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-------- ---Doença do edema-- --------- Adrielly Alves Araújo É uma toxi-infeção causada pela bactéria Escherichia coli , cuja toxina leva a quadros de edema generalizado, com apresentação de disfunções neurológicas e morte súbita de leitões no pós desmame . ----------Etiologia---------- É causada por E. coli verotoxigênica (VTEC), também chamada de enterohemorrágica (EHEC), ou ainda E. coli produtora de toxina Shiga (STEC) . São hemolíticas e produzem toxinas Stx1 e Stx2, a Stx2 a causadora da doença do edema , ela causa lesões ao endotélio vascular , principalmente no intestino, tecido subcutâneo e sistema nervoso central de suínos levando a formação de edemas e apresentação dos sinais clínicos. Outra toxina produzida é a EAST-1 , uma enterotoxina termoestável que é um fator de virulência associado à diarreia em suínos no pós desmame. Outro fator de virulência produzido são as adesinas F18 e adesinas AIDA-I, envolvida na aderência difusa, adesinas essas que mediam a fixação das bactérias às células epiteliais do hospedeiro. ------Epidemiologia------ Ela afeta animais em troca de alimentação, principalmente leitões no pós-desmame (creche), mas pode ocorrer em suínos de recria e terminação. Suínos portadores são as principais fontes de infecção nas granjas, eles agem como reservatório e podem apresentar diarreia por E. coli ou mesmo serem normalmente eliminadas nas fezes já que colonizam o trato intestinal, contaminam o ambiente, alimento e água, sendo a baixa qualidade do colostro e/ou pouco colostro (ninhadas de primíparas), mudanças drásticas na alimentação, frio, umidade, matéria orgânica e ausência de vazio sanitário fatores predisponentes para a doença. A doença do edema apresenta baixa morbidade e alta mortalidade podendo ocorrer quadros de morte súbita dos animais. ---------Patogenia--------- Ingestão de alimentos/água contaminados na fase de desmame ou mesmo na fase de lactação quando a falta de higiene nas granjas permite sujidades nos tetos das matrizes. Após sua ingestão as bactérias colonizam o intestino delgado e, em condições favoráveis como queda na imunidade e troca abrupta de alimentação, aumentam sua multiplicação produzindo toxinas Stx2 que é absorvida e cai na corrente sanguínea. No sangue a toxina Stx2 causa vasculite generalizada levando ao aumento da Encontre mais resumos em: https://adriellyalvescedas.wixsite.com/guiadeestudosvet https://adriellyalvescedas.wixsite.com/guiadeestudosvet permeabilidade vascular e quadros de hemorragias, trombose e edema principalmente no intestino, tecido subcutâneo e sistema nervoso central. -- ----Sinais clínicos----- - Pode ocorrer morte súbita dos animais sem apresentação de sinais clínicos. Quando ocorre edema cerebral o leitão apresenta sinais neurológicos como incoordenação motora, cegueira, paralisia, tremores e convulsões . Com a generalização dos edemas pode-se ter dispneia (edema pulmonar e de laringe), grunhido rouco (edema de laringe), edema de pálpebra e testa (edema do subcutâneo), edema de mesocólon (edema no intestino), edema de linfonodos, vesícula biliar e cápsula renal , aumento dos líquidos peritoneal, pleural e pericárdico (aumento da permeabilidade vascular), malácia cerebral e hipertermia. Os animais que se recuperam tendem a se tornar refugos. Edema de pálpebra - doença do edema http://noahsarkive.cldavis.org/cgi-bin/show_image_i nfo_detail.cgi?image=F00349 Edema de mesocólon - Doença do edema --------Diagnóstico-------- A apresentação dos sinais neurológicos associados com as lesões encontradas na necropsia fecha o diagnóstico para Doença do edema. OBS: após aproximadamente 8h da morte, as lesões edematosas tendem a desaparecer.------------------------------------ - O isolamento de E. coli pode ser feito, porém não fecha diagnóstico uma vez que são bactérias comensais normais do intestino de animais e humanos. Podem ser encaminhadas para microbiológico e/ou histopatológico amostras do cérebro para exclusão de outros agentes causadores de sinais neurológicos em suínos, porém não permite fechar diagnóstico para Doença do edema uma vez que é causada pela toxina que, pela circulação sanguínea chega ao cérebro, porém as bactérias permanecem apenas presentes no intestino . Encontre mais resumos em: https://adriellyalvescedas.wixsite.com/guiadeestudosvet http://noahsarkive.cldavis.org/cgi-bin/show_image_info_detail.cgi?image=F00349 http://noahsarkive.cldavis.org/cgi-bin/show_image_info_detail.cgi?image=F00349 https://adriellyalvescedas.wixsite.com/guiadeestudosvet Pode ser feita identificação dos genes para a Stx2 e adesina F18 por meio de PCR . -------- -Controle ---------- Evitar mudanças drásticas na alimentação dos leitões, fazer uma mudança gradativa desde a amamentação na maternidade para ração seca na fase de creche permitindo a adaptação da microbiota intestinal . Evitar estresse, umidade, frio, mistura de lotes , já que podem causar imunodepressão nos leitões. Manter a higiene da granja e vazio sanitário de pelo menos 5 dias, com limpeza e desinfecção das baias. Tratamento dos doentes para evitar a disseminação do agente, uso de antibióticos (cefalosporinas, ampicilina ou gentamicina). -Me ajudou:----------------------------------------------------- Caracterização genotípica e fenotípica de cepas de Escherichia coli associadas à diarreia pós desmame em suínos: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10134/tde-16092015-093411/publico/MARINA _MORENO_Original.pdf Encontre mais resumos em: https://adriellyalvescedas.wixsite.com/guiadeestudosvet https://teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10134/tde-16092015-093411/publico/MARINA_MORENO_Original.pdf https://teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10134/tde-16092015-093411/publico/MARINA_MORENO_Original.pdf https://adriellyalvescedas.wixsite.com/guiadeestudosvet
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