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Via auditiva

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12/03/2021 OneNote
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Anatomia 
sábado, 21 de março de 2020 14:11 
Via auditiva 
Anotações: 
• A orelha externa: tem a função de captar as ondas externas e conduzir até a orelha média. Sua constituição é de
cartilagem elástica, recoberta por pele. A membrana timpânica é revestida por um epitélio cúbico simples; 
• A orelha média: é a segunda divisão, também é revestido por epitélio, situada na parte petrosa da nossa cabeça. Ela
possui três ossículos da audição (martelo, bigorna e estribo), os quais são responsáveis por amplificar o som (através
da vibração dos mesmos). Esses ossículos são sustentados por ligamentos. 
• Temos dois músculos muito importantes na nossa orelha: O músculo tensor do tímpano, que é inervado pelo ramo
mandibular do nervo trigêmeo (V), limita o movimento e aumenta a tensão da membrana timpânica, evitando danos à
orelha interna por causa dos barulhos muito altos. O músculo estapédio, que é inervado pelo nervo facial (NC VII), é o
menor músculo esquelético do corpo humano, evitando grandes vibrações no estribo decorrentes de sons altos, ele
protege a janela do vestíbulo e diminui a sensibilidade auditiva. 
 
 
 
 A audição é a capacidade de perceber vibrações transmitidas pelo ar, traduzindo as ondas sonoras em impulsos nervosos.
Tendo papel fundamental na evolução, juntamente com a visão, permitindo aos animais perceber sons no ambiente ao seu 
redor auxiliando tanto na caça quanto na fuga. Além disso, é fundamental para o desenvolvimento da vocalização e da
comunicação dos seres humanos. 
 
 O órgão responsável pela audição é a orelha (antigamente denominado ouvido), também chamada órgão vestíbulo-
coclear ou estato-acústico. A orelha é simplesmente a parte visível do ouvido (a aurícula), em formato de caracol. É a
primeira parte do ouvido que reage ao som. A função da orelha é agir como um tipo de funil, o qual ajuda levando o som
para o ouvido. 
 
Funções do meato acústico externo: 
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• Proteção da membrana timpânica e das estruturas subjacentes; 
• Encaminha e amplifica as frequências sonoras para a orelha média. 
 
1) Sobre a Anatomia externa da orelha observe a figura e responda: 
 
a) Quais são as estruturas que formam a parte externa da orelha? 
 
 A orelha externa é formada pelo pavilhão auditivo (antigamente denominado orelha) e pelo canal auditivo
externo ou meato auditivo.  
 
 
b) Explique a função de cada estrutura citada acima 
 
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• Pavilhão auditivo: Todo o pavilhão auditivo (exceto o lobo ou lóbulo) é constituído por tecido cartilaginoso recoberto
por pele, tendo como função captar e canalizar os sons para a orelha média. Ou seja, conduz o estímulo sonoro para o
meato acústico e também tem importância na orientação da origem da fonte sonora. 
• Canal auditivo: O canal auditivo externo estabelece a comunicação entre a orelha média e o meio externo, tem cerca
de três centímetros de comprimento e está escavado em nosso osso temporal. É revestido internamente por pêlos e
glândulas, que fabricam uma substância gordurosa e amarelada, denominada cerume ou cera. Tanto os pêlos como o
cerume retêm poeira e micróbios que normalmente existem no ar e eventualmente entram nos ouvidos. 
 O canal auditivo externo termina numa delicada membrana - tímpano ou membrana timpânica - firmemente fixada
ao conduto auditivo externo por um anel de tecido fibroso, chamado anel timpânico.  
 
c) Qual a função da “cera do ouvido”? 
 
 A cera do ouvido, também chamada de cerume ou cerúmen, é produzida por glândulas sebáceas que se encontram no
canal auditivo da orelha externa. As glândulas sebáceas produzem esse cerúmen com pH ácido com o intuito de proteger os
ouvidos de poeira e microorganismos que podem afetar a audição causando infecções. 
 
