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Medicina Ana Cat!ina Du"a Rebelo Tratamento antimi#obiano Conceitos importantes • Antimicrobiano: substância microbicida/ bactericida (elimina) ou microbiostáticos/ bacteriostáticos (inibem o crescimento) de microorganismos como bactérias, fungos, vírus ou protozoários. - Antibióticos, antivirais, antifúngicos, antiparasitários. - A maioria é projetada p ara atuar seletivamente em processos que são distintivos ou únicos para o patógeno-alvo ⇢ toxicidade seletiva. • Quimioterápico: método de tratamento médico, usado para testar doenças provocadas por agentes biológicos, a tr a v é s d e c o m p o s t o s q u í m i c o s denominados quimioterápicos. - São agentes capazes de alterar ou inibir a d i v i são (c rec imento) das cé lu la s cancerígenas. - Podem ser utilizados para o tratamento de doenças autoimunes, além de serem usados para a supressão de rejeições a transplantes diversos. • Antibióticos: substâncias químicas, naturais ou sintéticas, capazes de impedir a multiplicação de bactérias ou destruí-las. - São produzidos por bactérias, fungos ou podem ser total ou parcialmente sintéticos. - Para prevenir ou tratar uma infecção, diminuindo ou eliminando os organismos patogênicos e, se possível, mantendo a microbiota normal. Classificação • Antimicrobianos tempo dependentes: tem sua ação regida pelo tempo de exposição das bactérias às suas concentrações séricas e teciduais. A ação deles independe dos níveis séricos que atingem, mas depende do tempo que permanecem acima da concentração inibitória mínima para o microorganismo. • Antimicrobianos concentração ou dose- dependente: são aqueles que apresentam sua ação anti-bacteriana em função da concentração que atinge no sangue e nos tecidos. Quanto maior a concentração da droga, mais rápida a erradicação do patógeno. Revisão Bactérias - Organismos procariotas, sem núcleo. - Possuem parede celular (composta por peptideoglicanos, exceto na mycoplasma). - Possuem membrana plasmática sem colesterol. - Envelope bacteriano = parede celular + membrana plasmática. - Material genético (DNA) disperso no citoplasma. - Não possuem organelas complexas como mitocôndrias. - Energia gerada por sistemas enzimáticos na membrana plasmática. - Gram-negativas são mais resistentes que as positivas por possuírem membrana externa. Cla%ificação dos antibact&ianos Bacteriostáticos Inibem o crescimento bacteriano, mas sem destruir as bactérias nas concentrações Página de 1 9 Medicina Ana Cat!ina Du"a Rebelo plasmáticas que são seguras para o ser humano. - Assim, os bacteriostáticos permitem que o sistema imunológico a ja para que o hospedeiro elimine a bactéria. - Menos eficazes em imunossuprimidos ou quando as bactérias não estiverem em estágio de divisão. Bactericidas Matam as bactérias em concentrações plasmáticas seguras para os seres humanos. - São mais eficazes quando as bactérias estão se dividindo ativamente, ou seja, menos eficazes se administrados com bacteriostáticos. - D e v e m s e r a d m i n i s t r a d o s n a s concentrações corretas para que não tenham efeito bacteriostático. Mecanismo de ação 1) Inibição da síntese de peptídeoglicanos ou da ativação de enzimas que atuam na parede celular. - β-lactâmicos (penicilinas, cefalosporinas, monobactâmicos e carbapnêmicos), glicopeptídeos, fosfomicina. 2 ) Au m e n to d a per m e a b i l i d a de d a membrana de fosfolipídeos causando vazamento de conteúdo intracelular. - Polimixinas, daptomicina. 3) Prejuízo à função ribossômica (inibição reversível da síntese proteica). - A m i n o g l i c o s í d e o s , m a c r o l í d e o s , lincosamidas, tetraciclinas, glicilciclinas, es treptograminas , oxazo l id inonas , clorafenicol. 4) Bloqueio seletivo de vias metabólicas. - Trimetoprima e sulfonamidas. 