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Fichamento - Psicodiagnóstico Interventivo Fenomenológico-existencial - Marizilda Fleury Donatelli

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1 
UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP 
 
FICHAMENTO DE LEITURA 
 
 
Psicodiagnóstico Interventivo Fenomenológico-existencial - Marizilda Fleury Donatelli 
 
O capítulo II do livro Psicodiagnóstico Interventivo – Evolução de uma Prática, se propõe a 
apresentar como funciona o psicodiagnóstico interventivo baseado em pressupostos 
fenomenológicos-existenciais e como se dá a postura do psicólogo que atua neste tipo de 
intervenção. Durante o capítulo a autora faz pequenas subdivisões tanto das diferentes 
características do psicodiagnóstico quanto do atendimento em si. 
 Em relação ao psicodiagnóstico como processo de intervenção a autora dedica uma parte 
do texto para contextualizar a função do psicólogo durante muito tempo na prática de 
atendimento interventivo e como era baseada na descrição de sintomas e no levantamento de 
dados do paciente para um possível encaminhamento, sem haver uma vinculação maior entre 
terapeuta e paciente. Diferente deste modelo, o Psicodiagnóstico Interventivo busca esta relação 
entre o paciente e terapeuta e baseia sua intervenção em propostas devolutivas, ou seja, fazer 
um trabalho em conjunto. Este modelo não busca patologizar o paciente, mas sim entender suas 
questões. 
 Como uma prática colaborativa o psicodiagnóstico infantil busca sempre a colaboração dos 
pais, pois, são eles que irão trazer as informações e as questões sobre o filho que vão ser 
trabalhadas futuramente. Neste sentido o psicólogo deve agir de modo a deixar os pais 
confortáveis para que juntos possam trabalhar e buscar compreender melhor a criança. Já como 
uma prática compartilhada o psicólogo compartilha suas impressões e percepções para o cliente 
para que possam criar percepções juntos e ampliar suas experiências. 
 O psicodiagnóstico como prática de compreensão das vivências é baseado não apenas na 
teoria, mas também na experiencia de vida do cliente. Para isso é preciso que o psicólogo 
compartilhe experiencias com o cliente para que possa entender sua realidade, porém, também 
deve conseguir manter uma distância que permita que ele reflita sobre as questões levantadas. 
Como prática descritiva não busca classificar o cliente em relação a patologias, mas sim 
descrever a vida do sujeito e seu estar no mundo com seus significados. De modo geral, este 
modelo de psicodiagnóstico valoriza sobretudo a colaboração entre psicólogo e paciente onde 
experiencias do cliente e percepções do psicólogo são compartilhadas. 
 
 2 
 A autora também dedica parte do capítulo para descrever o atendimento e a postura do 
psicólogo durante o mesmo apresentando sua própria experiencia de trabalho focando em 
psicodiagnóstico infantil. O atendimento então, começa com a entrevista inicial com somente 
os pais, ela expõe sua maneira de trabalhar e busca entender o que ocorre com a criança 
buscando uma relação ativa entre os pais para que possam trabalhar em conjunto. Após este 
primeiro atendimento, o segundo é destinado a anamnese que pode ser feita pelos pais em casa, 
ou pode ser feita durante o atendimento. Busca-se entender toda a história de vida da criança 
desde o namoro de seus pais até a gravidez em si, sempre com o objetivo de entender os 
significados de vida da criança e dos pais. Se a anamnese for concluída em apenas um 
atendimento, o terceiro é o contato inicial com a criança. 
 Neste primeiro encontro o psicólogo irá se apresentar a criança e entender se ela sabe o que 
um psicólogo faz. O principal objetivo é entender as fantasias e medos da criança e explicar a 
ela por que seus pais a trouxeram em uma linguagem que a mesma possa entender. A primeira 
sessão é uma observação lúdica utilizando a caixa lúdica. Há a observação do brincar e a 
tentativa de estabelecer relações entre seu comportamento em atendimento e sua vida. É 
importante no final da sessão conversar com a criança sobre as observações feitas durante o 
atendimento. 
 As sessões devolutivas com os pais são feitas com as crianças presentes e há discussão sobre 
os procedimentos que irão ser utilizados e o porquê dos mesmos. Esses procedimentos podem 
envolver o uso de testes psicológicos dependendo de cada caso para se conhecer o 
funcionamento da criança e, também ao final expor suas observações para a criança. Também 
ocorrem visitas escolares e domiciliares para entender a criança em suas circunstâncias de vida. 
Nessas visitas é importante observar o ambiente, a estrutura tanto da escola quanto da casa para 
elucidar como esta criança está no mundo. 
 Nas últimas sessões com os pais o objetivo principal é estabelecer as percepções que foram 
trabalhadas durante o processo de psicodiagnóstico, trabalhar o desligamento deste processo 
após uma vinculação forte, avaliar em conjunto o processo e apontar os aspectos mais 
importantes a serem trabalhados pelos pais para fortalecer suas relações com a criança e 
trabalhar possíveis encaminhamentos ou desligamentos. 
 No final do processo é feito um relatório escrito onde constam todas as informações dadas 
pelos pais e o que foi trabalhado durante o processo. Ele é lido para os pais que podem fazer 
modificações neste relatório. Em relação a criança, a devolutiva final pode ser feita de maneira 
lúdica com um livro ilustrado que conta sua história sem citar seu nome para que a criança 
possa se identificar, mas não necessariamente se relacionar com a história.

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