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Apostila 1 - EAD

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ORGANIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO DA EDUCAÇÃO – UNIDADE 1 
 
1. INTRODUÇÃO 
 A área de organização e legislação da educação norteia o sistema educacional brasileiro 
por meio de leis, diretrizes e estatutos. É por meio de tais instrumentos que visamos garantir o 
direito de educação para todos. 
Nessa disciplina, aprenderemos que a história da educação é, também, uma luta contra 
a desigualdade social e econômica. 
O Brasil deve desenvolver práticas pedagógicas por meio de políticas públicas que 
reconheçam as diferenças geográficas e econômicas de cada região, que visem garantir uma 
educação de qualidade, capaz de promover a autonomia do educando. 
Enquanto educadores, temos um papel crucial na formação e implementação de políticas 
públicas, pois, reconhecendo nossa estrutura educacional e onde pretendemos chegar, podemos 
efetivar na prática o que já está garantido na Constituição Federal de 1988 – e reafirmado pela 
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9.394/1995 – LDB): a educação como um 
direito de todos. 
Ao longo desta unidade letiva você mergulhará neste universo! 
 
OBJETIVOS DA UNIDADE 
 Olá. Seja muito bem-vindo a nossa Unidade 1 – Fundamentação legal da educação 
brasileira. Nesta unidade, o nosso objetivo é auxiliá-lo no desenvolvimento das seguintes 
competências profissionais: 
 
 Compreender a legislação, diretrizes, bases e a estrutura de ensino disposta na Lei 
9.394/1996 (LDB); 
 Analisar os princípios e fins da educação nacional - artigos 2º e 3º da LDB; 
 Identificar os aspectos do sistema escolar brasileiro e a administração do sistema 
nacional de ensino; 
 Entender o Plano Nacional de Educação: objetivos e metas. 
 
3. COMPREENDENDO OS SIGNIFICADOS DOS TERMOS LEIS, DIRETRIZES, 
BASES E A ESTRUTURA DE ENSINO 
 
A educação e a Constituição Federal Brasileira 
A Constituição Federal de 1988 foi elaborada com intensa participação democrática e 
popular. É resultado da interlocução de políticos, sociedade civil e movimentos sociais. Essa 
ampla participação promoveu a garantia de diversos direitos sociais, entre eles a educação. No 
artigo 205 da Constituição Federal de 1988 encontramos: 
Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e 
incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu 
preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. (Grifamos.) 
A Constituição Federal de 1988, norma máxima de nosso país, aborda a educação como 
um direito de todos, que deve ser suprido pelo Estado e pela família, sendo que a sociedade 
também tem o papel de incentivar o cumprimento desse dever, colaborando para que os jovens 
estejam nas escolas, tenham acesso à cultura etc. 
 
Saiba Mais! 
Art. 6º: São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o 
transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à 
infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. 
 
 No início do seu texto, a Constituição aborda ser a educação um direito social (art. 6º) 
e, em diversos artigos (a palavra “educação” aparece 59 vezes no texto constitucional), aborda 
outros aspectos, como a gratuidade do ensino e a qualidade da educação. 
 De acordo com a Constituição Federal de 1988, não adianta apenas oferecer vaga nas 
escolas, esse serviço deve(ria) ser garantido como um ensino gratuito e de qualidade. 
 A Constituição Federal de 1988 também determina que o aluno deve ter condições de 
acesso e permanência na escola. Ou seja: há que se levar em consideração o meio em que o 
educando está inserido, promovendo práticas pedagógicas que estimulem esse aluno a 
permanecer na escola. 
 Neste momento, alunos, cabe refletirmos: será que nossas escolas estão preparadas para 
se tornarem um ambiente no qual o aluno se sinta parte e tenha prazer em frequentar? Que 
mudanças/ações seriam necessárias para que o aluno se sinta pertencente ao ambiente escolar? 
“Abrir” a escola para que a comunidade escolar possa fazer parte da proposta pedagógica e das 
decisões da escola pode auxiliar a contornar essa situação? 
 Quanto ao Estado, ele precisa desenhar e implementar políticas públicas para contribuir 
para a retenção desse aluno no ambiente escolar, considerando, entre outros, a oferta de 
transporte público, de ensino em turnos contrários e no regime integral, além de material e 
organização curricular adequados às condições do estudante. 
 Em busca de enfrentar esses desafios, e visando diminuir a evasão escolar, as escolas 
controlam a permanência dos alunos. Quando o aluno começa a ter faltas excessivas, a escola 
comunica aos pais e, caso o problema persista, o Conselho Tutelar é acionado para tomar as 
medidas cabíveis por lei. 
 No Brasil, a garantia constitucional de acesso universal à escola é uma grande conquista, 
visto que na nossa história o acesso ao ensino era privilégio de uma pequena parcela da 
população. Entretanto, tal garantia não é sinônimo de matrículas e frequências. Temos 
observado que não é 100% das crianças que frequentam a escola, e que a conclusão da 
Educação Básica e o acesso ao Ensino Superior ainda representam grandes desafios. 
 A oferta do ensino é realizada em instituições públicas e privadas que, 
independentemente da sua estrutura, devem obedecer aos princípios previstos na lei (a serem 
analisados mais à frente, no ponto 2). Dessa forma, compreendemos que as instituições privadas 
devem seguir os mesmos preceitos da lei que as instituições públicas. 
 A Constituição Federal de 1988 determina que criança, jovem e adolescente têm direito, 
entre outros, à vida, à alimentação, à educação e ao lazer, conforme observamos no artigo 227: 
art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao 
jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, 
à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e 
comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, 
exploração, violência, crueldade e opressão. 
 O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), no seu artigo 53, reforça as 
determinações constitucionais ao ratificar que a educação é um direito da criança e adolescente. 
 Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno 
desenvolvimento da sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o 
trabalho, assegurando-lhes: 
 I– Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; 
 II– Direito de ser respeitado por seus educadores; 
 III– Direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias 
escolares superiores; 
 IV– Direito de organização e participação em entidades estudantis; 
 V– Acesso à escola pública e gratuita próxima a sua residência. 
 
