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Resumo - SSR 1

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Processo de Cuidar na Saúde 
e Reprodutiva 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUEM QUANDO 
 HIVa Sífilisb Clamídiac e gonococo Hepatites Bd e Ce 
Adolescentes e jovens 
(≤30 anos) 
Anual 
Ver frequência conforme outros subgrupos populacionais ou práticas 
sexuais 
Gestantes 
Na primeira consulta do pré-natal (idealmente, no 1o trimestre da 
gestação); 
No início do 3o trimestre (28ª semana); 
No momento do parto, independentemente de exames anteriores; 
Em caso de aborto/ natimorto, testar para sífilis, 
independentemente de exames anteriores. 
Na primeira consulta do pré-natal 
(gestantes ≤30 anos) 
Hepatite B: na primeira consulta 
do pré-natal (idealmente, no 
primeiro trimestre)f Hepatite C: 
de acordo com o histórico de 
exposição de risco para HCVg 
Gays e HSH1 Semestral Semestral 
IST – Infecções Sexualmente Transmissíveis 
 
Rastreamento de IST 
É a realização de testes diagnósticos em pessoas assintomáticas a 
fim de estabelecer o diagnóstico precoce (prevenção secundária), 
com o objetivo de reduzir a morbimortalidade do agravo rastreado. 
O rastreamento das IST não identifica apenas uma pessoa; 
ao contrário, estará sempre ligado a uma rede de transmissão. 
Os dois principais fatores de risco 
para IST são práticas sexuais sem uso 
de preservativos e idade mais baixa. 
Rastreamento de IST 
Algumas, quando não diagnosticadas e tratadas a tempo, 
podem evoluir para complicações graves e até mesmo o óbito. 
Durante a gestação, algumas podem ser transmitidas ao feto, 
causando-lhe importantes lesões ou mesmo provocando o 
abortamento. 
Sífilis HIV 
São consideradas atualmente o principal fator 
facilitador da transmissão sexual do HIV 
Hepatite B 
Trabalhadores(as) do sexo 
Ver frequência conforme outros 
subgrupos populacionais ou 
práticas sexuais 
Travestis/transexuais 
Pessoas que usam álcool e outras 
drogas 
Pessoas com diagnóstico de IST 
No momento do diagnóstico e 4 a 6 semanas após o diagnóstico de 
IST 
No momento do diagnóstico 
Pessoas com diagnóstico de hepatites 
virais 
No momento do diagnóstico -- 
Pessoas com diagnóstico de 
tuberculose 
No momento do diagnóstico -- 
PVHIV2 -- Semestral No momento do diagnóstico Anual 
Pessoas com prática sexual anal 
receptiva (passiva) sem uso de 
preservativos 
Semestral 
Pessoas privadas de Liberdade Anual Semestral -- Semestral 
Violência sexual 
No atendimento inicial; 4 a 6 
semanas após exposição e 3 
meses após exposição 
No atendimento inicial e 4 a 6 semanas após exposição 
No atendimento inicial e aos 3 e 
6 meses após a exposição 
Pessoas em uso de PrEP3 Em cada visita ao serviço Trimestral Semestral Trimestral 
Pessoas com indicação de PEP4 
No atendimento inicial; 4 a 6 
semanas após exposição e 3 
meses após exposição 
No atendimento inicial e 4 a 6 
semanas após exposição 
No atendimento inicial e 4 a 6 
semanas após exposição (exceto 
nos casos de acidente com material 
biológico) 
No atendimento inicial e 6 meses 
após exposição 
Notas: 
a HIV: preferencialmente com teste rápido. 
b Sífilis: preferencialmente com teste rápido para sífilis. 
c Clamídia e gonococo: detecção de clamídia e gonococo por biologia molecular. Pesquisa de acordo com a prática sexual: urina (uretral), amostras endocervicais, secreção genital. 
Para amostras extragenitais (anais e faríngeas), utilizar testes com validação para tais sítios de coleta. 
d Hepatite B: preferencialmente com teste rápido. Recomenda-se vacinar toda pessoa susceptível a hepatite B. Pessoa susceptível é aquela que não possui registro de esquema 
vacinal completo e que apresenta HBsAg não reagente (ou teste rápido para hepatite B não reagente). 
e Hepatite C: preferencialmente com teste rápido. 
f Caso a gestante não tenha realizado rastreio no pré-natal, proceder à testagem rápida para hepatite B no momento do parto. A vacina para hepatite B é segura durante a 
gestação e mulheres suscetíveis devem ser vacinadas. 
g É recomendada a realização de sorologia em gestantes com fatores de risco para infecção por HCV, como: infecção pelo HIV, uso de drogas ilícitas, antecedentes de transfusão ou 
transplante antes de 1993, realização de hemodiálise e elevação de aminotransferases sem outra causa clínica evidente. 
1 Homens que fazem sexo com homens; 2Pessoas vivendo com HIV; 3Profilaxia Pré-Exposição ao HIV; 4 Profilaxia Pós-Exposição 
 
