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Características do Sistema Tributário Nacional - Altamente constitucionalizado - Concentrado na tributação sobre o consumo - Muito denso em relação à legislação infraconstitucional - Concentração na União de maior número de tributos - Competência tributária dos Municípios ocasionando um sistema poroso Conceito Direito Público Relação entre fisco e contribuinte ● Receita Pública: dinheiro do Estado por arrecadação - originária - o Estado assume o risco, explora a atividade econômica e seu patrimônio. Se origina do próprio Estado, ele que busca a própria receita. - derivado - Estado tira da iniciativa privada, através da arrecadação de tributos. Fontes Fontes Primárias: criam a relação tributária. Fontes de produção normativa: CF EC CTN 87/96 123/06 116/03 LO/MP/Leis Delegadas/Dec Legislativas/Resoluções Fontes Secundárias: Poder executivo botando em prática as normas primárias sem modificá-las. Decretos regulamentares - Poder Executivo. Normas complementares - art. 110 CTN Art. 100. São normas complementares das leis, dos tratados e das convenções internacionais e dos decretos: I - os atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas; II - as decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição administrativa, a que a lei atribua eficácia normativa; III - as práticas reiteradamente observadas pelas autoridades administrativas; IV - os convênios que entre si celebrem a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. Parágrafo único. A observância das normas referidas neste artigo exclui a imposição de penalidades, a cobrança de juros de mora e a atualização do valor monetário da base de cálculo do tributo. OBS: Se alguma delas violar as fontes primárias, cabe aos contribuintes arguir. Tributo Art. 3 CTN “Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.” - Afasta a prestação in labore e in natura (mercadorias) - Tributo pode ser extinto por dação em pagamento de bens imóveis. EXCEÇÃO. Prestação Compulsória: é uma imposição, não pode decorrer da vontade das partes. É unilateral, não há contratualidade. Que não constitua sanção por ato ilícito: não é multa. Fato gerador advém de comportamento lícito, circunstâncias que ocasionam sua ocorrência OBS: “Pecunia non olet”, rendimentos de qualquer natureza (IR) Prestação instituída em lei: é atividade administrativa que cobra, plenamente vinculada Classificação dos Tributos Quanto às funções: Fiscal: IR Instrumento de arrecadação - Estado Fiscalista Tributação realizada para a manutenção (status quo) do Estado em sua estrutura Extrafiscal: II, IE, IPI, IOF, ITR, IPTU, CIDE Intervencionista: Estado interventor - Propulsor do Bem-Estar comum (Welfare state) Estímulo Desestímulo Parafiscal: Contribuições de interesse profissional (CRM/CRC/CRO ou interesse econômico, contribuições sindicais) Entidades Parafiscais - Delegação de interesses de grupos específicos. Espécies tributárias Impostos - IPTU, IPVA, ITR, ISS, IPI,... Taxas - taxa de vigilância sanitária, coleta de lixo… Contribuição de melhoria Empréstimo compulsório Contribuições especiais - sociais, CIDE, interesse de categoria, CIP (iluminação pública) Competência tributária Art 6 CTN “Art. 6º A atribuição constitucional de competência tributária compreende a competência legislativa plena, ressalvadas as limitações contidas na Constituição Federal, nas Constituições dos Estados e nas Leis Orgânicas do Distrito Federal e dos Municípios, e observado o disposto nesta Lei. Parágrafo único. Os tributos cuja receita seja distribuída, no todo ou em parte, a outras pessoas jurídicas de direito público pertencerá à competência legislativa daquela a que tenham sido atribuídos.” Características: - indelegável - irrenunciável - imprescritível - facultativa Competência privativa - impostos. Todas as entidades políticas (U/E/DF/M) podem instituir impostos. Mas a CF confere a cada um deles as bases econômicas Da União - II, IE, IPI, IR, IOF, IGF e ITR Estados e DF - IPVA, ICMS e ITCMD Municípios e DF (comp. cumulativa do DF): IPTU, ITBI, ISS Não podem criar outros Competência comum - taxas e contribuições de melhorias. Os entes podem instituir esses tributos pelas mesmas motivações (fatos geradores) Competência exclusiva da União - empréstimos compulsórios, CIDES, contribuições sociais, contribuições sociais, contribuições parafiscais. Competência residual da União - possibilidade da União criar novos impostos e novas fontes de custeio de contribuições sociais Competência extraordinária da União - em caso de guerra externa ou sua iminência Competência Suigeneris - Municípios e DF, contribuições de iluminação pública Formas de percepção Direto - o custo do tributo é suportado pelo próprio contribuinte sem haver repasse por ausência de etapa posterior. Ex: IPTU, IPVA, ITR. Quem paga é quem experimenta o custo econômico ao mesmo tempo. Indireto - paga mas precifica para outra etapa. Custo do tributo é juridicamente repassado ao terceiro. Nesse caso há o contribuinte de direito que é aquele que formalmente recolhe o tributo e o contribuinte de fato, que é aquele que suporta, do ponto de vista econômico, o custo do produto. Ex: ICMS, IPI e ISS. Art. 166 do CTN “Art. 166. A restituição de tributos que comportem, por sua natureza, transferência do respectivo encargo financeiro somente será feita a quem prove haver assumido o referido encargo, ou, no caso de tê-lo transferido a terceiro, estar por este expressamente autorizado a recebê-la.” Em razão da essencialidade dos produtos - tributação mais elevada para produtos supérfluos (cigarros) e menos onerosas para os essenciais. Ex: IPI (obrigatório) e o ICMS (facultativo) Ao contrário da competência, a capacidade tributária é: - delegável - Pessoa Jurídica de Direito Público capaz de arrecadar, cobrar e fiscalizar. NÃO CRIA! - pode ser revogada a qualquer momento e de forma unilateral - transmite os privilégios processuais - PJ de direito privado tem o cometimento da função de arrecadar
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