 O ECA é importante pois assegura os direitos das crianças e dos adolescentes presentes 
na Constituição, dessa forma, busca-se garantir que os direitos sejam respeitados. 
 O ECA classifica um sujeito com até 12 anos incompletos como criança, e entre 12 e 18 
anos incompletos como adolescentes. Essa classificação permite que se apliquem medidas 
cabíveis em caso de descumprimento da lei pela criança ou adolescente, conforme 
demonstramos abaixo: 
 
 Advertência (art. 115 do ECA): É uma repreensão judicial, que visa sensibilizar e 
esclarecer ao adolescente as consequências de uma reincidência infracional. 
 
 Obrigação de reparar o dano (art. 116 do ECA): O ressarcimento, por parte do 
jovem, do dano ou prejuízo econômico causado à vítima. 
 
 Prestação de serviços à comunidade (art. 117 do ECA): Realização de tarefas 
gratuitas à comunidade no período de seis meses, durante oito horas semanais. 
 
 Liberdade assistida (art. 118 do ECA): Acompanhamento, auxílio e orientação dojovem em conflito com a lei por equipes multidisciplinares no período mínimo de 
seis meses. 
 
 Semiliberdade (art. 120 do ECA): Restrição de liberdade do jovem, que poderá 
permanecer com a família aos finais de semana. 
 
 Internação (arts. 121 e 125 do ECA): A internação pode ser em caráter provisório ou 
definitivo. 
 
 Analisando os artigos 60 e 227 da Constituição Federal de 1988, fica clara a inexistência 
– no texto constitucional –, de uma fórmula para que os direitos ali postos sejam efetivados. 
Faz-se, assim, necessária a criação de estatutos, diretrizes e bases para desenvolvimento de um 
plano nacional com a união de diversos setores da sociedade civil, a fim de promover um 
diagnóstico da realidade educacional e estratégias que ampliem o acesso, a permanência e a 
construção de um processo ensino-aprendizado significativo ao educando. E é desse contexto 
que emerge a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, em 1996. 
 
4. ANALISANDO OS PRINCÍPIOS E AFINS DA EDUCAÇÃO NACIONAL – 
ARTIGOS 2º E 3º LEI 9.394/1996 
 
Princípios e fins da educação brasileira 
 A LDB foi promulgada em 20 de dezembro de 1996, no governo do presidente Fernando 
Henrique Cardoso (1995- 2002). É uma lei que regulamenta o sistema educacional público e 
privado no Brasil, da Educação Básica ao Ensino Superior. 
 A LDB estabelece deveres dos Estados, do DF e dos municípios para a efetivação do 
direito à educação; os princípios da educação; e as responsabilidades entre os municípios, 
Estados e Distrito Federal, reafirmando o direito à educação garantindo pela Constituição 
Federal e abordado no ECA. 
 A partir da LDB, a escolarização passou a ter um espaço importante no debate sobre a 
educação brasileira, tornando o Ensino Básico pauta na política nacional e desencadeando 
algumas políticas públicas, como os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), Referenciais 
Curriculares Nacionais (RCN), Política de Financiamento da Educação Básica (Fundeb), 
Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) e Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), 
políticas essas que estudaremos no decorrer do curso. 
 A LDB estrutura a Educação Básica por etapas e modalidades de ensino: 
 
