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Apostila PMSP - CFO (Curso de Formação de Oficiais)

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SUMÁRIO
01. História..........................................................................................05 a 248
 
02. Filosofia .....................................................................................249 a 288
03. Sociologia .................................................................................289 a 338
04. Geografia ..................................................................................339 a 374
05. Gramática .................................................................................375 a 460
06. Literatura ..................................................................................461 a 530
07. Redação ....................................................................................531 a 544
08. Matemática...............................................................................545 a 614
09. Fisíca ...........................................................................................615 a 636
 
10. Química .....................................................................................637 a 660
11. Biologia......................................................................................661 a 678
12. Legislação .................................................................................679 a 738
 
13. Informática ...............................................................................739 a 812
EXPEDIENTE:
DIREÇÃO
Ronaldo Ligieri/ Luciana Guerra
COORDENAÇÃO
Maria Lúcia/ Valceli Carvalho/
Thaís Oliveira
DESIGN/DIAGRAMAÇÃO
Kamila Oliveira 
REVISÃO
Guilherme Bento/ 
Valceli Carvalho
CONTEÚDO DIDÁTICO
História : Cleyton Bastos
Filosofia: Adílio Ferreira Soares
Sociologia: André Pescarmona
Geografia: André Pescarmona
Gramática: Valceli Carvalho
Literatura: Fábio Lyrio
Redação: Major Neri
Física: Carlos Eduardo Assis 
Química: Alessandra Floriano
Biologia: Thiago Balbi
Legislação: Mohamed Ahmad
Informática: Juliana Alves 
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1º REVISÃO _____/_____/_____ 2º REVISÃO _____/_____/_____
VÍDEO AULA: 
PODCAST: PALESTRA GRATUITA
CURSOS
História
1.1 Os povos do Oriente Próximo e suas organizações políticas
Página ..................................................................................................................................................................... 08 a12
1.2 As cidades-estados da Grécia
Página ................................................................................................................................................................... 12 a 13
1.3 Formação, desenvolvimento e declínio do Império Romano do Ocidente 
Página ................................................................................................................................................................... 13 a 21 
1.4 A vida socioeconômica e religiosa dos mesopotâmicos, egípcios, fenícios e Hebreus
Página ................................................................................................................................................................... 21 a 27
1.5 O Legado Cultural dos gregos e dos romanos
Página ................................................................................................................................................................... 27 a 34
2. MUNDO MEDIEVAL
2.1. Formação e desenvolvimento do sistema Feudal 
Página ................................................................................................................................................................... .35 a 39 
2.2. A organização política feudal; os reinos cristãos da Península Ibérica
Página ................................................................................................................................................................... .40 a 42 
2.3. O Crescimento comercial-urbano e a desagregação do Feudalismo 
Página .....................................................................................................................................................................42 a 46 
2.4. A civilização Muçulmana
Página .................................................................................................................................................................... 46 a 48
2.5. O legado cultural do mundo medieval 
Página ..................................................................................................................................................................... 48 a 52 
2.6. A civilização Bizantina 
Página .................................................................................................................................................................... 52 a 55
3. Mundo moderno 
3.1. A Renascença: a Reforma e a Contrarreforma
Página .................................................................................................................................................................... 55 a 61
3.2. A expansão marítimo-comercial e o processo de colonização da América, África e Ásia
Página ................................................................................................................................................................... 61 a 78
3.3. Formação e evolução das monarquias nacionais; as revoluções burguesas do século 
XVII; Iluminismo e Despotismo
Página .................................................................................................................................................................... 78 a 88
3.4. A política econômica mercantilista; a crise do sistema colonial e a independência no 
continente americano
Página .................................................................................................................................................................... 88 a 95 
4. O MUNDO CONTEMPORÂNEO
4.1. Revoluções Francesa; o período napoleônico; os movimentos de independência da das 
Colônias Latino-americanas; o ideal europeu de unificação nacional
Página .................................................................................................................................................................. 95 a 113 
4.2. Revolução Industrial; expansão capitalista; hegemonia europeia
Página .................................................................................................................................................................113 a 119 
4.3. A corrida imperialista; a Primeira Guerra Mundial; a Revolução Russa de 1917 e a for-
mação da URSS
Página .................................................................................................................................................................119 a 131
4.4. O período Entre Guerras; as democracias liberais e os regimes totalitários
Página .................................................................................................................................................................131 a 135 
4.5. A Segunda Guerra Mundial; a descolonização afro-asiática; a Guerra Fria; a estrutura de 
espoliação da América Latina
Página .................................................................................................................................................................135 a 149 
01
4.6. A fase do Pós-Guerra; os oprimidos do Terceiro Mundo; as grandes linhas do desenvol-
vimento científico e tecnológico do século XX
Página .................................................................................................................................................................149 a 153 
4.7. O Petróleo, o Oriente Médio e as lutas religiosas
Página .................................................................................................................................................................153 a 160 
5.1. A expansão marítima portuguesa e o descobrimento do Brasil; o reconhecimento geo-
gráfico ea exploração do pau-brasil; a ameaça externa e os primórdios da colonização 
Página .................................................................................................................................................................160 a 163
5.2. A organização político-administrativa; a expansão territorial; os tratados de limites
Página .................................................................................................................................................................163 a 172
5.3. A agricultura de exportação como solução; a presença holandesa; a interiorização da 
colonização; a mineração e a economia colonial
Página .................................................................................................................................................................172 a 176 
5.4. A sociedade colonial; os indígenas e a reação à conquista; as lutas dos negros; os movi-
mentos nativistas
Página .................................................................................................................................................................176 a 184
5.5. A arte e a literatura da fase colonial; a ação missionária e a educação
Página ................................................................................................................................................................184 a 191
6. BRASIL IMPÉRIO
6.1. A crise do antigo sistema colonial e o processo de emancipação política do Brasil; o re-
conhecimento internacional
Página ................................................................................................................................................................191 a 194 
6.2. O processo político no Primeiro Reinado; as rebeliões provinciais; a abdicação de D. 
Pedro I
Página ................................................................................................................................................................194 a 198 
6.3. O centralismo político e os confli soci do Período Regencial; a evolu polít-adm do Seg 
Reinado; a política externa e os conflitos lat-america do século XIX
Página ................................................................................................................................................................ 198 a 204 
6.4. A sociedade brasileira da fase imperial, o surto do café, as transformações econômicas, 
a imigração, a abolição da escravidão, as questões religiosa e militar
Página ................................................................................................................................................................ 204 a 209
6.5. As manifestações culturais; as ciências, as artes e a literatura no período imperial
Página ................................................................................................................................................................ 209 a 214 
7. BRASIL REPÚBLICA 
7.1. A crise do sistema monárquico imperial e a solução republicana; a Constituição de 1891
Página ................................................................................................................................................................ 214 a 219
7.2. A Primeira República (1889-1930) e sua evolução político-administrativa; as dissidên-
cias oligárquicas e a Revolução de 1930; a vida econômica e os movimentos sociais no cam-
po e nas cidades 
Página ................................................................................................................................................................ 219 a 228
7.3. A Segunda República e sua trajetória político-institucional; do Estado Novo ao golpe 
militar de 1964; a curta experiência parlamentarista; as Constituições de 1946, 1967 e 1988
Página ................................................................................................................................................................ 228 à 234
7.4. As transformações socioeconômicas ao longo dos cem anos de vida republicana; o café 
e o processo de industrialização; as crises e as lutas operárias; o processo de internacionali-
zação da economia brasileira e o endividamento externo
Página ................................................................................................................................................................ 234 a 239
7.5. Aspectos do desenvolvimento cultural e científico do Brasil no século XX
Página ................................................................................................................................................................ 240 a 243
7.6. Globalização e Questões Ambientais
Página ................................................................................................................................................................ 243 a 248
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VÍDEO AULA: 
PODCAST: 
PALESTRA GRATUITA
CURSOS
História01
1. ANTIGUIDADE
1.1.OS POVOS DO ORIENTE PRÓXIMO E SUAS ORGANI-
ZAÇÕES POLÍTICAS
A CIDADE-ESTADO MESOPOTÂMICA
Sumérios
Estandarte de Ur, feitas de lápis-lazúli e conchas, mostra as atividades cotidianas em tempos de paz
Por volta de 5 mil anos atrás, na região do crescente fértil, uma nova experiência social começa a 
apresentar os seus primeiros contornos. Os vestígios arqueológicos registram para esse período 
a presença de sociedades que se organizavam em torno de núcleos urbanos que apresentavam 
complexa organização arquitetônica, política e econômica. Uma transformação tão fantástica, 
quando comparada com as sociedades agrícolas dos primeiros momentos do neolítico no cres-
cente fértil, que Gordon Childe a batizou de Revolução Urbana.
É a cidade-estado que surge no horizonte da experiência humana. São nelas que se consolidam, 
e se expressam pela primeira vez, de forma clara e contundente, práticas culturais que estão no 
cerne do que concebemos como vida civilizada. A escrita e a máquina estatal com seus aparatos 
burocráticos e militares complexos são alguns dos exemplos que podem ser chamados para mos-
trar a importância das realizações operadas nesse momento.
