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Processo de Cuidar na Saúde e Reprodutiva QUEM QUANDO HIVa Sífilisb Clamídiac e gonococo Hepatites Bd e Ce Adolescentes e jovens (≤30 anos) Anual Ver frequência conforme outros subgrupos populacionais ou práticas sexuais Gestantes Na primeira consulta do pré-natal (idealmente, no 1o trimestre da gestação); No início do 3o trimestre (28ª semana); No momento do parto, independentemente de exames anteriores; Em caso de aborto/ natimorto, testar para sífilis, independentemente de exames anteriores. Na primeira consulta do pré-natal (gestantes ≤30 anos) Hepatite B: na primeira consulta do pré-natal (idealmente, no primeiro trimestre)f Hepatite C: de acordo com o histórico de exposição de risco para HCVg Gays e HSH1 Semestral Semestral IST – Infecções Sexualmente Transmissíveis Rastreamento de IST É a realização de testes diagnósticos em pessoas assintomáticas a fim de estabelecer o diagnóstico precoce (prevenção secundária), com o objetivo de reduzir a morbimortalidade do agravo rastreado. O rastreamento das IST não identifica apenas uma pessoa; ao contrário, estará sempre ligado a uma rede de transmissão. Os dois principais fatores de risco para IST são práticas sexuais sem uso de preservativos e idade mais baixa. Rastreamento de IST Algumas, quando não diagnosticadas e tratadas a tempo, podem evoluir para complicações graves e até mesmo o óbito. Durante a gestação, algumas podem ser transmitidas ao feto, causando-lhe importantes lesões ou mesmo provocando o abortamento. Sífilis HIV São consideradas atualmente o principal fator facilitador da transmissão sexual do HIV Hepatite B Trabalhadores(as) do sexo Ver frequência conforme outros subgrupos populacionais ou práticas sexuais Travestis/transexuais Pessoas que usam álcool e outras drogas Pessoas com diagnóstico de IST No momento do diagnóstico e 4 a 6 semanas após o diagnóstico de IST No momento do diagnóstico Pessoas com diagnóstico de hepatites virais No momento do diagnóstico -- Pessoas com diagnóstico de tuberculose No momento do diagnóstico -- PVHIV2 -- Semestral No momento do diagnóstico Anual Pessoas com prática sexual anal receptiva (passiva) sem uso de preservativos Semestral Pessoas privadas de Liberdade Anual Semestral -- Semestral Violência sexual No atendimento inicial; 4 a 6 semanas após exposição e 3 meses após exposição No atendimento inicial e 4 a 6 semanas após exposição No atendimento inicial e aos 3 e 6 meses após a exposição Pessoas em uso de PrEP3 Em cada visita ao serviço Trimestral Semestral Trimestral Pessoas com indicação de PEP4 No atendimento inicial; 4 a 6 semanas após exposição e 3 meses após exposição No atendimento inicial e 4 a 6 semanas após exposição No atendimento inicial e 4 a 6 semanas após exposição (exceto nos casos de acidente com material biológico) No atendimento inicial e 6 meses após exposição Notas: a HIV: preferencialmente com teste rápido. b Sífilis: preferencialmente com teste rápido para sífilis. c Clamídia e gonococo: detecção de clamídia e gonococo por biologia molecular. Pesquisa de acordo com a prática sexual: urina (uretral), amostras endocervicais, secreção genital. Para amostras extragenitais (anais e faríngeas), utilizar testes com validação para tais sítios de coleta. d Hepatite B: preferencialmente com teste rápido. Recomenda-se vacinar toda pessoa susceptível a hepatite B. Pessoa susceptível é aquela