 
 
 
Fonte:DCCI/SVS/MS. 
O atendimento de pacientes na Unidade Básica de Atenção à Saúde da Família para as IST tem os seguintes objetivos: 
Interromper a cadeia de transmissão da 
forma mais efetiva e imediata possível 
Evitar as complicações advindas das DST 
assim como a transmissão do HIV. 
A regressão imediata dos sintomas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Úlceras 
genitais
Sífilis
Cancro 
mole
Donova
nose
Linfogranuloma
venéreo
Herpes 
Genital
Sífilis
adquirida
recente
Primária
secundária
latente
tardia 
latente tardia
terciária
congênita
recente
tardia
Diagnóstico e Tratamento 
Sinais e sintomas – as principais características são: corrimento vaginal, 
corrimento uretral, úlceras genitais e verrugas genitais 
As amostras devem ser colhidas na primeira consulta e caso os resultados 
não sejam acessíveis rapidamente, a conduta terapêutica não deve ser postergada 
Aconselhamento 
Testagem HIV e sífilis 
– Protocolo clínico 
Adesão ao tratamento – 
Realizar o tratamento já 
na unidade para não ter 
o risco de não adesão. 
Preservativo – Solicitar 
para pegar na farmácia 
ou ofertar 
Convocar parceiro – nos 
casos que o parceiro 
também necessita de 
realizar o tratamento 
⚠ Não liberar o/a paciente, ou seja, realizar todos os procedimentos necessários, pois corre o risco de não retornarem à Unidade. 
Sífilis (cancro duro) 
Agente etiológico: Treponema pallidum – Bactéria 
Evolução: Crônica (é curável, porém se não tratada pode se tornar crônica) 
Se não tratada: surtos de agudização, com períodos de latência (bactéria adormecida). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fase latente: 
 
 
 
 
 
 
Não se observam sinais e sintomas 
clínicos
Títulos menores do que na fase 
secundária
Poderá ser interrompido por sinais e 
sintomas da forma secundária ou terciária
Lesões cutâneo-mucosas 
(tubeérculos ou gomas)
Neurológicas fase extremo 
crônica - demência
Alterações 
cardiovasculares
Alterações articulares -
artrites
Na maioria das vezes 
são assintomáticas
Sífilis (cancro duro) 10 a 90 dias de infecção → Aparecimento do Cancro duro na região genital 
Contato sexual 
As lesões cutaneomucosas aparecem de 6 a 8 semanas depois do cancro duro 
Lesões neurológicas, cardiovasculares (terciária-crônica) com 3 a 12 anos de infecção 
Lesão erosada ou ulcerada 
Cancro duro (fase 
primária) 
Geralmente indolor 
Com bordas endurecidas 
Fundo liso e brilhante 
Secreção serosa escassa 
Lesões 
cutaneomusocas 
(fase secundária) 
Manchas eritematosas (roséolas) 
Manchas com relevo 
Não ulceradas (lisas) 
Localização nas superfícies 
palmo-plantares (mãos e pés) 
Quando é feito o teste VDRL e é dado a 
titulação, exemplo, 1:4 quanto menor= - tempo 
Fase latente tardia 
⚠ Toda erupção cutânea sem causa determinada deve ser investigada com testes para sífilis. 
 