Como resultado do processo iniciado com a formação de aldeamentos sedentários assentados 
em atividades agropastoris estáveis, por volta 4 mil anos atrás, a Suméria, na Baixa Mesopotâmia, 
já apresentava importantes núcleos urbanos. Eram doze cidades mais importantes que subordi-
navam numerosas aldeias menores. Foi a região mais antiga do planeta a se urbanizar.
O povo conhecido como sumério, cuja língua predominou no território, veio provavelmente da 
Anatólia e chegou à Mesopotâmia por volta de 3300 a.C. No terceiro milênio, haviam criado pelo 
menos 12 cidades-estados: Ur, Eridu, Lagash, Uma, Adab, Kish, Sipar, Larak, Akshak, Nipur, Larsa e 
Bad-tibira. Cada uma compreendia uma cidade murada, além das terras e povoados que a circun-
davam, e tinha divindade própria, cujo templo era a estrutura central da urbe.
A organização política das cidades sumerianas é mais difícil de ser delimitada, mas já surgem 
apresentando a importância da religião em sua constituição. No princípio a função de organiza-
ção dos negócios da cidade estava a cargo do templo. Toda cidade organizava-se em torno de um. 
Era no interior desses templos que residia um funcionário denominado EN, sumo-sacerdote que
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VÍDEO AULA: 
PODCAST: PALESTRA GRATUITA
CURSOS
assumia funções administrativas e que em tempo de guerra exercia a chefia militar. Acredita-se 
que o EN era eleito por uma assembleia formada pelos homens livres da cidade.
A partir da segunda metade do terceiro milênio, promoveu-se a separação entre o templo, re-
presentado pelo En, e o palácio, que passou a encabeçar as funções administrativas, militares e 
também religiosas. O soberano, quando governador de uma única cidade, recebia o título de ensi, 
e de lugalquando conseguia estender sua autoridade para várias outras cidades-estado. Neces-
sário à defesa do território e das rotas comerciais, às conquistas e aos saques, o comando militar 
teria sido um dos principais fatores para o surgimento de uma monarquia hereditária separada 
dos templos. Com o passar do tempo, o templo e a assembleia dos homens livres foram perdendo 
espaço para o soberano (ensi), consolidando assim o poder monárquico, que passou a concentrar 
funções militares, administrativas e a supervisão das obras de irrigação.
Embora as cidades-estado da Mesopotâmia tenham surgido como entidades independentes 
umas das outras, as disputas entre elas levaram à formação de impérios de caráter mais ou menos 
centralizado, por todo longo período de sua história. Entre eles destacam-se: o de Sargão I, dando 
início ao domínio da cidade de Ácade sobre a baixa e média Mespotâmia, e o Primeiro Império Ba-
bilônico, que teve em Hamurabi seu principal soberano. O dos assírios, que chegou a se estender 
até o Egito; e o Segundo Império Babilônico, que teve seu auge com Nabucodonossor.
O ESTADO
Chamamos de Estado a estrutura de poder pela qual se exercia o domínio social e pela qual se 
organizavam diversos aspectos da coletividade. Uma das principais características da organiza-
ção estatal na Mesopotâmia era a vinculação entre as esferas política e religiosa da sociedade. 
Composta por um corpo burocrático e militar era organizada em torno de templos e palácios, 
não apresentando delimitação entre o que modernamente chamaríamos de esferas religiosas e 
política.
No Antigo Oriente Próximo, religião e política não eram percebidas como campos distintos, mas 
sim como parte da mesma realidade. Segundo Ciro Flamarion, o termo religião nem seria passível 
de ser traduzido para as línguas dos povos antigo-orientais. A separação entre o domínio religioso 
e outros domínios, algo que parece corriqueiro para nós, não faria qualquer sentido para um egíp-
cio ou mesopotâmico antigo, pois a religião estando em toda parte, não poderia ser percebida 
como setor circunscrito da realidade e da vida social. É nesse sentido que, no texto acima, Ciro 
Flamarion escreve que “os templos eram partes integrantes do Estado. O rei, por suas atribuições 
História
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VÍDEO AULA: 
PODCAST: 
PALESTRA GRATUITA
CURSOS
e por concentrar os recursos necessários, era construtor por excelência de santuários e outros 
edifícios importantes”.
O Estado se apresentava como uma monarquia de caráter divino, na qual o soberano era relacio-
nado de alguma forma com os deuses que, pelos seus favores, propiciariam prosperidade e feli-
cidade. O soberano governava apoiado em um corpo burocrático e militar que abrigava os mais 
diversos tipos de funcionários e soldados, dos mais humildes aos mais graduados.
O Código de Hamurabi, no qual o soberano é apresentado como alguém que se constitui em um 
intermediário privilegiado entre os deuses e a sociedade Hamurabi é apresentado como um so-
berano que recebeu a missão de implantar a justiça, acabando com os males e a opressão. O texto 
apresenta o como escolhido dos deuses, que trouxe aos mesopotâmicos colheitas fartas, água em 
abundância, segurança, ordem, e que, em tempos difíceis, ajudou o povo necessitado.
Foi na região da mesopotâmia que ocorreram as primeiras experiências que levaram à constitui-
ção da vida civilizada. A presença de núcleos urbanos, da escrita, de uma complexa divisão do 
trabalho, de profundas desigualdades sociais e a organização do poder assentada em um comple-
xo aparato estatal são algumas das características mais marcantes do modo de vida que teve na 
Suméria, talvez, o seu pólo original de desenvolvimento.
História
Amoritas ou Babilônicos 
Torre de babel 
Para o povo amorita o rei era um deus, sua origem era indiscutivelmente divina e seu poder era 
total.
Nas mãos do rei estavam todas as cidades-estado, as taxações, o serviço militar era obrigatório e 
nada se resolvia fora do poder real.
Para fazer esse sistema centralizado funcionar (onde antes havia autonomia) foi criado um con-
junto de leis para punir os crimes contra o estado.
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VÍDEO AULA: 
PODCAST: PALESTRA GRATUITA
CURSOS
História
Os antigos babilônios fizeram leis rigorosas e punições severas, muitas das vezes lançando mão da 
pena de morte até mesmo para delitos menores.
Hamurabi foi rei da Babilônia 1792-1750 a.C. seu nome hoje é confundido com o código de leis 
que criou até porque, dele se extraiu a Pena de Talião “olho por olho, dente por dente...”
Esse código é uma compilação de leis mais antigas que se conhece, foi gravado numa estela de 
diorito (Não confunda Estela com Estrela), em cuja parte superior aparece o próprio Hamurabi re-
cebendo a insígnia do reinado e da justiça, das mãos de Marduk. Na parte de baixo da estela estão 
gravadas as 282 cláusulas do Código. Essa estela foi encontrada por uma delegação francesa na 
Pérsia sob a direção de Jacques de Morgan, em 1901-1902, sob as ruínas da acrópole de Susa e foi 
transportada para o Museu do Louvre, Paris onde permanece.
Suas penas eram severas e geralmente as punições se igualavam aos prejuízos causados como 
por exemplo: aquele que praticasse um roubo deveria ser morto e enterrado em frente ao local do 
fato. Isso configura o famoso “olho por olho...”
O Código de Hamurabi é visto como sumério no espírito, mas carregando a dureza das penas dos 
antigos babilônios.
O Código de Hamurabi
Assírios
Código de Hamurabi
Os assírios, assim como grande parte dos povos do antigo Oriente Médio, era um povo de guer-
reiros, possuíam a justiça baseada no código estabelecido no século XVIII a.C., pelo rei Hamurabi 
da Babilônia. As cidades, dentre as quais se destacavam Assur, Nínive e Nimrod, ficavam subordi-
nadas à autoridade do rei. 
Cerca de 1810 a.C. um rei assírio, Shamshi-Adad (reinou de 1813 a 1780) conseguiu alargar o terri-
tório assírio, desde as montanhas Zagros até ao mar Mediterrâneo. Foi provavelmente o primeiro 
governante a estabelecer a centralização imperial no antigo Médio Oriente. Dividiu o reino em 
distritos, governados por administradores e concelhos especialmente designados para esse fim, 
instituiu um sistema de correios e procedeu a censos regulares da população.
O rei da Assíria detinha poder absoluto sobre todas as dimensões do governo (econômico, políti-
co, religioso e militar), embora fosse tido como homem acreditava-se que ele era um enviado dos 
deuses.
A violência militar assíria tinha legitimidade por meio da religião: a conquista de territórios e ri-
quezas era a missão divina dos reis. Os assírios eram extremamente agressivos e se vangloriavam 
de suas práticas sangrentas, tinham no terror e na atrocidade seus instrumentos de política ex-
terna. Um soberano assírio chamado Salmanasar I (1274 a 1245 a.C.), levou como escravos cerca 
de 14 mil soldados inimigos derrotados, porém para assegurar-se de que seriam dóceis tratou de 
cegá-los.
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PALESTRA GRATUITA
CURSOS
História
Possuíam uma estrutura de organização social e política de caráter tribal. A economia dos caldeus 
baseava-se, principalmente, no comércio e na agricultura. Assimilaram, logo de início, a cultura 
babilônica. Assumiram o controle político da região da Mesopotâmia entre os séculos IX e VIII a.C.
 No século VII a.C., aproveitaram a crise do Império Assírio e colocaram no trono da Babilônia o rei 
caldeu Nabopolassar, fato que deu início ao Império Neobabilônico.
