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Vias de administração e absorção de medicamentos

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Ayla Mendes Cavalcante Sabino 
Aula 10.03 – Vias de administração e 
absorção 
Farmacologia 
◌ Vias de administração: é o caminho pelo qual 
um medicamento é levado ao organismo para 
exercer o seu efeito: 
 
◌ VIA ENTERAL – é uma via que passa por algum 
estágio do trato gastrointestinal. Via oral (ao 
engolir um comprimido, passa pela boca até ser 
eliminado pelo reto). Via sublingual: é 
considerada uma via enteral, porque a porta de 
entrada é a boca. E, via retal. 
Obs.: Se o paciente usa uma sonda nasogástrica 
– o medicamento vai pro estomago – também é 
considerado via enteral (passa pelo TGI). 
◌ VIA PARENTERAL – não passa por nenhum 
estágio do TGI 
Via Parenteral Direta: quando a medicação 
“corta um caminho”, são as vias injetadas. 
 
Formas de apresentação dos medicamentos: 
▪ Via Corporal: Gel, loção, creme, pomada (variam 
de acordo com a textura e vai variar a velocidade de 
absorção) 
 
Via Oral: 
● Sólidos: cápsula (gelatinosa; pó), comprimido, drágea. 
Cápsula: não sentir gosto; “proteger” para que a 
absorção seja apenas no intestino 
Drágea: “capinha” doce (ex.: dorflex) – não tem gosto, 
melhora na deglutição, não solta substancias na boca; 
proteção do medicamento, pois a substancia pode 
reagir com o calor/umidade/luz 
● Líquidos: suspensão, xarope, elixir, pó 
Elixir: substâncias diluídas em álcool 
Suspensão: mistura heterogênea, chacoalhar antes de 
utilizar 
Xarope: substância misturada na água 
 
◌ A formas e via de administração está 
diretamente relacionada com a absorção: 
 
Quando maior a concentração do fármaco no 
sangue, maior a sua absorção. 
◌ Via de administração mais rápida: Intravenosa 
◌ Substancia oleosa NÃO pode ser administrada 
via intravenosa ➔ deverá ser via intramuscular 
 
VIA ORAL 
◌ Administração do fármaco pela boca: após a 
deglutição, chega ate o TGI (estomago, intestino 
delgado, intestino grosso, reto) 
◌ TODA substancia administrada via oral é 
metabolizada pelo fígado ➔ Metabolismo de 1ª 
passagem. 
- Ex.: o paracetamol passa pelo fígado 
(metabolização de 1ª passagem) para diminuir a 
sua toxidade e exercer suas funções. 
- Na metabolização de 1ª passagem o fármaco 
consegue “mudar” o seu mecanismo de ação, 
como controlar a intensidade da ação. 
- Não dá pra alterar a forma de administração 
de um fármaco: a indústria farmacêutica já se 
programa para ter a metabolização ser 
hepática. 
Vantagens: 
◌ Facilidade de administração; 
◌ Via de administração mais comum; 
◌ Distribuição do fármaco é lenta, evitando a 
ocorrência de níveis sanguíneos elevados 
de uma forma rápida; 
◌ Melhor probabilidade de efeitos adversos; 
◌ Possibilidade do uso de lavagem gástrica, 
em caso de intoxicação 
▪ Dentre os fármacos da via oral, a absorção do 
liquido é mais rápida. 
▪ Fármaco via oral: a medicação chega no 
sangue e efetivamente realiza a sua função de 
forma lenta. 
Ayla Mendes Cavalcante Sabino 
Ex.: medicação para controle da pressão arterial 
– se fosse via endovenosa (ao tomar a 
medicação, a pressão “despenca” e depois volta 
para níveis altos); já na via oral, o medicamento 
age por um longo período de tempo, mas sem 
tanta intensidade. 
▪ Em casos de efeito alérgico ao medicamento, 
a via oral é a “menos severa”, pois a pessoa tem 
mais tempo para ir ao hospital fazer uma 
lavagem gástrica. 
 
Medicamentos que devem ser tomados com o 
estomago vazio: 
◌ Necessitam do ambiente mais ácido do 
estomago para ser absorvidos; 
◌ Norfloxacino, Captopril, Omeprazol, 
Cefalexina, Azitromicina, Doxiciclina, 
Loratadina, Sulfato ferroso, Rifampicina, 
Ciprofloxacino. 
◌ Estômago vazio é considerado quando se está 
em jejum ou 1h/2h após refeição. 
Medicamentos que devem ser tomados com o 
Estomago cheio: 
◌ Cetoconazol, Itraconazol, Hidralazina, 
Pentoxifilina, Prednisona, Valproato de Sódio, 
Carbamazepina 
Medicamentos que devem ser tomados com o 
Estomago vazio/cheio: 
◌ Alopurinol, Amoxicilina, Amiodarona, 
Diclofenaco 
● TODA medicação que precisa passar pelo 
fígado será administração via oral! 
 
VIA BUCAL 
◌ Utilizada para administração de fármacos 
com efeitos locais; 
◌ Associados a compostos que proporcionem 
maior aderência para compensar a ação 
diluidora da saliva 
◌ Métodos de administração: fricção, 
instilação, irrigação, aerossol e bochechos. 
o Colutório = bochecho 
Ex.: Em casos de afta – geralmente usa o oncilon 
(é uma pasta, que parece uma areia, para 
conseguir grudar na mucosa). 
 