 
 
 
 
ESTADIAMENTO ESQUEMA TERAPÊUTICO 
ALTERNATIVAa (EXCETO 
PARA GESTANTES) 
SEGUIMENTO (TESTE NÃO 
TREPONÊMICO) 
Sífilis recente: sífilis primária, secundária 
e latente recente (com até um ano de 
evolução) 
Benzilpenicilina benzatina 2,4 milhões 
UI, IM, dose única (1,2 milhão UI em cada 
glúteo) 
Doxiciclina 100mg, 12/12h, VO, 
por 15 dias 
Teste não treponêmico trimestral (em 
gestantes, o controle deve ser mensal) 
Sífilis tardia: sífilis latente tardia (com mais 
de um ano de evolução) ou latente com 
duração ignorada e sífilis terciária 
Benzilpenicilina benzatina 2,4 milhões UI, IM, 
1x/semana (1,2 milhão UI em 
cadaglúteo) por 3 semanasb. 
Dose total: 7,2 milhões UI, IM 
Doxiciclina 100mg, 12/12h, VO, 
por 30 dias 
Teste não treponêmico trimestral 
(em gestantes, o controle deve ser 
mensal) 
Neurossífilis 
Benzilpenicilina potássica/cristalina 
18-24 milhões UI, 1x/ dia, EV, administrada 
em doses de 3-4 milhões UI, a cada 4 horas 
ou por infusão contínua, por 14 dias 
Ceftriaxona 2g IV, 1x/dia, por 
10-14 dias 
Exame de LCR de 6/6 meses até 
normalização 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tratamento A benzilpenicilina benzatina é o medicamento de escolha para o tratamento de 
sífilis, sendo a única droga com eficácia documentada durante a gestação. 
A benzilpenicilina benzatina deve ser administrada exclusivamente por via intramuscular 
(IM). A região ventro-glútea é a via preferencial. A aplicação é nas 2 nádegas. 
Cancro mole 
Agente etiológico: Haemophilus ducreyi – Bactéria 
Evolução: período de incubação é de 3 a 5 dias, 
podendo se estender até 2 semanas 
Se não tratada: autoinoculação (microrganismo 
fica a espera de ser transmitido) 
 
Lesões 
Dolorosas 
Geralmente múltiplas 
Borda irregular 
Exsudato necrótico, amarelado, com odor 
fétido 
Bacilo atinge os linfonodos inguino-
crurais (bubão) 
 
 
 
 
 
 
IST Primeira opção Alternativa Comentários 
Cancro mole (cancroide) 
Azitromicina 500mg, 2 comprimidos, VO, 
dose única 
Ceftriaxona 250mg, IM, dose 
única 
OU 
Ciprofloxacinoa 500mg, 1 
comprimido, VO, 2x/dia, por 3 
dias 
O tratamento sistêmico deve ser acompanhado 
de medidas locais de higiene. 
O tratamento das parcerias sexuais é 
recomendado, mesmo quando assintomáticas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Diagnóstico: 
Esfregaço: coletando da base da úlcera e fazendo o esfregaço na lâmina, ou aspirando o 
bulbão 
Tratamento 
⚠ Atenção: pode haver associação entre as bactérias de sífilis e cancro mole 
Herpes Genital 
Agente etiológico: Herpes simplex vírus – Vírus tipo 
2. 
Evolução: novos episódios nos primeiros 12 meses 
(geralmente quando a pessoa tem baixa imunidade 
Particularidades: o vírus não penetra em pele ou 
mucosas íntegras 
Lesões 
Podem ser cutâneas ou mucosas 
Vesículas agrupadas sobre base eritematosa. 
Evoluem para pequenas úlceras arredondadas 
ou policíclicas. 
Vesículas agrupadas sobre base eritematosa. 
Nas mucosas, é incomum a visualização das 
vesículas, uma vez que seus tetos rompem 
muito facilmente. 
 
 
 
 
 