A vitória final sobre os assírios aconteceu durante o reinado do rei caldeu Nabucodonosor II. A 
nova dinastia caldeia deu início, com este rei, a um período de grande renascimento cultural e 
político na Babilônia.
 A era de domínio caldeu na Mesopotâmia terminou em 539 a.C., quando Ciro (o Grande), rei per-
sa, aproveitouo enfraquecimento político dos caldeus e dominou a região.
No que tange a organização social, os caldeus eram uma monarquia teocrática e despótica. Ou 
seja, cultuavam uma religião e o reinado passaria pelos familiares do rei Nabucodonosor. Abaixo 
do Império, comandado pelo rei, estavam nobres, sacerdotes, comerciantes, os pequenos traba-
lhadores e proletários, e, por fim, os escravos. O povo caldeu se caracterizava muito por sua força 
bélica e pelo incentivo à escravização dos povos inimigos.
Caldeus
1.2. As cidades-estados da Grécia
A pólis grega era as cidades-estados da Grécia Antiga. Estas cidades possuíam um alto nível de 
independência, ou seja, tinham liberdade e autonomia política e econômica. Nas pólis não existia 
separação entre as áreas rural e urbana, nem existiam relações de dependência. Muitos habitantes 
das pólis, principalmente da nobreza, habitavam em casas de campo.
O centro político-administrativo das pólis era a Acrópoles (geralmente a região mais alta da cida-
de-estado). Na Acrópole se encontravam o templo principal da pólis, os edifícios públicos, a Ágora 
(espaço em que ocorriam debates e decisões políticas) e a Gerúsia.
Ao redor da pólis havia uma espécie de cinturão rural, onde era produzida grande parte dos ali-
mentos necessários para a manutenção da pólis. Esta organização reforçava ainda mais a autono-
mia das pólis.
As áreas ocupadas pelas pólis não eram de grande extensão. Em média tinham de 200 a 500 km². 
Atenas, uma das pólis mais populosas e prósperas da época, era uma exceção com cerca de 2.500 
km².
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PODCAST: PALESTRA GRATUITA
CURSOS
História
As polis surgem no século VIII a.C. e atingem seu apogeu nos séculos VI e V a.C. Anteriormente, as 
pessoas se reuniam em pequenas aldeias (comunidade gentílicas agrícolas denominadas “genos”) 
com terras de uso coletivo, as quais floresceram durante o período homérico.
A expansão demográfica e do comércio foram as principais causas para o surgimento da Polis fo-
ram, portanto, essenciais para fortalecer a organização dos membros da sociedade grega.
As pólis eram controladas por uma oligarquia aristocrática e possuía uma organização própria e, 
portanto, independência social, política e econômica. 
A organização social da polis era constituída basicamente por homens livres (os cidadãos gregos) 
nascidos na polis, mulheres, estrangeiros (metecos) e escravos.
Sendo assim, em Atenas os denominados Eupátridas ou “Bem-nascidos” pertenciam a pequena 
classe dominante que detinham as maiores terras sendo responsáveis por administrar a política 
da polis.
Depois deles, estavam os Georgoi, agricultores proprietários de terra. 
E, por fim, os Thetas (ou marginais), os trabalhadores que não detinham nenhum poder sobre as 
terras e que representavam a maior parte da população grega. Já a sociedade em Esparta era di-
vidida em Esparciatas (os aristocratas e soldados), responsável pelo desenvolvimento da política 
da polis.
Os denominados Periecos representavam os homens livres, (comerciantes, agricultores e arte-
sãos). E por fim, os escravos, chamados de Hilotas, que constituíam a maior parte da polução es-
partana. A economia na polis era baseada na agricultura e no comércio sendo um núcleo urbano 
autossuficiente. 
Já a política na polis girava em torno da Assembleia do Povo, o Conselho Aristocrático e os Magis-
trados, embora em cada local ela apresentasse características peculiares.
Por exemplo, em Atenas o poder político provinha da Eclésia, as Assembleias populares, que em 
Esparta eram chamadas da Apela (formado por espartanos acima de 30 anos) e Gerúsia (compos-
to por 28 anciãos com mais de 60 anos).
As principais características das polis gregas eram:
 Possuía autonomia e detinha o poder
 Eram autossuficientes (política, social e economicamente)
 Tinham leis e organização sociais próprias
 Proporcionou o surgimento da propriedade privada
 Possuía Complexidade social
1.3. Formação, desenvolvimento e declínio do Império 
Romano do Ocidente
Origem de Roma : mitologia
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CURSOS
História
Os romanos explicavam a origem de sua cidade através do mito de Rômulo e Remo. Segundo a 
mitologia romana, os gêmeos foram jogados no rio Tibre, na Itália. Resgatados por uma loba, que 
os amamentou, foram criados posteriormente por um casal de pastores. 
Adultos, retornam a cidade natal de Alba Longa e ganham terras para fundar uma nova cidade 
que seria Roma.
Origem histórica de Roma
De acordo com os historiadores, a fundação de Roma resulta da mistura de três povos que foram 
habitar a região da península itálica : gregos, etruscos e italiotas.
Desenvolveu na região uma economia baseada na agricultura e nas atividades pastoris. A socie-
dade, nesta época, era formada por patrícios ( nobres proprietários de terras ) e plebeus ( comer-
ciantes, artesãos e pequenos proprietários ). 
Roma Monarquia 
Os Reis Etruscos
No século VII a.C., a cidade de Roma passou a ser governada por reis de origem etrusca. O primeiro 
deles, Tarquínio, O Antigo; foi responsável pela construção de importantes obras públicas. 
Sérvio Túlio, seu sucessor, preocupou-se em proteger a cidade com a construção de uma muralha. 
Além disso, dividiu a população em quatro grandes tribos urbanas e promoveu a distinção social 
do povo romano com base em suas riquezas.
No governo de Tarquínio, O Soberbo, foram criados o sistema de esgoto da cidade de Roma, cha-
mado de “cloaca máxima”, e um templo de adoração ao deus Júpiter. Tarquínio foi deposto após 
seu filho, Sexto Tarquínio, violentar Lucrécia, filha de um importante membro da classe patrícia.
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CURSOS
História
Patrícios X Plebeus
Roma República 
A grande questão interna na época da República era a desigualdade de direitos entre patrícios e 
plebeus, que provocou uma série de lutas sociais em Roma que duraram cerca de dois séculos. 
Houve um aumento da mão de obra escrava, com os prisioneiros de guerra. Uma nova camada 
social de cavaleiros surgiu, conhecida como “Homens Novos”, que vinham da classe dos plebeus 
e enriqueceram com os saques dos territórios conquistados, com o comércio e a cobrança de im-
postos.
Obrigados a servir no exército romano, porém, muitos plebeus regressavam à sua terra natal tão 
empobrecidos que, para sobreviver, eram forçados a vender quase tudo o que possuíam, inclusive 
suas pequenas propriedades agrícolas.
Estas acabavam por formar grandes latifúndios nas mãos dos nobres, e os plebeus, por sua vez, 
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emigravam para os subúrbios das grandes cidades, onde engrossavam a massa de desocupados 
pobres e famintos.
Ao logo dos séculos V e III a.C., o problema do sistema político excludente concebido pelos patrí-
cios foi alvo de intensa recriminação por parte dos plebeus. 
Sendo uma classe social de composição mista, a condição do plebeu podia variar desde a de um 
rico comerciante, indo até a um simples trabalhador livre. 
Em uma série de revoltas que aconteceram nesse período, os plebeus conseguiram direito de 
participação política dentro de Roma. 
Com o advento das revoltas plebeias acabaram conseguindo a aprovação de várias reformas em 
forma de lei. 
Nesse contexto, a exigência por reformas agrárias, propostas pelos irmãos Graco (II a. C.), eclodi-
ram uma tensão social que envolvia a situação de penúria dos pequenos proprietários e a ganân-
cia dos patrícios.
Na passagem dos séculos II e I a.C., as tensões sociais perduraram e as ditaduras ganharam espaço. 
Mário e Sila foram os grandes ditadores da época.
Com a manutenção da instabilidade político social, os generais romanos passaram a aspirar maior 
participaçãopolítica. 
O enriquecimento dos patrícios, a proletarização dos plebeus e ascensão dos generais levaram 
à deflagração de revoltas plebeias. As instituições políticas de Roma foram obrigadas a acolher 
esses grupos sociais.
História
Durante o período republicano, o senado Romano ganhou grande poder político. Os senadores, 
de origem patrícia, cuidavam das finanças públicas, da administração e da política externa. As 
atividades executivas eram exercidas pelos cônsules e pelos tribunos da plebe. 
A criação dos tribunos da plebe está ligada às lutas dos plebeus por uma maior participação polí-
tica e melhores condições de vida. 
Em 367 a.C., foi aprovada a Lei Licínia, que garantia a participação dos plebeus no Consulado (dois 
cônsules eram eleitos: um patrício e um plebeu). Esta lei também acabou com a escravidão por 
dívidas (válida somente para cidadãos romanos).
Após dominar toda a península itálica, os romanos partiram para as conquistas de outros territó-
rios. Com um exército bem preparado e muitos recursos, venceram os cartagineses, liderados pelo 
general Aníbal, nas Guerras Púnicas (século III a.C.). Esta vitória foi muito importante, pois garantiu 
a supremacia romana no Mar Mediterrâneo. Os romanos passaram a chamar o Mediterrâneo de 
Mare Nostrum (Nosso Mar).