Tabela 1: Etapas de ensino da Educação Básica. 
Educação Infantil 
 Crianças de 0 (zero) a 5 (cinco) anos. 
 Frequência não obrigatória até os 3 (três) anos. 
 Dividida em: Creches – 0 (zero) a 
3 (três) anos. 
 Pré-Escola – 4 (quatro) a 5 (cinco) anos. 
 Principal função: formação integral do aluno. 
Ensino Fundamental 
 Crianças a partir dos 6 (seis) anos 
(completos) até Março do ano vigente. 
 Duração: 9 (Nove) Anos. 
 Principal função: oferecer conteúdo mínimo 
para a criança se desenvolver. 
Ensino Médio 
 Duração mínima: 3 (três) anos, podendo 
chegar a 5 (cinco) anos no caso da modalidade 
 Educação Profissional de Nível Médio. 
 Principal função: oferecer qualificação 
para ensinos posteriores. 
Fonte: Elaborado pela autora, 2019 
 
Modalidades de Ensino da Educação Básica: 
 
 Educação Regular; 
 Educação de Pessoas com Necessidades Especiais; 
 Educação de Jovens e Adultos; 
 Educação Escolar Indígena; 
 Educação Profissional e Tecnológica; 
 Educação a Distância; 
 Educação do Campo. 
 
 A Lei 9.394/1994 representou uma evolução pelo fato de incluir as crianças de zero a 
cinco anos no processo educativo, algo que antes não acontecia, vez que se acreditava que essas 
crianças deveriam ser assistidas pela área de assistência social. 
 A LDB reforça determinações da Constituição Federal de 1988 e do art. 2º do ECA: 
 Art. 2º. A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade 
e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, 
seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. 
 O artigo ressalta o dever da família e do Estado em relação à educação. Devemos 
compreender que a família em conjunto com o Estado são os principais responsáveis pelo 
processo educacional, sendo o papel da escola e dos professores complementar a ação da 
família, não o contrário. 
 Observamos também que a educação deve favorecer a liberdade do educando, 
desenvolvendo seu lado crítico, proporcionando uma formação adequada, para que, além de o 
aluno se inserir no mercado de trabalho, ele possa ser agente de transformação dentro da sua 
sociedade. Dessa forma, entendemos que uma educação de qualidade não deve ser focada 
apenas em conteúdo, mas em práticas que promovam o senso crítico e a reflexão desse aluno 
frente aos seus problemas sociais, para que ele possa contribuir e realizar mudanças visando à 
melhoria da sociedade. 
 Nos incisos do artigo 3º da LDB, estão dispostos os princípios que devem ser garantidos 
na educação: 
 art. 3º. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: 
 I- igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; 
 II- liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, 
a arte e o saber; 
 III- pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas; 
 IV- respeito à liberdade e apreço à tolerância; 
 V- coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; 
 VI- gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; 
 VII- valorização do profissional da educação escolar; 
 VIII- gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação 
dos sistemas de ensino; 
 IX- garantia de padrão de qualidade; 
 X- valorização da experiência extraescolar; 
 XI- vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais. 
 