que não possui registro de esquema vacinal completo e que apresenta HBsAg não reagente (ou teste rápido para hepatite B não reagente). e Hepatite C: preferencialmente com teste rápido. f Caso a gestante não tenha realizado rastreio no pré-natal, proceder à testagem rápida para hepatite B no momento do parto. A vacina para hepatite B é segura durante a gestação e mulheres suscetíveis devem ser vacinadas. g É recomendada a realização de sorologia em gestantes com fatores de risco para infecção por HCV, como: infecção pelo HIV, uso de drogas ilícitas, antecedentes de transfusão ou transplante antes de 1993, realização de hemodiálise e elevação de aminotransferases sem outra causa clínica evidente. 1 Homens que fazem sexo com homens; 2Pessoas vivendo com HIV; 3Profilaxia Pré-Exposição ao HIV; 4 Profilaxia Pós-Exposição Fonte:DCCI/SVS/MS. O atendimento de pacientes na Unidade Básica de Atenção à Saúde da Família para as IST tem os seguintes objetivos: Interromper a cadeia de transmissão da forma mais efetiva e imediata possível Evitar as complicações advindas das DST assim como a transmissão do HIV. A regressão imediata dos sintomas. Úlceras genitais Sífilis Cancro mole Donova nose Linfogranuloma venéreo Herpes Genital Sífilis adquirida recente Primária secundária latente tardia latente tardia terciária congênita recente tardia Diagnóstico e Tratamento Sinais e sintomas – as principais características são: corrimento vaginal, corrimento uretral, úlceras genitais e verrugas genitais As amostras devem ser colhidas na primeira consulta e caso os resultados não sejam acessíveis rapidamente, a conduta terapêutica não deve ser postergada Aconselhamento Testagem HIV e sífilis – Protocolo clínico Adesão ao tratamento – Realizar o tratamento já na unidade para não ter o risco de não adesão. Preservativo – Solicitar para pegar na farmácia ou ofertar Convocar parceiro – nos casos que o parceiro também necessita de realizar o tratamento ⚠ Não liberar o/a paciente, ou seja, realizar todos os procedimentos necessários, pois corre o risco de não retornarem à Unidade. Sífilis (cancro duro) Agente etiológico: Treponema pallidum – Bactéria Evolução: Crônica (é curável, porém se não tratada pode se tornar crônica) Se não tratada: surtos de agudização, com períodos de latência (bactéria adormecida). Fase latente: Não se observam sinais e sintomas clínicos Títulos menores do que na fase secundária Poderá ser interrompido por sinais e sintomas da forma secundária ou terciária Lesões cutâneo-mucosas (tubeérculos ou gomas) Neurológicas fase extremo crônica - demência Alterações cardiovasculares Alterações articulares - artrites Na maioria das vezes são assintomáticas Sífilis (cancro duro) 10 a 90 dias de infecção → Aparecimento do Cancro duro na região genital Contato sexual As lesões cutaneomucosas aparecem de 6 a 8 semanas depois do cancro duro Lesões neurológicas, cardiovasculares (terciária-crônica) com 3 a 12 anos de infecção Lesão erosada ou ulcerada Cancro duro (fase primária) Geralmente indolor Com bordas endurecidas Fundo liso e brilhante Secreção serosa escassa Lesões cutaneomusocas (fase secundária) Manchas eritematosas (roséolas) Manchas com relevo Não ulceradas (lisas) Localização nas superfícies palmo-plantares (mãos e pés) Quando é feito o teste VDRL e é dado a titulação, exemplo, 1:4 quanto menor= - tempo Fase latente tardia ⚠ Toda erupção cutânea sem causa determinada deve