Após dominar Cartago, Roma ampliou suas conquistas, dominando a Grécia, o Egito, a Macedônia, 
a Gália, a Germânia, a Trácia, a Síria e a Palestina.
Com as conquistas, a vida e a estrutura de Roma passaram por significativas mudanças. O império 
romano passou a ser muito mais comercial do que agrário. Povos conquistados foram escraviza-
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História
dos ou passaram a pagar impostos para o império. As províncias (regiões controladas por Roma) 
renderam grandes recursos para Roma. A capital do Império Romano enriqueceu e a vida dos 
romanos mudou.
Durante a República, a conquista de novas terras foi um fator determinante para que a feição social 
de Roma passasse por inúmeras transformações. Logo de início, a economia de caráter agropasto-
ril disputou espaço com um articulado comércio entre várias regiões próximas do Mediterrâneo. A 
ampliação da oferta de escravos estabeleceu um aumento da oferta de alimentos. Paralelamente, 
generais e magistrados se beneficiavam com a administração e a tributação das novas províncias.
O controle dos patrícios sobre o Senado fez com que essa classe ficasse ainda mais enriquecida 
com a ampliação de suas propriedades e a larga utilização da mão de obra escrava. Apesar de ge-
rar uma incrível produção de riquezas, essa nova realidade prejudicou imensamente os pequenos 
proprietários, que não conseguiam competir com o preço dos alimentos oferecidos pelos patrí-
cios. Por outro lado, vários plebeus perderam oportunidade de emprego com o uso dos escravos.
Alguns dos plebeus que compunham as longas fileiras do exército romano passaram a se benefi-
ciar com a conquista das terras e escravos. Os chamados cavaleiros eram plebeus que se enrique-
ceram com a cobrança de impostos, a distribuição de comida aos exércitos, o arrendamento de 
florestas e minas e a construção de pontes e estradas. A garantida de controle sobre tais atividades 
foi reforçada quando os senadores e seus descendentes foram proibidos de exercer qualquer ati-
vidade que não fosse agrícola.
Os plebeus que não conseguiam se enriquecer foram obrigados a vender as suas terras para al-
gum grande proprietário. Ao chegarem às cidades, enfrentavam outro grande problema com a 
falta de empregos. O fácil acesso à força de trabalho dos escravos estreitava as oportunidades 
de trabalho livre. Dessa forma, o enriquecido Estado romano se viu forçado a fornecer alimentos, 
vinho e espetáculos que continham a insatisfação dessa grande massa sem ocupação certa.
Por volta do século I a.C., o grande número de escravos também transformou essa classe subal-
terna em um vigoroso e ameaçador agente político do mundo romano. Em 71 a. C., o gladiador 
Espártaco organizou uma revolta que congregou aproximadamente 90 mil escravos contra as tro-
pas do exército romano. Graças à ação dos generais romanos, o levante foi contido no período em 
que essas novas classes sociais compunham o complexo mosaico de reivindicações políticas da 
República Romana.
Primeiro Triunvirato
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Como consequência dessa maior participação dos generais, forma-se uma modalidade de admi-
nistração chamada triunvirato (três chefes governando com igual poder a república). 
O Primeiro era formado por Júlio Cesar, Pompeu e Crasso. Crasso morre numa equivocada tentati-
va de anexar o império Parta (atual Irã) e Júlio César promove uma guerra contra Pompeu. 
Depois de eliminar seus inimigos diretos, Júlio César transformou o Egito em protetorado romano 
administrado pela rainha Cleópatra. Retornando à capital da República, foi recebido de maneira 
gloriosa. A partir de então, amparado pelos exércitos e pela plebe urbana, Júlio César exerceu o 
cargo de ditador ao longo dos próximos dez anos.
César é assassinado, e logo em seguida é formado um segundo triunvirato, com Marco Antônio, 
Otávio e Lépido. 
Nessa última versão, o triunvirato se esfacelou mediante a ascensão militar de Otávio, primeiro 
imperador de Roma.
O SEGUNDO TRIUNVIRATO
Com a morte de César, seus seguidores Marco Antônio e Lépido controlaram as tropas e impedi-
ram qualquer domínio político por parte do senado, que aceitou o acordo proposto por Marco 
Antônio para garantir todos os atos de César, mas a disputa entre os seguidores deste e a classe 
senatorial continuou. Bruto e Cássio, senadores que lideraram a conspiração contra César, escapa-
ram para o Oriente, onde controlaram parte do exército sediado na Macedônia, enfraquecendo a 
posição de Antônio.
Na Itália, Otávio, sobrinho de César, exigiu participação no governo e devolução do dinheiro reti-
rado do espólio de seu tio. Antônio recusou-se a aceitar as exigências impostas e os veteranos de 
guerra de César ficaram com Otávio, que ofereceu seus serviços ao senado, sendo aceito. A maior 
parte dos soldados do senado passou para o comando de Otávio, que recebeu o título de cônsul e 
condenou os assassinos de César. O esperado choque entre Antônio e Otávio não ocorreu. Como 
nenhum deles conseguiria governar sozinho, acabaram entrando em acordo e formaram, junta-
mente com Lépido, o segundo triunvirato. Pelo acordo, dividiram entre si as principais províncias 
ocidentais do império e receberam poder ilimitado, por cinco anos, para reorganizar o Estado. O 
acordo foi ratificado pela assembleia popular. Para garantir a “reorganização do Estado” instaurou-
-se o terror em Roma, com o objetivo de eliminar a oposição e levantar fundos para o pagamento 
dos soldados.
Antônio e Otávio dirigiram-se para a Macedônia, onde derrotaram o exército de Bruto e Cássio. 
Antônio foi para o oriente e Otávio retornou à Itália, onde começou a expropriar terras para doá-
-las a seus soldados. O governo autocrático, instaurado por Antônio no Oriente, reabilitou Otávio 
junto à população romana, revoltada com os confiscos de terra. Quando Marco Antônio começou 
a doar províncias romanas aos herdeiros de Cleópatra, sua favorita, Otávio apresentou-o aos ro-
manos como traidor de seus ideais. O senado apoiou Otávio, e toda a aristocracia da Itália e das
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províncias lhe jurou fidelidade. Em 34 a.C., na batalha de Áctium, Marco Antônio foi derrotado 
pelo exército romano e, após sua morte e o suicídio de Cleópatra, o Egito transformou-se em pro-
víncia romana. Começava a nascer a Roma Imperial.
Roma Império
O Império Romano é considerado a maior civilização da história ocidental.
Durou cincoséculos: começou em 753 a.C. e terminou em 476 d.C. Estendia-se do Rio Reno para 
o Egito, chegava à Grã-Bretanha e à Ásia Menor. Assim, estabelecia uma conexão com a Europa, a 
Ásia e África.
O Império Romano começou com Otaviano Augusto e terminou com Constantino XI. O Senado 
servia para apoiar o poder político do imperador.
Foi em seu início que o império conquistou a maior parte do poder. Até 117 d.C., ao menos 6 mi-
lhões de quilômetros quadrados estavam sob o domínio do império romano.
Sob o domínio do Império Romano estavam 6 milhões de habitantes. Roma, nessa fase, foi habi-
tada por 1 milhão de habitantes.
Entre os pontos fundamentais para o sucesso do império estava o exército, que era profissional e 
atuava como uma legião. Sob o comando de astutos generais, Roma expandiu o poderio ao Me-
diterrâneo.
 Característica do Império
 Essencialmente comercial
 Escravizava os povos conquistados
 O controle das províncias era feito por Roma
 Politeísta
 O governante tinha cargo vitalício
 A extensão era obtida por conquistas ou golpes militares
Queda do Império Romano
Após o século III, Roma passou a enfrentar uma série de crises que levaram o império a conhecer o 
seu fim. Podemos elencar quatro fatores principais para entender a crise romana: anarquia militar, 
crise do escravismo, a expansão do cristianismo e as invasões bárbaras.
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A Anarquia Militar 
A anarquia militar foi resultado das disputas entre os generais romanos pelo trono. Não havia 
critérios claros para a sucessão do imperador uma vez que não valia a hereditariedade. Normal-
mente, o imperador indicava o seu sucessor, mas nem sempre os demais generais concordavam 
com as indicações. As disputas internas criaram um quadro com imperadores sem força política e 
as conspirações para dar golpes de Estado eram frequentes.
A CRISE DO ESCRAVISMO
A crise do escravismo foi decorrência da Pax Romana. Com o fim das conquistas territoriais o nú-
mero de prisioneiros de guerra diminuiu. Com menos escravos a produção caiu e uma grave crise 
econômica instalou-se.
A EXPANSÃO DO CRISTIANISMO
O cristianismo pode ser visto como um sintoma de crise moral do Império Romano. Os imperado-
res deveriam ser cultuados como deuses e isso fez com que os cristãos fossem perseguidos por 
não tratarem os césares como deuses. Mas como o número de cristãos não parava de crescer e 
também muitos soldados do exército convertiam-se a essa nova religião, o Estado romano per-
cebeu que essas perseguições eram improdutivas. O imperador Constantino, através do Édito de 
Milão, deu liberdade de culto aos seguidores de Jesus de Nazaré e ele mesmo acabou se conver-
tendo.
