstruação e a ovulação. A fase pré- ovulatória do ciclo tem comprimento mais variável do que as outras fases e representa a maior parte das diferenças na duração do ciclo. Tem a duração de 6 a 13 dias em um ciclo de 28 dias. Eventos nos ovários: Alguns dos folículos secundários nos ovários começam a secretar estrogênios e inibina. Por volta do dia 6, um folículo secundário único em um dos dois ovários superou todos os outros para se tornar o folículo dominante. Os estrogênios e a inibina secretados pelo folículo dominante diminuem a secreção de FSH, o que faz com que os outros folículos menos bem desenvolvidos parem de crescer e sofram atresia. Os gêmeos ou trigêmeos fraternos (não idênticos) ocorrem quando dois ou três folículos secundários se tornam codominantes e mais tarde são ovulados e fertilizados aproximadamente ao mesmo tempo. Normalmente, um folículo secundário dominante único passa a ser o folículo maduro, que continua aumentando até que tenha mais de 20 mm de diâmetro e esteja pronto para a ovulação. Este folículo forma uma protuberância em forma de vesícula decorrente da tumefação do antro na superfície do ovário. Durante o processo de maturação final, o folículo maduro continua aumentando a sua produção de estrogênios 12/03/2021 OneNote https://onedrive.live.com/redir?resid=3E873D8EEDA3DA2D%21565&page=Edit&wd=target%2821.02.one%7Cd3f39fa4-d5da-4d7d-b0f7-ecf25013e… 10/13 Em relação ao ciclo ovariano, as fases menstrual e pré-ovulatória em conjunto são chamadas de fase folicular, porque os folículos ovarianos estão em crescimento e desenvolvimento. Eventos no útero: Os estrogênios liberados para o sangue pelos folículos ovarianos em crescimento estimulam o reparo do endométrio; as células do estrato basal sofrem mitose e produzem um novo estrato funcional. Conforme o endométrio se espessa, desenvolvem-se glândulas uterinas retas e curtas, e as arteríolas se espiralam e alongam à medida que penetram no estrato funcional. A espessura do endométrio aproximadamente dobra, alcançando cerca de 4 a 10 mm. Em relação ao ciclo uterino, a fase pré-ovulatória também é denominada fase proliferativa, porque o endométrio está proliferando. • OVULAÇÃO: A ovulação, a ruptura do folículo maduro e a liberação do oócito secundário para o interior da cavidade pélvica, geralmente ocorre no 14o dia em um ciclo de 28 dias. Durante a ovulação, o oócito secundário permanece cercado por sua zona pelúcida e coroa radiada. Os níveis elevados de estrogênios durante a última parte da fase pré-ovulatória exercem um efeito de feedback positivo sobre as células que secretam LH e hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH) e induzem à ovulação, como se segue (Figura 28.25): • Uma alta concentração de estrogênios estimula a liberação mais frequente de GnRH pelo hipotálamo. Também estimula diretamente os gonadotropos na adenohipófise a secretar LH; • O GnRH promove a liberação adicional de FSH e LH pela adenohipófise; • O LH provoca a ruptura do folículo maduro e a expulsão de um oócito secundário aproximadamente 9 h após o pico de LH. O oócito ovulado e suas células da coroa radiada geralmente são deslocados para a tuba uterina. De tempos em tempos, um oócito é perdido na cavidade pélvica, onde depois se desintegra. O pequeno volume de sangue que, às vezes, extravasa para a cavidade pélvica do folículo rompido pode causar dor, conhecida como dor intermenstrual (do alemão mittelschmerz), no momento da ovulação. • FASE PÓS-OVULATÓRIA:A fase pós-ovulatória do ciclo reprodutivo feminino é o período entre a ovulação e o início da menstruação seguinte. Em duração, é a parte mais constante do ciclo reprodutivo feminino. Tem a duração de 14 dias em um ciclo de 28 dias, do 15º ao 28º dias. Eventos no ovário: Depois da ovulação, o folículo maduro colapsa, e a membrana basal entre as células granulosas e a teca interna se rompe. Uma vez que um coágulo se forma pelo pequeno sangramento do folículo rompido, o folículo se torna o corpo rubro (ver Figura 28.13). As células da teca interna se misturam com as células granulosas conforme todas estas células se transformam nas células do corpo lúteo sob a influência do LH. Estimulado pelo LH, o corpo lúteo secreta progesterona, estrogênios, relaxina e inibina. As células lúteas também absorvem o coágulo de sangue. Em relação ao ciclo ovariano, esta fase é chamada de fase lútea. 