5) Interferência no metabolismo de DNA e RNA bacteriano. - F l u o r o q u i n o l o n a s , r i f a m i c i n a s , nitromidazois, nitrofuranos. Espectro de ação - Curto espectro (limitado) - Amplo espectro (extenso) Resi'ência antimi#obiana Capacidade que os micróbios possuem para crescer na presença de um fármaco que normalmente os matariam ou limitariam o seu crescimento. - Resistência inata (natural): intríseca à bactéria, já existe antes da exposição a um antibiótico. - Resistência adquirida: modificação da estrutura genética da bactéria após exposição. Processos de resistência Página de 2 9 Medicina Ana Cat!ina Du"a Rebelo 1) Modificação da bactéria: produção de enzimas que inativam o fármaco, como por exemplo as enzimas β-lactamases, que conseguem inativar algumas penicilinas, ou e n z i m a s q u e a c et i l a m , i n a t i va n d o aminoglicosídeos. 2) Modificação da bactéria gerando redução da penetração do fármaco: ausência da proteína de membrana porina D2 em pseudomonas aeruginosa resistente, inibindo penetração de β-lactâmico Imipenem. 3) Expressão de bombas de e f luxo removendo o antibacteriano da célula mais rápido que a sua entrada, como as bombas de efluxo das Staphylococus aureus que removem as quinolonas. 4) Alteração estrutural na molécula-alvo para o fármaco antibacteriano, causando baixa afinidade na ligação do antibiótico com o alvo. Mecanismos de resistência • Mutação espontânea: causa uma seleção natural (os mais fortes sobrevivem) ⇢ evolução vertical. - Os outros mecanismos abaixo envolvem aquisição de material genético de outros organismos resistentes ⇢ evolução horizontal. • Conjugação: contato diteto célula-célula para transferência de plasmídeos contendo genes de resistência. • Transdução: troca de material genético entre bactérias com a participação de um bacteriófago (pode ser vírus). • Transformação: incorporação de DNA de bactérias mortas por bactérias vivas espalhando genes de resistência. Objetivo do tratamento antimicrobiano Escolha do antibiótico - Levar em conta: • Fatores do microorganismo - Identificação do microorganismo por coloração gram ou cultura direta. • Fatores do hospedeiro - Alergias - Variabil idades farmacêuticas como alimentação, doenças que dificultam a absorção, interação medicamentosa - Função hepática e renal - Gravidez/ lactação - Local de infecção - Sinais e sintomas • Fatores do fármaco - Econômicos - Penetração tecidual - Toxicidade - Prevenção da resistência • CIM: concentração inibitória mínima Ausência de infecção Profilaxia Evitar a infecção Infecção Preventivo Antes do desenvolvimen to de sinais e sintomas Sintomas Empírico Iniciação do tratamento pela clínica do paciente antes da confirmação do patógeno Isolamento do patógeno Definitivo Específico para o patógeno identificado no isolamento Regressão Supressor Doses mais baixas para uma profilaxia secundária Página de 3 9 Medicina Ana Cat!ina Du"a Rebelo - Bactérias são consideradas sensíveis quando CIM < 1 μg/mL. • CBM: concentração bacteriana mínima - Menor concentração do fármaco capaz de destruir culturas de microorganismos. ⇢ Efeito pós-antimicrobiano: reflete a manutenção da supressão de crescimento bacteriano mesmo quando as concentrações séricas do fármaco já são inferiores a CIM. • Como medir esse efeito? 1. Antibiograma: prova de sensibilidade aos antibióticos, consiste no cultivo do germe, cuja sensibilidade se quer avaliar, em presença de um ou vários antibióticos, v e r i f i c a n d o - s e aa u s ê n c i a d e desenvolvimento do microorganismo no meio onde estão presentes as drogas ativas. 