 
CONDIÇÃO CLÍNICA TRATAMENTO COMENTÁRIOS 
Primeiro episódio 
Aciclovir 200mg, 2 comprimidos, VO, 3x/dia, por 7-10 
dias 
OU 
Aciclovir 200 mg, 1 comprimido, VO, 5x/dia (7h, 11h, 15h, 
19h, 23h, 7h...), por 7-10 dias 
Iniciar o tratamento o mais precocemente 
possível. 
O tratamento pode ser prolongado se a cicatrização 
estiver incompleta após 10 dias de terapia. 
Recidiva 
Aciclovir 200mg, 2 comprimidos, VO, 3x/dia, por 5 dias 
OU 
Aciclovir 200mg, 4 comprimidos, VO, 2x/dia, por 5 dias 
O tratamento deve ser iniciado preferencialmente no 
período prodrômico (aumento de sensibilidade local, ardor, 
dor, prurido e hiperemia da região genital). 
Supressão de 
herpes genital 
(6 ou mais 
episódios/ano) 
Aciclovir 200mg, 2 comprimidos, VO, 2x/dia, por até 
seis meses, podendo o tratamento ser prolongado por 
até 2 anos 
Consideram-se elegíveis para o tratamento supressivo 
pacientes com episódios repetidos de herpes genital (mais 
de 6 ao ano). Indicada avaliação periódica de função renal e 
hepática 
Herpes genital em 
imunossuprimidos 
Aciclovir endovenoso, 5-10 mg/ kg de peso, EV, de 
8/8h, por 5 a 7 dias, ou até resolução clínica 
Em caso de lesões extensas em pacientes com 
imunossupressão (usuários crônicos de corticoide, 
pacientes em uso de imunomoduladores, transplantados de 
órgãos sólidos e PVHIV), pode-se optar pelo tratamento 
endovenoso. 
Gestação 
Tratar o primeiro episódio em qualquer trimestre da gestação, conforme o tratamento para o primeiro episódio. Se 
a primo-infecção ocorreu na gestação ou se recidivas foram frequentes no período gestacional, pode-se realizar 
terapia supressiva, a partir da 36a semana, com aciclovir 400mg, 3x/dia. 
 
 
 
 
Lesão de 
inoculação
Disseminação 
linfática local Sequelas
Diagnóstico: Esfregaço: citológico de Tzanck (celulares em lâmina fixada com álcool 70%). 
Tratamento Dor: analgésicos e antinflamatórios; 
No local: limpeza com solução fisiológica 
Redução de recidivas: antivirais (aciclovir) 
Não há cura definitiva 
Linfogranuloma venéreo 
Agente etiológico: Chlamydia trachomatis (sorotipos L1, L2, L3) 
Evolução: incubação entre 3 e 30 dias 
Dura de 1 a 6 semanas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
IST PRIMEIRA OPÇÃO ALTERNATIVA COMENTÁRIOS 
Linfogranuloma 
venéreo (LGV) 
Doxiciclinab 100mg, VO, 1 
comprimido, 2x/dia, por 21 Dias 
Azitromicina 500mg, 2 comprimidos, VO, 
1x/semana, por 21 dias (preferencial 
nas gestantes) 
As parcerias sexuais devem ser tratadas. Se a parceria for sintomática, o 
tratamento deve ser realizado com os mesmos medicamentos do caso-índice. Se a 
parceria for assintomática, recomenda-se um dos tratamentos abaixo: 
 
Azitromicina 500mg, 2 comprimidos, VO, dose única 
OU 
Doxiciclinab 100mg, 1 comprimido, VO, 2x/dia, por 7 dias 
 
O prolongamento da terapia pode ser necessário até a resolução da sintomatologia. 
A antibioticoterapia não tem efeito expressivo na duração da linfadenopatia 
inguinal, mas os sintomas agudos são frequentemente erradicados de modo rápido. 
Os antibióticos não revertem sequelas como estenose retal ou elefantíase genital. 
 
Lesão de inoculação 
Pápula, pústula ou exulceração indolor 
Desaparece sem deixar sequelas 
Disseminação linfática regional 
Comprometimento ganglionar 
Supuração e fistulização 
Sintomas sistêmicos 
Sequelas 
Fístulas retais, genitais e estenose retal 
Elefantíase genital – aumento da região 
Diagnóstico laboratorial: 
Após 4 semanas de infecção Aumento de 4x nos títulos de anticorpos Exame de linfonodos retirados ou 
de material colhido por biópsia retal 
– não é específico, mas sugestivo. 
 
Tratamento 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
IST PRIMEIRA OPÇÃO ALTERNATIVA COMENTÁRIOS 
Donovanose 
Azitromicina 500mg, 2 
comprimidos, VO, 1x/semana, 
por pelo menos 3 semanas, ou 
até a cicatrização das lesões 
Doxiciclinab 100mg, 1 comprimido, VO, 
2x/dia, por pelo menos 21 dias, ou até o 
desaparecimento completo das lesões 
OU 
Ciprofloxacinoa 500mg, 1 e ½ 
comprimido, VO, 2x/dia, por pelo menos 
21 dias, ou até a cicatrização das lesões 
(dose total: 750mg) 
OU 
Sulfametoxazoltrimetoprima 
(400/80mg), 2 comprimidos, VO, 
2x/dia, por no mínimo 3 semanas, 
ou até a cicatrização das lesões 
Não havendo resposta na aparência da lesão nos primeiros dias de tratamento com 
ciprofloxacino, recomenda-se adicionar um aminoglicosídeo, como a gentamicina, 1mg/ 
kg/dia, EV, 3x/dia, por pelo menos três semanas, ou até cicatrização das lesões. 
 