 De acordo com o inciso 1º do art. 3 da LDB, todos devem ter condições de acesso e 
permanência na escola, ou seja, independentemente da classe social, todas as pessoas têm 
direito a uma educação de qualidade. 
 Importante ressaltar que a lei trata de condições de acesso, e não de igualdade de direito 
de acesso. Desse modo, compreendemos que a escola deve oferecer equidade de condições de 
acesso, levando em consideração as particularidades e necessidades do educando. A escola só 
terá condições de garantir ensino de qualidade para todos, se levar em consideração as 
condições iniciais desses educandos, contribuindo para que as diferenças sejam supridas e todos 
alcancem os mesmos objetivos. 
 A educação tem o dever de desenvolver cidadãos críticos, livres e tolerantes, capazes de 
compreender a realidade que os cerca, e contribuir com a sociedade na qual está inserida. 
 A escola deve promover práticas pedagógicas que valorizem as experiências 
extraescolares, promovendo o interesse e despertando um aprendizado significativo dos alunos. 
Paulo Freire dizia que não podemos considerar o aluno uma tábua rasa, vazia e sem conteúdo. 
Nós, enquanto educadores, precisamos criar práticas pedagógicas que levem em consideração 
as experiências trazidas pelos alunos para o contexto escolar, tornando a educação mais 
significativa e prazerosa ao educando, enquanto a gestão da escola deve ser realizada de forma 
democrática, com a participação de toda a comunidade escolar. 
 A Lei 9.394/1996 ressalta a importância da valorização dos profissionais que atuam na 
educação, para que isso possa refletir em uma educação de qualidade. 
 Nos nossos estudos, pudemos observar a importância da LDB para a educação 
brasileira, pois as práticas pedagógicas passaram a ser estruturadas buscando promover uma 
educação de qualidade. 
 A igualdade de acesso à educação é importante e foi uma grande conquista, pois, tempos 
atrás, o ensino era apenas para uma pequena parcela da população, a classe minoritária não 
tinha acesso à escola. 
 Atualmente, todos passaram a ter o direito ao acesso à escola, e a LDB veio para 
assegurar as condições de ensino promovendo um ensino de qualidade, buscando a formação 
integral do aluno. 
 
4. IDENTIFICANDO OS ASPECTOS DO SISTEMA ESCOLAR BRASILEIRO E A 
ADMINISTRAÇÃODO SISTEMA NACIONAL DE ENSINO 
 
Sistema escolar brasileiro 
 
 A história do sistema educacional brasileiro foi marcada por seu caráter excludente, que 
favorecia a minoria permitindo o acesso à educação apenas para a elite. 
 A implantação da LDB garantiu mudanças e reorientação do sistema educativo, 
possibilitando o acesso de todos a uma educação de qualidade; esse amplo acesso à educação 
necessitou reestruturar um sistema escolar, que permitisse que a escola fosse de fato acessível 
a todos. 
 O Brasil é constituído por desigualdades econômicas e sociais, e quando se pretende 
reestruturar a educação deve-se levar em consideração essa complexidade, para que se possa 
atingir uma educação universal e democrática. Conforme corrobora: 
 A compreensão do sistema educacional brasileiro exige que não se perca de vista a 
totalidade social da qual o sistema educativo faz parte. (Saviani, 1987, p. 48). 
 De acordo com Saviani, a educação deve estar voltada para além dos livros, tendo como 
foco a sociedade em que esse educando está inserido. 
 O sistema educacional brasileiro apresenta falhas na qualidade do que está sendo 
ministrado, percebemos que muitas das propostas para a educação não ocorrem no interior da 
escola. 
 As propostas para a educação devem ser planejadas para atender o interesse da 
sociedade, de forma que seja possível o seu cumprimento para que realmente atinja seus 
objetivos. 
 Percebemos que o nosso sistema educacional apresentou mudança, mas ainda precisa 
evoluir, proporcionando o desenvolvimento de estudantes críticos e que possam contribuir para 
a sociedade de que fazem parte, provendo desenvolvimento emocional, cultura e social. 
 
Estrutura do sistema escolar brasileiro 
 
 O sistema brasileiro de ensino é dividido de acordo com dois níveis, conforme o art. 21 
da LDB: 
 
 Educação Básica: composta pela Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio; 
 Ensino Superior: composto pelos cursos de graduação, programas de mestrado e 
doutorado, cursos de especialização e pós-graduação. 
 
 Segundo a Constituição de 1988 e a LDB, a educação brasileira é composta por sistemas 
de ensino que serão organizados de modo colaborativo entre a União, os Estados e o Distrito 
Federal, no Brasil encontramos problemas na articulação entre esses órgãos em relação à 
organização do sistema, refletindo em problemas na educação. 
 Sabemos que cada órgão é responsável por uma área do ensino, no entanto a 
responsabilidade deve ser pensada levando em conta o bem-estar do educando, e não apenas no 
que tange à responsabilidade do órgão, devendo esses órgãos estabelecer parcerias para que de 
fato esse aluno seja tenha sua necessidade atendido. 
 O sistema federal é composto pelo Ministério da Educação (MEC) e pelo Conselho 
Nacional de Educação (CNE), algumas de suas atribuições são: 
 
 1. Organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições oficiais do sistema federal; 
 2. Elaborar o Plano Nacional de Educação, em colaboração com os Estados e 
municípios; 
 3. Assegurar processo nacional de avaliação do rendimento escolar no Ensino 
Fundamental, Médio e Superior, em colaboração com os sistemas de ensino, definindo 
prioridades e a melhoria da qualidade; 
 4. Autorizar, reconhecer, credenciar, supervisionar e avaliar, respectivamente, os cursos 
das instituições de educação superior. 
 
