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TAC II - DIREITO CIVIL VII - SUCESSÕES - IGOR MIGUEL

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DIREITO CIVIL VII – SUCESSÕES 
ACADÊMICO: IGOR MIGUEL VIEIRA NEIS 
Prof. TIAGO LIED 
ATIVIDADE PARA AFERIÇÃO DE NOTA (2,5): 
Joana vendeu imóvel rural para sua irmã Maria, a qual, posteriormente alienou o imóvel a terceiros. Passado algum tempo, Cláudio e João decidiram tentar anular a venda desse imóvel rural, sob a alegação de que Joana não possuía discernimento para realizar o negócio, pois era interditada judicialmente e curatelada pela irmã Maria. Os irmãos ajuizaram ação de nulidade do negócio jurídico, afirmando que a falecida era pessoa absolutamente incapaz e que não houve autorização judicial para a compra e venda. Segundo disseram, a falecida tinha apenas seus irmãos como herdeiros, e os dois só tiveram conhecimento da alienação do imóvel quando da abertura da sucessão – momento em que foram informados de que não havia bens a inventariar – e da qual renunciaram formalmente. A venda do imóvel a terceiros foi feita após a morte da curatelada.
Sobre o tema Aceitação e Renúncia de Herança e tendo em vista o caso acima descrito, responda:
1. O que é aceitação da herança e quais suas principais características? (Vale 0,5 pontos)
R: Aceitação de herança é uma confirmação da transmissão da herança, tem natureza confirmatória, pois ninguém pode ser herdeiro contra sua vontade, onde o herdeiro, declara a aceitação de forma expressa por escrito através de instrumento público ou particular, tácita aquela em que o indivíduo pratica atos em que o herdeiro indica que aceita a herança ou presumida qualquer indivíduo interessado no prazo de 20 dias provoca o juíz. Tendo como características principais, ato unilateral, ex tunc a data da morte, negócio puro ou incondicional, indivisível e irrevogável o ato de aceitação.
2. Como podemos definir a renúncia da herança e quais seus principais efeitos? (Vale 0,5 pontos)
R: É quando o herdeiro nega a herança, de forma expressa unicamente, podendo ser feita por escritura pública ou termo judicial, abdicativa ou translativa. Os principais efeitos são: a exclusão da sucessão do herdeiro que renuncia, reintegração da sua quota-parte ao montante e proibição de sucessão por direito de representação.
 
3. A renúncia é retratável? Em que condições ela pode se tornar ineficaz e/ou inválida? Explique. (Vale 0,5 pontos)
R: Não, é irretratável, pois uma vez expressa a renúncia, o renunciante não pode voltar atrás. Mas pode se tonar ineficaz/inválida quando for, declarada por decisão judicial, e também pode ser a pedido de credores prejudicados. O Art. 1.812. diz: São irrevogáveis os atos de aceitação ou de renúncia da herança. Desde que o herdeiro não venha prejudicar os seus credores, renunciando à herança, poderão eles, com autorização do juiz, aceitá-la em nome do renunciante. 
4. A seu ver, o pedido de Cláudio e João deve ser acolhido pela Justiça, com vistas a anular a alienação do imóvel originalmente pertencente a Joana, devolvendo-se, assim, o referido bem ao processo de inventário e partilha, do qual participariam todos os irmãos da falecida, inclusive os peticionários Cláudio e João que renunciaram formalmente à herança? Por quê? Justifique. (Vale 1,0 ponto)
R: Não deve ser acolhido pela justiça o pedido de Cláudio e João, tendo em vista que eles renunciaram a herança da curatelada, não tendo eles então legitimidade para propor ação questionando a venda do imóvel. Renunciaram o direito à herança e depois quiseram pleitear direito alheio em nome próprio, negócio jurídico irrevogável. E ainda, de acordo com o Art. 1812 CC é irrevogável o ato de renúncia à herança.

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