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Tatyane Ferreira Fonte:Manual de anestesia local. Malamed. 6 ºed.2013. BLOQUEIO DO NERVO MAXILAR Observação: • Em todas as técnicas, deve-se realizar: ✓ Uma agulha curta de calibre 27 é recomendada ✓ Secar com gaze estéril. ✓ Aplicar um antisséptico tópico (opcional). ✓ Aplicar um anestésico tópico por, no mínimo, 2 minutos. ✓ Orientar o bisel da agulha voltado para o osso. ✓ Retirar a seringa lentamente. ✓ Injetar lentamente o anestésico (a injeção rápida produz pressão tecidual elevada que lacera os tecidos gerando dor). Tatyane Ferreira Fonte:Manual de anestesia local. Malamed. 6 ºed.2013. As etapas da administração atraumática da anestesia do palato são as seguintes: 1. Produzir anestesia tópica adequada no local de penetração da agulha. 2. Usar anestesia por pressão no local antes e durante a introdução da agulha e a deposição da solução. 3. Manter controle sobre a agulha. 4. Injetar a solução de anestésico lentamente. 5. Confiar em si próprio. Você pode completar o procedimento de maneira atraumática. OBS: O palato é a única área da boca onde uma haste de algodão deve ser mantida na posição pelo administrador durante todo o tempo. Deve ser pressionada com firmeza suficiente para produzir a isquemia dos tecidos normalmente róseos no local de penetração e uma sensação de pressão intensa. A anestesia coompressiva deve ser mantida durante a penetração dos tecidos moles pela agulha e deve ser mantida durante todo o tempo em que a agulha permanecer nos tecidos moles do palato. ➢ BLOQUEIO DO NERVO MAXILAR É um método eficaz para produzir anestesia profunda de uma hemimaxila. ✓ Áreas Anestesiadas: Anestesia pulpar dos dentes superiores no lado do bloqueio, Periodonto vestibular e osso sobrejacente a estes dentes, Tecidos moles e osso do palato duro e parte do palato mole, medialmente à linha média e pele da pálpebra inferior, lateral do nariz, bochecha e lábio superior ✓ Nervo Anestesiado: Divisão maxilar do nervo trigêmeo. ✓ Indicações: Controle da dor antes de procedimentos cirúrgicos extensos, periodontais ou restauradores que requeiram anestesia de toda a divisão maxilar, em casos em que uma inflamação ou infecção tecidual impede o uso de outros bloqueios regionais (p. ex., ASP, ASA, ASMA, P-ASA) ou da injeção supraperiosteal e em procedimentos diagnósticos ou terapêuticos para neuralgias ou tiques da segunda divisão do nervo trigêmeo ✓ Contraindicações: Pacientes pediátrico, inflamação dos tecidos sobrejacentes ao local da injeção ✓ Alternativas: Injeções supraperiosteais ou do LPD para cada dente, bloqueio dos nervos ASA direito e esquerdo (bilateral) e bloqueio dos nervos maxilares direito e esquerdo (bilateral). ✓ Vantagens: Minimiza o volume total de solução de anestésico local injetada para 1,8 versus 2,7 ml e tanto o acesso da tuberosidade alta quanto o do canal palatino maior são usualmente atraumáticos.. Tatyane Ferreira Fonte:Manual de anestesia local. Malamed. 6 ºed.2013. ✓ Desvantagens: Risco de hematoma, principalmente com a abordagem da tuberosidade alta, ausência de hemostasia: caso necessário deve-se aplicar na área da cirurgia uma infiltração de anestésico local contendo vasoconstritor e a abordagem do canal palatino maior é potencialmente (embora não usualmente) traumática. ✓ Alternativas: devem-se administrar todos os seguintes: 1. Bloqueio do nervo ASP 2. Bloqueio do nervo ASA 3. Bloqueio do nervo palatino maior 4. Bloqueio do nervo nasopalatino TÉCNICA (abordagem da tuberosidade alta): 1. Área de introdução: altura da prega mucovestibular acima da face distal do segundo molar superior. 2. Área-alvo: Nervo maxilar, no ponto onde ele atravessa a fossa pterigopalatina. Superior e medial à área-alvo do bloqueio do nervo ASP. 3. Pontos de referência: Prega mucovestibular na face distal do segundo molar superior, tuberosidade da maxila e processo zigomático da maxila. 4. Para injeção alta na tuberosidade esquerda, um administrador destro deve sentar-se na posição 10 horas de frente para o paciente. Já para injeção alta na tuberosidade direita, um administrador destro deve sentar-se na posição de 8 horas de frente para o paciente. 5. Colocar o paciente em posição supina ou em semissupina, para o bloqueio direito ou esquerdo. 6. Preparar o tecido na altura da prega mucovestibular, na face distal do segundo molar superior: Secar com gaze estéril, aplicar antisséptico tópico (opcional) e aplicar anestésico tópico. 7. Abrir parcialmente a boca do paciente, puxar a mandíbula para o lado da injeção e retrair a bochecha na área da injeção com seu dedo indicador para aumentar a visibilidade. Esticar e tensionar os tecidos com este dedo. Tatyane Ferreira Fonte:Manual de anestesia local. Malamed. 6 ºed.2013. 8. Colocar a agulha na altura da prega mucovestibular sobre o segundo molar superior. 9. Avançar a agulha lentamente para cima, para dentro e para trás. 10. Avançar a agulha até uma profundidade de 30 mm. 11. Não deve ser encontrada resistência à penetração da agulha. Se for encontrada, o ângulo da agulha em direção à linha média está muito grande. 12. A esta profundidade (30 mm), a extremidade da agulha deve estar na fossa pterigopalatina, próxima da divisão maxilar do nervo trigêmeo. 