 O sistema estadual é constituído pela Secretaria de Educação (SEE), Conselho Estadual 
de Educação (CEE), Delegacia Regional de Educação (DRE) ou Subsecretaria de Educação; 
algumas de suas responsabilidades são: 
 
 1. Organizar, manter e desenvolver os órgãos do seu sistema de ensino; 
 2. Assegurar o Ensino Fundamental e oferecer o Ensino Médio com prioridade; 
 3. Assumir o transporte escolar dos alunos da rede estadual. 
 
 O sistema municipal é formado pela Secretaria Municipal de Educação (SME) e o 
Conselho Municipal de Educação (CME), algumas de suas atribuições são: 
 1 
 1. Oferecer a Educação Infantil em creches e pré- escolas, e com prioridade, o Ensino 
Fundamental, atuar atendendo a outras áreas apenas quando tiver sanado suas necessidades na 
totalidade; 
 2. Assumir o transporte escolar dos alunos da rede municipal. 
 
 Segundo Saviani (2010), o Brasil não tem um sistema de educação, e sim uma estrutura 
educacional, pois, para ter um sistema, teria que desenvolver um profundo conhecimento da 
realidade e das dificuldades de cada região do país, porém, devido às diferenças de cada região 
brasileira e em termos econômicos e culturais, isso se torna difícil. 
 Além disso, deve ter conhecimento da realidade das estruturas e dos recursos 
disponíveis, bem como do capital humano acessível para implementar políticas públicas que 
visem equalizar as diversas regiões diante das suas diferenças. 
 A educação brasileira deve compartilhar todo o conhecimento teórico sobre a educação, 
não apenas diretrizes ou currículos, mas conhecimentos que possam ser compartilhados com 
diferentes regiões independentemente das distâncias física ou econômica. 
 Saviani (2010) acredita que até hoje o Brasil construiu uma estrutura educacional 
marcada por leis e programas, como a Constituição Federal e a LDB, mas ainda não foi 
desenvolvida uma unidade educacional que buscasse a garantia de direito de oportunidades, e 
não apenas de igualdade. 
 O direito de oportunidade será efetivado quando se desenvolver um sistema educacional 
que busque reconhecer as diferenças de cada educando e, diante dessa diferença, promova uma 
educação de qualidade para todos. 
 
Conselhos de Educação no Brasil 
 
 Os Conselhos de Educação no Brasil exercem a função de organização e planejamento, 
e são divididos de acordo com a dependência político-administrativa: 
 
Conselho Nacional de Educação (CNE) 
 Foi criado em 24 de dezembro de 1995 por meio da Lei 9.131, e é constituído pela 
Câmara de Educação Básica e a Câmara de Educação Superior; é composto por 24 membros, 
sendo 12 indicados por associações científicas e profissionais, e os outros nomeados pelo 
presidente da República. 
 O CNE atua auxiliando o Ministério da Educação, sendo uma forma de participação da 
sociedade nos processos decisórios da educação brasileira. 
 
Diretrizes Curriculares Nacionais 
 As Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) são normas discutidas e fixadas pelo CNE 
que orientam o planejamento curricular das escolas e dos sistemas de ensino da Educação 
Básica. Segundo a definição do CNE: 
 Diretrizes Curriculares Nacionais são o conjunto de definições doutrinárias sobre 
princípios, fundamentos e procedimentos na Educação Básica, expressas pela Câmara de 
Educação Básica do Conselho Nacional de Educação, que orientarão as escolas brasileiras dos 
sistemas de ensino, na organização, na articulação, no desenvolvimento e na avaliação de suas 
propostas pedagógicas. (BRASIL, 1998) 
 A origem das DCNs está na Lei 9.384/1996, quando trata ser a finalidade da União 
estabelecer diretrizes que nortearão os currículos da Educação Básica. 
 Art. 8º. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão, em regime 
de colaboração, os respectivos sistemas de ensino. 
 IV - estabelecer, em colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios, competências e diretrizes para a educação infantil, o ensino fundamental e o ensino 
médio, que nortearão os currículos e seus conteúdos mínimos, de modo a assegurar formação 
básica comum. (BRASIL, 1996) 
 
