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Alterações anatômicas durante a gravidez

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12/03/2021 OneNote
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Anatomia 
terça-feira, 25 de fevereiro de 2020 15:37 
Anotações: 
• A partir dos 40 anos, as mulheres devem realizar a mamografia anualmente. Caso a mulher ter caso de câncer na família
(mãe), deve realizar anualmente a partir dos 35 anos. 
• A mama é constituída por tecido adipose e tecido glandular; 
• O que diferencia seios grandes de pequenos é a concentração de tecido adiposo; 
• Uma mama grande interfere muito na questão postural; 
• Estende-se entre a 3ª e 7ª costela; 
• O tecido conjuntivo denso irregular que sustenta a mama perde elasticidade com o tempo, o que faz com que a mama
caia; 
• Os principais linfonodos na mama são na região axilar, clavicular (supra e infra), os que circundam a mama e os linfonodos
da região external; 
• O câncer de mama tem muita metástase devido a grande quantidade de linfonodos presentes na região da mama, o que
facilita o espalhamento; 
• O cisto pode ser um indício de câncer de mama, quando se tem derrame papilar; 
• Quando a mulher está grávida, o coração muda de lugar e sua atuação passa a ser muito maior, devido ao fato de ter que
suprir o feto também; 
• Todos os órgãos localizados na região pélvica se deslocam durante a gestação, pois precisam deixar espaço para abrigar o
feto; 
• O normal e aceitável é engordar 1kg por mês na gestação, e no último trimestre 2kg; 
• Mudanças na gestação: abdome protuso, útero antes órgão pélvico estende-se e torna-se abdominal, deslocamento dos
órgãos, os ovários aumentam de tamanho, a mama sofre modificações diversas; 
• O silicone não interfere em nada na amamentação; 
• As mulheres grávidas sofrem alteração no centro de gravidade, devido as alterações corporais e de peso. O centro de
gravidade que era na região pélvica se desloca pra trás, o que faz com que todo o peso do corpo seja jogado para a região
de calcânio, ocasionando problemas na coluna. (sobrecarga em músculos e ligamentos) 
• Mulheres grávidas sofrem aumento de lordose cervical, aumento de lordose lombar, rotação interna dos membros
superiores em razão do crescimento das mamas e posicionamento para cuidado do bebê após o parto; 
• Aumenta a vascularização do útero; 
• A função do corpo lúteo é o auxilio no engrossamento do endométrio. 
 
 
 
Anatomia da mama, mudanças anatômicas que ocorrem durante a gravidez 
 
1) Qual o conceito de mama? 
 
 A glândula mamária é um órgão par, que se situa na parede anterior do tórax, na parte superior e está apoiada sobre o
músculo peitoral maior, se estende da segunda à sexta costela no plano vertical e do esterno à linha axilar anterior no plano
horizontal. 
 
 A mama feminina é composta por lobos (glândulas produtoras de leite), por ductos (pequenos tubos que transportam o leite
dos lobos ao mamilo) e por estroma (tecido adiposo e tecido conjuntivo que envolve os ductos e lobos, vasos sanguíneos e
vasos linfáticos). 
 As mamas são encontradas na parede anterior do tórax, anteriormente à fáscia profunda e aos músculos peitorais, separadas
deles pelo espaço retromamário. Cada nana consiste em glândulas mamárias cercadas de tecido adiposo. 
 
12/03/2021 OneNote
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2) Qual a função da glândula mamária? 
 
 As glândulas mamárias atuam na síntese, na secreção e ejeção de leite (lactação). As glândulas são ativas na mulher adulta
pós parto (período puerperal). Nesse período, o hormônio hipofisário (prolactina) estimula a produção de leite pela glândula,
enquanto o hormônio hipotalâmico (ocitocina) estimula a ejeção do leite através do mamilo. 
 Fora do período puerperal as glândulas são menos abundantes, com a maior parte do tecido mamário preenchida por tecido
adiposo. 
 