12/03/2021 OneNote https://onedrive.live.com/redir?resid=3E873D8EEDA3DA2D%21565&page=Edit&wd=target%2821.02.one%7Cd3f39fa4-d5da-4d7d-b0f7-ecf25013e… 11/13 Os eventos posteriores em um ovário que ovulou um oócito dependem se o óvulo foi fertilizado. Se o óvulo não foi fertilizado, o corpo lúteo tem uma vida útil de apenas 2 semanas. Em seguida, a sua atividade secretora declina, e ele se degenera em um corpo albicante. À medida que os níveis de progesterona, estrogênios e inibina diminuem, a liberação de GnRH, FSH e LH aumenta, em decorrência da perda da supressão por feedback negativo pelos hormônios ovparianos. O crescimento folicular é retomado e começa um novo ciclo ovariano. Se o oócito secundário for fertilizado e começar a se dividir, o corpo lúteo persiste além de sua duração normal de 2 semanas. Ele é “resgatado” da degeneração pela gonadotrofina coriônica humana (hCG). Este hormônio é produzido pelo cório do embrião, começando aproximadamente 8 dias após a fertilização. Como o LH, o hCG estimula a atividade secretora do corpo lúteo. A determinação de hCG no sangue ou na urina materna é um indicador de gravidez e é o hormônio detectado pelos testes de gravidez de venda livre. Eventos no útero: A progesterona e os estrogênios produzidos pelo corpo lúteo promovem o crescimento e enrolamento das glândulas uterinas, a vascularização do endométrio superficial e o espessamento do endométrio até 12 a 18 mm. Em decorrência da atividade secretora das glândulas uterinas, que começam a secretar glicogênio, este período é denominado fase secretora do ciclo uterino. Estas alterações preparatórias alcançam seu pico aproximadamente 1 semana após a ovulação, no momento em que um óvulo fertilizado pode chegar ao útero. Se a fertilização não ocorrer, os níveis de progesterona e estrogênios declinam, em decorrência da degeneração do corpo lúteo. A interrupção na progesteronae nos estrogênios provoca a menstruação. 8) Quais os métodos de controle de natalidade mais utilizados na atualidade. Esterilização cirúrgica: A esterilização é um procedimento que torna um indivíduo incapaz de se reproduzir. O principal método para a esterilização dos homens é a vasectomia, em que uma parte de cada ducto deferente é removida. Para acessar o ducto deferente, é feita uma incisão com bisturi (procedimento convencional) ou é feita uma punção com uma pinça especial (vasectomia sem bisturi). A seguir, os ductos são localizados e seccionados, cada extremidade é suturada e segmento entre os dois nós é removido. Embora a produção de espermatozoides continue nos testículos, eles não alcançam o exterior. Os espermatozoides degeneram e são destruídos por fagocitose. Uma vez que não há secção de vasos sanguíneos, os níveis de testosterona no sangue permanecem normais, de modo que a vasectomia não tem efeito sobre o desejo ou desempenho sexual. Se realizada corretamente, a efetividade é de quase 100%. O processo pode ser revertido, mas a possibilidade de recuperar a fertilidade é de apenas 30 a 40%. A esterilização em mulheres na maior parte das vezes é conseguida por meio de esterilização tubária, em que ambas as tubas uterinas são suturadas e então seccionadas. Isso pode ser conseguido de várias maneiras diferentes. “Clipes” ou “grampos” podem