Em PVHIV, sugerem-se os mesmos esquemas terapêuticos; o uso de terapia parenteral 
com a gentamicina deve ser considerado nos casos mais graves. 
 
O critério de cura é o desaparecimento da lesão, não tendo sido relatada infecção 
congênita. As sequelas da destruição tecidual ou obstrução linfática podem exigir 
correção cirúrgica. 
 
Devido à baixa infectividade, não é necessário tratar as parcerias sexuais. 
Corpúsculos 
de Donovan
Material das 
lesões suspeitas Cortes tissulares
Donovanose 
Agente etiológico: Calymmatobacterium granulomatis 
Evolução: progressiva e crônica 
Incubação: 30 dias a 6 meses 
Lesão 
Ulceração de borda plana ou hipertrófica 
Bem delimitada 
Fundo granuloso 
Vermelho vivo/ sangramento fácil 
Predileção por dobras e região perianal 
Diagnóstico laboratorial: 
Busca por esses corpúsculos 
TratamentoManejo Clínico de úlceras 
*Em casos de herpes, tratar sífilis se VDRL ou RPR forem 
reagentes, o que será visto no retorno. Se o quadro não é 
sugestivo de herpes, tratar sífilis e cancro mole. 
**Se forem lesões ulcerosas múltiplas e soro prevalência 
de herpes for igual ou maior que 30% na região, deve-se 
tratar herpes concomitantemente à sífilis e cancro mole 
 
Corrimento 
uretral
Uretrite 
gonocócica
Uretrite 
não 
gonocócica
Uretrite gonocócica 
Agente: Neisseria gonorrhoeae (bactéria) 
Evolução: Aguda 
Incubação: 2 a 5 dias após a infecção. Nas mulheres, 
a uretrite gonocócica é frequentemente assintomática. 
Risco de contaminação no primeiro 
contato sexual: 
 
25% 
50% 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Contaminação Prurido
Ardência 
miccional 
Corrimento 
mucóide 
Corrimento 
abundante 
purulento
Evolução Do prurido evolui de 1 a 3 dias O corrimento mucopurulento 
ou purulento é frequente 
Complicações 
Na mulher: pode causar a infertilidade, pois pode evoluir para a infecção do útero e tubas uterinas. 
Na gravidez: pode causar o aborto espontâneo, parto prematuro, baixo peso e endometrite pós parto. Causa também a 
gravidez ectópica. 
No recém-nascido: cegueira, pneumonia e otite média. 
No homem: epididimite aguda, edema peniano, balanopostite (inflamação na glande), prostatite (inflamação na próstata), 
orquite (inflamação nos testículos) e infertilidade. 
Quando a bactéria se dissemina para a corrente sanguínea: artrite gonocócica, complicações cardíacas, nervosas e peri-
hepatite gonocócica. 
Não tratada causa imunodeficiência. 
Diagnóstico laboratorial: Amostras uretrais em swab 
Cultura (suspeita de resistência 
à penicilina) 
 
 
IST PRIMEIRA OPÇÃO ALTERNATIVA COMENTÁRIOS 
Uretrite gonocócica e 
demais infecções 
gonocócicas NÃO 
complicadas (uretra, colo 
do útero, reto e faringe) 
Ceftriaxona 500mg, IM, dose única 
MAIS 
Azitromicina 500mg, 2 comprimidos, 
VO, dose única 
-- 
Em menores de 18 anos e gestantes: A ciprofloxacina é contraindicada, 
sendo a ceftriaxona o medicamento de escolha 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tratamento 
Orientações importantes 
・ Não ordenhar a uretra durante ou após tratamento 
(masculina) 
・ No retorno (7 a 10 dias), em caso de existência do 
corrimento ou recidiva – tratamento para agentes menos 
frequentes (micoplasma, ureaplasma, t. vaginalis) 
Uretrites não gonocócica (UNG) 
Uretrites sintomáticas cujas bacterioscopias pela coloração de gram 
e/ou cultura são negativas para o gonococo. Principais agentes: 
 
・ Chlamydia trachomatis - principal 
・ Ureaplasma urealyticum 
・ Mycoplasma hominis 
・ Trichomonas vaginalis 
 