2) Observe a figura sobre a orelha média e responda: 
 
a) Quais são os ossículos que formam esta parte da orelha? 
 
Na orelha média estão localizados três ossículos muito importantes: o martelo, a bigorna e o estribo. Esses ossículos têm a
função de converter mecanicamente as vibrações do tímpano e conduzir à orelha interna. 
 
b) Descreva cada ossículo citado acima. 
 
• Martelo: O martelo pode chegar a medir 9 milímetros de comprimento, sendo o maior ossículo da orelha. O martelo
liga-se ao tímpano pela membrana timpânica e ao osso bigorna, através de sua outra extremidade. 
• Bigorna: Esse ossículo localiza-se entre o martelo e o estribo. Possui esse nome devido a sua semelhança com o
utensílio bigorna, um material de aço ou de ferro fundido. 
• Estribo: É o menor ossículo da orelha, medindo em torno de 3 milímetros, ou seja, é o menor osso do corpo humano. 
O estribo conecta-se à bigorna e a orelha interna, através da janela oval. O osso funciona como um tipo de
sustentação em forma de ferradura, por isso ganhou esse nome. 
 
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c) Quais são os músculos presentes nesta região, qual sua função e por quais nervos são inervados? 
 
 O músculo tensor do tímpano, que é inervado pelo ramo mandibular do nervo trigêmeo (V), limita o movimento e
aumenta a tensão da membrana timpânica, evitando danos à orelha interna por causa de barulhos muito altos.    
 O músculo estapédio, que é inervado pelo nervo facial (NC VII) é o menor músculo esquelético do corpo humano. Ao
evitar grandes vibrações no estribo decorrentes de sons altos, ele protege a janela do vestíbulo (oval), mas também diminui
a sensibilidade auditiva. Por esse motivo, a paralisia do músculo estapédio está associada à hiperacusia, que é uma audição
anormalmente sensível. Como demora uma fração de segundo para que os músculos tensor do tímpano e estapédio se
contraiam, eles podem proteger a orelha interna de sons altos prolongados, mas não de sons curtos, como o de um tiro. 
 
d) Qual a função da tuba auditiva? 
 
 A tuba auditiva ou Trompa de Eustáquio é um canal que liga a orelha média à faringe. Sua função é igualar a pressão na
orelha média à pressão atmosférica, permitindo, assim, o livre movimento da membrana timpânica. Essa tuba permite a
entrada e a saída de ar da cavidade timpânica, equilibrando a pressão nos dois lados da membrana. 
 
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• A tuba auditiva do bebê é mais curta e mais horizontalizada, o que favorece a ida de secreções nasais durante
resfriados até a caixa timpânica, ocasionando as otites. 
 
 
3) Observe a figura e explique as estruturas que constituem a anatomia interna da orelha: 
 
 
 A orelha interna ocupa uma região dentro da porção petrosa do osso temporal denominada labirinto ósseo. Dentro desse
labirinto ósseo há um labirinto membranoso, mas que não o acompanha totalmente. É como se existissem duas caixas, uma
dentro da outra, uma seria rígida, digamos, de ferro (o labirinto ósseo), e a outra seria de plástico bem maleável, porém que
não teria a mesma forma da caixa de ferro (o labirinto membranoso). O labirinto membranoso abriga tanto o sistema
auditivo, que estamos estudando agora, quanto o sistema vestibular, que veremos adiante.  
• Labirinto ósseo: Camada óssea laminar dentro da porção petrosa do osso temporal que contém uma estrutura
membranosa, ou seja, o labirinto membranoso, separando-o do crânio  
• Labirinto membranoso: Estrutura membranosa envolvida por tecido conjuntivo e que contém órgãos receptores
sensoriais  
 Na parte auditiva do labirintomembranoso situa-se a cóclea, uma estrutura membranosa em espiral que se localiza
anteriormente à parte do labirinto membranoso referente ao sistema vestibular. Este último apresenta três componentes:
o sáculo, o utrículo e os canais semicirculares.  
• Cóclea: Estrutura óssea em espiral ou em forma de caracol localizada na orelha interna que contém o órgão sensorial
para a transdução do som  
• Sáculo: Região que contém as células sensoriais na orelha interna e que, juntamente ao utrículo, responde à
aceleração linear da cabeça  
• Utrículo: Região que contém as células sensoriais na orelha interna e que, juntamente ao sáculo, responde à
aceleração linear da cabeça  
• Canais semicirculares: Parte do labirinto membranoso referente ao sistema vestibular, relacionado com a percepção
da aceleração angular da cabe  
  
