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Introdução à Biossegurança

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O mundo está doente, principalmente por causa do Homem, por efeitos e alterações provocadas por ele, muitos 
pontos negativos na área da saúde têm a ver com a globalização, pois essa permite o transporte de pessoas, 
mercadorias, capital, encurtando as distâncias, o que são coisas boas, mas, por exemplo, esse fluxo migratório 
pode levar e trazer doenças, enfermidades, que podem estar no seu período de incubação, de modo que hoje a 
Vigilância Sanitária não tem ferramentas para controlar essas situações. 
SURTOS RECENTES 
• Gripe aviária (2006 – início na Indonésia) 
• Gripe suína – H1N1 (2009/2010) 
• Ebola (2014 – África) 
• Covid-19 (2019 – atualmente - início na China) 
 
Os microrganismos não são transportados apenas pelas pessoas, mas também por meio de alimentos e animais. 
No Brasil, temos a ANVISA cuja finalidade é controlar e regularizar a situação das pessoas no seu embarque e 
desembarque, por exemplo, a necessidade do cartão de vacina. Como discutido na última conferência de saúde, 
foi visto que não há muita coisa a se fazer de diferente. 
Um dos grandes problemas é o ressurgimento de doenças que haviam sido erradicadas, como o sarampo e a 
poliomielite, pois essas podem voltar ou de forma mais letal ou com uma resistência a antibióticos, 
principalmente quando se trata de bactérias. Dessa forma, é de extrema importância a valorização e 
conscientização acerca das vacinas. 
As alterações ambientais também influenciam nesse processo de adoecimento. Com o êxodo rural e a grande 
urbanização das cidades, muitas vezes, o saneamento básico, a água e o esgotamento são insuficientes, porque 
as melhorias infraestruturais não acompanham o ritmo frenético de crescimento das cidades. 
Apesar de tudo isso, a Revolução Industrial e, consequentemente, a globalização também contribuíram nas 
questões tecnológicas e, até mesmo, preventivas, de forma que hoje conseguimos ver o envelhecimento da 
população, não só no Brasil, mas em todo o mundo, isso graças à diminuição das taxas de natalidade e de 
mortalidade, em especial por causas infecciosas e parasitárias. Essa faixa etária, porém, é mais suscetível a 
desenvolver doenças, pela sua imunossupressão, em especial as infecções respiratórias. No brasil, assim como 
em muitos países em desenvolvimento, o cenário é o seguinte: 
 
 
 
 
 
 
 
➔ Os extremos sempre nos preocupam demais, tanto crianças quanto idosos. 
 
 
 
TRANSIÇÃO 
 
Demográfica → envelhecimento da população 
Nutricional → ↓ na prevalência da desnutrição 
 ↑ na prevalência da obesidade 
 
Epidemiológica → ↓ mortalidade por doenças infecciosas e parasitárias 
 ↑ mortalidade por doenças crônicas e degenerativas 
 
Qual a importância da Biossegurança? 
A biossegurança atua de maneira positiva, para que mesmo na ocorrência dessas doenças, possamos nos prevenir 
e proteger o paciente ao qual estamos prestando assistência. 
• É um módulo, porque perpassa por muitos cursos, não só da saúde, visto que em engenharia - por 
exemplo - eu posso ou não ter contato com pessoas, alimentos e animais, mas, ainda assim, eu trabalho 
num laboratório, em que devem existir regras. 
• É um processo, porque é construída através de aprendizagem, isto é, adquirimos competência para 
desenvolver todas as técnicas de biossegurança, seja na academia ou na vida profissional. 
• Ainda é uma conduta, porque podemos repassá-la para outras pessoas. 
O que é a Biossegurança? 
• “Ciência que tem como objetivo o controle de riscos advindos das práticas de diversas tecnologias, no 
sentido de proteger a saúde humana, animal e o meio ambiente” 
o Ex: pela contaminação do solo com os resíduos que saem dos serviços de saúde. 
• “Suas ações envolvem a educação, treinamento, motivação e engajamento de todas as pessoas, 
incluindo profissionais de saúde”; 
• É imprescindível considerar a Biossegurança relacionada a todos os ambientes e riscos – além de 
proteção contra microrganismos, por isso, a importância da existência de mapas de risco. 
• O complexo estudo da Biossegurança é de natureza multifacetada e multidimensional. 
 