ser investigada com testes para sífilis. ESTADIAMENTO ESQUEMA TERAPÊUTICO ALTERNATIVAa (EXCETO PARA GESTANTES) SEGUIMENTO (TESTE NÃO TREPONÊMICO) Sífilis recente: sífilis primária, secundária e latente recente (com até um ano de evolução) Benzilpenicilina benzatina 2,4 milhões UI, IM, dose única (1,2 milhão UI em cada glúteo) Doxiciclina 100mg, 12/12h, VO, por 15 dias Teste não treponêmico trimestral (em gestantes, o controle deve ser mensal) Sífilis tardia: sífilis latente tardia (com mais de um ano de evolução) ou latente com duração ignorada e sífilis terciária Benzilpenicilina benzatina 2,4 milhões UI, IM, 1x/semana (1,2 milhão UI em cadaglúteo) por 3 semanasb. Dose total: 7,2 milhões UI, IM Doxiciclina 100mg, 12/12h, VO, por 30 dias Teste não treponêmico trimestral (em gestantes, o controle deve ser mensal) Neurossífilis Benzilpenicilina potássica/cristalina 18-24 milhões UI, 1x/ dia, EV, administrada em doses de 3-4 milhões UI, a cada 4 horas ou por infusão contínua, por 14 dias Ceftriaxona 2g IV, 1x/dia, por 10-14 dias Exame de LCR de 6/6 meses até normalização Tratamento A benzilpenicilina benzatina é o medicamento de escolha para o tratamento de sífilis, sendo a única droga com eficácia documentada durante a gestação. A benzilpenicilina benzatina deve ser administrada exclusivamente por via intramuscular (IM). A região ventro-glútea é a via preferencial. A aplicação é nas 2 nádegas. Cancro mole Agente etiológico: Haemophilus ducreyi – Bactéria Evolução: período de incubação é de 3 a 5 dias, podendo se estender até 2 semanas Se não tratada: autoinoculação (microrganismo fica a espera de ser transmitido) Lesões Dolorosas Geralmente múltiplas Borda irregular Exsudato necrótico, amarelado, com odor fétido Bacilo atinge os linfonodos inguino- crurais (bubão) IST Primeira opção Alternativa Comentários Cancro mole (cancroide) Azitromicina 500mg, 2 comprimidos, VO, dose única Ceftriaxona 250mg, IM, dose única OU Ciprofloxacinoa 500mg, 1 comprimido, VO, 2x/dia, por 3 dias O tratamento sistêmico deve ser acompanhado de medidas locais de higiene. O tratamento das parcerias sexuais é recomendado, mesmo quando assintomáticas. Diagnóstico: Esfregaço: coletando da base da úlcera e fazendo o esfregaço na lâmina, ou aspirando o bulbão Tratamento ⚠ Atenção: pode haver associação entre as bactérias de sífilis e cancro mole Herpes Genital Agente etiológico: Herpes simplex vírus – Vírus tipo 2. Evolução: novos episódios nos primeiros 12 meses (geralmente quando a pessoa tem baixa imunidade Particularidades: o vírus não penetra em pele ou mucosas íntegras Lesões Podem ser cutâneas ou mucosas Vesículas agrupadas sobre base eritematosa. Evoluem para pequenas úlceras arredondadas ou policíclicas. Vesículas agrupadas sobre base eritematosa. Nas mucosas, é incomum a visualização das vesículas, uma vez que seus tetos rompem muito facilmente. CONDIÇÃO CLÍNICA TRATAMENTO COMENTÁRIOS Primeiro episódio Aciclovir 200mg, 2 comprimidos, VO, 3x/dia, por 7-10 dias OU Aciclovir 200 mg, 1 comprimido, VO, 5x/dia (7h, 11h, 15h, 19h, 23h, 7h...), por 7-10 dias Iniciar o tratamento o mais precocemente possível. O tratamento pode ser prolongado se a cicatrização estiver incompleta após 10 dias de terapia. Recidiva Aciclovir 200mg, 2 comprimidos, VO, 3x/dia, por 5 dias OU Aciclovir 200mg, 4 comprimidos, VO, 2x/dia, por 5 dias O tratamento deve ser iniciado preferencialmente no período prodrômico (aumento de sensibilidade local, ardor, dor, prurido e hiperemia da região genital). Supressão de herpes genital (6 ou mais episódios/ano) Aciclovir 200mg, 2 comprimidos, VO, 2x/dia, por até seis meses, podendo o tratamento ser prolongado por até 2 anos Consideram-se elegíveis para o tratamento supressivo pacientes com episódios repetidos de herpes genital (mais de 6 ao ano). Indicada avaliação periódica de função renal e hepática Herpes genital em imunossuprimidos Aciclovir endovenoso, 5-10 mg/ kg de peso, EV, de 8/8h, por 5 a 7 dias, ou até resolução clínica Em caso de lesões extensas em pacientes com imunossupressão (usuários crônicos de corticoide, pacientes em uso de imunomoduladores, transplantados de órgãos sólidos e PVHIV), pode-se optar pelo tratamento endovenoso. Gestação Tratar o primeiro episódio em qualquer trimestre da gestação, conforme o tratamento para o primeiro episódio. Se a primo-infecção ocorreu na gestação ou se recidivas foram frequentes no período gestacional, pode-se realizar terapia supressiva, a partir da 36a semana, com aciclovir 400mg, 3x/dia. Lesão de inoculação Disseminação linfática local Sequelas Diagnóstico: Esfregaço: citológico de Tzanck (celulares em lâmina fixada com álcool 70%). Tratamento Dor: analgésicos e antinflamatórios; No local: limpeza com solução fisiológica Redução de recidivas: antivirais (aciclovir) Não há cura definitiva Linfogranuloma venéreo Agente etiológico: Chlamydia trachomatis (sorotipos L1, L2, L3) Evolução: incubação entre 3 e 30 dias Dura de 1 a 6 semanas IST PRIMEIRA OPÇÃO ALTERNATIVA COMENTÁRIOS Linfogranuloma venéreo (LGV) Doxiciclinab 100mg, VO, 1 comprimido, 2x/dia, por 21 Dias Azitromicina 500mg, 2 comprimidos, VO, 1x/semana, por 21 dias (preferencial nas gestantes) As parcerias sexuais devem ser tratadas. Se a parceria for sintomática, o tratamento deve ser realizado com os mesmos medicamentos do caso-índice. Se a parceria for assintomática, recomenda-se um dos tratamentos abaixo: Azitromicina 500mg, 2 comprimidos, VO, dose única OU Doxiciclinab 100mg, 1 comprimido, VO, 2x/dia, por 7 dias O prolongamento da terapia pode ser necessário até a resolução da sintomatologia. A antibioticoterapia não tem efeito expressivo na duração da linfadenopatia inguinal, mas os sintomas agudos são frequentemente erradicados de modo rápido. Os antibióticos não revertem sequelas como estenose retal ou elefantíase genital. Lesão de inoculação Pápula, pústula ou exulceração indolor Desaparece sem deixar sequelas Disseminação linfática regional Comprometimento ganglionar Supuração e fistulização Sintomas sistêmicos Sequelas Fístulas retais, genitais e estenose retal Elefantíase genital – aumento da região Diagnóstico laboratorial: Após 4 semanas de infecção Aumento de 4x nos títulos de anticorpos Exame de linfonodos retirados ou de material colhido por biópsia retal – não é específico, mas sugestivo. Tratamento IST PRIMEIRA OPÇÃO ALTERNATIVA COMENTÁRIOS Donovanose Azitromicina 500mg, 2 comprimidos, VO, 1x/semana, por pelo menos 3 semanas, ou até a cicatrização das lesões Doxiciclinab 100mg, 1 comprimido, VO, 2x/dia, por pelo menos 21 dias, ou até o desaparecimento completo das lesões OU Ciprofloxacinoa 500mg, 1 e ½ comprimido, VO, 2x/dia, por pelo menos 21 dias, ou até a cicatrização das lesões (dose total: 750mg) OU Sulfametoxazoltrimetoprima (400/80mg), 2 comprimidos, VO, 2x/dia, por no mínimo 3 semanas, ou