 A criação dessas diretrizes é importante por conta da necessidade de criação de políticas 
educacionais, que garantam o direito de todo brasileiro ter acesso a uma formação humana e 
cidadã dentro do ambiente escolar, conforme a Lei 9.394/1996. Observemos os objetivos das 
Diretrizes: 
 I– sistematizar os princípios e diretrizes gerais da Educação Básica contidos na 
Constituição, na LDB e demais dispositivos legais, traduzindo-os emorientações que 
contribuam para assegurar a formação básica comum nacional, tendo como foco os sujeitos que 
dão vida ao currículo e à escola; 
 II– estimular a reflexão crítica e propositiva que deve político-pedagógico da 
escola de Educação Básica; 
 III– orientar os cursos de formação inicial e continuada de profissionais – 
docentes, técnicos, funcionários – da Educação Básica, os sistemas educativos dos diferentes 
entes federados e as escolas que os integram, indistintamente da rede a que pertençam. 
 
 Com isso compreendemos que as DCNs são leis que regulamentam a Lei de Diretrizes 
e Bases da Educação Nacional (Lei 9.394/1996). Nestas constam os objetivos e as metas para 
a educação, permitindo que cada instituição de ensino tenha sua autonomia incentivando a 
criação de currículos de acordo com as competências elencadas nas diretrizes. 
 As Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para Educação Básica estabelecem bases 
para a Educação Infantil, o Ensino Fundamental e o Ensino Médio, pelas quais os sistemas 
federais, estaduais e municipais se orientarão para promover um currículo integralizado. 
 Segundo o CNE, as DCNs buscam ser uma referência curricular para que todo cidadão 
possa gozar de conhecimentos cientificamente elaborados e historicamente construídos. Para 
isso as DCNs estabelecem princípios norteadores para a escola desenvolver suas ações 
pedagógicas, são eles: 
 1 
 1. Princípios éticos: autonomia, responsabilidade e respeito; 
 2. Princípios políticos: direito e cidadania; 
 3. Estético: criatividade, sensibilidade e variadas formas artísticas. 
 
 A educação brasileira é composta por modalidades e cada uma tem sua diretriz 
estabelecida. Após as DCNs, foram elaborados os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) e 
os Referenciais Curriculares Nacionais (RCN); esses documentos abordam o currículo indicado 
pelas DCNs. 
 As Diretrizes Curriculares para Educação Infantil constam da Resolução n. 5, de 17 de 
dezembro de 2009, que apresenta a orientação pedagógica para a educação infantil. 
 A organização curricular brasileira visa garantir a Constituição Federal, promovendo 
educação de qualidade para todos. 
 
Referenciais Curriculares Nacionais para Educação Infantil 
 Em 1998, visando atender as questões da Lei 9.394/1996, foram criados os Referenciais 
Curriculares Nacionais (RCNEI), com o objetivo de apontar metas de qualidade e ressaltar o 
desenvolvimento integral da criança, reconhecendo os direitos e deveres dos alunos dessa faixa 
etária. 
 O RCNEI foi desenvolvido por meio da mobilização social num amplo debate nacional, 
e visa sedimentar os direitos da Constituição Federal de 1988 superando o caráter 
assistencialista para as crianças. 
 O RCNEI tem o objetivo de ser um guia de orientações pedagógicas aos profissionais 
de Educação Infantil. Esse documento é constituído por três volumes. 
 O volume 1, Introdução, apresenta uma reflexão sobre creches e pré-escolas, trazendo 
uma concepção sobre criança, educação, instituição e educador. 
 O volume 2, Formação Pessoal e Social, trabalha-se a autonomia e a construção de 
identidade da criança. 
 O volume 3, Conhecimento do Mundo, aborda a importância das experiências e o 
conhecimento que a criança tem do mundo, a construção de linguagens e suas relações. 
 
Parâmetros Curriculares Nacionais 
 Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) referem- se às séries iniciais do Ensino 
Fundamental e visam auxiliar o trabalho pedagógico de modo que as crianças desenvolvam os 
conhecimentos formais de que necessitam para se tornarem cidadãos plenos. 
 A aprovação dos PCN foi realizada pelo MEC com o objetivo de desenvolver metas de 
qualidade e objetivos que visem à formação de cidadãos participativos na sociedade que 
reconhecem seus direitos e deveres. 
 Em 2017 surge a Base Nacional Comum Curriculares (BNCC), que visa, de modo geral, 
definir o que deve ser ensinado para cada estudante em cada ano de estudo da Educação Infantil 
até o Ensino Médio. 
 A partir da implementação da BNCC, o Brasil passa a ter uma referência curricular 
nacional obrigatória, na qual as escolas deverão se apoiar para desenvolver seus currículos. 
 Segundo o documento, os currículos devem ser elaborados, respeitando a diversidade, 
particularidades e o contexto em que a escola está inserida. 
 A criação da BNCC visa contribuir para diminuir a desigualdade de oportunidades entre 
os estudantes brasileiros, devendo cada instituição seguir uma base comum de ensino e incluir 
uma base diversificada de acordo com as especificidades de cada localidade onde a escola está 
inserida. 
 
6. PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO: OBJETIVOS E METAS 
 
O Plano Nacional 
 Em 25 de junho de 2014, a então presidenta, Dilma Rousseff, sancionou a Lei 
13.005/2014, que aprovou o novo Plano Nacional de Educação, com vigência até 25 de junho 
de 2024, visando cumprir o disposto no artigo 214 da Constituição Federal de 1988: 
 Art. 214. A lei estabelecerá o plano nacional de educação, de duração decenal, com o 
objetivo de articular o sistema nacional de educação em regime de colaboração e definir 
diretrizes, objetivos, metas e estratégias de implementação para assegurar a manutenção 
e desenvolvimento do ensino em seus diversos níveis, etapas e modalidades por meio de ações 
integradas dos poderes públicos das diferentes esferas federativas que conduzam a: 
 I- erradicação do analfabetismo; 
 II- universalização do atendimento escolar; 
 III - melhoria da qualidade do ensino; 
 IV- formação para o trabalho; 
 V- promoção humanística, científica e tecnológica do País; 
 VI- estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação 
como proporção do produto interno bruto. 
 
 O PNE surge respaldado pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional como um 
instrumento para a evolução da educação brasileira. Ele apresenta, no seu artigo 2º, dez 
diretrizes que devem pautar a educação no Brasil: 
 I- erradicação do analfabetismo; 
 II- universalização do atendimento escolar; 
 III- superação das desigualdades educacionais, com ênfase na promoção da 
 cidadania e na erradicação de todas as formas de discriminação; 
 IV- melhoria da qualidade da educação; 
 V- formação para o trabalho e para a cidadania, com ênfase nos valores morais 
 e éticos em que se fundamenta a sociedade; 
 VI- promoção do princípio da gestão democrática da educação pública; 
 VII- promoção humanística, científica, cultural e tecnológica do País; 
 VIII- estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação 
 como proporção do Produto Interno Bruto – PIB, que assegure atendimento às 
 necessidades de expansão, com padrão de qualidade e equidade; 
 IX- valorização dos(as) profissionais da educação; 
 X- promoção dos princípios do respeito aos direitos humanos, à diversidade e à 
 sustentabilidade socioambiental. 
 
 Notem que cinco desses objetivos já estavam sendo contemplados na Constituição 
Federal de 1988, no art. 214: 
 Erradicação do analfabetismo; universalização do atendimento educacional; melhoria 
da qualidade da educação; promoção humanística e tecnológica do País, e estabelecimento de 
meta de aplicação de recursos públicos em educação como proporção do produto interno bruto. 
 
Metas 
 O PNE possui 20 metas, cada uma delas seguida de estratégias, que abrangem todos os 
níveis de formação – desde a Educação Infantil até o Ensino Superior – , cuja fiscalização 
quanto ao cumprimento ficou a cargo do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas 
Educacionais Anísio Teixeira (Inep), juntamente com o Congresso Nacional e o Fórum 
Nacional de Educação. 
 
Meta 1 
Universalizar, até 2016, a educação infantil na pré- escola para as crianças de quatro a cinco 
anos de idade e ampliar a oferta de educação infantil em creches de forma a atender, no mínimo, 
50% das crianças de até três anos até o final da vigênciadeste PNE. 
 
Meta 2 
Universalizar o ensino fundamental de nove anos para toda a população de seis a 14 anos e 
garantir que pelo menos 95% dos alunos concluam essa etapa na idade recomendada, até o 
último ano de vigência deste PNE. 
 
Meta 3 
Universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a população de 15 a 17 anos e elevar, 
até o final do período de vigência deste PNE, a taxa líquida de matrículas no ensino médio 
para 85%. 
 
Meta 4 
Universalizar, para a população de quatro a 17 anos, o atendimento escolar aos estudantes com 
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação na 
rede regular de ensino. 
 
Meta 5 
Alfabetizar todas as crianças, no máximo, até os oito anos de idade, durante os primeiros cinco 
anos de vigência do plano; no máximo, até os sete anos de idade, do sexto ao nono ano de 
vigência do plano; e até o final dos seis anos de idade, a partir do décimo ano de vigência do 
plano. 
 