4) Explique como acontece a transmissão do sinal sonoro (fisiologicamente) 
 
• A orelha média serve como uma proteção da orelha interna contra sons muito intensos. Além disso, permite que o
som (onda mecânica) seja transmitido de um meio aéreo para um meio líquido sem sofrer grandes modificações
(transformador de impedâncias). É função da orelha média, participar da amplificação sonora, através do mecanismo
hidráulico. 
 
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 1º A orelha direciona as ondas sonoras para o meato acústico externo;   
 2º Quando as ondas sonoras atingem a membrana timpânica, as ondas alternadas de pressão alta e baixa no ar provocam
vibrações na membrana timpânica de um lado para outro. A membrana timpânica vibra lentamente em resposta aos sons
de baixa frequência (graves) e rapidamente em resposta aos sons de alta frequência (agudos); 
 3º A área central da membrana timpânica conecta-se ao martelo, que vibra com a membrana timpânica. Essa vibração é
transmitida do martelo para a bigorna e, em seguida, para o estribo; 
 4º Á medida que o estribo se movimenta, sua base oval, que está presa por meio de um ligamento á circunferência da
janela do vestíbulo, vibra nesta janela. As vibrações nessa janela do vestíbulo são aproximadamente 20 vezes mais vigorosas
do que na membrana timpânica, porque os ossículos da audição transmitem de forma eficiente vibrações menores
disseminadas sobre uma ampla área de superfície; 
 5º O movimento dos estribos na janela do vestíbulo produz ondas de pressão hidrostática na perilinfa da cóclea. Á
medida que a janela do vestíbulo se curva para dentro, empurra a perilinfa da rampa para o vestíbulo;  
 6º Ondas de pressão são transmitidas da rampa do vestíbulo para a rampa do tímpano e, finalmente, para a janela da
cóclea, provocando sua curvatura para fora (para dentro da orelha média);   
 7º As ondas de pressão propagam-se pela perilinfa da rampa do vestíbulo, em seguida para a parede vestibular, e depois
se move para dentro da endolinfa no interior do ducto coclear; 
 8º As ondas de pressão na endolinfa provocam a vibração da lâmina basilar, que move as células ciliadas do órgão espiral
contra a membrana tectórica. Isso causa a curvatura dos esterocílios e, basicamente, a geração de impulsos nervosos nos
neurônios de primeira ordem nas fibras nervosas cocleares;  
 9º Ondas sonoras de frequência variadas fazem com que determinadas da membrana basilar vibrem mais intensamente
que outras. Cada segmento da membrana basilar é sintonizado/ajustado para um nível sonoro esécífico. Como a membrana
é mais estreita e rígida na base da cóclea (próximo a janela do vestíbulo), sons de alta frequência (agudos) induzem
vibrações máximas nessa região. Em direção ao ápice da cóclea, a membrana basilar é mais extensa e flexível; sons de baixa
frequência (grave) provocam vibração máxima da membrana basilar nesse ponto. A sonoridade é determinada pela
intensidade das ondas sonoras. Ondas sonoras de alta intensidade provocam vibrações mais intensas na membrana basilar,
levando uma frequência mais elevada dos impulsos nervosos que chegam ao encéfalo. Sons mais altos também podem
estimular um maior número de células ciliadas. 
 