até a cicatrização das lesões Não havendo resposta na aparência da lesão nos primeiros dias de tratamento com ciprofloxacino, recomenda-se adicionar um aminoglicosídeo, como a gentamicina, 1mg/ kg/dia, EV, 3x/dia, por pelo menos três semanas, ou até cicatrização das lesões. Em PVHIV, sugerem-se os mesmos esquemas terapêuticos; o uso de terapia parenteral com a gentamicina deve ser considerado nos casos mais graves. O critério de cura é o desaparecimento da lesão, não tendo sido relatada infecção congênita. As sequelas da destruição tecidual ou obstrução linfática podem exigir correção cirúrgica. Devido à baixa infectividade, não é necessário tratar as parcerias sexuais. Corpúsculos de Donovan Material das lesões suspeitas Cortes tissulares Donovanose Agente etiológico: Calymmatobacterium granulomatis Evolução: progressiva e crônica Incubação: 30 dias a 6 meses Lesão Ulceração de borda plana ou hipertrófica Bem delimitada Fundo granuloso Vermelho vivo/ sangramento fácil Predileção por dobras e região perianal Diagnóstico laboratorial: Busca por esses corpúsculos TratamentoManejo Clínico de úlceras *Em casos de herpes, tratar sífilis se VDRL ou RPR forem reagentes, o que será visto no retorno. Se o quadro não é sugestivo de herpes, tratar sífilis e cancro mole. **Se forem lesões ulcerosas múltiplas e soro prevalência de herpes for igual ou maior que 30% na região, deve-se tratar herpes concomitantemente à sífilis e cancro mole Corrimento uretral Uretrite gonocócica Uretrite não gonocócica Uretrite gonocócica Agente: Neisseria gonorrhoeae (bactéria) Evolução: Aguda Incubação: 2 a 5 dias após a infecção. Nas mulheres, a uretrite gonocócica é frequentemente assintomática. Risco de contaminação no primeiro contato sexual: 25% 50% Contaminação Prurido Ardência miccional Corrimento mucóide Corrimento abundante purulento Evolução Do prurido evolui de 1 a 3 dias O corrimento mucopurulento ou purulento é frequente Complicações Na mulher: pode causar a infertilidade, pois pode evoluir para a infecção do útero e tubas uterinas. Na gravidez: pode causar o aborto espontâneo, parto prematuro, baixo peso e endometrite pós parto. Causa também a gravidez ectópica. No recém-nascido: cegueira, pneumonia e otite média. No homem: epididimite aguda, edema peniano, balanopostite (inflamação na glande), prostatite (inflamação na próstata), orquite (inflamação nos testículos) e infertilidade. Quando a bactéria se dissemina para a corrente sanguínea: artrite gonocócica, complicações cardíacas, nervosas e peri- hepatite gonocócica. Não tratada causa imunodeficiência. Diagnóstico laboratorial: Amostras uretrais em swab Cultura (suspeita de resistência à penicilina) IST PRIMEIRA OPÇÃO ALTERNATIVA COMENTÁRIOS Uretrite gonocócica e demais infecções gonocócicas NÃO complicadas (uretra, colo do útero, reto e faringe) Ceftriaxona 500mg, IM, dose única MAIS Azitromicina 500mg, 2 comprimidos, VO, dose única -- Em menores de 18 anos e gestantes: A ciprofloxacina é contraindicada, sendo a ceftriaxona o medicamento de escolha Tratamento Orientações importantes ・ Não ordenhar a uretra durante ou após tratamento (masculina) ・ No retorno (7 a 10 dias), em caso de existência do corrimento ou recidiva – tratamento para agentes menos frequentes (micoplasma, ureaplasma, t. vaginalis) Uretrites não gonocócica (UNG) Uretrites sintomáticas cujas bacterioscopias pela coloração de gram e/ou cultura são negativas