13. Depositar lentamente (mais de 60 segundos) 1,8 ml. 14. Retirar a seringa. TÉCNICA (abordagem do canal palatino maior): 1. Área de introdução: tecidos moles palatinos diretamente sobre o forame palatino maior. 2. Área-alvo: o nervo maxilar, no ponto que atravessa a fossa pterigopalatina; a agulha atravessa o canal palatino maior para alcançar a fossa pterigopalatina. 3. Pontos de referência: forame palatino maior, junção do processo alveolar maxilar e o osso palatino. 4. Para bloqueio maxilar através do canal palatino maior direito, sentar-se de frente para o paciente na posição de 7 ou 8 horas. 5. Para bloqueio maxilar através do canal palatino maior esquerdo, sentar-se na mesma direção do paciente na posição de 10 ou 11 horas. 6. Paciente, em posição supina: Abrir bem a boca, estender o pescoço e virar a cabeça para a esquerda ou direita (visibilidade). 7. Localizar o forame palatino maior. 8. Colocar uma haste de algodão na junção do processo alveolar maxilar e do palato duro. 9. Começar na região do segundo molar e palpar comprimindo posteriormente os tecidos com a haste de algodão. 10. A haste de algodão “cairá” na depressão criada pelo forame palatino maior. O forame está mais frequentemente localizado na face distal do segundo molar superior Tatyane Ferreira Fonte:Manual de anestesia local. Malamed. 6 ºed.2013. 11. Preparar os tecidos diretamente sobre o forame palatino maior: Limpar e secar com gaze estéril, aplicar um antisséptico tópico (opcional), aplicar anestésico tópico por 2 minutos. 12. Após 2 minutos de aplicação do anestésico tópico, movimentar a haste de algodão posteriormente, de modo que se situe logo posterior ao forame palatino maior. 13. Comprimir o tecido com a haste de algodão, seguro na mão esquerda (caso seja destro). 14. Observar a isquemia no local da injeção e direcionar a seringa para a boca a partir do lado oposto, com a agulha aproximando-se do local da injeção num ângulo reto. 15. Injetar pequenos volumes de anestésicos. 16. Continuar a comprimir com a haste de algodão durante esta etapa do procedimento. O bloqueio do nervo palatino maior está agora completo. Sondar delicadamente o forame palatino maior. 17. O paciente não sentirá desconforto devido à solução de anestésico depositada anteriormente. 18. O ângulo da agulha e da seringa pode ser modificado, se necessário. 19. A agulha geralmente deve ser mantida em um ângulo de 45 graus para facilitar a entradano forame palatino maior. 20. Após localizar o forame, avançar a agulha muito lentamente no canal palatino maior até uma profundidade de 30 mm. Aproximadamente 5% a 15% dos canais palatinos maiores apresentarão obstruções ósseas que impedem a passagem da agulha. 21. Nunca tentar forçar a agulha contra resistência. 22. Se encontrar alguma resistência, retirar ligeiramente a agulha e lentamente tentar introduzi-la em um ângulo diferente. 23. Se a agulha não puder avançar mais e a profundidade de penetração for quase adequada, continuar com as próximas etapas; no entanto, se a profundidade for consideravelmente deficiente, retirar a agulha e interromper a tentativa. 24. Retirar a agulha. Sintomas 1. Subjetivos: pressão atrás da parte superior da maxila no lado da injeção; isto em geral desaparece rapidamente, progredindo para formigamento e dormência da pálpebra inferior, lateral do nariz e do lábio superior 2. Subjetivos: sensação de dormência nos dentes e nos tecidos moles vestibulares e palatinos no lado da injeção 3. Objetivos: uso do teste elétrico da polpa sem nenhuma resposta dos dentes à estimulação máxima (80/80) 4. Objetivos: ausência de dor durante o tratamento odontológico Tatyane Ferreira Fonte:Manual de anestesia local. Malamed. 6 ºed.2013. Complicações 1. Um hematoma se desenvolve rapidamente se a artéria maxilar for puncionada durante o bloqueio do nervo maxilar, através da abordagem da tuberosidade alta. 2. Pode haver a perfuração da órbita durante o acesso pelo forame palatino maior, se a agulha for avançada excessivamente; isso é mais provável de ocorrer em crânios menores do que o normal 3. As complicações produzidas pela injeção do anestésico local na órbita incluem: a. Deslocamento das estruturas orbitais por volume, produzindo tumefação periorbital e proptose b. Bloqueio regional do sexto nervo craniano (abducente), produzindo diplopia c. Bloqueio retrobulbar clássico, produzindo midríase, anestesia da córnea e oftalmoplegia d. Possível bloqueio do nervo óptico com perda transitória da visão (amaurose) e. Possível hemorragia retrobulbar f. Para se evitar uma injeção intraorbitária: seguir rigorosamente o protocolo e modificar sua técnica para o paciente menor. 4. Penetração da cavidade nasal a. Se a agulha desviar-se medialmente durante a introdução através do canal palatino maior, a parede medial da fossa pterigopalatina fina-papirácea será perfurada e a agulha entrará na cavidade nasal. (1) Na aspiração, surge grande quantidade de ar no tubete. (2) Na injeção, o paciente queixa-se de que a solução de anestésico local está escorrendo pela garganta. (3) Para evitar: manter a boca do paciente bem aberta e tomar cuidado durante a penetração, para que a agulha permaneça no plano correto ao avançar. (4) Para evitar: não force a agulha caso seja encontrada alguma resistência.
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