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Gabriela Carli – MED 112 RESUMO AULAS PRÁTICAS DE BIOQUÍMICA FISIOLÓGICA GABRIELA DE PAULA CARLI – MED 112 AULA 1 – DOSAGEM DAS BILIRRUBINAS HEMEPROTEÍNAS CATALASES, PEROXIDASES, MIOGLOBINA, HEMOGLOBINA • PARTE PROTÉICA + HEME (BILIRRUBINA) HEMÁCEAS – 120 DIAS • MORTE: HEMÓLISE FISIOLÓGICA NO SISTEMA RETÍCULO-ENDOTELIAL o Liberação HEMOGLOBINA heme (perde Fe++ e forma pigmento biliar) + globina (AA reutilizáveis) o Heme (heme hidrogenase) bilirrubina (lipossolúvel) o Albumina circulação pelo sangue captada pelo hepatócito se liga a PTN Y microssomo (organela) conjugação ▪ Bilirrubina + AC. Glicurônico (glicuronil-transferase) bilirrubina conjugada/glicurônide de bilirrubina (hidrossolúvel, excreção bile) Tipos de bilirrubina • Livre (indireta/hemobilirrubina): lipossolúvel, SRE FÍGADO (circulação sanguínea) • Conjugada (direta/colebilirrubina): hidrossolúvel, na BILE Transformação dos pigmentos biliares no intestino • BILIRRUBINA DIRETA o fezes o Desconjugação: BD (betaglicuronidase) bilirrubina indireta • BILIRRUBINA INDIRETA o BI FEZES o BI reabsorvida o Ataque enzimático de bactérias intestinais mesobilinógeno estercobilinógeno o Estercobilinógeno ▪ Dá cor às fezes ▪ Reabsorvida no sangue: • Urobilinógeno: RIM URINA oxidação urobilina • Fígado: reexcreção pela bile ▪ Oxidação estercobilina fezes REAÇÃO DE VAN DEN BERGH • Bilirrubina + diazo-reagente de Erlich azobilirrubina (violeta-avermelhada) o Bilirrubina livre é indireta, pois só gera azobilirrubina se dissolvida em metanol (lipossolúvel). Gabriela Carli – MED 112 • Diazo-reagente diazo A (AC. Sulfanílico + HCl aquoso) + diazo B (nitrato de sódio) • Diazo branco (zera o colorímetro) HCl + H2O TÉCNICA DE DOSAGEM • 4 tubos de ensaio soro + água destilada (1:10) • Preparar diazo-reagente de Erlich (misturar) o Diazo A 0,15 mL o Diazo B 5 mL • Tubos: o TUBO 1 diazo branco o TUBO 2 diazo reagente (BILIRRUBINA DIRETA) o TUBO 3 metanol + diazo branco o TUBO 4 diazo reagente + metanol (BILIRRUBINA TOTAL) • Repouso 15 min leitura no espectrofotocolorímetro (5490 nm verde) • Multiplicação: densidade óptica x fator de calibração aparelho (mg/dL) REFERÊNCIAS • BD 0 a 0,4 mg/dL • BI 0,2 a 0,8 mg/dl • BT 0,2 A 1,2 mg/dl (BD + BI) INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS • EXCESSO BI o Doenças hemolíticas o Hiperbilirrubinemia indireta do RN: não tem flora intestinal, de forma que a BI não sofre ataque enzimático BI do mecônio vai para sangue ou é reabsorvida (causa icterícia) 100% dos RN tem, 50% tem icterícia por isso ▪ Excreção retardada do mecônio aumenta BI no sangue ▪ Alimentação precoce aumenta peristaltismo, diminui BI no sangue ▪ Causas no RN: (1) alta hemólise nasce com excesso de sangue, produz muita bilirrubina, (2) vida média menor das hemáceas (90 dias), (3) imaturidade hepática (deficiência na captação e conjugação), (4) retardo na excreção mecônio aumenta circulação enterohepática. o Doenças que comprometem a conjugação ausência enzima o X > 6 mg/dL icterícia de pele e mucosas (tratamento com fototerapia) • ELEVAÇÃO BT o Compromete fígado hepatites (reflui sangue) • PREDOMINÂNCIA DE BD o Comprometimento das vias biliares ▪ Atresia das vias sem colédoco (fibrose e obliteração do trato biliar) ▪ Tumor da cabeça do pâncreas Gabriela Carli – MED 112 ▪ Litíase biliar (pedra no colédoco) AULA 2) COLORIMETRIA Dosagem bioquímica no sangue feita pela cor quantificada pelo colorímetro (quanto mais intensa maior a concentração) Olho humano primeiro colorímetro Luz branca heterocromática,decompõe-se ao atravessar prisma (arco-íris) ESPECTROFOTOCOLORÍMETRO • Tem filtros selecionam faixas espectrais (para cada cor) • Fonte de luz --< converfe passa no filtro (monocromador) separa e seleciona o comprimento de onda luz passa pelo material no tubo luz que passa e atinge fotocélula mede a quantidade de luz que chegou (concentração e substância pela faixa espectral). • Conceitos importantes o Transmitância: quatidade de luz que atravessa a solução de amostra (T%) o Absorvância (D.O): quantidade de luz absorvida pela amostra o Cor complementar: se absorvem muito superpostas: branco ▪ Ex: violeta + verde-amarelado ▪ O monocromador escolhe o comprimento de onda de cor complementar à cor da solução de amostra. FUNCIONAMENTO 1 – zerar o aparelho com o branco (reagente) 100% T e 0 de DO 2 – leitura solução padrão padrão é uma amostra de concentração conhecida (fornecida pela indústria) da substância a ser analisada. Ex: Glc 100 mg/dL 3 – leitura da amostra com a dosagem a ser analisada Padrão: 100 mg/dL ----- D.O. 0,5 Amostra: x ---------------- D.O 1,5 X= 300 mg/dL Gabriela Carli – MED 112 • FATOR = concentração (mg/dL) / D.O. (evita regra de 3) • CONCENTRAÇÃO = fator x D.O. DOSAGEM LABORATORIAL • Submete a solução colorida aos comprimentos de onda até a absorvância ser máxima valor é usado nas dosagens. • O que se quer na colorimetria é um comprimento de onda bem absorvido pela substância testada (maior D.O.) • Ex: Glc na ortotoluidina: verde filtro vermelho (690 nm): cor complementar: solução verde reflete o verde e absorve o vermelho AULA 3) DOSAGEM DAS PROTEÍNAS TOTAIS E FRACIONADAS Sangue = plasma (7% PTN – maioria albumina 50%) + parte corpuscular (sólida) TÉCNICA • Dosagem das proteínas totais (biureto) = albumina (verde de bromocresol) + globulina (total – albumina) • Material: soro retirar do plasma fibrinogênio e outros fatores de coagulação (evita coágulos – centrifugação e separação). Necessário usar anticoagulante. DOSAGEM PROTEÍNAS TOTAIS (BIURETO) • Reação do biureto: sulfato cúprico com hidróxido de sódio (meio alcalino) + solução protéica = complexo quelado colorido (Cu++ + NH das ligações peptídicas). • Complexo violáceo (intensidade é medida pelo espectrofotocolorímetro) • Tubos com reativo de biureto: em banho Maria a 37ºc por 15 min. Ler em 520 nm o 1: branco (zera o aparelho) o 2: padrão (solução com concentração e DO conhecida) o 3: amostra com soro (dosagem) DOSAGEM DAS PROTEÍNAS TOTAIS (VERDE DE BROMOCRESOL • Verde do reagente é intensificado de acordo com a concentração de albumina que reage com ele (quantificada pelo espectrofotocolorimetro) • Tubos com reagente homogeneizar e em Tºc ambiente por 15 min. Leitura em 650 nm o 1: branco (zera o aparelho) o 2: padrão (solução com concentração e DO conhecida) o 3: amostra com soro (dosagem) REFERÊNCIAS • PROTEÍNAS TOTAIS : 6,0 a 8,0 g/dl • ALBUMINA : 3,8 a 5,0 g/dl (média de 4,3 g/dl) • GLOBULINA : 2,3 a 3,5 g/dl (média de 3,0 g/dl) • RELAÇÃO A/G : Em torno de 1,5 a 3,0 Gabriela Carli – MED 112 INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS • Proteínas totais dosagens isoladas não são muito relevantes, pois alteração de uma fração pode compensar a alteração da outra o ex: doenças crônicas (aumento de gamaglobulina compensa queda de albumina). o Respostas de fase aguda (infecções/traumas): queda de albumina, aumento