Drenagem linfática da mama: A drenagem linfática da mama é muito importante ao relacionar com patologias, uma vez que, os
carcinomas mamários tendem a se espalhar viajando por meio dos vasos linfáticos, os quais são abundantes na região da
mama, criando depósitos metastáticos em partes distantes do corpo. 
 
 
 Os linfonodos dos lóbulos mamários, mamilo e aréola drenam para o plexo linfático subareolar. Dali, cerca de 75% da linfa
drena para os linfonodos peitorais, e em seguida para os linfonodos axilares. É por isso que os linfonodos axilares são os
primeiros a serem removidos cirurgicamente em algumas fases do câncer de mama. 
 
 
3) Identifique as estruturas mamárias na figura abaixo: 
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4) Explique a função de cada uma das estruturas relacionadas na figura acima. 
 
• Papila Mamária: Cada mama possui uma projeção pigmentada conhecida como papila mamária, a qual possui uma série
de aberturas pouco espaçadas de ductos chamados ductos lactíferos, dos quais emergem leite. 
• Aréola Mamária: A área circular de pele pigmentada ao redor do mamilo é chamada aréola da mama; tem aspecto áspero,
porque contém glândulas sebáceas modificadas. 
 
Faixas de tecido conjuntivo chamadas ligamentos suspensores da mama correm entre a pele e a fáscia e apoiam a mama. Esses
ligamentos tornam-se mais soltos com a idade ou com a tensão excessiva que pode ocorrer na prática prolongada de corrida ou
atividade aeróbica de alto impacto. 
 
• Glândula Mamária: No interior de cada mama está uma glândula mamária, uma glândula sudorífera modificada que
produz leite. A glândula mamária consiste em 15 a 20 lobos ou compartimentos, separados por uma quantidade variável
de tecido adiposo. Em cada lobo existem vários compartimentos menores chamados lóbulo, compostos por
agrupamentos de glândulas secretoras de leite em forma de uva chamados de alvéolos, embutidos no tecido conjuntivo. 
 
A contração das células mioepiteliais em torno dos alvéolos ajuda a impulsionar o leite em direção às papilas mamárias. Quando
está sendo produzido leite, ele passa dos alvéolos por vários túbulos secundários e, em seguida, para os ductos mamários. 
Próximo do mamilo, os ductos mamários se expandem discretamente para formar seios chamados seios lactíferos, onde um
pouco de leite pode ser armazenado antes de ser drenado para um ducto lactífero. Cada ducto lactífero normalmente
transporta leite de um dos lobos para o exterior. 
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5) Explique como acontece a produção de leite pela glândula mamária. 
 
 O leite é sintetizado a partir de nutrientes fornecidos para as células secretoras da glândula mamária pelo sangue. Estes
nutrientes são provenientes diretamente da dieta ou após sofrerem modificações nos tecidos dos animais antes de alcançar a
glândula mamária.  
 
 Os principais hormônios que regulam a produção de leite são então a prolactina, a oxitocina e o FIL (fator inibidor da
lactação). Tanto a prolactina como a oxitocina são segregadas na hipófise, em resposta à estimulação do mamilo. A primeira
atua sobre as células secretoras da mama, estimulando a secreção de leite, ao passo que a segunda atua sobre as células
mioepiteliais, provocando a sua contração e a ejecção de leite.  
 
Os principais componentes do leite são:  
▪ Água: 86 – 88%  
▪ Sólidos totais: 12 – 14%  
▪ Gordura: 3,5 – 4,5%  
▪ Proteína: 3,2 – 3,5%  
▪ Lactose: 4,6 – 5,2%  
▪ Minerais: 0,7 – 0,8%  
▪ Vitaminas, bactérias, leucócitos, células mamárias secretoras.   
 