Teixeira e Valle (2013) definem biossegurança como um 
conjunto de atitudes inclinadas a prever, reduzir ou erradicar 
riscos inter-relacionados a atividades de pesquisa, produção, 
ensino, desenvolvimentos tecnoló́gicos e dispensação de 
serviços com enfoque na saúde do homem, dos animais, do 
meio ambiente e da qualidade dos trabalhos desenvolvidos. 
 
 
CONCEITOS 
• PERIGO → o perigo é a agulha que está contaminada com sangue que eu estou manuseando, isto é, o 
perigo é o objeto que levará ao risco. 
• RISCO → o risco é a contaminação, o próprio acidente, de modo que o risco advém do perigo. 
• ENDEMIA → é um surto de um determinado tipo de doença em um local específico, em uma região, 
que não se espalha para outras localidades. 
o Surto de sarampo em Cabedelo sem se alastrar para João Pessoa; 
o Febre amarela no Amazonas. 
• EPIDEMIA → quando os surtos se espalham. 
o Dengue já se alastrou por vários estados e regiões do Brasil. 
• PANDEMIA → quando atinge várias cidades próximas, mas estados, regiões, países e até continentes. 
o Pandemia do COVID-19 
 
 
HISTÓRICO 
• 2.000 anos antes da era cristã - quéchuas, exímios engenheiros sanitários, ergueram cidades drenadas 
e com suprimento de água; 
• Século XIV - Alemanha e Itália, problemas sanitários da vida urbana como crescimento das cidades, a 
procedência da água, à comercialização de alimentos e à proliferação de doenças – originaram as 
primeiras regulamentações a respeito da saúde coletiva. 
• Século XVII até a segunda metade do século XVIII – medidas sanitárias preventivas. 
• Século XVIII até ao século XIX – saber científico. 
• Século XX – Conselhos sanitários, Conferência Sanitária Internacional. 
• Rota da seda (séc. XIV) – ratos e peste; 
• “Tráfico de escravos – dengue, febre amarela; 
• Vazamentos em lastros de navios - cólera; 
• TERMO “BIOSSEGURANÇA” – EUA (1970) - impactos da engenharia genética na sociedade. 
• BRASIL – 1980 - OMS; 
• 1985 - Primeiro curso de biossegurança – FIOCRUZ; 
• 1995 – Primeira Lei 8.974 de Biossegurança (normas para o uso das técnicas de engenharia genética 
e liberação no meio ambiente de organismos geneticamente modificados - OGM). 
 
LEGISLAÇÃO 
• COMISSÃO DE BIOSSEGURANÇA EM SAÚDE (CBS) – MS: normas de biossegurança; debates 
públicos; integração de ações dos diversos órgãos do Sistema Único de Saúde (SUS); Política Nacional 
de Biossegurança. 
• ASSESSORIA – FIOCRUZ E ANVISA; 
• DÉCADA DE 80 - Programa de Treinamento Internacional em Biossegurança – OMS; 
• LEI 11.105/05 – BIOSSEGURANÇA (proibir experiências genéticas para clonagem humana e 
regulamenta o controle da pesquisa, plantio e comercialização de sementes geneticamente 
modificadas); 
• PORTARIA – NORMA REGULAMENTADORA 32 (NR32). 
• LEI 11.105/05 – BIOSSEGURANÇA 
o ABA I - Normas de segurança e mecanismos de fiscalização sobre a construção, o cultivo, a 
produção, a manipulação, o transporte, a transferência, a importação, a exportação, o 
armazenamento, a pesquisa, a comercialização, o consumo, a liberação no meio ambiente e o 
descarte de organismos geneticamente modificados - OGM e seus derivados, tendo como 
diretrizes o estímulo ao avanço científico na área de biossegurança e biotecnologia, a proteção 
à vida e à saúde humana, animal e vegetal, e a observância do princípio da precaução para a 
proteção do meio ambiente. 
o ABA II - Questões que são comuns em instituições de saúde acerca de riscos “químicos, físicos, 
biológicos, ergonômicos e psicossociais”, cuidando então, dos riscos ocupacionais.

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