proteínas plasmáticas do fígado. • HIPERPROTEINEMIA (elevação de gamaglobulina) o Desidratação (vômito, diarreia ou acidose diabética) o Mieloma múltiplo (crescimento excessivo de células plasmáticas na medula óssea causa anemia e leucopenia) o Macroglobulinemia o Hepatite autoimune crônica o Lupus eritematoso sistêmico (LES) o Artrite reumatóide o Endocardite bacteriana subaguda o Sarcoidose o Leishmaniose visceral o Linfogranuloma • HIPOPROTEINEMIA (queda de albumina) o Gravidez o Hemodiluição ou hiperhidratação o Queimaduras severas o Cirrose hepática e alcoolismo crônico o Desnutrição grave (Kwashiorkor) o Hipertireoidismo o 7. Hemorragia grave o Síndrome nefrótica o Distúrbiosda síntese proteica o Deficiência de cálcio e vitamina D o Síndrome de má absorção o Imobilização prolongada • ALBUMINA: síntese hepática, responsável pela pressão oncótica (80%), transporte de substâncias (bilirrubina, hormônio, cobre, drogas), reserva de PTN o Edema provocado pela queda de concentração a menos de 3 g/dL (eleva gamaglobulina para compensar) o HIPERALBUMINEMIA: rara, em desidratação com retração de fase aquosa plasmática o HIPOALBUMINEMIA: ▪ Perda proteica extravascular: • Nefropatias. Ex: síndrome nefrótica • enteropatias perdedoras de proteínas • queimaduras extensas ▪ Redução da síntese: má absorção, má nutrição e disfunção hepática. Gabriela Carli – MED 112 • Exemplos: kwashiorkor= desnutrição protéica, doença hepática crônica (cirrose) ▪ Consequências da hipoalbuminemia o Edema facial com macroglossia o Ascite e anasarca ( edema generalizado) o Icterícia o Bradicardia, hipotensão e hipotermia o Cardio, espleno e hepatomegalia o Encefalopatias o Atrofia testicular o Ginecomastia AULA 4) ELETROFORESE DAS PROTEÍNAS DO PLASMA Processo de separação das proteínas em campo elétrico (pela diferença de carga e massa molecular). CAMPO ELÉTRICO • Campo elétrico acetato de celulose + gel de acarbose embebidos no tampão veronal de ph = 8,6 (meio alcalino) o Coloca-se o plasma ou soro nesse meio. • Moléculas adquirem carga negativa e migram rumo ao pólo positivo (após 30 min) o Frações grupos protéicos que migram na mesma distância ▪ Soro 5 frações (não tem fibrinogênio: converteu em fibrina, insolúvel) ▪ Plasma 6 frações o Albumina migra mais (pI = 4,7, baixo), é maioria (mais escura) o Gamaglobulina migra menos (pI = 7, próximo ao tampão) • Ordem de migração (pensa que é alfabética que dá certo) o Albumina > alfa 1 globulina (alfa 1 glicoPTN ácida > alfa 1 tripsina) > alfa 2 globulina (alfa 2 macroglobulina > ceruloplasmina > haptoglobulina) > beta globulina (transferrina > complemento C3 > beta lipoptn) > fibrinogênio*** > gamaglobulina (imunoglobulinas) Gabriela Carli – MED 112 ALTERAÇÕES ELETROFORÉTICAS • Agamaglobulinemia falta de anticorpos • Ausência de alfa 1 globulina (antitripsina) enfisema pulmonar • Aumento de transferrina (Beta-globulina) anemia ferropriva grave associada à inflamação • Aumento de alfa 1 e alfa 2 globulinas processo inflamatório agudo (infecções bacterianas, lesões de tecidos, insuficiencia cardíaca, coma) • Aumento de alfa 2 e gamaglobulinas processo inflamatório crônico (infecções crônicas, malignidades, doenças auto-imunes) • Redução albumina e gamaglobulina, elevação de alfa 2 globulina síndrome nefrótica • Fusão das frações beta e gama (na eletroforese) cirrose hepática e hepatites. AULA 5) PROTEÍNA C REATIVA Nome: vem do fato de que ela reage e forma um precipitado contra