 
5) Observe a figura e explique a via auditiva 
 
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 Na sua região basal e lateral, as células estereociliadas fazem sinapses com prolongamentos de neurônios cujos corpos
celulares se situam no gânglio espiral que fica alojado no modíolo. O tipo mais comum de sinapses nessa região é aquele
que já vimos na retina, sinapse em fita. Os neurônios do gânglio espiral são bipolares. Seus dendritos fazem sinapse com as
células estereociliadas do órgão de Corti, e seus axônios penetram no meato acústico interno, junto com as fibras
vestibulares, formando o VIII par craniano, o nervo vestibulococlear. Estas fibras se dirigem para núcleos cocleares (dorsal e
ventral) no bulbo, onde termina a divisão coclear do nervo vestibulococlear da orelha do mesmo lado (ipsolateral).  
• Gânglio espiral: Grupo de neurônios localizado no modíolo na cóclea que recebe informações das células
estereociliadas e que as envia para os núcleos cocleares no bulbo  
• Núcleos cocleares: Núcleos situados no bulbo que recebem aferências do gânglio espiral na cóclea. São dois a cada
lado: um dorsal e outro ventral  
 A maioria dos axônios originados nestes núcleos cruza para o lado oposto, formando o corpo trapezoide, contornam o
núcleo olivar superior de cada lado da ponte e sobem pelo lemnisco lateral para o colículo inferior, no mesencéfalo. Alguns
axônios provenientes dos núcleos cocleares penetram no lemnisco lateral ipsolateral. Então, os neurônios do colículo
inferior mandam axônios para o núcleo geniculado medial no tálamo, enquanto colaterais inervam os núcleos olivares
superiores na porção aberta do bulbo e os núcleos do lemnisco lateral na ponte.  
 Os neurônios do núcleo geniculado lateral do tálamo, por sua vez, projetam seus axônios para a área 41 do córtex
cerebral, o córtex auditivo primário, por meio de uma via denominada radiação auditiva. Esse córtex, semelhante a outras
áreas corticais, também apresenta uma organização colunar; nessa região, neurônios sensíveis a tons de frequências
semelhantes estão dispostos por todas as seis camadas de uma coluna cortical.   
  
 Um determinado tom, ao atingir a orelha interna, movimenta um ponto específico da membrana basilar e, por meio de
vias auditivas específicas, ativa uma faixa definida de neurônios no córtex auditivo primário. Portanto, nota-se que a
projeção desde o órgão de Corti mantém uma organização tonotópica, em que certa frequência ativa uma altura específica
do órgão de Corti ao longo da membrana basilar que, ao se projetar para o córtex, fica organizada pelos tons aos quais
responde. A isso, dá-se o nome de tonotopia.  
 Acredita-se que a representação cortical de outros atributos do som esteja sobreposta à organização tonotópica do
córtex auditivo primário. As áreas corticais auditivas que processam atributos de ordem superior, as áreas de Brodman 42 e
22, envolvem parcialmente o córtex auditivo primário nas superfícies superior e lateral do lobo temporal. Essas regiões se
distinguem morfologicamente do córtex auditivo primário porque apenas nessa área existe uma camada 4 muito
proeminente, uma característica das áreas sensoriais primárias.  
 É interessante você saber também que as vias auditivas apresentam grande número de fibras ipsolaterais. Dessa maneira,
as áreas auditivas do córtex auditivo primário recebem impulsos originados na cóclea tanto do seu próprio lado como do
lado oposto (contralateral), o que torna impossível a perda da audição quando há lesão em apenas uma área auditiva. 
 
