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Debate sobre Da Divisão do trabalho social Emile Durkheim

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Debate Teórico 
Na Divisão Do Trabalho Social, Durkheim aborda em sua pesquisa as funções sociais, ele classifica a sociedade em alguns pontos, entre eles, as solidariedades mecânicas e orgânicas, as consciências coletivas e individuais, os direitos repreensivos e restituídos. 
Ele explora as relações entre o indivíduo e a coletividade e tenta esclarecer essa divisão e como ela é dada pela coesão social. Quando Durkheim associa a solidariedade orgânica com o mundo moderno, Durkheim opõe o caminha da polaridade mecânico–orgânico de Tönnies. 
 O conceito de divisão do trabalho desdobrado por Durkheim diverge substancialmente da noção homônima prevalecente na economia política e na sociologia utilitarista. Spencer atribui a solidariedade social à troca mercantil e à sua figura jurídica, o contrato, enfatizando, à maneira dos liberais, a ação individual. Durkheim, ao contrário, destaca o solo da regulação social, que considera anterior e pré-condição da emergência do individualismo. (MUSSE, Ricardo,2011, pág. 09.) 
Durkheim cita que embora a divisão do trabalho seja o espelho do mundo moderno, ele acredita que isso não a fez acompanhar o seu objetivo de explanar uma moral. Durkheim chama isso de “anomia”. Comte analisa e diz que para “combater” essa anomia, a necessidade e a volta de uma autoridade seria o ideal (intelectual, moral e material). Durkheim não concorda com isso, para ele, a anomia era apenas uma situação transitória, e que após a transição, teria o que chama-se hoje de “capitalismo organizado”. 
Conjuntura Histórica
Émilie Durkheim (1858-1917) é considerado o pai da sociologia, criou formalmente a disciplina de sociologia juntamente com Karl Marx e Max Weber. Uma boa parte de suas obras foram feitas na época belle époque, quando supostamente a França vivia um período de paz, mas em que a qualquer momento poderia estourar uma guerra.  Mas antes da primeira guerra mundial, houve um crescimento bastante acentuado devido a segunda revolução industrial, a qual a burguesia obteve o poder. 
   Nos séculos XIX e XX houveram bruscas mudanças na sociedade ocidental. O surgimento (e separação) da Ciência Moderna como algo especifico, não fazendo mais parte da Filosofia. A própria revolução industrial que substituiu o trabalho artesanal pelo trabalho assalariado e regido por maquinas. A industrialização, a modernização entre outros fatores relacionados ao crescimento da cidade e a urbanização e comunicação. Tudo isso gerou uma mudança brusca de comportamento entre a sociedade; com tudo isso, Durkheim desenvolveu um pensamento em que as religiões perderiam forças, o cristianismo não sustentaria a sociedade ocidental formalmente. 
Principais categorias da obra lida:
SOLIDARIEDADE MECÂNICA E ORGÂNICA E CONSCIÊNCIA COLETIVA E INDIVIDUAL
 A solidariedade social representa o nexo que unem os indivíduos em grupos sociais. É reconhecer as formas consensuais de sentimentos e de pensamentos que interferem sobre a atuação social, incentivando a coesão e a coletividade. Para continuar os estudos, Durkheim desenvolveu um método novo, embora ele tenha fixado sua metodologia nas ciências naturais, para estudar as ciências sociais não era possível fazer uma experiência em laboratório, como nas ciências naturais. Para conseguir isso, seria necessário que ele coletasse o que a sociedade tinha de dados disponíveis. 
   Durkheim classificou dois tipos de solidariedades; a mecânica e a orgânica.
  A solidariedade mecânica se dá quando os indivíduos são semelhantes. É uma característica de sociedades primitivas, como tribos ou clãs. A consciência coletiva tem bastante força nessas sociedades, dado ao fato de terem um conjunto de crenças e sentimentos comuns entre os indivíduos de sociedade primitivas, onde a coletividade tem força maior, e onde a divisão do trabalho é quase inexistente, pois há uma identificação da consciência coletiva e a consciência individual.  
  