Contaminação Disúria leve 
Corrimento 
mucoide discreto
Complicações
50% dos casos apresentam uretrite subaguda 
Síndrome uretral conjuntivo 
sinovial – como a UG 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
IST PRIMEIRA OPÇÃO ALTERNATIVA COMENTÁRIOS 
Uretrite não gonocócica 
Azitromicina 500mg, 2 comprimidos, 
VO, dose única 
Doxiciclina 100mg, 1 comprimido, VO, 
2x/ dia, por 7 dias 
A resolução dos sintomas pode levar até 7 dias após a conclusão da 
terapia 
Uretrite sem identificação 
do agente etiológico 
Ceftriaxona 500mg, IM, dose única 
MAIS 
Azitromicina 500mg, 2 comprimidos, 
VO, dose única 
Ceftriaxona 500mg, IM, dose única 
MAIS 
Doxiciclina 100mg, 1 comprimido, VO, 
2x/ dia, por 7 dias 
-- 
 
 
 
 
 
 
Diagnóstico laboratorial: 
Swab – inserir de 2 a 3 cm na uretra 
O gonococo não tolera redução da umidade, se não houver = UNG (Temperaturas 
de 35 a 37ºC) 
A diferenciação das espécies pode ser feita através da oxidação 
dos açúcares. 
Colônias típicas surgem em 24 a 48horas 
 
Orientações diagnósticos 
neg. ou suspeitos 
Orientar para que fiquem sem urinar 
durante, no mínimo, quatro horas 
Abstinência sexual Colher nova amostra 
Tratamento 
CORRIMENTO VAGINAL 
Cervicite por clamídia ou/e gonococo 
Agente: Neisseria gonorrhoeae,Chlamydia trachomatis Evolução: Assintomática em 70-80% 
As infecções por C. trachomatis e N. gonorrhoeae em mulheres frequentemente não produzem corrimento vaginal; entretanto, se ao exame especular for 
constatada a presença de muco-pus cervical, friabilidade do colo ou teste do cotonete positivo, a paciente deve ser tratada para gonorreia e clamídia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
corrimento 
vaginal + 
prurido
ardor ao 
urinar e 
sensação de 
desconforto 
pélvico
dor
Caracterizam-se por dor à manipulação do colo, muco 
cervical turvo ou amarelado e friabilidade cervical 
 
Contaminação Corrimento Disúria Dispaurenia
Extensão ao 
endométrio 
(DIP)
Vulvovaginites 
Toda manifestação inflamatória e/ou infecciosa do trato genital 
feminino inferior, ou seja, vulva, vagina e epitélio escamoso do 
colo uterino (ectocérvice). 
Podem ser: 
Fisiológica 
Patológica 
 
• imunosu
pressão
• hipo ou 
hiperestroge
nismo
• lubrificantes
• absorventes
• Traumas
Fatores 
físicos
Fatores 
químicos
Fatores 
orgânicos
Fatores 
hormonais
 
Vaginose 
bacteriana Candidíase
F
is
io
ló
g
ic
a
 
P
a
to
ló
g
ic
a
 
Agentes endógenos 
Vaginose bacteriana 
 
• Agentes predominantes 
na própria flora vaginal
• Aumento do pH (básico)
• ou seja, diminuição da 
acidez
Diminuição dos 
lactobacilos 
acidófilos
• Provocada pela 
diminuição da 
acidez vaginal
Desequilíbrio da 
flora vaginal
• Gardnerellavaginalis; 
Bacteroides sp;
• Mobiluncussp;
• Micoplasmas;e/ou
• Peptoestreptococos
Aumento de bactérias, 
especialmente anaeróbias
• Pode ser 
assintomático
Corrimento
Atenção! A vaginose bacteriana 
pode ser desencadeada pela relação 
sexual em mulheres predispostas, 
ao terem contato com sêmen de pH 
elevado. 
 
Características: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Odor fétido – peixe podre; 
Branco -acinzentado 
Fluido ou cremoso 
Diagnóstico: 
・ Exame a fresco ou esfregaço 
・ pH da secreção vaginal = >4,5 
・ Teste das aminas: Conteúdo vaginal + 1 ou 
2 gotas de KOH a 10% 
 
・ Corrimento vaginal homogêneo, geralmente acinzentado e de quantidade variável 
・ pH vaginal maior que 4,5 
・ Teste das aminas positivo (odor) 
・ Presença de “clue cells” no exame bacterioscópico. 
 