• As mamas da mulher começam a ser preparadas para a amamentação durante a gravidez, mas a produção do leite, em
geral, só tem início após o parto. Quando a criança nasce, a hipófise anterior libera grandes quantidades do hormônio
prolactina, com contribuições da progesterona e dos estrogênios; 
• A prolactinacai então na corrente sanguínea. Ela percorre o corpo todo, mas só age nos alvéolos mamários. Essas células
já nascem programadas para produzir leite assim que receberem um comando do organismo (no caso, o comando é a
chegada da prolactina); 
• O leite produzido nos alvéolos segue pelo interior do seio por uma rede de canais chamados ductos lactíferos. Eles
terminam em pequenos reservatórios, os lóbulos, que ficam bem abaixo das aréolas dos seios. Cada mama tem entre 15 e
20 lóbulos; 
• Dos lóbulos, o leite flui para a boca do bebê por pequenos “furos”, os poros mamilares, espalhados ao redor do bico do
seio da mãe. Cada seio possui de dez a 15 desses poros por onde o leite escorre; 
• Só a sucção da criança não é suficiente para extrair todo o leite. Mas, após alguns minutos, o esforço do bebê em sugar o
mamilo estimula terminações nervosas no seio que se ramificam até o cérebro. Essas terminações nervosas ativam outra
região - a hipófise posterior; 
• Desta vez, a tal glândula produz outro hormônio, a ocitocina, que também cai na corrente sanguínea e chega aos seios. A
ocitocina provoca contrações nos músculos mamários que “espremem” os alvéolos e os lóbulos. Isso ajuda a empurrar o
leite para o bico do seio, fazendo ele fluir em quantidade suficiente para alimentar a criança; 
 
6) Faça um pequeno resumo sobre o câncer de mama ( conceito, tipos (de acordo com a área anatômica acometida) , 
fatores de risco e tratamento). Pode ser em forma de esquema ou mapa mental. 
 
 O câncer de mama surge devido ao crescimento desordenado das células anormais nos seios. Esse fenômeno é causado por
mutações genéticas que atuam no mecanismo de divisão e de reprodução dessas células. Dessa forma, surge um tumor, que
pode ser maligno (cancerígeno) e atingir vários outros órgãos pelo corpo, causando risco de vida para a mulher, ou, então,
benigno, dependendo das suas características. 
 
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Carcinoma Ductual Invasivo: Também conhecido como infiltrante, é a modalidade de câncer mais comum. Ele se instala no
ducto mamário e, no estágio mais avançado, destrói a parede desse ducto, expandindo-se dentro do tecido adiposo dos seios. 
 Se não for descoberto e tratado, espalha-se na forma de metástase para vários outros locais do organismo por meio do
sistema linfático e da circulação sanguínea, ficando mais difícil de tratar. 
 
Carcinoma Ductual in Sito: Esse tipo de câncer de mama está em estágio inicial. As células cancerosas se localizam no interior
dos ductos, ou seja, ainda não se espalharam. Por isso, as chances do seu desenvolvimento para uma metástase são bem
pequenas, bem como de se espalhar para tecidos e outros órgãos pelo corpo. Quase todas as mulheres diagnosticadas neste
estágio da doença podem ser curadas. 
 
Carcinoma Lobular in Sito: Esse é considerado o segundo tipo de câncer de mama mais comum entre as mulheres. As células
cancerígenas começam a crescer dentro dos lobos das glândulas responsáveis pela produção de leite que não romperam ainda
a parede lobular. É menos agressivo e mais fácil de ser tratado, uma vez que não se instalam nas paredes dos lóbulos dos seios. 
 
Carcinoma Lobular Invasivo: Geralmente, ele se instala nos lóbulos mamários dos dois seios e também está associado ao
surgimento do câncer no ovário. Este tipo é mais difícil de ser descoberto e as chances de se desenvolver nos tecidos ao redor
do lóbulo e se espalhar pelo organismo são muito altas. 
 
Doença de Paget: Esse tipo é mais raro de acontecer. Ele se desenvolve no tecido conjuntivo dos seios, como na região das
auréolas ou mamilos. A pele da região fica vermelha e inflamada, formando uma espécie de crosta. Os seus sintomas são
vermelhidão na pele, dor, sensação de queimação, alta sensibilidade e coceira. Contudo, algumas vezes o paciente não
apresenta sintomas definidos. Nos estágios mais avançados do tumor, ele se espalha para outras partes do organismo. 
 
7) Quais as principais mudanças anatômicas e fisiológicas (adaptações) que acontecem no corpo da mulher durante o 
período gestacional? 
 