AS INVASÕES BÁRBARAS
Por fim, as invasões bárbaras foram uma série de migrações de povos que viviam além das fron-
teiras romanas para o lado interior do império. Os bárbaros estavam, em sua maioria, fugindo da 
expansão dos hunos, liderados por Átila. Esse avanço dos hunos forçou a fuga dos bárbaros que, 
ante um império em decadência, acabaram ocupando a maior parte da Europa ocidental, inclusi-
ve a cidade de Roma.
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1.4. A VIDA SOCIOECONÔMICA E RELIGIOSA DOS MESO-
POTÂMICOS, EGÍPCIOS, FENÍCIOS E HEBREUS
Egito
A sociedade egípcia estava dividida em várias camadas, sendo que o faraó era a autoridade máxi-
ma, chegando a ser considerado um deus na Terra. Sacerdotes, militares e escribas (responsáveis 
pela escrita) também ganharam importância na sociedade.
Esta era sustentada pelo trabalho e impostos pagos por camponeses, artesãos e pequenos comer-
ciantes. 
Os escravos também compunham a sociedade egípcia e, geralmente, eram pessoas capturadas 
em guerras. Trabalhavam muito e nada recebiam por seu trabalho, apenas água e comida. 
Formado a partir da mistura de diversos povos, a população era dividida em vários clãs, organi-
zadas em comunidades chamadas monos, que funcionavam como se fossem pequenos Estados 
independentes.
Por volta de 3500 a.C., os monos se uniram formando dois reinos: o Baixo Egito, ao Norte e o Alto 
Egito, ao Sul. Por volta de 3200 a.C., os dois reinos foram unificados por Menés, rei do alto Egito, 
que tornou-se o primeiro faraó, criando a primeira dinastia que deu origem ao Estado egípcio 
unificado.
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No topo da sociedade encontrava-se o faraó. Abaixo do faraó e de sua família vinham as camadas 
privilegiadas (sacerdotes, nobres e funcionários), e as não privilegiadas (artesãos, camponeses, 
escravos e soldados). Os sacerdotes formavam junto com os nobres, a corte real. Os nobres forma-
vam uma aristocracia hereditária e compunham a elite militar e latifundiária.
Os funcionários estavam a serviço do Estado para planejar, fiscalizar e controlar a economia. Os 
artesãos eram trabalhadores assalariados que exerciam diferentes ofícios. 
História
Economia 
A economia egípcia era baseada principalmente na agricultura que era realizada, principalmente, 
nas margens férteis do rio Nilo. 
Os egípcios também praticavam o comércio de mercadorias e o artesanato. 
Os trabalhadores rurais eram constantemente convocados pelo faraó para prestarem algum tipo 
de trabalho em obras públicas (canais de irrigação, pirâmides, templos, diques).
A agricultura era a atividade econômica principal dos egípcios. Inicialmente, para melhor aprovei-
tar as águas do rio Nilo, os camponeses uniam-se, empenhando-se na construção de diques e no 
armazenamento de cereais para a época de escassez.
Os camponeses formavam a maior parte da população, exerciam a agricultura e eram forçados a 
pagar altos impostos. Os soldados eram mercenários estrangeiros contratados pelo Estado.
Na sociedade egípcia as mulheres tinham uma posição de prestígio. Podiam exercer qualquer fun-
ção política, econômica ou social em igualdade com os homens de sua categoria social.
(Canais de irrigação e Produção Agricola)
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Com o tempo, a produção agrícola tornou-se variada, sendo cultivados algodão, linho (utilizados 
na fabricação de roupas), trigo, cevada, gergelim, legumes, frutas e, principalmente, oliveiras.
Às margens do rio os camponeses faziam pomares e hortas, produzindo favas, lentilhas, grão–de–
bico e pepinos. Cultivavam ainda uva, utilizada na fabricação do vinho.
Perto de suas casas, eles criavam porcos e carneiros. O trabalho no campo era realizado com o 
auxílio de um arado de madeira puxado por bois.
Os camponeses que moravam nos pântanos e nos lagos costeiros, organizados em equipes, cria-
vam em tanques numerosas variedades de peixes. O peixe, seco e conservado, era consumido 
muitas vezes com pão e cerveja, e constituía parte importante da alimentação dos egípcios.
Contando com um intenso artesanato, o comércio também foi outra importante atividade econô-
mica no Egito Antigo.
Religião
A religião desempenhava papel importante na sociedade egípcia: todos os aspectos da vida de 
um egípcio eram regulados por normas religiosas.
Havia cerimônias religiosas para os acontecimentos individuais: nascimento, casamento, morte 
e para os acontecimentos que envolviam toda a sociedade, como as festas na época da colheita.
Eram politeístas, adoravam vários deuses com forma humana e animal, o antropozoomorfismo. 
Muitos deles eram associados a determinadas forças da natureza. 
Os antigos egípcios acreditavam numa vida após a morte e no retorno do espírito ao corpo. 
Nem todos os egípcios eram enterrados em pirâmides, como acontecia com os faraós. O sepulta-
mento variava conforme a posição social do indivíduo e sua riqueza. Havia outros tipos de túmu-
los: os hipogeus e as mastabas.Deuses egípcios e faraós em um papiro
Para o interior do túmulo, os egípcios levavam objetos de uso diário e as riquezas que possuíam e 
pintavam cenas cotidianas. 
Acreditavam que, agindo assim, garantiriam o conforto na vida após a morte. 
Um ponto curioso nos rituais do Egito era a zoolatria, ou seja, a adoração de animais.
A unidade política egípcia organizou em um só conjunto todos os grandes deuses que a socieda-
de deveria cultuar. Entre eles, se destacavam:
 Rá, deus do Sol (principal deus da religião egípcia).
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 Toth, deus da sabedoria, do conhecimento e da Lua.
 Anúbis, deus dos mortos e o do submundo.
 Bastet, deusa da fertilidade, protetora das mulheres grávidas.
 Hathor, deusa do amor, da alegria, da dança, do vinho e das festas.
 Hórus, deus do céu (filho de Osíris e Ísis).
 Khnum, deus pastor e das nascentes e das cheias do rio Nilo.
 Maat, deusa da justiça e do equilíbrio.
 Ptah, deus de Mênfis, considerado criador do mundo e dos artesões.
 Seth, deus da tempestade, do mal, da destruição e da violência.
 Sobek, deus da paciência e da astúcia.
 Osíris, deus da vida após a morte.
 Isis, deusa do amor.
 Tefnut, deus da nuvem e umidade.
 Chu, deus do ar seco.
 Geb, deus da terra.
 Amon (de Tebas,) deus dos deuses do Egito, depois cultuado junto com Rá, com o nome de 
Amon-Rá.
O deus mais famoso era Osíris, ele era responsável por julgar os mortos e decidir se a alma iria ou 
não para o paraíso.
Apesar da fama de Osíris, ele não é o deus mais importante, esse cargo pertence a Amon-Rá. 
Esse era considerado o rei dos deuses, responsável pelo surgimento da vida. Seu maior símbolo 
era o sol, era ainda, marido de Mut, deusa representada com cabeça de abutre.
Fenícios
A civilização fenícia desenvolveu-se na Fenícia, território do atual Líbano. Os fenícios eram povos 
de origem semita. Por volta de 3000 a.C., estabeleceram-se numa estreita faixa de terra com cerca 
de 35 km de largura, situada entre as montanhas do Líbano e o mar Mediterrâneo. Com 200 km 
de extensão, corresponde a maior parte do litoral do atual Líbano e uma pequena parte da Síria.
Por habitarem uma região montanhosa e com poucas terras férteis, os fenícios dedicaram-se à 
pesca e ao comércio marítimo.
As cidades fenícias que mais de desenvolveram na antiguidade foram Biblos, Tiro e Sidon.
Características da Fenícia
A fenícia, terra de marinheiros e comerciantes, ocupava uma estreita área, com aproximadamente 
40 km de largura, entre o mar Mediterrâneo e as montanhas do Líbano.
 Atualmente essa região corresponde ao Líbano e a parte da Síria.
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O solo montanhoso da Fenícia não era favorável ao desenvolvimento agrícola e pastoril. 
 Percebendo a necessidade de se lançar ao mar os Fenícios desenvolveram o comércio pelas cida-
des do Mediterrâneo.
Entre os fatores que favoreceram o sucesso comercial e marítimo da Fenícia, podemos destacar 
que a região:
Era rica em cedros, que forneciam a valiosa madeira para a construção de navios;
Possuía bons portos naturais em suas principais cidades (Ugarit, Biblos, Sidon e Tiro);
Tinha praias repletas de um molusco (múrice), do qual se extraía a púrpura, corante de cor verme-
lha utilizando para o tingimento de tecidos, muito procurados entre as elites de diversas regiões 
da Antiguidade.
Religião
A religião dos fenícios era politeísta e antropomórfica.
 Os fenícios conservaram os antigos deuses tradicionais dos povos semitas: as divindades terres-
tres e celestes, comuns a todos os povos da Ásia antiga. 
Cada cidade tinha seu deus:
 Baal (senhor), associado muitas vezes a uma entidade feminina 
 Baalit. O Baal de Sidon era Eshmun (deus da saúde). 
 Biblos adorava Adônis (deus da vegetação), cujo culto se associava ao de Ashtart , deusa dos 
bens terrestres, do amor e da primavera, da fecundidade e da alegria. 
