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1 AV1 – Anatomia Patológica II – Prof. Nereu – Fernanda Pereira - 4º período – 2021.1 Aula 1: DPOC, infecções pulmonares. Aula 2: tuberculose, alterações vasculares e neoplasias. Estudar em casa: doenças da pleura, atelectasia, doenças restritivas, anomalias congênitas. Pulmão normal O aparelho respiratório funciona para fazer a veiculação dos gases respiratórios. Invaginação que formam os sacos alveolares e alvéolos permitem a ocorrência das trocas gasosas por difusão dos gases respiratórios (oxigênio e gás carbônico). Os gases entram e saem dos pulmões pelas vias aéreas. Há várias subdivisões da árvore brônquica. A via aérea mais proximal (primeiras cinco ramificações dos brônquios) corresponde a traqueia, brônquios pulmonares, brônquios lobares, brônquios segmentares e brônquios subsegmentares. A via aérea mais distal (mais próximos da pleura) corresponde aos bronquíolos terminais, bronquíolos respiratórios, sacos alveolares e alvéolos. A região de troca gases (zona de transição) começa nos bronquíolos respiratórios e ductos alveolares que possuem a função condutora e respiratória (mista). A zona respiratória inclui apenas alvéolos que são restritamente para a função respiratória. O DPOC tem duas doenças muito importantes, uma que acomete a via aérea mais proximal (bronquite crônica e asma brônquica) e a que acomete mais a via aérea distal (enfisema pulmonar). Na lâmina pode-se observar a cartilagem, o músculo liso e o epitélio respiratório (epitélio pseudoestratificado cilíndrico ciliado com células caliciformes). Figura 1: Histologia do brônquio normal. O saco alveolar é uma estrutura em que se abrem vários alvéolos. Figura 2: Sacos alveolares (circulados em roxo). Os septos alveolares são tão finos que mal se consegue distinguir os capilares no seu interior. As células que compõem os septos alveolares são os pneumócitos tipo I, pneumócitos tipo II, além das células endoteliais capilares e macrófagos pulmonares/alveolares. Além dessas células, no TCPD pode-se observar fibroblastos, linfócitos, mastócitos que vão aparecer principalmente durante um processo inflamatório ou neoplásico. Patologia Pulmonar DPOC E INFECÇÕES 2 AV1 – Anatomia Patológica II – Prof. Nereu – Fernanda Pereira - 4º período – 2021.1 Propedêutica pulmonar É fundamental uma anamnese e um exame clínico bem fundamentado. Palpação, percussão, ausculta. O raio x simples de tórax é muito útil para o exame do pulmão, diagnóstico de neoplasias, pneumonias, derrame pleural! TC computadorizada, simples ou de alta resolução. COVID vê-se aspecto em vidro fosco que também pode ser visto em doenças que acometem o espaço aéreo e interstício. Vidro fosco não é exclusivo de COVID-19! A ressonância magnética é bastante útil também para neoplasia para fazer análise dos tumores. Espirometria é um método funcional para medir os volumes e as capacidades pulmonares, muito usados para analisar pacientes com DPOC, analise de alterações da parede torácica que afetam os moimentos respiratórios. Como se fosse um bafômetro. O padrão espirométrico é importante para distinguir as doenças obstrutivas das restritivas. Figura 3: Padrões espirométricos. Exame de escarro alterado em pacientes com asma brônquica, pneumoconiose, BK (Mycobacterium tuberculosis). Broncoscopia com biopsia brônquica ou transbrônquica por agulha. Endoscópio vai até o brônquio subsegmentar para fazer biopsia da parede brônquica ou transbrônquica (agulha fina para citologia). Lavado broncoalveolar introduz soro no tecido pulmonar, e depois aspira esse soro, realizando o processo de lavagem. Esse material depois é centrifugado e analisado. DPOC X Doenças obstrutivas Doença obstrutiva: dificuldade no transporte dos gases. Ocorre aumento de resistência ao fluxo aéreo nas vias aéreas abaixo da traqueia, pelo estreitamento das vias aéreas (VA) ou redução da retração elástica pulmonar. Há redução do volume expiratório forçado em 1 segundo marca fisiopatológica das DPOCs. Exemplos de doenças obstrutivas: asma brônquica, enfisema, bronquite crônica, bronquiectasia. Doenças restritivas: o problema está na expansibilidade pulmonar, é como se o pulmão endurecesse e não conseguisse realizar a expansão característica