Meta 6 
Oferecer educação em tempo integral em, no mínimo, 50% das escolas públicas, de forma a 
atender, pelo menos, 25% dos alunos da educação básica. 
 
Meta 7 
Fomentar a qualidade da educação básica em todas as etapas e modalidades, com melhoria do 
fluxo escolar e da aprendizagem de modo a atingir as seguintes médias nacionais para o Ideb: 
 
Meta 8 
Elevar a escolaridade média da população de 18 a 29 anos, de modo a alcançar no mínimo 12 
anos de estudo no último ano de vigência deste Plano, para as populações do campo, da região 
de menor escolaridade no País e dos 25% mais pobres, e igualar a escolaridade média entre 
negros e não negros declarados à Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
(IBGE.) 
 
Meta 9 
Elevar a taxa de alfabetização da população com 15 anos ou mais para 93,5% até 2015 e, até o 
final da vigência deste PNE, erradicar o analfabetismo absoluto e reduzir em 50% a taxa de 
analfabetismo funcional. 
 
Meta 10 
Oferecer, no mínimo, 25% das matrículas de educação de jovens e adultos, na forma integrada 
à educação profissional, nos ensinos fundamental e médio. 
 
Meta 11 
Triplicar as matrículas da educação profissional técnica de nível médio, assegurando a 
qualidade da oferta e pelo menos 50% de gratuidade na expansão de vagas. 
Meta 12 
Elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 50% e a taxa líquida para 33% da 
população de 18 a 24 anos, assegurando a qualidade da oferta. 
 
Meta 13 
Elevar a qualidade da educação superior e ampliar a proporção de mestres e doutores do corpo 
docente em efetivo exercício no conjunto do sistema de educação superior para 75%, sendo, do 
total, no mínimo, 35% de doutores. 
 
Meta 14 
Elevar gradualmente o número de matrículas na pós- graduação stricto sensu, de modo a atingir 
a titulação anual de 60 mil mestres e 25 mil doutores. 
 
Meta 15 
Garantir, em regime de colaboração entre a União, os estados, o Distrito Federal e os 
municípios, no prazo de um ano de vigência deste PNE, política nacional de formação dos 
profissionais da educação de que tratam os incisos I, II e III do art. 61 da Lei nº 9.394/1996, 
assegurando-lhes a devida formação inicial, nos termos da legislação, e formação continuada 
em nível superior de graduação e pós-graduação, gratuita e na respectiva área de atuação. 
 
Meta 16 
Formar, até o último ano de vigência deste PNE, 50% dos professores que atuam na educação 
básica em curso de pós-graduação stricto ou lato sensu em sua área de atuação, e garantir que 
os profissionais da educação básica tenham acesso à formação continuada, considerando as 
necessidades e contextos dos vários sistemas de ensino. 
 
Meta 17 
Valorizar os profissionais do magistério das redes públicas de educação básica de forma a 
equiparar seu rendimento médio ao dos demais profissionais com escolaridade equivalente, 
até o final do sexto ano de vigência deste PNE. 
 
 
 
Meta 18 
Assegurar, no prazo de dois anos, a existência de planos de carreira para os profissionais da 
educação básica e superior pública de todos os sistemas de ensino e, para o plano de carreira 
dos profissionais da educação básica pública, tomar como referência o piso salarial nacional 
profissional, definido em lei federal, nos termos do inciso VIII do art. 206 da Constituição 
Federal. 
 
Meta 19 
Garantir, em leis específicas aprovadas no âmbito da União, dos estados, do Distrito Federal e 
dos municípios, a efetivação da gestão democrática na educação básica e superior pública, 
informada pela prevalência de decisões colegiadas nos órgãos dos sistemas de ensino e nas 
instituições de educação, e forma de acesso às funções de direção que conjuguem mérito e 
desempenho à participação das comunidades escolar e acadêmica, observada a autonomia 
federativa e das universidades. 
 
Meta 20 
Ampliar o investimento público em educação de forma a atingir, no mínimo, o patamar de 7% 
do Produto Interno Bruto (PIB) do País no quinto ano de vigência desta Lei e, no mínimo, o 
equivalente a 10% do PIB no final do decênio. 
 
 Após análise das metas e objetivos, percebemos que o Brasil ainda tem um longo 
caminho a percorrer em relação à educação. As metas são audaciosas, mas imprescindíveis para 
que a educação, no Brasil, seja capaz de promover as mudanças sociais, individuais e 
econômicas que a nossa sociedade necessita.

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