 Em Tiro rendia-se culto a Melcart e Tanit. 
Para aplacar a ira dos deuses sacrificavam-se animais. E, às vezes, realizavam-se terríveis sacrifícios 
humanos. 
Hebreus
De todos os povos da antiguidade os hebreus talvez sejam os que mais influência cultural e reli-
giosa nós sejamos herdeiros. Pois as raízes da cultura judaico-cristã, da qual fazemos parte, estão 
intimamente ligadas às origens deste povo.
Podemos considerar que a História dos Hebreus inicia com a formação da tribo liderada pelo pa-
triarca Abraão, por volta do ano 2000 a.C, e o seu encerramento com a Diáspora judaica no ano 70 
d.C. Este último ocorreu quando os romanos expulsaram os hebreus de Israel.
A religião o maior legado dos hebreus.
Moisés quebra as tábuas da Lei, pois o povo não obedecerá aos Mandamentos.
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A vida socioeconômica dos hebreus pode ser dividida em duas fases: a nômade e a sedentária.
A princípio, os hebreus eram pastores nômades (não tinham habitação fixa),que se dedicavam à 
criação de ovelhas e cabras. 
Os bens pertenciam a todos do clã. Mais tarde, já fixados na Palestina, foram deixando os antigos 
costumes das comunidades nômades. 
Desenvolveram a agricultura e o comércio, tornaram-se sedentários. 
Nos primeiros tempos a propriedade da terra era coletiva, depois foi surgindo a propriedade pri-
vada da terra e dos demais bens.
 Surgiram as diferentes classes sociais e a exploração de uma classe pela outra. 
A consequência dessas mudanças foi que grandes proprietários e comerciantes exibiam luxo e 
riqueza, enquanto os camponeses pobres e os escravos viviam na miséria.
Economia dos hebreus
Sociedade
A governação do povo hebreu passou por três períodos: patriarcas, seguidamente, juízes e, final-
mente, reis.
Patriarcas: Abraão, Isaac e Jacó
Juízes: Sansão, Otoniel, Gideão e Samuel
Reis: Saul, Davi e Salomão
Após a morte do rei Salomão, e na sequência da revolta do povo contra a desigualdade social 
oriunda do pagamento de altos impostos, a Palestina foi dividida em dois reinos, formadas por 10 
tribos de Israel e por 2 tribos de Judá.
Anos mais tarde, os reinos foram conquistados pelos assírios e pelos babilônios, respetivamente. 
Data dessa altura o Cativeiro da Babilônia. Séculos depois Jerusalém é destruída e os judeus são 
obrigados a dispersar-se. É a conhecida Diáspora Judaica.
Religião
Com o cisma que dividiu o povo em dois, a tribo de Judá manteve o culto a um só deus, enquanto 
na tribo de Israel foi introduzido o politeísmo, ainda que persistisse o culto a Javé.
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Por intermédio de Moisés, os hebreus renovaram um pacto com Deus iniciado no período dos 
patriarcas, e prometeram cumprir suas leis em troca de proteção.
A crença em um Deus criador de tudo e de todos foi impulsionada, na civilização hebraica, sobre-
tudo pelas tradições que eram narradas. Uma delas, a primeira, inclusive, tinha como principal 
protagonista Abraão.
O código moral de orientação para o povo hebreu é denominado de Decálogo, que representa os 
dez mandamentos que, segundo relatos bíblicos, teriam sido revelados por Deus a Moisés.
Os hebreus foram um dos primeiros povos a cultuar um único deus, isto é, eram monoteístas. No 
judaísmo, religião professada pelos hebreus, o único deus é Javé, cuja imagem não pode ser repre-
sentada em pinturas ou estátuas.
O judaísmo é baseado nos Dez Mandamentos supostamente revelados a Moisés no monte Sinai.
Os dois traços característicos da religião dos hebreus são o monoteísmo e o salvacionismo isto é a 
crença na vinda de um Messias ou Salvador para libertar o povo hebreu. 
O Judaísmo constitui uma das bases do cristianismo, com o qual o Islamismoformou tríade das 
religiões universais.
A maior expressão cultural e religiosa do povo hebreu é a Bíblia, um livro com vários autores que 
conta a história e as crenças dessa civilização.
A Bíblia (do grego βίβλια, plural de βίβλιον, transl. bíblion, “rolo” ou “livro”) é uma coleção de textos 
religiosos de valor sagrado para o Cristianismo.
Mais conhecida como “Antigo Testamento”, a Bíblia Hebraica é o agrupamento de escritos das mais 
diversas matizes, partindo do chamado Torah (Pentateuco) até escrituras históricas, proféticas, de 
linhagens de reis e de sabedoria. Em geral, representa a descrição do povo hebreu.
Dividida em cinco partes, a Torah compreende a compilação dos seguintes livros: Bereshit (ou o 
Gênesis), Shemot (ou Êxodo), Veyikrá (ou Levítico), Bamidbar (ou Números) e Devarim (ou Deute-
ronômio).
1.5. O legado cultural dos gregos e dos romanos. 
O legado cultural dos Gregos e Romanos deixou para a cultura ocidental uma série de costumes 
e tradições que resistiram ao peso dos séculos e ainda hoje marca de forma notória Hábitos e a 
rotina cotidiana de milhões de pessoas.
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História
A democracia enquanto sistema de votação resistiu ao tempo e hoje reina em grande parte do 
mundo ocidental.
O legado cultural dos Gregos para a humanidade ainda inclui a criação de códigos e leis , vida ur-
bana ,arquitetura, pintura, filosofia, poesia, política e uma série de outras contribuições.
Outra espetacular contribuição de Roma para o mundo contemporâneo foi a criação dos códigos 
e Leis, ainda hoje em grande parte dos cursos jurídicos o direito romano é matéria obrigatória.
Línguas
A língua falada e escrita em Roma Antiga era o latim. Após a queda do Império Romano e a inva-
são dos germânicos na Europa, várias línguas se originaram do latim. Estas línguas existem até os 
dias atuais, sendo as principais: Português, Francês, Italiano, Espanhol e Romeno.
Alfabeto e números romanos
O alfabeto romano é utilizado até hoje na maioria dos países do mundo. Até mesmo línguas que 
não são de origem latina (alemão, por exemplo), utilizam o alfabeto romano.
Os números (algarismos) romanos, criados e utilizados em Roma Antiga, também chegaram até 
nós. Porém, utilizamos atualmente eles mais para fazer referência aos séculos. O sistema de nu-
meração romana é composto por sete letras, representadas em maiúsculas, do alfabeto latino: I, 
V, X, L, C, D e M.
Artes Plásticas
Os romanos foram fortemente influenciados pelas Artes Plásticas da Grécia Antiga. Entre as princi-
pais características artísticas dos gregos, que chegaram aos romanos, foi a busca pela reprodução 
do corpo humano e dos elementos da natureza de forma real. O realismo nas esculturas e pintu-
ras, embora tenha sido deixado de lado na Idade Média, foi resgatado na época do Renascimento 
e preservado por várias correntes e escolas artísticas posteriores, chegando até os dias de hoje.
O legado romano
O grande legado de Roma encontra-se no Direito e na Justiça.
Senado Romano
O Direito Romano, através do Código de Justiniano (Corpus Juris Civilis), é estudado em todas as 
modernas Faculdades de Direito - e forma parte do sistema legal de quase todos os países con-
temporâneos. É a maior contribuição romana à humanidade. [...]
O significado da Roma antiga. Podemos dizer que os romanos, juntamente com os gregos, atin-
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giram um dos mais elevados níveis de desenvolvimento cultural de toda a Antiguidade, com for-
tes repercussões até os nossos dias.
DEZ LEGADOS DA GRÉCIA 
ARQUITETURA 
A característica mais evidente da arquitetura grega é a simetria, expressão máxima da constante 
busca pela perfeição, equilíbrio e harmonia. 
Ela obedecia a rígidas regras matemáticas, com proporções cuidadosamente calculadas – como a 
altura e a quantidade de colunas. 
As construções que mais se destacaram pela riqueza de detalhes foram os templos. Na parte de 
dentro do templo eram colocadas as esculturas das divindades para que fossem protegidas dos 
efeitos climáticos. E ao ar livre ficavam os altares onde aconteciam os cultos religiosos. 
As construções não religiosas também eram admiráveis, principalmente os teatros, ginásios e es-
tádios. No centro da cidade ficava a ágora, um espaço aberto rodeado de edifícios públicos. 
A partir do século VII A.C, o uso da pedra talhada e do mármore permitiram dar às construções 
uma nova dimensão e imponência. Esse aspecto monumental ainda pode ser observado no Par-
tenon de Atenas. 
As colunas arquitetônicas estabeleceram três estilos, ou ordens características: 
Dórica – A mais básica e simples. 
Jônica – Leve e graciosa. 
Coríntia – Luxuosa e rebuscada, reservada aos palácios. 
 ARTES PLÁSTICAS 
A Grécia Antiga deixou como legado um conjunto de manifestações artísticas que incluem a cerâ-
mica, a pintura e a escultura que nos encantam até hoje por sua beleza e perfeição. 
De todos os povos da Antiguidade, os gregos foram os que mostraram a produção artística mais 
livre. 
A princípio, sofreram influência da arte egípcia, com seus deuses e reis de postura rígida e inatin-
gível. 