Anexos uterinos: O corpo lúteo, que está localizado em um dos ovários, mantém a decídua do endométrio a partir da produção
de estrogênio e progesterona. Isso impede que o embrião seja rejeitado no momento da implantação. Uma vez que a placenta
assume essa função, o corpo lúteo geralmente desaparece.  
 Durante a gravidez os ovários aumentam de tamanho devido ao aumento do fluxo sanguíneo. Este aumento é a razão pela
qual as tubas uterinas podem ficar edemaciadas no final da gravidez.  
 
Útero: O amolecimento da cérvix, do útero e da área entre eles, onde grandes vasos sanguíneos se ligam ao útero, é uma
mudança característica do início da gestação. O grande aumento do fornecimento de sangue causa essa transição levemente
palpável do colo do útero para o seu corpo.  
 Para acomodar o embrião em crescimento, o útero aumenta consideravelmente em tamanho e peso durante a gestação.
Antes da gravidez o útero tem a forma de pera, comprimento de 7 a 10 centímetros, é palpável e pesa aproximadamente 80
gramas com o lúmen uterino reduzido no eixo anteroposterior. As paredes uterinas anterior e posterior encostam entre si, de
forma que, consideravelmente, não há lúmen. Já na gravidez, o útero adquire uma concavidade em forma de balão, as paredes
uterinas ficam tensionadas e o útero mantém um peso próprio de 1000 gramas (1 kg). Ao fim da gravidez o feto pesa de 3 a 5
kg, a placenta pesa aproximadamente 0,5 kg e a cavidade amniótica contém de 500 a 800 gramas de líquido amniótico.  
 
Vagina e vulva: As mudanças características da vulva e da vagina no início da gravidez são consequências do aumento do
suprimento de sangue e de uma certa quantidade de congestão venosa pélvica. Isso fica evidente na forma de uma coloração
vermelho-azulada no epitélio, inicialmente cor-de-rosa. 
 As mulheres também notam com certa frequência o aumento da secreção vaginal, o que pode ser causado por vários
fatores. O aumento do suprimento de sangue na pelve menor leva a um reforço na transudação na vagina, bem como ao
aumento da excreção de muco nas criptas cervicais. Devido à concentração constante e alta de progesterona e estrogênio, a
descamação do epitélio vaginal aumenta. Infecções vaginais também podem acontecer. O risco de candidíase vaginal aumenta
durante a gravidez. Se nenhuma infecção vaginal for diagnosticada, o corrimento vaginal não precisa ser tratado.  
 
Canal de parto: Durante o parto, o feto deixa o útero e precisa passar pelo canal de parto. Isso só é possível depois de
mudanças no feto (posição e forma do crânio) e da pelve materna. O canal de parto é a passagem em forma de J, no plano
sagital, que conecta o útero com o mundo exterior. Este segmento é formado durante o parto pelo segmento distal do útero,
pelo segmento uterino inferior, pelo cérvix e pela vagina. O canal é constituído de um tecido macio na pélvis. Os ligamentos,
músculos e fáscia do aparato de suspensão do útero e assoalho pélvico são igualmente compostos de tecido macio. Além disso,
a pelve óssea é bastante importante.  
 