o polissacarídeo C da parede do pneumococo. Uso: reumatologistas e cardiologistas O QUE É? • Uma proteína pentâmera (5 unidades iguais), constituinte normal do soro (a menos de 1 mg/L), componente da fração gama do sangue. • Proteína de fase aguda se eleva nas fases iniciais de necroses e inflamações (2 horas após estímulo) decai após resolução da lesão (50% em ate 18h). • Em pessoas saudáveis ou curadas do pneumococo a reação com a parede bacteriana não ocorre e não há aumento da PCR. RESPOSTA DE FASE AGUDA • É produzido e liberado no fígado diante de estímulos inflamatórios (infecções, inflamações, câncer, traumas e reumatismos). • Lesão tecidual/necrose resposta de fase aguda (neutraliza o agente inflamatório e cura o tecido) o Lesão PCR se liga a fosfocolina da parede bacteriana reconhecida pelo sistema complemento PCR ativa o complemento produção de citocinas pro inflamatórias interleucina 6 (citocina) induz a produção de mais PCR no hepatócito produção eleva em ate 1000x e PCR atua auxiliando na resposta inflamatória PCR decai com a cura do tecido. INDICAÇÕES CLÍNICAS PARA A DOSAGEM • Descobrir infecção/inflamação • Monitoramento acompanhamento de patologias • Medida indireta de risco cardíaco (PCR ultrassensível PCR US) Gabriela Carli – MED 112 • Diagnóstico mais sensível e precoce para indicar inflamação causada por doenças reumatológicas, infecções, traumas, necrose e cirurgias. o Dor em articulação ▪ PCR elevada inflamação é SISTÊMICA (artrite reumatóide, infecção viral aguda) ▪ PCR baixa infecção não é sistêmica (artrose, trauma) o Diagnósticos diferenciais de infecção ▪ PCR alta bacteriana ▪ PCR baixa viral o Indicação de prognóstico níveis elevados ou redução menor que 50% do valor inicial após 72h indica que ainda há inflamação. o Referência ▪ 3 a 5 mg/L normal ▪ Até 10 mg/L inflamações pequenas como gengivite ▪ Entre 10 e 40 infecção viral ▪ Acima de 50 infecção bacteriana ▪ Sepse grave mais de 200 mg/L PROTEÍNA C REATIVA ULTRASSENSIVEL • Teste de avaliação de doença aterosclerótica (o ateroma é uma infecção que eleva a PCR dentro da normalidade) e risco cardiovascular • Usada para identificar indivíduos ateroscleróticos assintomáticos (baixa PCR no sangue), mas com risco de desenvolver doenças cardiovasculares medidas de prevenção. • Método usado imunoturbidimetria • Referencia o Risco alto maior que 3 mg/L o Risco médio 1 a 3 mg/L o Risco baixo menor que 1 mg/L AULA 6) ESTUDO DA VELOCIDADE DE HEMOSSEDIMENTAÇÃO (VHS) ERITROSEDIMENTAÇÃO • Propriedade das hemáceas sedimentar (ocorre com sangue em tubo em repouso, com anticoagulante) e depositar-se no fundo. • Velocidade com a qual esse processo ocorre é a VHS teste mede o grau de sedimentação de hemáceas durante repouso de 2 horas. • Mecanismo: ocorre pela agregação das hemaceas e formação do rouleax (eritrócitos se dispõem em pilhas), que é limitado pela carga negativa dos eritrócitos, que se repelem e evitam agregação devido a riqueza de acido siálico na superfície das células vermelhas. o Aumento de gamaglobulinas e fibrinogênio reduz efeito repulsivo e aumenta rouleax aumenta VHS. TESTE DE VHS Gabriela Carli – MED 112 • Uso de pipeta de Westergren preenchida com sangue + anticoagulante em posição vertical sedimentação forma duas fases: plama + eritrócitos. A velocidade com a qual isso ocorre pode variar em patologias. • Aparelho de microfluxo de células automatizado e comporta larga escala, detecta o rouleaux desde o princípio. • Maior