para o gonococo. Principais agentes: ・ Chlamydia trachomatis - principal ・ Ureaplasma urealyticum ・ Mycoplasma hominis ・ Trichomonas vaginalis Contaminação Disúria leve Corrimento mucoide discreto Complicações 50% dos casos apresentam uretrite subaguda Síndrome uretral conjuntivo sinovial – como a UG IST PRIMEIRA OPÇÃO ALTERNATIVA COMENTÁRIOS Uretrite não gonocócica Azitromicina 500mg, 2 comprimidos, VO, dose única Doxiciclina 100mg, 1 comprimido, VO, 2x/ dia, por 7 dias A resolução dos sintomas pode levar até 7 dias após a conclusão da terapia Uretrite sem identificação do agente etiológico Ceftriaxona 500mg, IM, dose única MAIS Azitromicina 500mg, 2 comprimidos, VO, dose única Ceftriaxona 500mg, IM, dose única MAIS Doxiciclina 100mg, 1 comprimido, VO, 2x/ dia, por 7 dias -- Diagnóstico laboratorial: Swab – inserir de 2 a 3 cm na uretra O gonococo não tolera redução da umidade, se não houver = UNG (Temperaturas de 35 a 37ºC) A diferenciação das espécies pode ser feita através da oxidação dos açúcares. Colônias típicas surgem em 24 a 48horas Orientações diagnósticos neg. ou suspeitos Orientar para que fiquem sem urinar durante, no mínimo, quatro horas Abstinência sexual Colher nova amostra Tratamento CORRIMENTO VAGINAL Cervicite por clamídia ou/e gonococo Agente: Neisseria gonorrhoeae,Chlamydia trachomatis Evolução: Assintomática em 70-80% As infecções por C. trachomatis e N. gonorrhoeae em mulheres frequentemente não produzem corrimento vaginal; entretanto, se ao exame especular for constatada a presença de muco-pus cervical, friabilidade do colo ou teste do cotonete positivo, a paciente deve ser tratada para gonorreia e clamídia. corrimento vaginal + prurido ardor ao urinar e sensação de desconforto pélvico dor Caracterizam-se por dor à manipulação do colo, muco cervical turvo ou amarelado e friabilidade cervical Contaminação Corrimento Disúria Dispaurenia Extensão ao endométrio (DIP) Vulvovaginites Toda manifestação inflamatória e/ou infecciosa do trato genital feminino inferior, ou seja, vulva, vagina e epitélio escamoso do colo uterino (ectocérvice). Podem ser: Fisiológica Patológica • imunosu pressão • hipo ou hiperestroge nismo • lubrificantes • absorventes • Traumas Fatores físicos Fatores químicos Fatores orgânicos Fatores hormonais Vaginose bacteriana Candidíase F is io ló g ic a P a to ló g ic a Agentes endógenos Vaginose bacteriana • Agentes predominantes na própria flora vaginal • Aumento do pH (básico) • ou seja, diminuição da acidez Diminuição dos lactobacilos acidófilos • Provocada pela diminuição da acidez vaginal Desequilíbrio da flora vaginal • Gardnerellavaginalis; Bacteroides sp; • Mobiluncussp; • Micoplasmas;e/ou • Peptoestreptococos Aumento de bactérias, especialmente anaeróbias • Pode ser assintomático Corrimento Atenção! A vaginose bacteriana pode ser desencadeada pela relação sexual em mulheres predispostas, ao terem contato com sêmen de pH elevado. Características: Odor fétido – peixe podre; Branco -acinzentado Fluido ou cremoso Diagnóstico: ・ Exame a fresco ou esfregaço ・ pH da secreção vaginal = >4,5 ・ Teste das aminas: Conteúdo vaginal + 1 ou 2 gotas de KOH a 10% ・ Corrimento vaginal homogêneo, geralmente acinzentado e de quantidade variável ・ pH vaginal maior que 4,5 ・ Teste das aminas positivo (odor) ・ Presença de “clue cells” no exame bacterioscópico. Critérios de Amsel Tratamento Os parceiros não precisam ser tratados Candidíase