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-------Pleuropneumonia suína------- Adrielly Alves Araújo Doença infectocontagiosa que causa lesões graves no pulmão e pleura . ----------Etiologia---------- É causada pela bactéria Actinobacillus pleuropneumoniae, ou App, um cocobacilo gram negativo, Camp positivo, beta hemolítico. Possui fatores de virulência como os LPS, adesinas e citotoxinas/exotoxinas ApxI até o ApxIV responsáveis pelas lesões pulmonares características da doença . Apresenta 2 biotipos os dependentes de NAD (biotipo 1) e os independentes de NAD (biotipo 2) que são menos patogênicos, porém podem causar o quadro superagudo e morte dos animais. Possui 15 sorotipos capsulares sendo os 13 e 14 percentes ao biotipo 2 e os demais ao 1. Os sorotipos 1, 5, 9, 10 e 11 apresentam ApxI que é altamente hemolítica ; A ApxII é fracamente hemolítica e moderadamente citotóxica , é secretada por todos os sorotipos exceto o 10; A ApxIII é secretada pelos sorotipos 2, 3, 4, 6, 8, não é hemolítica mas sim fortemente citotóxica ; Por fim a ApxIV é produzida por todos os sorotipos In vivo. São sensíveis à maioria dos desinfetantes, como cloramina-T, hipoclorito de sódio, permanganato de potássio, água oxigenada e aldeídos, e também ao cozimento. ------Epidemiologia------ A transmissão pode ocorrer por aerossois ou contato direto com secreções respiratórias, sendo os suínos os próprios reservatórios do agente. Suínos de todas as idades podem ser acometidos, destacando-se leitões em crescimento em rebanhos cronicamente infectados. Pode se manifestar de forma aguda em leitões de 10-14 semanas e crônica em leitões de mais de 14 semanas. Sua morbidade é variável indo de 8,5-40%, assim como sua mortalidade que varia entre 0,4-24%. Como fatores risco se tem a mistura de lotes de várias origens, falta ou falha no vazio sanitário, co-infecções, baias vazadas, mais que 500 animais por galpão. ---------Patogenia--------- Ainda não está completamente elucidada. Após a inalação/contato com as secreções, as bactérias tem acesso à cavidade nasal e se aderem e colonizam as células do epitélio respiratório e tonsilas. Elas se disseminam pelo trato respiratório até chegarem no epitélio alveolar. Nos pulmões elas se multiplicam e causam lesões extensas devido a produção das citotoxinas Apx e LPS em associação à resposta inflamatória local. Nos pulmões as bactérias são fagocitadas por macrófagos porém se mantém viáveis devido a presença de cápsula e pela secreção de exotoxinas que são tóxicas aos macrófagos, células do epitélio alveolar e também para as células endoteliais dos capilares alveolares inibindo as defesas do organismo e produzindo as lesões erosivas e hemorrágicas . -- ----Sinais clínicos----- - A pleuropneumonia suína pode se manifestar de forma superaguda, aguda ou crônica. Na forma superaguda tem início repentino e alguns animais podem morrer sem apresentação de sinais clínicos, morte súbita . Outros podem chegar a apresentar sinais de febre, letargia, dispneia, cianose e exsudato hemorrágico pelas narinas e boca - hemoptise devido as lesões graves e hemorrágicas nos pulmões, a progressão para a morte é rápida , de 18-36h. Na forma aguda se tem febre, insuficiência cardíaca, associada à congestão e cianose, anorexia, dispneia com apresentação de posição ortopneica ou decúbito esternal, tosse profunda, sangramentos pelo nariz e boca evoluindo para morte ou então apresentando melhora dos sinais. Pode ocorrer morte súbita também. A forma crônica decorre da resolução da aguda, com os mesmos sinais de tosse, dispneia e febre, porém de forma mais branda, com diminuição do ganho de peso e retardo no crescimento. As lesões de necropsia se concentram mais nos lobos cranial direito e caudais com consolidação, hemorragia e fibrina, nódulos encapsulados, abscessos nos pulmões, nas pleuras observa-se exsudato fibrino-sanguinolento - pleurite fibrinosa , que pode ainda afetar o pericárdio causando pericardite