2. Teste de sensibilidade - Kirby-Bauer (disco), diluição, ETEST, automação. • Perguntas a serem feitas pelo médico antes de prescrever antibióticos: - É indicado o uso de antibiótico? - Foi obtido material para exame laboratorial e cultura? - Quais são as bactérias mais prováveis no caso em questão? - Se houver diversos antibióticos disponíveis, qual o melhor? - A associação de antibióticos é adequada? - Quais são os importantes fatores referentes ao paciente? - Qual a melhor via para administração do antibiótico? - Qual a dose apropriada? - O tra ta m e n to i n i c i a l p re c i s a s er modificado, após o conhecimento dos resultados da cultura? - Qual a duração do tratamento, e há poss ib i l idade de aparecimento de r e s i s t ê n c i a d u r a n t e t r a t a m e n t o prolongado? Principais classes de antibióticos ⇢ Abaixo os mais disponíveis para uso clínico Antibióticos Bact&icidas ß-Lactâmicos - Penicilinas, cefalosporinas, carbapnens, monobactans. - Atividade bactericida • Mecanismo de ação: Interferir com a síntese do peptideoglicano (responsável pela integridade da parede bacteriana). - Penetram através das por inas na membrana externa para dentro da bactéria e se ligam a proteínas ligadoras de penicilina (PLB/PBL) e inibem-as. Essas proteínas são responsáveis pela part final da síntese da parede bacteriana. • Resistência BACTERICIDAS BACTERIOSTÁTICOS β-lactâmicos (penicilina, cefalosporinas, carbapnêmicos, monobactâmicos, inibidores de betalactamases Macrolídeos (azitromicina, claritromicina, eritromicina, roxitromicina, telitromicina) Glicopeptídeos (vancomicina e teicoplanina) Tetraciclinas (tetraciclina, doxiciclina, minociclina) Aminoglicosídeos (estreptomicina, gentamicina, amicacina) Sulfonamidas (sulfadiazina, sulfametoxazol) Quinolonas (ácido nalidíxico, norfloxacino, ciprofloxacino, levofloxacino, moxifloxacino) Oxazolidinonas (linezolida) Polimixinas Anfenicois (cloranfenicol, tianfenicol) - Lincosaminas (clindamicina) - Polimixinas (polimixina B e E) Página de 4 9 Medicina Ana Cat!ina Du"a Rebelo - Produzem ß–lactamases que inibem os ß– lactâmicos. - Alteração do sítio de ligação: modificação estrutural das PLPs. - Alteração da permeabilidade: diminuição da permeabilidade ao antibiótico através de mutações nas porinas. Penicilinas 1) Aminopenicilinas - Semi-sintéticas. - Espectro de ação mais amplo que as benzilpenicilinas. - Boa absorção oral e parenteral - Ampicilina e Amoxacilina 2) Penicilinas resistentes às penicilinases - Desenvolvidas por conta da resistência à penicilina G. 3) Penicilinas de amplo espectro - Cobertura contra bacilos gram-negativos. São 2 grupos: • Carboxipenic i l inas : Carbenic i l ina e Ticarcilina. • Ureído-penicilinas: Mezlocilina, Piperacilina e Azlocilina. 4) Penicilinas de amplo espectro, obtidas por associação com inibidores de ß–lactamases - Essa associação permite a ligação à ß– lactamases evitando a hidrólise do anel ß– lactâmico e potencializam a sua atividade. ⇢ Indicações clínicas das penicilinas - Otites e sinusites, faringites e epiglotites, p n e u m o n i a s , i n fe c ç õ e s c u t â n e a s , meningites bacterianas, infecções do apare lho reprodutor, endocardites bacterianas. - Profliaxia. ⇢ Principais efeitos colaterais das Penicilinas - R e a ç õ e s d e h i p e r s e n s i b i l i d a d e , manifestações cutâneas, toxicidade renal, toxicidade hematológica, neurotoxicidade. Cefalosporinas - Antimicrobianos ß–lactâmicos de amplo espectro. - São divididas em gerações: • Cefalosporinas de primeira geração - Muito ativas a cocos gram-positivos e atividade moderada a E. coli, Proteus mirabilis e K. pneumoniae adquiridos na Doença Ag. mais comum Tratamento Pneumonias S. pneumoniae, Hemophilus influenzae, Pseudomonas spp. Penicilinas / também são opções as penicilinas anti- pseudomonas (piperaciclina/ tazobactam) Infecções cutâneas/pele e partes moles Estreptococo, Estafilococo Geramente as penicilinas resistentes à penicilinases como Oxacilina Meningites bacterianas N. meningites, S. pneumoniae, H. influenzae Penicilina cristalina Infecções do aparelho reprodutor N. gonorrhoeae, sífilis (Treponema pallidum) Altamente sensíveis a Penicilinas/ Penicilina benzatina (sífilis) para sífilis terciária - penicilina cristalina Endocardites bacterianas Streptococcos viridans, enterococcus spp e S. aureus (endocardites agudas) A primeira são sensíveis a penicilina cristalina, enterococcus (+ associação com aminoglicosídeo), endocardite aguda (oxacilina) Página de 5 9 Medicina Ana Cat!ina Du"a Rebelo - Não a gem contra H . in f luenzae e estafilococcos resistentes à axacilina e penicilina, enterococcus spp e anaeróbios. - Podem ser usados durante a gestação. • Cefalosporinas de segunda geração - Maior atividade contra H. influenzae, Moraxella catarrhalis, Neisseria meningitidis, Neisseria gonorrhoeae e contra algumas enterobactérias. • Cefalosporinas de terceira geração - Agem contra bacilos gram-negativos facultativos e contra S. pneumoniae ( m e s m o o s c o m s e n s i b i l i d a d e intermediária às penicilinas). - Ceftazidima age contra P. aeruginosa. • Cefalosporinas de quarta geração - Agem contra bactérias gram-negativas incluindo antipseudomonas e agem contra cocos gram-positivos , principalmente estafilococos sensíveis à oxacilina. • Cefalosporinas de quinta geração - Como Ceftaroline - C o n tra g ra m - p o s i t i vo s i n c l u i n d o Staphulococcus aureus resistente a meticilina/ oxacilina e algumas gram- negativas. - Ação bactericida. - Opções para alérgicos a oxacilina e glicopeptídeos. - Para PAC, infecções de pele e partes moles - Off label para infecções graves como endocardite, bacteremia, pneumonias por MRSA. ⇢ Efeitos colaterais das Cefalosporinas - Trombof l eb i te , h ipersens ib i l idade , eosinofilia e neutropenia, são pouco nefrotóxicas e hepatotóxicas. Carbapenens - Imipenem, meropenem, ertapenem. - Amplo espectro de ação em infecções sistêmicas e são estáveis à maioria das ß– lactamases. - Atividade antimicrobiana. - Meropenem é mais ativo contra gram- negativasa e imipenem mais contra gram- positivos. - Ertapenem não tem atividade contra P. aeruginosa e A. baumannii. - Não são absorvidos via oral, devem ser endovenosos e intramusculares. - Baixa ligação à proteínas plasmáticas. - Excreção renal. - Ótima penetração em tecidos abdominais, respiratórios, bile, trato urinário, líquor, órgãos genitais. - Podem ser utilizados contra microbiota aeróbia e anaeróbia e contra organismos multirresistentes. • Indicações clínicas: pacientes graves com infecção abdominal, infecções no SNC, pneumonia, infecção de pele e partes moles, trato urinário, infecções ginecológicas e pacientes granulocitopênicos febris. ⇢ Efeitos colaterais dos Carbapnens - Convulsões, aumento de transaminases, raras trombocitoses e eosinofilia, reações gastrointestinais como náuseas e vômitos, reação cruzada em pacientes alérgicos à penicilina. Monobactans - Ação bactericida, intervêm na síntese da parede bacteriana como as penicilinas e as cefalosporinas. - Aztreonam. - Não é absorvido por via oral, sendo intramuscular ou endovenosa. - Maior penetração em tecidos, líquidos orgânicos, ossos, próstata, pulmão, s e c re ç ã o tr a q u e a l , S N C e tr a t o gastrointestinal. Página de 6 9 MedicinaAna Cat!ina Du"a Rebelo • Indicações clínicas - Enterobacterias - Infecções no trato urinário, bacteremias, infecções pélvicas, intra-abdominais e respiratórias. ⇢ Efeitos colaterais das Monobactans - Dor no local da aplicação, rash cutâneo, n á u s e a e v ô m i t o s , e l e v a ç ã o d e transaminases hepáticas. Quinolonas - Ác ido na l id í xi co , f l uorqu ino lonas , levofloxacina, gatifloxacina, moxifloxacina. - Aumento para espectro de atividade para bacilos gram-positivos e alguns cocos gram-negativos. - N e n h u m a o u p o u c a a ç ã o p a r a Streptococcos spp, enterococus spp e anaeróbios. - Inibem atividade da DNA girase ou topoisomerase II. - Boa absorção via oral e eliminação renal. • Indicações clínicas - Tratos genito-urinário, gastrointestinal, respiratório, osteomielites, partes moles e contra micobactérias. ⇢ Efeitos colaterais das quinolonas - Podem afetar TGI, SNC, alergias e reações cutâneas, artropatias e erosões de cartilagem em jovens. - Evitaruso na gravidez/ aleitamento. Glicopeptídeos - Vancomicina e Teicoplanina. - Inibem biossíntese da parede celular bacteriana inibindo a transpeptidação. - Restritos à infecções causadas por Gram positivas. - Não penetram nas membranas de