em mulheres do que em homens. • Teste é MUITO SENSÍVEL, porém é POUCO ESPECÍFICO, é o primeiro indicador de doenças quando os sinais físico-químicos estão normais. o Sujeito a variações ▪ Tamanho VHS de hemáceas macrocíticas é maior que a de microcíticas (anemia ferropriva) e hemáceas ferroprivas. ▪ Viscosidade do plasma ▪ Densidade entre eritrócito e plasma ▪ Temperatura o Fatores que afetam ▪ Variações de temperatura (ideal 20 a 25ºc) ▪ Pipeta mal lavada ▪ Bancada com vibrações ▪ Tubo inclinado (fora da vertical) INDICAÇÕES PARA O TESTE E ALTERAÇÕES • Monitorar doença inflamatória ou maligna (artrite reumatoide, polimialgia reumática, linfoma, lúpus eritematoso, tuberculose) VHS aumenta por inflamação, infecção ou neoplasia. • Auxilia no diagnóstico de doenças ocultas e necrose. • Aumento fibrinogênio> alfa globulina > gamaglobulina o Elevação significativa: doenças inflamatórias disseminadas. o Elevação prolongada inflamação localizada e câncer. • Queda albumina • Pode aumentar em: o Gravidez (hormônio) o Anemia macrocítica (falta de B12) o Inflamação aguda ou crônica o Tuberculose o Paraproteinemias (proteina anormal mieloma múltiplo/macroglobulinemia de Waldestron) o Câncer. AULA 7) ELEMENTOS ANORMAIS E SEDIMENTO URINÁRIO (EAS) EAS: exame de laboratório mais elementar Sumário de Urina/Urina tipo 1 PARTESDO EXAME • Coleta da urina o Assepsia adequada da região genital o Uso de frasco esterilizado o Coleta da urina do jato intermediário da micção Gabriela Carli – MED 112 o Usar amostra recente (manter em TºC ambiente até 5h, a partir daí refrigerar) o Examinar a urina da manhã ou 4h após a ultima micção. • Exame macroscópico analise dos caracteres gerais da urina • Exame químico qualitativo analise de elementos anormais • Exame microscópico do sedimento urinário pesquisa da presença de cels epiteliais, hemáceas, leucócitos, piócitos, bactérias e parasitas. CARACTERES GERAIS DO EXAME MACROSCÓPICO • ODOR: normal odor sui generis (recém emitida), forma amoníaco se ficar exposta a ação bacteriana (cheiro de banheiro). o E. coli odor fétido o Cetoacidose cheiro de acetona o Alguns alimentos e medicamentos podem alterar o odor. • COR: normal amarelo claro a amarelo esculo o Pigmentos biliares amarelo amarronzado a verde oliva escuro o Flavonas (vitaminas) amarelo esverdeado fluorescente o Hb, hemaceas, porfirinas vermelho • ASPECTO: normal transparente o Turva pus, bactérias, sangue, precipitado de cristais. • DENSIDADE: medida por urodensímetro. Normal 1,010 a 1,020 • PH: medida com papel indicador 5 a 6,5 (urina recente) PESQUISA DE ELEMENTOS ANORMAIS (EXAME QUIMICO) • PESQUISA DE PROTEÍNAS: uso do reativo de Robert (AC. Nítrico + sulfato de Mg++). Teste positivo anel branco leitoso na urina (proteinúria) o Esforço violento, forte emoção, febre, banho frio, menstruação e esperma. o Inflamação das vias urinárias altas e baixas, prostatite, nefrite e nefrose, insuficiência cardíaca. • PESQUISA DE SUBSTÂNCIAS REDUTORAS: reativo de Benedict (glc na urina reduz o reativo condição patológica). o Falso positivo AC ascórbico o Glicosúria alimentar encontrada no DM e doenças com baixo limiar renal p Glc, além de gravidez. • PESQUISA DE CORPOS CETÔNICOS: reativo de Imbert (HCl + sulfato de amônio). Teste positivo anel roxo na urina o Presença indica metabolismo alterado de carboidratos DM descompensada e jejum prolongado. • PESQUISA DE PIGMENTOS BILIARES: reativo de Obermayer (HCl + percloreto férrico). o