6) Explique qual a relação do equilibro com as estruturas da audição. 
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 O sistema responsável pelo equilíbrio se localiza no ouvido interno, é o sistema ou aparelho vestibular, conhecido
como “centro do equilíbrio”. Este é formado por um conjunto de órgãos: três canais semicirculares que se juntam a uma
região central chamada vestíbulo, que apresenta ainda duas estruturas chamadas sáculo e utrículo. Ligada ao vestíbulo
encontra-se também a cóclea que é a sede do sentido da audição. O conjunto dessas duas estruturas chama-se labirinto. 
 Esses canais semicirculares são preenchidos por um liquido, cujo movimento – provocado pelo movimento da cabeça –
estimula as celular ciliadas que enviam constantemente impulsos nervosos ao cérebro ou diretamente a centros que
controlam o movimento dos olhos ou dos músculos, mantendo assim o corpo numa posição de equilíbrio. 
 Por isso há a relação direta entre o equilíbrio e o ouvido, e por isso as doenças que acometem o sistema auditivo afetam
o equilíbrio, um exemplo é a labirintite. 
 
Existem dois tipos de equilíbrio: 
• O equilíbrio estático se refere à manutenção da posição do corpo (principalmente a cabeça) em relação à força da
gravidade. Os movimentos corporais que estimulam os receptores do equilíbrio estático incluem girar a cabeça e a
aceleração e a desaceleração lineares, como experimentado quando o corpo é movido dentro de um elevador ou em
um carro que acelera ou desacelera. 
• O equilíbrio dinâmico é a manutenção da posição corporal (principalmente da cabeça) em resposta a movimentos
súbitos como a aceleração ou a desaceleração rotacionais. Coletivamente, os órgãos receptores para o equilíbrio são
chamados de aparelho vestibular; que incluem o sáculo, o utrículo e os ductos semicirculares.  
 
Vias do equilíbrio:  A curvatura dos feixes pilosos das células ciliadas nos ductos semicirculares, no utrículo ou no sáculo
promove a liberação de um neurotransmissor (provavelmente glutamato), gerando impulsos nervosos nos neurônios
sensitivos que inervam as células ciliadas. Os corpos celulares dos neurônios sensitivos estão localizados nos gânglios
vestibulares. Impulsos nervosos são transportados pelos axônios desses neurônios, que formam a parte vestibular do nervo
vestibulococlear (VIII). A maior parte desses axônios forma sinapses com os neurônios sensitivos nos núcleos vestibulares,
os principais centros de integração com o equilíbrio, localizados no bulbo e na ponte. Os núcleos vestibulares também
recebem informações dos olhos e dos proprioceptores, especialmente os localizados nos músculos do pescoço e dos
membros, que indicam a posição da cabeça e dos membros. Os axônios restantes entram no cerebelo através dos
pedúnculos cerebelares inferiores. Vias bidirecionais conectam o cerebelo e os núcleos vestibulares.   
 Os núcleos vestibulares integram informações provenientes dos receptores vestibulares, visuais e somáticos e enviam
comandos para:    
1) os núcleos dos nervos cranianos – oculomotor (III), troclear (IV) e abducente (VI) – que controlam os movimentos
coordenados dos olhos e da cabeça, ajudando a manter o foco no campo visual;    
2) os núcleos dos nervos acessórios (XI), que ajudam a controlar os movimentos da cabeça e do pescoço para a manutenção
do equilíbrio;    
3) o trato vestibulospinal, que transmite impulsos para a medula espinal para a manutenção do tônus muscular nos
músculos esqueléticos, ajudando a manter o equilíbrio;    
4) o núcleo ventral posterior do tálamo e, então, para a área vestibular no lobo parietal do córtex cerebral (que é parte da
área somatossensorial primária; que nos fornece a percepção consciente da posição e dos movimentos da cabeça e dos
membros.   
 