Critérios de Amsel 
Tratamento 
Os parceiros não precisam ser 
tratados 
Candidíase 
Agente: Candida albicans (está em 80-90%) 
10 a 20% a outras espécies chamadas não-albicans 
(C.tropicalis, C. glabrata, C. krusei, C. parapsilosis). 
 
Fatores predisponentes: (baixa da imunidade) 
・ Gravidez 
・ Diabetes mellitus (descompensado) 
・ Uso de contraceptivos orais de altas dosagens 
・ Uso de antibióticos, corticoides e imunossupressores 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fatores predisponentes: (baixa da imunidade) 
・ Hábitos de higiene e vestuário inadequados – utilização de calças por muito tempo, utilizar toalhas molhadas por muito 
tempo, orientar para dormir sem calcinha 
・ Contato com substâncias alergênicas e/ou irritantes (por exemplo: talco, perfume, desodorantes) 
・ Alterações na resposta imunológica (imunodeficiência) 
Características: 
・ Prurido vulvovaginal 
・ Ardor ou dor à micção 
・ Corrimento branco, grumoso, inodoro e com 
aspecto caseoso (“leite coalhado”) 
 
・ Hiperemia, edema vulvar (resultado do 
prurido), fissuras e maceração 
・ Dispareunia (dor ao urinar) 
・ Vagina e colo recobertos por placas brancas 
ou branco acinzentadas, aderidas à mucosa 
 
Diagnóstico: ・ Exame Direto de conteúdo vaginal, 
adicionando-se KOH a 10% = micélios (hifas) 
e/ou de esporos ・ pH vaginal <4 Cultura: casos 
de recorrência Tratamento 
O parceiro também 
faz o tratamento se 
tiver com sintomas e 
gestante e lactente 
somente tratamento 
apenas vaginal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tricomoníase 
Agente: Trichomonas vaginalis (protozoário) 
Risco de transmissão:por ato 60 a 80% 
Características: 
・ Corrimento abundante, amarelado ou amarelo esverdeado, bolhoso 
・ Prurido e/ou irritação vulvar 
・ Dor pélvica (ocasionalmente) 
・ Sintomas urinários (disúria, polaciúria) 
・ Hiperemia da mucosa, com placas avermelhadas; e 
・ Teste de Schiller aspecto “tigróide” 
Diagnóstico: 
Teste do pH >4,5 
Exame direto (afresco): gota do 
corrimento + solução fisiológica = 
parasita flagelado movimentando-se 
Cultura: difícil por exigir 
condições de anaerobiose. 
Tratamento 
 
 
É uma síndrome clínica atribuída à ascensão de microrganismos do trato genital inferior, espontânea ou devida à manipulação 
(inserção de DIU, biópsia de endométrio, curetagem, entre outros), comprometendo o endométrio (endometrite), tubas uterinas, 
anexos uterinos e/ou estruturas contíguas (salpingite, miometrite, ooforite, parametrite, pelviperitonite). 
 
Uma das mais importantes complicações das IST e um sério problema de saúde pública, sendo comum em mulheres jovens com 
atividade sexual desprotegida. 
 
 
Critérios menores
temperatura axilar maior que 37,5°C
Conteúdo vaginal ou secreção endocervical 
anormal 
Massa pélvica
Mais de 5 leucócitos por campo de imersão em 
secreção de endocérvice
leucocitose
proteína C reativa ou velocidade de 
hemossedimentação elevada
comprovação laboratorial de infecção cervical pelo 
gonococo, clamídia ou micoplasmas
Critérios maiores
Dor pélvica
Dor à palpação
Dor à mobilização do colo uterino
Dor pélvica 
Critério elaborado: 
・ Evidência histopatológica de endometrite 
・ Presença de abscesso tubo-ovariano ou de fundo de saco de 
Douglas em estudo de imagem (ultrassonografia pélvica) 
・ Laparoscopia com evidências de DIP 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Diagnóstico: 
 
3 critérios maiores +1 
critério menor
1 critério elaborado
Casos de referenciar ao hospital: 
・ Abscesso tubo-ovariano 
・ Sinais de peritonite 
・ Gravidez 
・ Portadora de HIV 
・ Paciente não responde ao tratamento ambulatorial 
・ Tratar o paciente e todos os parceiros com: 
Azitromicina + ciprofloxacina 
Tratamento

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