Encontrado em mau funcionamento hepático: hepatite, cirrose, outros. • PESQUISA DE INDICAN (INDOL): reativo de Obermayer + clorofórmio. o O indican é geralmente excretado na urina, mas em taxas mais altas pode indicar constipação intestinal ou obstrução intestinal baixa. Gabriela Carli – MED 112 • PESQUISA DE Hb: reativo de Johanessem Meyer (hidróxido de potássio + fenolftaleína). Teste positivo cor rosa/vermelha na urina o Teste positivo + ausência de hemáceas no exame microscópico hemólise intensa (malária, envenenamento) o Teste positivo + presença de hemáceas hematúria: doenças renais (infecção urinária, nefrite, tuberculose renal, cálculos renais, traumatismos). • PESQUISA DE SAIS BILIARES: colocar flor de enxofre na superfície da urina. Teste positivo pó de enxofre se deposita no fundo (sais biliares diminuem a tensão superficial da urina). o Doenças hepáticas. AULA 8) COLESTEROL, TRIGLICÉRIDES E LIPOPROTEÍNAS Perfil lipídico conjunto de exames que avalia risco cardiovascular e leva ao diagnóstico de dislipidemia. É um exame de sangue. RECOMENDAÇÕES PARA O EXAME • Manter o estilo de vida habitual nas 3 semanas que antecedem o exame • Jejum de 12 horas • 24h: evitar exercício físico intenso • 72h: evitar álcool • Durante: paciente sentado evitar estase venosa • Doenças leves e mudanças dietéticas recentes esperar 3 semanas • Doença grave ou cirurgia esperar 3 meses • Suspensão de remédios não imprescindíveis pacientes sob tratamento devem manter medicação e dieta. AVALIAÇÃO DOS PARAMETROS LIPÍDICOS • COLESTEROL TOTAL: mede risco cardiovascular o Dados podem ser enganosos mulheres tem HDL elevada, enquanto na SM a HDL é baixa. Contudo ambas aumentam a CT. o Desejável < 200 mg/dL • COLESTEROL DA LDL: calculada pela formula de Friedewald (retira do CT o HDL e o colesterol ligado a VLDL) o Desejável < 100 mg/dL o Considerações ▪ Erros metodológicos exige análise separada para CT, TG e HDL-C. ▪ Valores de TG > 400 mg/L inutilizam a formula. ▪ Sangue sem jejum evitar usar a fórmula. • COLESTEROL NÃO HDL: estimativa de partículas aterogênicas no plasma (VLDL + IDL + LDL + APOB) o Melhor estimativa do risco cardiovascular, sobretudo em caso de hipertrigliceridemia, SM e doença renal. • COLESTEROL DA HDL: há diversas técnicas para medir. o Desejável > 60 mg/dL Gabriela Carli – MED 112 • TRIGLICÉRIDES: medido por técnica enzimática. o Alto TG está geralmente associado a baixa de HDL-C e alta de LDL. o Desejável < 150 mg/dL • APOLIPOPROTEÍNAS: determinação não precisa de jejum. o Apo-B VLDL, IDL, LDL: concentração de apo-b é boa para estimar o número dessas partículas no sangue. ▪ Tanto boa quanto LDL na predição de risco cardiovascular. ▪ Parâmetro para medicamentos para controlar coleterolemia no sangue. o Apo-A1 presente no HDL, boa estimativa da sua concentração. o Desejável: homens> 120 mg/dL, mulheres > 140 mg/dL DISLIPIDEMIAS • Alterações na concentração de lipídeos e lipoproteínas no sangue. • Primárias causa genética o Genotipicamente: monogênicas e poligênicas. o Fenotípica ou bioquímica: considera CT, HDL-C, LDL-C, TG ▪ HIPERCOLESTEROLEMIA ISOLADA LDL-C > 160 mg/dL ▪ HIPERTRIGLICERIDEMIA ISOLADA TG > 150 mg/dL • Reflete aumento de VLDL, IDL e quilomicrons (ricos TG) ▪ HIPERLIPIDEMIA MISTA TG e LDL-C aumentados. ▪ HDL-C BAIXO associado a LDL-C/TG aumentados. • Secundárias causa secundária o Secundária a doença: ▪ Diabetes maior TG, menor HDL ▪ Hipotireoidismo maior CT e TG ▪ Síndrome nefrótica