ser colocados nas tubas uterinas, as tubas podem ser suturadas e/ou cortadas, e às vezes são cauterizadas. Em qualquer caso, o resultado é que o oócito secundário não é capaz de passar pelas tubas uterinas, e os espermatozoides não conseguem alcançar o oócito. Esterilização histeroscópica: A esterilização histeroscópica é uma alternativa para a esterilização tubária. Neste procedimento, uma minimola macia feita de fibras de poliéster e de metais (níquel-titânio e aço inoxidável) é inserida com um cateter no interior da vagina, passando pelo útero, até cada uma das tubas uterinas. Ao longo de um período de 3 meses, a inserção estimula o crescimento tecidual (tecido cicatricial) no dispositivo e em torno dele, bloqueando as tubas uterinas. Tal como acontece na esterilização tubária, o oócito secundário não consegue passar pelas tubas uterinas, e o espermatozoide não alcança o oócito. Ao contrário da esterilização tubária, a esterilização histeroscópica não demanda anestesia geral. Métodos hormonais: Além da abstinência completa ou esterilização cirúrgica, os métodos hormonais são os meios mais efetivos de controle de natalidade. Métodos hormonais orais de contracepção: • Anovulatório combinado: Contém progestina e estrogênios e, tipicamente, é administrado 1 vez/dia durante 3 semanas para evitar a gestação e regular o ciclo menstrual. Os comprimidos tomados durante a 4a semana são inativos (não contêm hormônios) e possibilitam que ocorra a menstruação. 12/03/2021 OneNote https://onedrive.live.com/redir?resid=3E873D8EEDA3DA2D%21565&page=Edit&wd=target%2821.02.one%7Cd3f39fa4-d5da-4d7d-b0f7-ecf25013e… 12/13 • Anticoncepcional de ciclo prolongado: Contendo tanto progestina quanto estrogênios, o anticoncepcional de ciclo prolongado é ingerido 1 vez/dia em ciclos de 3 meses, com 12 semanas de comprimidos contendo hormônios seguidas por 1 semana de comprimidos inativos. A menstruação ocorre durante a 13a semana. • Minipílula: Contém apenas progestina em baixas doses e é ingerida todos os dias do mês. Também existem métodos hormonais não orais de contracepção. Entre estes estão os seguintes: • Adesivo anticoncepcional: O adesivo anticoncepcional contém progestina e estrogênios entregues em um adesivo de pele colocado na parte superior externa do braço, costas, abdome ou nádegas 1 vez/semana durante 3 semanas. Depois de 1 semana, o adesivo é removido de um local e, em seguida, um novo é colocado em outro lugar. Durante a 4a semana, não é colocado nenhum adesivo • Anel vaginal contraceptivo: Um anel flexível em forma de rosca de aproximadamente 5 cm de diâmetro, o anel vaginal contraceptivo contém estrogênios e progesterona e é inserido pela própria mulher na vagina. É deixado na vagina durante 3 semanas para evitar a concepção e, em seguida, removido por 1 semana para possibilitar a menstruação • Contracepção de emergência (CE): A CE, também conhecida como pílula do dia seguinte, consiste em progesterona e estrogênio ou progesterona sozinha para prevenir a gestação após uma relação sexual desprotegida. Os níveis relativamente altos de progesterona e estrogênios nesses comprimidos levam à inibição da secreção de LH e FSH. A perda dos efeitos estimulantes destes hormônios gonadotróficos faz com que os ovários parem de secretar seus próprios estrogênios e progesterona. Por sua vez, os níveis decrescentes de estrogênios e progesterona levam à descamação do revestimento uterino, bloqueando assim a implantação. Um comprimido é tomado o mais rapidamente possível, nas primeiras 72 h após a relação sexual desprotegida. O segundo comprimido deve ser ingerido 12 h após o primeiro. Os comprimidos funcionam do mesmo modo que os anticoncepcionais comuns • Injeções de hormônio: Consistem em progestinas administradas por via intramuscular por um profissional da saúde, uma vez a