Agente: Candida albicans (está em 80-90%) 10 a 20% a outras espécies chamadas não-albicans (C.tropicalis, C. glabrata, C. krusei, C. parapsilosis). Fatores predisponentes: (baixa da imunidade) ・ Gravidez ・ Diabetes mellitus (descompensado) ・ Uso de contraceptivos orais de altas dosagens ・ Uso de antibióticos, corticoides e imunossupressores Fatores predisponentes: (baixa da imunidade) ・ Hábitos de higiene e vestuário inadequados – utilização de calças por muito tempo, utilizar toalhas molhadas por muito tempo, orientar para dormir sem calcinha ・ Contato com substâncias alergênicas e/ou irritantes (por exemplo: talco, perfume, desodorantes) ・ Alterações na resposta imunológica (imunodeficiência) Características: ・ Prurido vulvovaginal ・ Ardor ou dor à micção ・ Corrimento branco, grumoso, inodoro e com aspecto caseoso (“leite coalhado”) ・ Hiperemia, edema vulvar (resultado do prurido), fissuras e maceração ・ Dispareunia (dor ao urinar) ・ Vagina e colo recobertos por placas brancas ou branco acinzentadas, aderidas à mucosa Diagnóstico: ・ Exame Direto de conteúdo vaginal, adicionando-se KOH a 10% = micélios (hifas) e/ou de esporos ・ pH vaginal <4 Cultura: casos de recorrência Tratamento O parceiro também faz o tratamento se tiver com sintomas e gestante e lactente somente tratamento apenas vaginal. Tricomoníase Agente: Trichomonas vaginalis (protozoário) Risco de transmissão:por ato 60 a 80% Características: ・ Corrimento abundante, amarelado ou amarelo esverdeado, bolhoso ・ Prurido e/ou irritação vulvar ・ Dor pélvica (ocasionalmente) ・ Sintomas urinários (disúria, polaciúria) ・ Hiperemia da mucosa, com placas avermelhadas; e ・ Teste de Schiller aspecto “tigróide” Diagnóstico: Teste do pH >4,5 Exame direto (afresco): gota do corrimento + solução fisiológica = parasita flagelado movimentando-se Cultura: difícil por exigir condições de anaerobiose. Tratamento É uma síndrome clínica atribuída à ascensão de microrganismos do trato genital inferior, espontânea ou devida à manipulação (inserção de DIU, biópsia de endométrio, curetagem, entre outros), comprometendo o endométrio (endometrite), tubas uterinas, anexos uterinos e/ou estruturas contíguas (salpingite, miometrite, ooforite, parametrite, pelviperitonite). Uma das mais importantes complicações das IST e um sério problema de saúde pública, sendo comum em mulheres jovens com atividade sexual desprotegida. Critérios menores temperatura axilar maior que 37,5°C Conteúdo vaginal ou secreção endocervical anormal Massa pélvica Mais de 5 leucócitos por campo de imersão em secreção de endocérvice leucocitose proteína C reativa ou velocidade de hemossedimentação elevada comprovação laboratorial de infecção cervical pelo gonococo, clamídia ou micoplasmas Critérios maiores Dor pélvica Dor à palpação Dor à mobilização do colo uterino Dor pélvica Critério elaborado: ・ Evidência histopatológica de endometrite ・ Presença de abscesso tubo-ovariano ou de fundo de saco de Douglas em estudo de imagem (ultrassonografia pélvica) ・ Laparoscopia com evidências de DIP Diagnóstico: 3 critérios maiores +1 critério menor 1 critério elaborado Casos de referenciar ao hospital: ・ Abscesso tubo-ovariano ・ Sinais de peritonite ・ Gravidez ・ Portadora de HIV ・ Paciente não responde ao tratamento ambulatorial ・ Tratar o paciente e todos os parceiros com: Azitromicina + ciprofloxacina Tratamento
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