da inspiração. Ocorre a redução a expansibilidade pulmonar. As doenças da parede torácica ou alteração no interstício pulmonar promovem a restrição. Ocorre a redução da capacidade pulmonar total. Exemplos de doenças restritivas: pneumoconioses, SARA, fibroses pulmonares. DPOC A DPOC é uma doença respiratório prevenível e tratável, que se caracteriza pela presença de obstrução ao fluxo aéreo, geralmente progressiva, permanentemente e que está associada a uma resposta inflamatória anormal dos pulmões a partículas ou gases nocivos, causada primariamente pelo tabagismo. A DPOC é caracterizada espirometricamente pela redução do volume final da expiração forçada em 1 segundo. Importante para o diagnóstico clínico da DPOC. A DPOC é bastante frequente na população, possui relação com o tabagismo e com a poluição ambiental. É uma causa importante de morte e incapacidade funcional. PS.: COVID grave é tudo! Ela acomete tanto vias aéreas proximais quanto distais, ela apresenta um padrão misto. Geralmente, essas infecções pulmonares que pegam tanto o interstício quanto o espaço aéreo, podem se apresentar tanto obstrutiva quanto restritiva, dependendo do comprometimento do tecido pulmonar. 3 AV1 – Anatomia Patológica II – Prof. Nereu – Fernanda Pereira - 4º período – 2021.1 A DPOC apresenta dois polos importantes que são a bronquite crônica e o enfisema pulmonar, esses dois polos são DPOC. A bronquite crônica (muita pneumonia) acomete as porções mais proximais, enquanto o enfisema pulmonar (doença fatal grave quando é avançado, necessitando de transplante) predomina o acometimento mais distal. O enfisema em estágio inicial pode ser controlado. Além dessas duas formas se tem a asma brônquica e a bronquiectasia que são doenças que possuem um padrão do tipo DPOC, mas que não são nem a bronquite crônica nem o enfisema. Figura 4: DPOC. O termo DPOC explica melhor qual o padrão de doença que o paciente tem. Qual a diferença do ponto de vista patológico da bronquite crônica e do enfisema? Bronquite crônica Enfisema 40-45 anos 50-75 anos Dispneia leve e tardia Dispneia grave e precoce Tosse precoce e produtiva Tosse tardia e pouco produtiva Crises de insuficiência respiratória (IR) IR grave e terminal Infecções comuns Infecções ocasionais Cor pulmonale comum Cor pulmonale raro RX: coração aumentado e congestão, pode fazer edema pulmonar RX: coração pequeno (coração em gota) e hiperinsuflação Fácies: pletórico azulado (blue bloater) Fácies: soprador rosado (pink puffer) Cor pulmonale é a insuficiência (incapacidade de o ventrículo responder a sobrecarga de pressão) do ventrículo direito devido a doença pulmonar. É mais comum na bronquite crônica. Bronquite crônica É definida clinicamente como tosse produtiva crônica persistente por no mínimo 3 meses, em, pelo menos, 2 anos consecutivos. Pode ser classificada em: Simples: sem obstrução. Pacientes não fumantes que vivem em locais com muita poluição do ar. Obstrutiva: com obstrução, tabagistas, com ou sem enfisema associado. Asmática: hiperreativiade com broncoespasmo. Etiopatogenia da bronquite crônica Na bronquite crônica se tem uma alteração da estrutura do brônquio, principalmente a rede mais proximal. Ocorre irritação e inflamação crônica por inalação de tóxicos: tabaco e poluição. A exposição vai destruindo o epitélio, gera hipersecreção de muco, espessamento da mucosa e bronquiolite. Esse quadro pode gerar infecções recorrentes. Morfologiada bronquite crônica Hiperemia e edema das mucosas. Hipersecreção de muco espesso com células inflamatórias crônicas (linfócitos, macrófagos e eosinófilos). Ocorre a obstrução de bronquíolos e inflamação com fibrose. Pode haver infecção purulenta associada. Hiperplasia de células caliciformes Hiperplasia de glândulas da mucosa (índice de REID>0,4). Metaplasia escamosa e displasia (doença epitelial, lesão pré-neoplásica) podem ser encontradas. Prenúncio do câncer de pulmão. Enfisema pulmonar O enfisema pulmonar é a dilatação anormal e permanente do espaço aéreo distal (alvéolos, sacos alveolares e bronquíolos respiratórios) ao bronquíolo terminal com destruição dos septos sem fibrose evidente. Esse processo leva décadas para ocorrer. Essa dilatação cursa com a diminuição da eficiência das trocas gasosas, ventilação e perfusão não irá ocorrer mais de forma adequada. 