Equilíbrio Estático:  
Órgãos otolíticos | Sáculo e utrículo   
 As paredes tanto do utrículo quanto do sáculo contêm uma região pequena e espessa chamada de mácula. As duas
máculas, que são perpendiculares uma à outra, são os receptores do equilíbrio estático. Elas fornecem informação sensorial
a respeito da posição da cabeça no espaço e são essenciais para a manutenção da postura e do equilíbrio adequados. As
máculas também detectam aceleração e desaceleração lineares – por exemplo, as sensações que você percebe enquanto
está dentro de um elevador ou de um carro que acelera ou desacelera.   
 As máculas são formadas por dois tipos de células: as células ciliadas, que são os receptores sensitivos, e as células de
sustentação. As células ciliadas possuem em sua superfície entre 40 e 80 estereocílios (que são na realidade
microvilosidades) de altura gradual, além de um cinocílio, um cílio convencional ancorado firmemente em seu corpo basal e
que se estende além do estereocílio mais longo. Assim como na cóclea, os estereocílios estão conectados pelas ligações de
extremidade. Coletivamente, os estereocílios e os cinocílios são chamados de feixe piloso. Espalhadas entre as células
ciliadas encontram-se as células de sustentação colunares que provavelmente secretam a camada espessa e gelatinosa de
glicoproteínas, chamada de membrana dos estatocônios, que se encontra sobre as células ciliadas. Uma camada de cristais
densos de carbonato de cálcio, chamados de estatocônios, se estende sobre toda a superfície dessa membrana.   
 Como a membrana dos estatocônios se encontra em cima da mácula, se você inclinar a cabeça para frente, a membrana
(juntamente com os estatocônios) é tracionada pela gravidade. Ela desliza “para baixo” sobre as células ciliadas na direção
dos feixes pilosos que se dobraram. Entretanto, se você está sentado ereto em um carro que acelera subitamente, a
membrana dos estatocônios fica para trás em relação ao movimento da cabeça, puxa os feixes pilosos, fazendo com que
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eles se dobrem em outra direção. O dobramento dos feixes pilosos em uma direção estica as ligações de extremidade, que
tracionam os canais de transdução, produzindo potenciais receptores despolarizantes; o dobramento na direção oposta
fecha os canais de transdução e produz a hiperpolarização.   
 Conforme as células ciliadas despolarizam e repolarizam, elas liberam um neurotransmissor em uma taxa mais rápida ou
mais lenta. As células ciliadas formam sinapses com neurônios sensitivos de primeira ordem na parte vestibular do nervo
vestibulococlear (VIII). Esses neurônios disparam impulsos em um ritmo lento ou rápido, dependendo da quantidade de
neurotransmissor presente. Neurônios motores também formam sinapses com as células ciliadas e com os neurônios
sensitivos. Evidentemente, os neurônios motores regulam a sensibilidade das células ciliadas e dos neurônios sensitivos.  
 
Equilíbrio Dinâmico: 
Ductos semicirculares   
 Os três ductos semicirculares agem sobre o equilíbrio dinâmico. Os ductos se encontram em ângulos retos um em relação
aos outros em três planos: os dois ductos verticais são os ductos semicirculares anterior e posterior e o ducto horizontal é o
ducto semicircular lateral. Esse posicionamento permite a detecção da aceleração e da desaceleração rotacionais. Na
ampola, a parte dilatada de cada ducto, encontra-se uma pequena elevação chamada de crista. Cada crista contém um
grupo de células ciliadas e de células de sustentação. Recobrindo a crista encontra-se uma massa de material gelatinoso
chamada de cúpula. Quando você move sua cabeça, os ductos semicirculares vinculados e as células ciliadas se movem
concomitantemente. Entretanto, a endolinfa dentro da ampola não está vinculada e fica para trás. Conforme as células
ciliadas se movendo sofrem atrito contra a endolinfa estacionária, os ramos ciliares se dobram. O dobramento dos ramos
ciliares produz potenciais receptores. Por sua vez, os potenciais receptores causam impulsos nervosos que passam pela
parte vestibular do nervo vestibulococlear (VIII).  
 
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