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Modificações mamárias: Em caso de gravidez, os seios alcançam o seu desenvolvimento máximo, já que é apenas dessa forma
que adquirem as características necessárias para desempenharem a sua função, ou seja, a produção de leite para alimentar o
bebé. É por isso que, ao longo de toda a gravidez, a influência de determinadas hormonas, sobretudo da progesterona,
proporciona alterações evidentes. A partir do primeiro mês de gravidez é possível observar uma notória proliferação dos canais
galactóforos, um facto que determina um aumento do volume dos seios, um dos primeiros sinais da gravidez que, por vezes, é
detectado antes da gravidez.Ao fim de poucas semanas, os seios tornam-se mais salientes, as aréolas escurecem e a sua
superfície evidencia pequenos inchaços que correspondem aos tubérculos de Montgomery.  
 Ao longo do primeiro trimestre da gestação, os seios incham e aumentam de peso, costumam estar hipersensíveis, sobretudo
nos mamilos, o que pode tornar intolerável qualquer atrito ou carícia, e ocasionalmente são perceptíveis formigueiros e até
pequenas pontadas, por vezes dolorosas, sem qualquer estímulo externo. À medida que vão crescendo, a irrigação dos seios
aumenta significativamente, o que faz com que as veias fiquem perfeitamente perceptíveis, ao transparecerem sob a superfície
cutânea. Na última fase da gravidez ocorre também uma proliferação dos ácinos glandulares, através da qual os seios ficam
preparados para iniciarem a sua atividade secretora. Embora, por vezes, a saída de pequenas quantidades de secreções seja
perceptível desde meio da gravidez, a verdadeira secreção láctea apenas se inicia após o parto.  
 
Aumento de peso: Apesar de, ao longo da gravidez, a mãe passar por um progressivo aumento do peso do corpo, variável de
caso para caso de acordo com fatores como a sua constituição física, o tamanho do feto e, como é óbvio, a alimentação, este
aumento de peso costuma manter-se dentro de determinados limites, já que o normal, ou o desejável, é que o aumento seja de
9 a 12 kg. Mais de metade deste aumento corresponde ao peso alcançado pelo próprio feto já desenvolvido, ao líquido
amniótico que o rodeia e à placenta, enquanto que o resto é originado pelo crescimento do útero e dos seios, através do
aumento dos depósitos adiposos e do volume sanguíneo.  
 O aumento de peso, de início reduzido ou até inexistente, é mais significativo à medida que a gravidez vai avançando. De
facto, como o peso da mulher, ao longo do primeiro trimestre, costuma permanecer estável, pois o embrião é reduzido e o
útero apenas cresce, produz-se, no máximo, um aumento de cerca de 0,5 kg por mês, ou seja, um total de 1,5 Kg. Ao longo do
segundo trimestre, já é possível observar um aumento de peso muito mais evidente, de 1 a 1,5 kg por mês. No último trimestre,
o aumento de peso situa-se perto dos 2 kg por mês.  
 Considera-se que o aumento de peso se deve processar de forma regular e progressiva, sem ultrapassar, em nenhum período
da gravidez, um máximo de 300 a 400 g por semana. Todo o excesso corresponde a uma alimentação inadequada, o que apenas
iria originar o aumento dos depósitos de gordura. 
 
Alterações cardiovasculares: O aparelho cardiovascular materno encarrega-se do fornecimento das substâncias necessárias para
o desenvolvimento do feto e eliminação dos seus resíduos, utilizando a placenta como órgão intermediário, o que justifica o
facto de o seu funcionamento ao longo da gravidez ser adaptado.  
 A influência das hormonas da gravidez proporciona a dilatação de praticamente todos os vasos circulatórios, o que provoca
um aumento tão significativo do volume de sangue que os glóbulos vermelhos ficam mais diluídos, originando uma anemia
relativa. Dado que o coração tem que aumentar a frequência dos seus batimentos para manter a circulação, o débito cardíaco
aumenta no mínimo 30% nos dois últimos trimestres da gravidez. Embora a dilatação vascular proporcione uma ligeira descida
da pressão arterial ao longo dos dois primeiros trimestres, à medida que se vai aproximando o fim da gravidez, os seus valores
vão regressando ao normal. Por outro lado, o aumento do volume sanguíneo e a compressão que o feto exerce sobre os
grandes vasos abdominais e pélvicos, dificultando o retorno venoso, são fatores que contribuem para a insuficiência venosa dos
membros inferiores.  
 
Alterações urinárias: Observa-se aumento no suprimento de sangue renal desde o início da gravidez. Os rins aumentam de peso
e tamanho, sofrem dilatação da pélvis renal, aumento da taxa de filtração glomerular no primeiro trimestre e aumento da
função dos túbulos. Nestes há retenção gradual de sódio e água. Se a gestante permanece em decúbito dorsal, há queda do
filtrado glomerular e retenção sódica.

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