4 AV1 – Anatomia Patológica II – Prof. Nereu – Fernanda Pereira - 4º período – 2021.1 Com a destruição dos septos alveolares ocorre também a perda da elasticidade, assim o movimento do ar de entrada e saída estará prejudicado. O ar da expiração não sai mais do pulmão, uma vez que o pulmão perde a capacidade de contração. Os principais músculos envolvidos na inspiração são o diafragma e os músculos intercostais externos. A expiração é um é um processo passivo, pois não há atividade muscular. Assim, quando ocorre a perda da elasticidade pulmonar, a expiração é o processo mais comprometido, uma vez que necessita da complacência para acontecer. Figura 5: Enfisema. O paciente enfisematoso irá apresentar o tórax em tonel, em que há o aumento do diâmetro ântero- posterior em relação ao diâmetro látero-lateral. Esse tórax é hiperinsuflado, pois não consegue realizar a contração e expulsar o ar desse pulmão. Tipos de enfisema pulmonar classificados de acordo com o padrão de destruição dos septos que não evolui com fibrose: Centroacinar ou centrolobular: ocorre quando a parte proximal do ácino é afetada; lobos superiores mais afetados; pigmentos antracótico; tabagismo; associação com bronquite crônica. Os lobos superiores são mais aerados que os lobos inferiores, então o fumante quando ele aspira, ele coloca muito mais substâncias tóxicas nos lobos superiores que os inferiores. Note na imagem que o enfisema pode estar presente tanto nos lobos superiores quanto nos lobos inferiores, mas ele predomina nos lobos superiores. Panacinar ou panlobular: ácino globalmente afetado; lobos inferiores mais afetados: deficiência de α-1-antitripsina ou estágio mais avançado do centroacinar. Note que no enfisema panacinar há acometimento de todo o ácino, não apenas na região mais distal como também na região mais central. Os enfisemas centroacinar e Paracinar correspondem a 90% dos casos de enfisema. Paraseptal ou distal: subpleural, septos e margens com lobos superiores; pode ocorrer em áreas com fibrose e atelectasia; aparece no enfisema bolhoso, quando as bolhas rompem ocorre o pneumotórax espontâneo. Figura 6: Enfisema centroacinar. Figura 8: Enfisema distal. Figura 9: Enfisema distal bolhoso. Figura 7: Enfisema panacinar. 5 AV1 – Anatomia Patológica II – Prof. Nereu – Fernanda Pereira - 4º período – 2021.1 Irregular: lesão focal relacionada a fibrose prévia, sem clínica muitas vezes, forma terminal das outras vezes. Patogenia do enfisema A teoria da protease e antiprotease diz que quando o pulmão é agredido por substâncias tóxicas ocorre processo inflamatório de defesa. Essa ativação inflamatória libera enzimas líticas (proteases: lipases hidrolases). Por que não é todo mundo que tem enfisema? Porque pessoas sem patogenia possuem antiprotease que destroem o excesso de proteases, estabelecendo um equilíbrio entre a quantidade de proteases e antiprotease de defesa. O enfisema seria o desequilíbrio de proteases e antiprotease. A pessoa fumante causa uma agressão muito intensa, causando processo inflamatório e estimulando a liberação e ativação de muitas proteases, não tendo tempo livre para que as antiproteases possam realizar o processo de defesa. Assim, ocorre a destruição dos septos alveolares por excesso de proteases que causam agressão. A deficiência de α-1-antitripsina (enzima antiprotease) promove o desequilíbrio entre as proteases e a enzima. Com isso, ocorre uma agressão acentuada levando ao edema. A deficiência de α-1- antitripsina provoca o desenvolvimento de enfisema pulmonar, porque a atividade de proteases destrutivas não é inibida. Morfologia do enfisema Volume pulmonar aumentado de tamanho. Presença de bolhas. Dilatação alveolar visível com a lupa. Destruição de septos alveolares. Antracose. Bronquite e bronquiolite concomitante. Fibrose pulmonar focal em alguns casos (distal, irregular. Não é o enfisema que causa fibrose é a doença que causou o enfisema que causa a fibrose. Asma brônquica É uma doença de hipersensibilidade a estímulos diversos com inflamação, broncoconstrição reversível episódica e hipersecreção mucosa (hipersensibilidade anafilática tipo I). Clínica com dispneia grave com tosse e sibilos