fibrinosa . --------Diagnóstico-------- Pelos sinais clínicos, principalmente de hemoptise , e lesões macro e microscópicas, confirmadas por PCR , imunohistoquímica (IPX) ou imunofluorescência, além de ELISA, que é mais utilizado na avaliação de programas vacinais e para programas de erradicação. ----- ----Controle----------- Tratamento dos doentes com antibióticos, recomendando-se o antibiograma prévio devido a cepas multirresistentes. Vacinação, vacinas bacterinas de sorotipos específicos, vacinas autógenas promovem a imunização contra os sorotipos presentes no rebanho, essas duas não conferem imunidade cruzada; vacinas de toxoide - contém as citotoxinas Apx, conferindo imunidade cruzada já que diferentes biotipos e sorotipos apresentam as mesmas citotoxinas Apx. Em leitões a vacinação é feita nos dias 30 e 50. Porcas, 90 dias pós cobertura e 70-90 dias pós coberturas para marrãs. Evitar mistura de suínos de diferentes origens, difícil no sistema produtivo brasileiro em que se misturam leitões provenientes de diferentes granjas produtoras de leitões. Boas práticas de manejo e biosseguridade. -Me ajudou:----------------------------------------------------- Pleuropneumonia suína causada por Actinobacillus pleuropneumoniae – diagnóstico e estratégias de controlo: http://www.fmv.ulisboa.pt/spcv/PDF/pdf12_2004/552_193_198.pdf Aspectos recentes da patogênese e diagnóstico da pleuropneumonia suína: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-84782004000200049 #:~:text=pleuropneumoniae.,-Key%20words%3A%20porcine&text=A%20pleuropneu monia%20su%C3%ADna%2C%20cujo%20agente,exsuda%C3%A7%C3%A3o%20de %20fibrina%2C%20causando%20pleurite. Atualidades nos mecanismos de ação, diagnóstico e controle do Actinobacillus pleuropneumoniae nas infecções de suínos: https://www.researchgate.net/publication/309784265_Atualidades_nos_mecanismos _de_acao_diagnostico_e_controle_do_Actinobacillus_pleuropneumoniae_nas_infecc oes_de_suinos_Palavras_chave_adicionais Genotipificação de amostras sorotipificáveis e não sorotipificáveis de Actinobacillus pleuropneumoniae através de RAPD: https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/2556/000321924.pdf?sequence=1 http://www.fmv.ulisboa.pt/spcv/PDF/pdf12_2004/552_193_198.pdf https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-84782004000200049#:~:text=pleuropneumoniae.,-Key%20words%3A%20porcine&text=A%20pleuropneumonia%20su%C3%ADna%2C%20cujo%20agente,exsuda%C3%A7%C3%A3o%20de%20fibrina%2C%20causando%20pleurite https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-84782004000200049#:~:text=pleuropneumoniae.,-Key%20words%3A%20porcine&text=A%20pleuropneumonia%20su%C3%ADna%2C%20cujo%20agente,exsuda%C3%A7%C3%A3o%20de%20fibrina%2C%20causando%20pleuritehttps://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-84782004000200049#:~:text=pleuropneumoniae.,-Key%20words%3A%20porcine&text=A%20pleuropneumonia%20su%C3%ADna%2C%20cujo%20agente,exsuda%C3%A7%C3%A3o%20de%20fibrina%2C%20causando%20pleurite https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-84782004000200049#:~:text=pleuropneumoniae.,-Key%20words%3A%20porcine&text=A%20pleuropneumonia%20su%C3%ADna%2C%20cujo%20agente,exsuda%C3%A7%C3%A3o%20de%20fibrina%2C%20causando%20pleurite https://www.researchgate.net/publication/309784265_Atualidades_nos_mecanismos_de_acao_diagnostico_e_controle_do_Actinobacillus_pleuropneumoniae_nas_infeccoes_de_suinos_Palavras_chave_adicionais https://www.researchgate.net/publication/309784265_Atualidades_nos_mecanismos_de_acao_diagnostico_e_controle_do_Actinobacillus_pleuropneumoniae_nas_infeccoes_de_suinos_Palavras_chave_adicionais https://www.researchgate.net/publication/309784265_Atualidades_nos_mecanismos_de_acao_diagnostico_e_controle_do_Actinobacillus_pleuropneumoniae_nas_infeccoes_de_suinos_Palavras_chave_adicionais https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/2556/000321924.pdf?sequence=1
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