VIA SUBLINGUAL 
NÃO há metabolismo de 1ª passagem, ou seja, 
NÃO passa pelo fígado! 
◌ Efeito rápido: muito utilizada para drogas 
instáveis em pH gástrico ou rapidamente 
metabolizadas pelo fígado. 
Veias linguais → Jugular interna → Maxilar interna → 
Jugular externa → Circulação Sistêmica 
Ex.: antianginosos (dinitrato de isossorbida 
5mg), anti-hipertensivos (captopril). 
◌ Sensação de formigamento. 
◌ O dorso de língua é do tipo epitélio 
estratificado pavimentoso não queratinizado. Já 
na região de ventre de língua, não tem 
queratina e é muito vascularizado – isso faz com 
que o fármaco consiga chegar na circulação 
sanguínea com facilidade ➔ por isso que o efeito 
é muito rápido. 
 
 
VIA ORAL: ↓Concentração x ↑Tempo 
VIA SUBLINGUAL: ↑Concentração x ↓ Tempo 
 
Vias de absorção 
◌ Via oral: 100% metabolização de 1ª passagem 
◌ Via sublingual: 0% metabolização de 1ª 
passagem 
◌ Via retal: 50% metabolização de 1ª passagem 
 
 
 
 
Ayla Mendes Cavalcante Sabino 
VIA RETAL 
◌ Indicações: pacientes com vômitos, 
crianças que não sabem deglutir 
◌ Fornece proteção parcial dos fármacos 
pois 50% de sua drenagem venosa é feita 
para o fígado (circulação porta-hepática). 
◌ Formas farmacêuticas: soluções, 
suspensões e supositórios 
◌ Métodos de administração: aplicação e 
enemas 
Desvantagens: absorção errática e irregular (já 
que ocorre de traz pra frente); pode irritar a 
mucosa anal; pode desencadear reflexo na 
defecação; via desconfortável. 
 
VIA PARENTERAL INDIRETA 
 
Via tópica – Via indireta: 
▪ Absorção de medicamento através da pele ou 
mucosas; 
▪ Pouca absorção sistêmica; 
▪ Fácil aplicação; 
▪ Dificuldade em ministrar uma dose exata; 
▪ Depende da integridade da pele; 
▪ Podem ter odor desagradável e provocar 
manchas 
 Ex.: medicamento para espinhas – o intuito é 
agir apenas na espinha e não de forma 
sistêmica. 
 
Medicações transdérmicas – Via Indireta 
▪ Medicamentos tópicos com efeitos sistêmicos de 
natureza lipofílica; 
▪ Apresentação: discos ou patches; 
▪ Vantagens: terapia medicamentosa prolongada, 
controlada e com nível plasmático da substancia 
mantido de forma estável 
▪ Desvio do TGI 
▪ Boa adesão ao tratamento 
Ex.: adesivos de nicotina ou de anticoncepcional 
→ efeito na corrente sanguínea (sistêmico) 
 
Administração oftálmica – Via Indireta: 
▪ Indicada no tratamento de infecções, irritação, 
prevenção e diagnostico; 
▪ Aplicação na conjuntiva ou saco conjuntival 
▪ Efeito local 
▪ Para evitar efeitos sistêmicos, orienta que o 
paciente faça uma leve compressão no ducto 
lacrimal 
 
Administração nasal/respiratória – Via Indireta 
▪ Compreende a mucosa nasal até os alvéolos 
pulmonares 
▪ Efeitos locais e sistêmicos 
▪ Inalação de gases ou pequenas partículas 
liquidas/solidas geradas por nebulização ou 
aerossóis 
▪ Apresentações: sprays, soluções, inalação 
▪ Não sofre metabolismo de 1ª passagem 
 
VIA PARENTERAL DIRETA 
Administração de drogas ou nutrientes por meio 
de injeções. 
 
Administração intradérmica: 
 
- Teste de alergia – administrado apenas na 
derme 
 
Administração subcutânea: 
 
▪ Subcutânea: tecido conjuntivo ➔ administração 
de heparina e insulina 
▪ Procura região mais “gordinha”, sem muito 
musculo 
 
 
Ayla Mendes Cavalcante Sabino 
Injeção Intramuscular: 
 
Obs.: Depois da via endovenosa é a de mais 
rápida absorção. 
Na escola do local de aplicação, levar em 
consideração: 
▪ Distancia em reaçãoa vasos e nervos importantes 
▪ Musculatura suficientemente grande para absorver o 
medicamento 
▪ Espessura do tecido adiposo 
▪ Idade do paciente 
▪ Irritabilidade da droga 
▪ Administrar quantidade significativa de fármaco e sempre 
procurar um musculo de maior calibre (m. deltoide, m. 
dorso-glúteo). 
 
- Escolha do intravenoso: volume e tipo de 
medicamento, local de aplicação, oleosa. 
 
Administração endovenosa: 
▪ Ação quase imediata do medicamento 
▪ Indicada para pacientes inconscientes, 
incapazes de deglutir ou com patologia GI 
▪ É permitido administrar grandes volumes 
▪ Controle sobre quantidade ministrada e níveis 
plasmáticos 
▪ Não sofre metabolismo de 1ª passagem 
▪ Medicamentos dolorosos ou 
irritantes/vesicantes 
▪ Aplicações em bolus ou por gotejamento 
- A solução deve ser cristalina, não oleosa e não 
conter flocos em suspensão; 
- Retirar todo o ar da seringa (risco de embolia)

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