gram negativas. Aminoglicosídeos - Gentamicina, amicacina, estreptomicina. - Efeito bactericida, interrompendo a síntese de proteínas da bactéria. - Efeitos ototóxicos e nefrotóxicos. - Agem contra Gram negativas aeróbicas (sínérgico com ß–lactâmicos). - Incapazes de atravessar a barreira hemato-encefálica. Antibióticos Bact&io'áticos Macrolídeos - Semi-sintéticos. - Bloqueiam biossíntese de proteínas bacterianas. - Infecções respiratórias como pneumonia, exarcebação bacter iana a guda de bronquite crônica, sinusite aguda, otites médias, tonsilites, faringites (Streptococcus pneumoniae, Streptococcus pyogenes, Haemophilus inf luenzae, Moraxel la catarrhalis). - Roxitromicina, claritromicina e azitromicina - > g r a d u a l m e n te s u b s t i r u i r a m a eritromicina por maior espectro de atividade, melhor perfil físico-químico e farmacocinético e menos efeitos colaterais. Lincosamidas - Clindamicina. - Similares aos macrol ídeos, mesmo mecanismo de ação. - Uso oral. - Amplamente utilizado, melhor atividade e absorção via oral. - Infecções por Bacillus gragilis ou outras b a c t é r i a s an a er ó b i c a s pe n i c i l i n a resistentes. Página de 7 9 Medicina Ana Cat!ina Du"a Rebelo T&apia antifúngica Classificação fungos - Leveduras: unicelulares e bolores. - Fungos filamentosos:multicelulares. Classificação das micoses 1. Micoses superficiais: acometem camadas superficiais da pele e dos pelos. 2. Micoses cutâneas ou dermatofitoses: acometem a epiderme mais profunda e invadem pelos e unhas. 3. Micoses subcutâneas: acometem a derme, tecido subcutâneo, músculos e fáscias. 4. Micoses sitêmicas: acometem órgãos e sistemas internos. 5. M icoses opor tun i s tas : acometem indivíduos debilitados. Princípios da terapia antifúngica • Antifúngico ideal: toxicidade seletiva, menos efeitos colaterais, amplo espectro de ação, não permite a seleção de amostras resistentes, não alergeno, boa estabilidade, boa farmacocinética, baixo custo. ⇢ Classificação de uso clínico: - Poliênicos: anfotericina B, nistatina. - Não poliênicos: equinocandinas e análogos. Grisieofulvina. - Azo i s an t i fúng icos : benz im idazo l , clotrimazol, miconazol, cetoconazol, t ioconazol , f luconazol , i traconazol , voriconazol, isavuconazol, posaconazol, ravuconazol. T&apia antiv(al Classificação • Efeito sobre o vírus e o hospedeiro: - Drogas virucidas: inativam o vírus diretamente. - Drogas virustáticas: inibem a replicação viral (antivirais em uso clínico). • Tipo de ação/ mecanismo de ação • Estrutura química Replicação viral Página de 8 9 Medicina Ana Cat!ina Du"a Rebelo Mecanismo de ação da terapia antiviral ⇢ Agem em 3 fases da multiplicação viral: 1. Inibição da penetração do vírus na célula hospedeira. 2. Inibição competitiva da replicação do genoma viral. 3. Inibição de enzimas estruturais dos vírus. Aciclovir • Mecanismo de ação - Inibem a síntese do RNA ou atividade da DNA polimerase e da ribonucleotídeo- re d u ta s e , ou i n i b e m o DN A v i ra l incorporando-se a ele. - Ativo contra HS, V, VZ. - Baixa toxicidade e alta ação seletiva contra o vírus. - Reações adversas: flebite, náuseas e vômitos, aumentos reversíveis de enzimas hepáticas, prurido, urticária e erupções e fotossensibilidade. Aumento de uréia e creatinina. - Absorção endovenosa e menos por via oral. - Eliminação renal. Ganciclovir - Similar ao aciclovir. - 30x mais ativo que o aciclovir contra o citomegalovirus. - Também ativo contra EBV e VZ. • Mecanismo de ação - Necessita da enzima deoxiguanosina- quinase. - Absorção: melhor por via endovenosa e ocular. - Toxicidade: renal, hepática, cardio e mielotoxicidade. - Contra-indicação para gestantes. - Reações adversas: náusea, vômitos, flebrite, desorientação, psicose, aumentos reversíveis de TGO/TGP, prurido urticária e erupções, aumento dos níveis de ureia e creatinina. - Excreção renal. Página de 9 9 Penicilinas Cefalosporinas Carbapenens Monobactans
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