cada 3 meses. Dispositivos intrauterinos: Um dispositivo intrauterino (DIU) é um pequeno objeto feito de plástico, cobre ou aço inoxidável que é inserido por um ginecologista na cavidade uterina. O DIU impede que a fertilização ocorra, bloqueando a entrada dos espermatozoides nas tubas uterinas. O DIU mais utilizado nos EUA hoje em dia é o Copper T 380A®, que foi aprovado para uso por até 10 anos e tem eficácia a longo prazo comparável à da esterilização tubária. Algumas mulheres não podem usar o DIU por causa de expulsão, sangramento ou desconforto. Espermicidas: Várias espumas, cremes, géis, supositórios e duchas que contêm agentes que matam os espermatozoides, ou espermicidas, tornam a vagina e o colo do útero desfavoráveis para a sobrevivência do espermatozoide e estão disponíveis para venda sem receita médica. Eles são colocados na vagina antes da relação sexual. O espermicida mais amplamente utilizado é o nonoxinol-9, que mata os espermatozoides ao modificar suas membranas plasmáticas. Um espermicida é mais efetivo quando combinado com um método de barreira, como o preservativo masculino, o preservativo feminino, o diafragma ou o capuz cervical. Métodos de barreira: Os métodos de barreira usam uma barreira física e são projetados para impedir o espermatozoide de acessar a cavidade uterina e as tubas uterinas. Além de evitar a gravidez, alguns métodos de barreira (preservativos masculino e feminino) também podem fornecer alguma proteção contra as DST, como a AIDS. Em contrapartida, os contraceptivos orais e o DIU não conferem essa proteção. Entre os métodos de barreira estão o preservativo masculino, o preservativo feminino, o diafragma e o capuz cervical. O preservativo masculino é um revestimento de látex não poroso colocado sobre o pênis que impede a deposição de espermatozoides no sistema genital feminino. O preservativo feminino é projetado para evitar que os espermatozoides entrem no útero. É feito com dois anéis flexíveis ligados por uma bainha de poliuretano. Um anel encontra-se no interior da bainha e é inserido de modo a ajustar-se no colo do útero; o outro anel permanece fora da vagina e recobre os órgãos genitais externos femininos. O diafragma é uma estrutura de borracha em forma de cúpula que se encaixa sobre o colo do útero e é usado em conjunto com um espermicida. Ele pode ser inserido pela mulher até 6 h antes da relação sexual. O diafragma impede que a maior parte dos espermatozoides passe para o colo do útero e o espermicida mata os espermatozoides que sobrevivem. Embora o uso do diafragma diminua o risco de algumas DST, ele não protege totalmente contra a infecção pelo HIV, porque a vagina ainda está exposta. O capuz cervical se assemelha a um diafragma, mas é menor e mais rígido. Ele se encaixa confortavelmente sobre o colo do úteroe deve ser colocado por um profissional de saúde. Espermicidas devem ser usados com o capuz cervical. 9) Quais os riscos que um aborto pode trazer a saúde da mulher? 12/03/2021 OneNote https://onedrive.live.com/redir?resid=3E873D8EEDA3DA2D%21565&page=Edit&wd=target%2821.02.one%7Cd3f39fa4-d5da-4d7d-b0f7-ecf25013e… 13/13 Existem inúmeras complicações que podem afetar a mulher que induz um aborto, e algumas alterações físicas são: • Perfuração do útero; • Retenção de restos da placenta que pode levar à infecção uterina; • Tétano - Por utilizar objetos cortantes contaminados; • Esterilidade - Por provocar danos irreversíveis ao aparelho reprodutor da mulher; • Inflamações nas trompas e no útero que podem se espalhar por todo corpo, colocando em risco a vida da mulher; • Sentimento de culpa com crises de arrependimento que podem surgir sempre que se lembrar do ato; • Variações de ânimo, depressão; • Medo e pesadelos podem acontecer nas primeiras semanas.
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