maior CT e TG ▪ IRC maior CT e TG ▪ Hepatopatia colestática crônica muito maior CT, maior TG, menor HDL ▪ Obesidade maior CT e TG, menor HDL ▪ Anorexia nervosa maior CT ▪ Bulemia maior CT e TG o Secundária a medicamentos: ▪ Diuréticos maior TG, menor HDL ▪ Beta-bloqueadores maior TG menos HDL ▪ Anticoncepcional maiot CT e TG ▪ Corticosteróides maior CT e TG ▪ etc. o Secundária a hábitos de vida inadequados: ▪ Tabagismo reduz HDL ▪ Etilismo aumenta TG e HDL. SÍNDROME METABÓLICA • Sinais clínicos que podem levar a hipertensão arterial, dislipidemia e diabetes aumenta risco de doença aterosclerótica vascular. • Sintomas principais (tem que apresentar um ou mais) Gabriela Carli – MED 112 o Glicemia de jejum > 110 mg/dL o Circunferência abdominal mulher > 89 cm, homem > 102 cm o Nível de TG > 150 mg/dL o Nível de HDL homens < 40 mg/dL, mulher < 50 mg/dL o Pressão arterial > 135/80 mmHg (13x8) • Achados clínicos da SM o Obesidade o Intolerância a Glc o Hipertensão arterial o Dislipidemia o Doença cardiovascular o Resistência a insulina o Microalbuminúria o Distúrbio de coagulação o Hiperandrogenismo o Hiperuricemia • Tratamento para SM o Dieta para emagrecer o Tratar DM o Pratica de exercícios o Parar de fumar o Medicamentos AULA 9) DIABETES E OUTRAS DESORDENS DE CARBOIDRATOS HOMEOSTASE GLICÊMICA • Hormônio: o Alimento entra HIPERGLICEMIA pâncreas inibe célula alfa/ estimula célula beta libera insulina fígado absorve Glc armazena em glicogênio HIPOGLICEMIA pâncreas inibe células beta / estimula celuas alfa libera glucagon quebra glicogênio libera glicose HIPERGLICEMIA. • Entrada da Glc na célula o GLUT armazenado em vesículas insulina interage com receptor GLUT se funde com a membrana e capta Glc queda de insulina remoção dos GLUT da membrana pequenas vesículas de GLUT se fundem endossomo se desprende em vesículas. • Glc na célula o Glicólise respiração celular o Cérebro o Glicogênese adipócitosDIABETES MELLITUS (DM) • Distúrbios metabólicos relacionados a falha ou insensibilidade a insulina hiperglicemia permanente • Classificação: o DM 1 destruição das células beta, deficiência completa de insulina. Autoimune ou idiopática, comum em crianças, pode causar cetoacidose. o DM 2 graus variados de redução da secreção ou resistência a insulina, comum em adultos de meia idade que engordaram muito gordura dificulta a ação da insulina e a ligação aos receptores. o DIABETES GESTACIONAL. DIAGNÓSTICO DE DM Gabriela Carli – MED 112 • Sintomas poliúria, polidipsia, perda ponderal • Glicemia (testes) o Casual > 200 mg/dL o Jejum > 126 mg/dL o 2 h pós sobrecarga > 200 mg/dL • Teste oral de tolerância à Glicose o Mostra a glicemia no momento do teste o Único adotado pelo SUS no Brasil o Jejum de 8h. o Durante o teste ingestão de 75g de Glc anidra em 5 min. o Analise do sangue antes da ingestão e a cada 2 h após o sangue é colhido para se analisar a glicemia ▪ Normal glicemia reduz pela entrada de Glc na célula ▪ DM hiperglicemia se mantém. • Hemoglobina glicada o Futuro do diagnóstico o Hb + Glc na hemácea (120 dias de vida) o Serve para dosar a resistência a insulina o Mostra a glicemia media dos últimos dois a quatro meses (enquanto a hemácia se mantiver) o Mais precisa, tem um saldo medio da glicemia. • Parâmetros de avaliação do controle glicêmico o Normalização conjunta ▪ Glicemia média semanal < 150 mg/dL ▪ Perfil glicêmico ▪ Variabilidade glicêmica < 50 mg/dL
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