Com o tempo, criaram suas próprias representações e passaram a criar imagens as mais próximas 
possíveis da realidade. 
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E as divindades, que ganharam a aparência de mortais, estão presentes em quase todas as mani-
festações artísticas. A escultura e a pintura conservadas na cerâmica representam deuses e heróis, 
numa variedade de mitos. 
Foram os gregos que estabeleceram um conceito de beleza que ainda exerce a sua influência e 
tem se mantido por mais de 25 séculos. O belo se baseava em um ideal de perfeição, onde arte e 
cálculos matemáticos se interligavam em simetria e equilíbrio. 
O artista devia respeitar uma série de princípios ou regras chamadas “cânone”, que estabeleciam 
as proporções ideais da figura humana. 
Principais nomes: 
Escultura – os principais artistas que se destacaram no Período Clássico foram Fídias, Policleto, 
Míron, Lisipo, Praxíteles, Policleto. 
Pintura em cerâmica – Amásis, Exéquias, Epicteto, Eufrônio.
A) Discóbolo; B) Lira; C) Hermes.
 CIÊNCIA 
A forma inicial de ciência teve origem na Grécia Antiga a partir do século VI AEC, graças aos primei-
ros filósofos, que também foram chamados de filósofos da natureza ou “pré-cientistas”. 
Por essa época, Ciência, Filosofia, Medicina, Arte e Matemática faziam parte de um mesmo campo 
de conhecimento, cujo único propósito era a busca da perfeição. 
A Medicina foi a primeira a se separar das teorias filosóficas com um método e um saber próprio. 
Destaques: 
Hipócrates, conhecido como o “pai da Medicina”, no século V AEC. 
O filósofo Pitágoras, considerado um dos fundadores da Matemática, afirmou que “Tudo é núme-
ro”. 
Na Astronomia, Eudoxo de Cnido foi o primeiro a usar a Geometria para descrever o movimento 
dos astros. 
Aristóteles, um dos mais conhecidos filósofos gregos, é considerado o precursor da Biologia, pois 
foi o primeiro pensador a examinar as plantas e os animais. 
O matemático, físico, engenheiro, inventor e astrônomo Arquimedes deu valiosas contribuições 
para a Física. 
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 ESPORTE 
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O espírito de competição e a importância dada ao exercício físico como parte indispensável da 
educação representaram inovações exclusivamente gregas. 
Os concursos e competições reuniam ao mesmo tempo o esporte e o espetáculo, representavam 
um exercício de cidadania, uma maneira de unir os cidadãos em torno da valorização de um mes-
mo ideal atlético. 
Jogos Olímpicos
Um dos fatores parao desenvolvimento do esporte foram os frequentes conflitos entre as cida-
des-Estado. Para enfrentar uma batalha, o guerreiro devia estar preparado para correr, pular obs-
táculos e lançar dardos, os mesmos movimentos que estavam presentes nas práticas esportivas. 
A palavra esporte era desconhecida pelos gregos e só apareceu com os ingleses, muito tempo 
depois. Usavam a palavra ginástica, do grego gymnazein, exercitar-se nu, forma como os atletas 
competiam. Quem praticava esportes era o atleta, do grego athletes, que significa aquele que 
compete por um prêmio. 
Os Jogos atléticos representaram a mais alta expressão do espírito esportivo. E, durante o tempo 
em que duravam as competições, havia uma trégua nas guerras e hostilidades, para que todos 
pudessem participar e reviver seus ideais de liberdade e igualdade. 
 FILOSOFIA 
A filosofia, um legado tipicamente grego, nasceu em Atenas no século V AEC, como uma tentativa 
de compreender o mundo e dar-lhe um sentido através da razão e do conhecimento científico, 
rompendo pela primeira vez com a crença de que o mundo era regido pelo capricho dos deuses. 
Esse momento só aconteceu porque os gregos se sentiam livres para pensar, investigar e questio-
nar na linguagem da argumentação racional sobre a origem e a ordem do mundo. 
De maneira mais ampla, a filosofia pode ser compreendida como o estudo das questões profun-
das da existência, tais como: quem somos, de onde viemos, para onde vamos, como o mundo 
passou a existir, qual é o sentido da nossa vida? 
A palavra filosofia, atribuída a Pitágoras, vem do grego , φíλος philo, amizade, amor e σοφíα, so-
phia, sabedoria. Filosofia é, portanto, amizade pela sabedoria, amor pelo saber. 
Sócrates foi mestre de Platão e este, de Aristóteles. São considerados os três filósofos inaugurado-
res da filosofia.
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História
Sócrates, Platão e Aristóteles. 
“Só sei que nada sei” - Sócrates 
“A filosofia começa com a perplexidade” - Platão 
“O sábio não diz tudo o que pensa, mas pensa tudo o que diz” - Aristóteles 
 LITERATURA 
A civilização grega foi fundamentalmente oral. A educação era baseada na escuta dos poemas 
cantados e recitados ao som da lira, em festas populares e festivais religiosos. 
E, através dos cantos, o homem grego aprendia tudo o que devia saber sobre a sua origem, seu 
mundo, seus deuses, seus heróis. 
Através dos tempos, histórias sobre deuses e heróis foram contadas, geração após geração. 
A literatura grega é admirável pela qualidade técnica, mas o que a mantém eterna e atual é sua 
profunda humanidade. 
Principais autores: 
Homero - a Ilíada, considerada a primeira fonte escrita do Ocidente, e a Odisseia, são os poemas 
épicos atribuídos a Homero, e chegaram até nós na íntegra. Narram as aventuras do herói Ulisses 
e a Guerra de Troia. 
Hesíodo foi quem primeiro organizou os mitos gregos até então espalhados, e lhes deu uma for-
ma escrita. Em seu poema Teogonia, conta a formação do mundo, a genealogia dos deuses, seus 
conflitos e paixões. Em Os trabalhos e os dias, retrata o mundo dos pequenos camponeses. 
Píndaro, o maior representante da poesia lírica, chamado de “príncipe dos poetas”, louvava os ven-
cedores das competições atléticas. 
Sófocles, Ésquilo e Eurípides foram os grandes nomes da tragédia grega, e suas obras são até hoje 
encenadas em todo o mundo. 
Platão e Aristóteles deram à literatura filosófica um lugar de destaque. 
Esopo é o maior representante da fábula, que em geral é composta por uma breve narrativa e 
termina com uma “moral da história”. 
 MEDICINA 
De início, a Medicina era baseada em religião e magia, e existiam algumas figuras simbólicas da 
Mitologia que tinham ligação com a saúde e a cura, como o centauro Quíron, o deus Apolo e seu 
filho Asclépio (Esculápio). 
Com o surgimento da Filosofia e do pensamento lógico racional, por volta do século VI AEC, a 
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Medicina deixou o campo do misticismo e entrou para o domínio da ciência. 
Hipócrates (460-380 AEC) é considerado o “pai da Medicina”, porque foi o primeiro a diferenciar a 
Medicina da crença religiosa. Ainda hoje os médicos e profissionais de saúde fazem o “Juramento 
de Hipócrates”. 
Ele defendia a ideia de que pensamentos, emoções e sentimentos tinham sua origem no cérebro, 
e não no coração, como se pensava até então. 
Para Hipócrates e seus seguidores, só era possível a cura do corpo quando primeiro houvesse a 
cura da mente, ou seja, a mente sã faz o corpo ficar são. 
Em sua obra Da natureza do homem, escreveu: “Todas as doenças resultam de causas naturais e 
devem ser tratadas também de forma natural – alimentação saudável, exercício, dieta, descanso, 
banhos, ar fresco, massagens, música e convivência com amigos.” 
Conhecia os efeitos preventivos da alimentação e afirmou: “Que o seu remédio seja seu alimento, 
e que seu alimento seja sua medicina”.
 MÚSICA
Os gregos estabeleceram as bases para a cultura musical do Ocidente. A própria palavra música 
nasceu na Grécia; Mousikê significa “a arte das Musas“, e incluía também a poesia e a dança. 
Aprender a cantar e a tocar instrumentos era parte essencial da educação grega. Platão, em um de 
seus diálogos, indicou: “ginástica para o corpo e música para a alma”. Os mitos eram recitados ou 
cantados para serem mais facilmente memorizados. 
A música, acompanhada por cantos e danças, fazia parte da vida cotidiana, estava presente nas 
festas, jogos, peças teatrais, cerimônias, funerais e combates. 
Embora os sons da antiga Grécia tenham sido perdidos, as várias fontes escritas e partes de instru-
mentos musicais encontrados nas escavações arqueológicas revelaram importantes fatos sobre o 
seu papel na sociedade grega. 
Graças a todos esses fatores foi possível reconstituir parte da melodia e harmonia características 
da música grega antiga. 
Os instrumentos mais conhecidos são: a lira, a cítara, a flauta e a harpa. 
POLÍTICA 
A Grécia estava dividida em várias cidades-Estado, as pólis, independentes entre si. Cada uma des-
sas cidades tinha sua própria forma de governo, suas próprias leis e moedas. Apesar de falarem a 
mesma língua e acreditarem nos mesmos deuses, eram rivais e guerreavam entre si. 
As pólis mais importantes foram: Atenas e Esparta. 
As principais formas de governo foram: Monarquia, Oligarquia, Tirania e Democracia. 
