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AO MM. JUÍZO COMPETENTE DO JUIZADO ESPECIAL DE CAMAÇARI-BA.
ÍCARO WRIGHT, (nacionalidade), (estado civil), engenheiro, portador da carteira de identidade RG n° xxxxxxx e inscrito no CPF sob n° xxxxxxx, residente em Camaçari-BA, por seu advogado que esta subscreve, vem respeitosamente perante esse Juizado Especial civil propor a presente
AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAS
contra a empresa aérea (xxx), inscrita no CNPJ/MF sob n° xxxxxx, estabelecida na Av. XXXXX, pelos fatos e razões a seguir exposto: 
I-DOS FATOS
O autor trabalha como engenheiro em uma empresa automobilística da região, acontece, porém, que o mesmo teve que viajar a serviço para uma reunião de negócios em Belo Horizonte
Ademais por um erro da companhia aérea o autor foi embarcado para Porto Alegre, em virtude disso teve que pegar outro voo para BH, chegando em horário diferenciado o que ocasionou a perca de compromisso, além disso as suas Roupas, os cabos de seu computador portátil, o carregador do celular e todo o material para sua reunião estavam na mala. Estando Ícaro somente com a roupa do corpo e seu computador portátil.
Com isso a companhia aérea se comprometeu a entregar sua mala no meio da tarde – mas a bagagem só chegou a Belo Horizonte às 20 horas, tendo sido entregue no hotel de Ícaro somente à meia-noite. Tendo assim que comprar cabos novos, o que gerou uma grande despesa, além de ter telefonado 25 vezes para a companhia área (de seu celular e do hotel), gastando com isso, R$ 600,00 (seiscentos reais).
Com isso gerou um enorme aborrecimento por dizer uma coisa e não cumprir, visto que só estava com a roupa do corpo, vindo ainda trabalhar no serviço ora programado, mas que não cumpriu com toda a obrigação em virtude desse constrangimento. 
Vale frisar ainda que o autor tentou por várias vezes uma solução junto a companhia, porém eles ficavam enrolando para ganhar tempo e não cumprir com a obrigação.
Assim, nada mais justo, venha o autor requerer judicialmente uma reparação por tal fato.
II-DO DIREITO 
No ordenamento jurídico brasileiro é certa e pacífica a tese de que quando alguém viola um interesse de outrem, juridicamente protegido, fica obrigado a reparar o dano daí decorrente. Tal entendimento pode ser extraído da Constituição Federal em seu artigo 5°, inciso X :
“X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;”
Além do legislador não deixar de pronunciar esta garantia de direito em alguns artigos do Código de Defesa do Consumidor, que no caso em tela tem claramente uma relação de consumo entre autor e ré, onde transcrevemos o artigo 6° e 20° do CDC:
"Artigo 6°....
VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos";
Art. 20. O fornecedor de serviços responde pelos vícios de qualidade que os tornem impróprios ao consumo ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade com as indicações constantes da oferta ou mensagem publicitária, podendo o consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha:
I - a reexecução dos serviços, sem custo adicional e quando cabível;
II - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos;
III - o abatimento proporcional do preço
O Código Civil institui também que é necessário haver a reparação dos danos a outrem causados, observados em seu artigo 186 :
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Igualmente reiterando e complementando esse pensamento o Código civil traz a responsabilidade civil objetiva em seu artigo 927 ao dizer:
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.
No caso em tela ficou evidente a existência da responsabilidade objetiva, que é aquela que o dano deve ser reparado independente de culpa conforme o que demonstrado no parágrafo único acima.
Dessa forma fica evidente como cristal que o autor sofreu tanto por dano material, em decorrência dos valores gastos a mais na compra de itens que o mesmo já dispunha e o dano moral pelo constrangimento de não poder cumprir com os compromissos da qual tinha ido exclusivamente para fazê-los, além de ter tido que passar por um serviço conturbado e desorganizado da empresa aérea.
 
III- DOS PEDIDOS;
a) Indenização pelo transtorno, dissabores e inconvenientes ocasionado pela empresa, ou seja, Danos Morais que seja concedido no valor de 20.000,00 (vinte mil reais);
b) Indenização por donos matérias, meramente comprovado, tais como as ligações feitas pelo seu telefone, outras despesas, com material do notebook e roupas, no valor final de 1.600,00 (mil e seiscentos reais);
c) Citação do réu, para querendo pague ou apresente defesa no prazo legal;
d) A condenação em todos os termos da exordial;
e) A inversão do ônus da prova por ser consumidor.
Dá-se à causa o valor de R$ 21.600,00 (vinte e um mil e seiscentos reais).
Termos em que
Pede Deferimento.
(Local, data, ano).
__________________________________________________________________
Advogado/OAB

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