   Já na solidariedade orgânica não existe uma identificação mas sim uma divisão social do trabalho alta. A consciência individual é predominante, cada um tem sua própria ação e sua personalidade, que somados numa consciência coletiva ocasiona uma coesão maior, pois os indivíduos e suas divergências é que fazem com que o vínculo social seja mantido, não por descendência, mas sim pela atividade social que exerce. Um exemplo desse tipo de solidariedade é a sociedade capitalista, onde as punições não são extremas como nas sociedades primitivas. A sociedade orgânica é fruto da divisão social do trabalho, com o enfraquecimento da consciência coletiva e o fortalecimento das diferenças e da individualidade. 
DIREITO REPRESSIVO E DIREITO RESTITUIDO. 
O direito repressivo é comum nas sociedades pré-capitalistas, onde a solidariedade mecânica era expressiva massivamente. O efeito do direito repressivo é, de praxe, a proibição e criminalização de atos que atingem a coletividade, exercendo a coesão entre os indivíduos. Quanto mais a consciência coletiva for forte, mais atos serão considerados crimes, atos esses que violam a ou firam a consciência coletiva. O direito repressivo tende a ser mais agressivo, penal e com regras invioláveis. O direito repreesivo representa aquilo que a violação constitui o crime. A preocupação não é reinserir alguém na sociedade após cometer um crime, mas sim puni-lo. 
 Um grande exemplo do direito repressivo é o filme Laranja Mecânica (Clockwork Ornage, 1972) onde o personagem principal participava de uma gangue onde tinham o prazer de assassinar, após um de seus parceiros o trair, o personagem principal é preso e condenado a 14 anos de prisão. A principal preocupação era puni-lo. 
 Já o direito restituído, a solidariedade orgânica era predominante, típico das sociedades modernas e mais complexas, onde a coesão não é tão ao extremo como nas sociedades primitivas. Diferente do direito repressivo, o restituído tem como característica a forma de mantimento mínimo da consciência coletiva. Durkheim faz uma comparação entre o direito restituído com o sistema nervoso:
 Em definitivo, esse direito tem na sociedade um papel análogo ao do sistema nervoso central no organismo, De fato, este em por tarefa regular as diferentes funções do corpo, de maneira a faze-las concorrer harmonicamente; ele exprime, assim, naturalmente, o estado de concentração a que chegou o organismo, em consequência da divisão do trabalho fisiológico Por isso, pode-se medir, nos diferentes níveis da escala animal, o grau dessa concentração segundo o desenvolvimento do sistema nervoso.(DURKHEIM. 1995, p. 105) 
Voltando novamente ao exemplo do filme Laranja Mecânica, o personagem principal após ser preso, recebe uma possibilidade de diminuição de pena ao participar de experimentos do estado. O experimento nominado como método Ludovico consiste em uma lavagem cerebral, que relacionava a violência a um grande incomodo físico e fazendo com que o personagem principal assistisse a vários filmes bastante violentos. O método Ludovico poderia ser encaixado no direito restituído, embora por métodos antiéticos, o objetivo é reinserir o indivíduo na sociedade. 
Legado para a teoria sociológica
É indiscutível o grande legado que Émilie Durkheim deixou na sociologia. Considerado o pai da matéria, ele quem quis que a sociologia deixasse de ser apenas um ramo da filosofia e se tornasse uma atividade cientifica. Seus pensamentos e teorias tiveram bastante influência do positivismo de Comte, embora para Durkheim o positivismo falhou em não conseguir uma neutralidade nas análises. 
 Um do seu maior legado é a forma que tratou o indivíduo e a coletividade, como com a coesão social atua na sociedade conforme o tempo. Sua produção intelectual voltada para aos fatores agentes da ordem e da estabilidade nas sociedades humanas.
 Durkheim é um autor essencial para se pensar a sociedade e seus indivíduos de vários aspectos, como a sociedade age sobre nós e vice versa. 
Referências bibliográficas.DURKHEIM, Émilie. Da divisão do trabalho social.4.ed.São Paulo:Martins Fontes,2010. 
CAETANO, Érika de Cássia Oliveira. A DIVISÃO DO TRABALHO: UMA ANÁLISE COMPARATIVA DAS TEORIAS DE KARL MARX E EMILE DÜRKHEIM. Disponível em: <http://www2.pucminas.br/imagedb/documento/DOC_DSC_NOME_ARQUI20060410095823.pdf> Acesso em: 03 de nov. 2018
MUSSE, Ricardo. Émilie Durkheim: Fato Social e Divisão do trabalho. 1 Ed. São Paulo: Editora Ática, 2011.
ARAUJO, Marta do Socorro Sousa. SOLIDARIEDADE SOCIAL: As ponderações de Émilie Durkheim. Revista de Politicas Publicas 2005, (9) 2. 
ZAPAROLI, Fernando - Direito restitutivo e Solidariedade orgânica - 2012. Acesso em: <https://sociologiadodireitounesp.blogspot.com/2012/09/direito-restitutivo-e-solidariedade.html> Data de acesso 03 nov. 2018 
ORTIZ, Renato. (1989) Durkheim: arquiteto e herói fundador. Revista Brasileira de Ciências Sociais, São Paulo, 4(11), outubro 1989.

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