Monarquia – modelo mais antigo de governo. A autoridade estava nas mãos de um só, o rei, que 
também era o representante dos deuses. O trono era transmitido por hereditariedade e em cará-
ter vitalício. 
Oligarquia – governo de poucos, em que um reduzido grupo de pessoas concentra o poder do 
Estado. 
Tirania – surgiu na época clássica e arcaica em tempos de crise, quando um cidadão, geralmente 
aristocrata, tomava o poder. 
DEMOCRACIA
Surgiu em Atenas, no século V AEC, uma concepção inédita de que a sociedade poderia funcionar 
melhor se todos os cidadãos participassem das decisões políticas de seu Estado. 
A democracia ateniense estabeleceu que os cidadãos eram iguais diante da lei. No entanto, essa 
igualdade valia apenas aos considerados cidadãos, ou seja, aos homens maiores de 18 anos que
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fossem nascidos em Atenas e tivessem pai e mãe atenienses. Com isso eram excluídos escravos, 
estrangeiros e mulheres. 
Mas, apesar de não ser perfeita, a democracia ateniense simbolizou o sentimento de igualdade e 
liberdade. 
Os gregos respeitavam a lei e a ordem. Eles valorizavam a liberdade e não eram tolerantes com a 
corrupção e nem com aqueles que não demonstrassem interesse pela sua cidade. 
A palavra democracia vem do grego demo, povo e kracia, governo. 
 TEATRO 
O teatro surgiupor volta do século V a.c em Atenas, como parte dos festivais em honra a Dioniso, 
deus do vinho. 
Com o tempo, as encenações deixaram de lado o aspecto religioso e se voltaram para os conflitos 
humanos. 
Os dois gêneros teatrais básicos eram a tragédia e a comédia. 
A tragédia encenação de realidades dolorosas, tinha como tema principal o mito. Mostrava a fra-
gilidade humana frente ao implacável destino. 
A comédia apresentava o indivíduo de forma caricata, para criar situações engraçadas e, através 
delas, criticar os governantes e os costumes decadentes da época. 
Ninguém escapava da zombaria – nem deuses, nem mortais. Claro que essas críticas só foram 
possíveis graças à total liberdade de expressão trazida pela democracia. No teatro grego os atores 
eram todos homens, até mesmo nos papéis femininos, e usavam máscaras que variavam de acor-
do com os personagens. 
As máscaras eram maiores do que a face do ator e com traços acentuados, para dar a aparência 
que o papel exigia, e para que assim o público pudesse compreender o caráter do personagem. 
Também tinham a função de ampliar a voz, fazendo com que o som se propagasse por todo o 
anfiteatro. 
As apresentações, feitas durante o dia e ao ar livre, eram muito populares e faziam parte da edu-
cação. 
Anfiteatro vem do grego amphitheatron: amphi significa dos dois lados e theatron, o lugar de onde 
se vê. Ou seja, anfiteatro é um local de espetáculo, com o público posicionado em ambos os lados 
do palco. 
Os principais autores foram: na tragédia, Sófocles, Eurípedes e Ésquilo; e Aristófanes na comédia. 
Há mais de 2.500 anos suas obras continuam sendo encenadas e ainda inspiram escritores de 
todo o mundo. 
Teatro Grego
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Entre os povos bárbaros, os germanos foram os mais significativos para a formação da Europa 
Feudal. 
No processo de invasão e formação dos reinos bárbaros, deu-se ao mesmo tempo, a “barbari-
zação” das populações romanas e a “romanização” dos bárbaros. Na economia, a Europa adotou 
as práticas econômicas germânicas, voltada para a agricultura, ode o comércio era de pequena 
importância. 
Apesar de dominadores, os bárbaros não tentaram destruir os resquícios da cultura romana; ao 
contrario, em vários aspectos assimilaram-na e revigoraram-na. Isso se deu, por exemplo, na or-
ganização política. Eles que tinham uma primitiva organização tribal, adotaram parcialmente a 
instituição monárquica, além de alguns mecanismos e normas de administração romana. Muitos 
povos bárbaros adotaram o latim com língua oficial. Os novos reinos converteram-se progressiva-
mente ao catolicismo e aceitaram a autoridade da Igreja Católica, à cabeça da qual se encontrava 
o bispo de Roma. 
Com a ruptura da antiga unidade romana, a Igreja Católica tornou-se a única instituição universal 
europeia. Essa situação lhe deu uma posição invejável durante todo o medievalismo europeu.
2. MUNDO MEDIEVAL
2.1. Formação e desenvolvimento do sistema feudal.
Os Germanos 
Merovíngios e Carolíngios
Entre todos esses reinos apenas os FRANCOS foram duradouros, caracterizando-se por ser a últi-
ma “resistência” ao processo de feudalização na Europa. Sua primeira dinastia foi a MEROVÍNGIA 
(nome derivado do herói franco Meroveu). Seu neto, Clóvis, anexou vários territórios em batalhas. 
Em 496, deu um passo importante para fortalecer seu poder real, converteu-se ao cristianismo, 
ganhando o apoio da Igreja e da maior parte da população da Gália, constituída por cristãos. Fato 
que também contribuiu para aumentar a integração entre conquistadores e conquistados.
Pepino o breve e Meroveu
Porém, um processo muito comum durante a idade média, enfraqueceu o poder da dinastia. Por 
serviços prestados ao rei, como recompensa, as terras do reino eram distribuídas para o clero e a 
nobreza. O que aos poucos acarretou numa perda de poder real nessas terras, que se submeteram 
aos senhores feudais.
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O poder transferiu-se para os prefeitos (mordomos) do palácio, verdadeiros primeiros ministros. 
Destacando-se no cargo, Carlos Martel, barrando a expansão árabe em 732. Seu filho Pepino, o 
Breve, com o apoio papal depôs o último soberano merovíngio, iniciando a dinastia Carolíngia. 
Em retribuição ao apoio, cedeu território a igreja, que deram origem aos Estados Pontifícios (na 
Itália).
Em 768, Carlos Magno, filho de Pepino e o mais famoso e importante dos reis francos, assumiu 
o trono e expandiu suas fronteiras, aumentando seu poder sobre o reino. Pois, ao contrário dos 
merovíngios, ao conquistar novas terras e distribuí-las aos aristocratas, exigia que um compro-
misso lealdade com o rei suserano.
Carlos Magno também contou com o apoio da Igreja, que assim, propagava o cristianismo aos 
povos conquistados. Sendo inclusive coroado como imperador do novo Império Romano do Oci-
dente.
Características do Feudalismo
Ruralização da sociedade – O homem dependente da terra. O senhor feudal era o representante 
jurídico e econômico e em troca os trabalhadores devia-lhes fidelidade, e compromisso com a 
produção agrícola.
Enrijecimento da hierarquia social – Só havia três classes sociais definidas, quase sem possibilida-
de de ascensão social ou troca de posições. 
Fragmentação do poder central – Cada feudo era organizado de maneira autônoma, independen-
te. Havia um rei, mas não havia uma centralização politica. 
O desenvolvimento das relações de dependência pessoal – Suserania e Vassalagem. O vassalo 
devia serviço militar ao seu suserano, sendo desta forma obrigada a disponibilizar suas tropas 
sempre que houvesse necessidade. Por outro lado, o suserano deveria garantir a proteção de seu 
vassalo e ceder uma parcela de sua propriedade para o mesmo.
Privatização da defesa – Cada feudo organizava sua própria proteção
Clericalização da sociedade – Sociedade extremamente religiosa e obediente aos preceitos cató-
licos. 
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A Igreja exercia o poder moral.
Transformações na mentalidade – a visão de mundo foi modificada em relação ao que havia na 
antiguidade (Razão x Superstição)
História
Feudalismo
O Feudalismo foi uma organização econômica, política, social e cultural baseada na posse da terra, 
que predominou na Europa Ocidental durante a Idade Média.
O Feudalismo teve origem no século V, com a crise do Império Romano, em razão da insegurança 
gerada pelas invasões dos povos nórdicos.
O feudo estava dividido em basicamente três partes:
Manso Senhorial: As melhores e maiores terras do feudo que pertenciam ao senhor feudal, su-
ficientes para sustentar sua família. No entanto, os senhores não trabalhavam, sendo essa terra 
cultivada pelos servos ou camponeses.
Manso Servil: Terra dos servos, onde cultivavam seus produtos, produzindo o necessário para a 
sobrevivência. Em troca, eles realizavam diversas obrigações e pagavam impostos aos senhores 
feudais.
Manso Comum: Área comum a todos os grupos que incluía os pastos, as florestas e os bosques. 
Aqui, os produtos cultivados eram de uso de todos, sendo um local destinado ao cultivo, à caça e 
para pastagens dos animais.
Feudo
Economia Feudal
Baseada numa economia agrária e autossuficiente, ou seja, produziam tudo o que necessitavam, 
a economia feudal esteve dedicada ao consumo local e não às trocas comerciais.
Nesse caso, as trocas de mercadorias (ou escambo) eram realizadas através de produtos cultivados 
nos feudos, visto que não existia um sistema monetário (moeda).
A agricultura era a principal atividade desenvolvida no feudalismo, ainda que o artesanato fosse 
marcante. O artesanato servia para a produção de ferramentas e matérias de uso doméstico.
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