e insuficiência respiratória. Estado de mal asmática corresponde as crises ininterruptas. Estado da asma grave que exige internação. Tipos de asma brônquica: Extrínseca: asma alérgica (hipersensibilidade tipo I localizada); asma ocupacional; aspergilose broncopulmonar. Intrínseca: reação a drogas, infecções, estresse, infecções e exercícios físicos. O processo de patogenia é muito semelhante a bronquite crônica. Mecanismo da asma Ocorre o aumento no número de células caliciformes secretoras de muco na mucosa e de hipertrofia das glândulas submucosas. Além disso, ocorre inflamação crônica intensa devida ao recrutamento de eosinófilos, macrófagos e outras células inflamatórias. A membrana basal subjacente ao epitélio mucoso fica espessada, e ocorre a hipertrofia e hiperplasia das células musculares lisas. Morfologia da asma brônquica No epitélio normal se observa uma fina camada de muco, lâmina própria quase acelular, camada de músculo liso bem fina e presença de glândulas em menor quantidade. No epitélio asmático observa-se uma camada de muco bastante espessa. Ocorre hiperinsuflação pulmonar. Pode ter focos de atelectasia. Tampões de muco. Espirais de Curschmann (pequenos espirais de muco endurecidos) e cristais de Charcot-Leyden (são constituídos por um precipitado cristalino, decorrente da degeneração de eosinófilos (composto pela lisofosfolipase de eosinófilos), e são encontrados no escarro.) no exsudato. Tem-se inflamação com edema intenso, presença de muitos eosinófilos, macrófagos, mastócitos, linfócitos e neutrófilos no tecido Figura 10: Enfisema irregular. 6 AV1 – Anatomia Patológica II – Prof. Nereu – Fernanda Pereira - 4º período – 2021.1 conjuntivo. A camada de musculo liso se espessa bastante e ocorre a hiperplasia das glândulas mucosas. Pode estar associada a bronquite crônica e enfisema, pneumonias e cor pulmonale. Figura 11: Morfologia da asma. Figura 12: Espirais de Curschmann presente no escarro do paciente asmático. Figura 13: Cristais de Charcot-Leyden presente no escarro do paciente asmático. A fibrose cística é uma doença genética relacionada com a alteração do canal de cloreto. É uma doença que pode resultar em bronquiectasia grave. Então, a fibrose cística bastante evoluída, grave, pode cursar com padrão obstrutivo. Bronquiectasia Conceito: dilatação anormal permanente dos brônquios e bronquíolos associada a inflamação e infecção necrosante crônica de suas paredes. Ela pode ser localizada no brônquio, no lobo, ou pode ser disseminada pelo pulmão. Predominância nolobo inferior. A clínica da bronquiectasia vai ser com tosse, febre, expectoração purulenta fétida volumosa e dispneia. As causas de bronquiectasia são infecções, obstrução brônquica, lesão por inalação, genética, uso de drogas e imunodeficiência. Figura 14: Bronquiectasia. Figura 15: Bronquiectasia localizada. A bronquiectasia localizada pode ocorrer até por obstrução de corpo estranho. 7 AV1 – Anatomia Patológica II – Prof. Nereu – Fernanda Pereira - 4º período – 2021.1 Inflamações e infecções pulmonares (pneumonias) Aspectos gerais Infecções das vias aéreas (superiores e inferiores) são frequentes na clínica médica: resfriado, rinite, faringite; laringite; traqueobronquites; pneumonias. A pneumonia causa alteração no epitélio pulmonar que leva a condenação do tecido pulmonar. Essa condensação é notada através do exame clínico, através do frêmito-toracovocal, através da ausculta consegue detectar zona de pneumonia. Causas comum morbidade, absenteísmo e mortalidade. Muito frequente na prática clínica. 10.000 microrganismos são inalados diariamente. A aspiração de agentes da oro e nasofaringe é comum. Pacientes com questões neurológicas fazem a aspiração de conteúdo gástrico. Podem ser classificadas: - Quanto à duração: aguda e crônica - Quanto ao agente: virais, bacterianas, fúngicas e etc. - Quanto à gravidade: graves e leves. - Quanto à origem: na comunidade, nosocomiais (hospitalar), aspirativas, por oportunismo. Etiopatogênese da pneumonia Perda do reflexo da tosse: coma (alcoolismo), drogas, dor torácica. Lesão do sistema mucociliar: tabaco, genético, ação infecciosas, DPOC. Todas as DPOCs estão associadas a ocorrência de pneumonia. Redução da defesa alveolar: hipóxia, tabaco, álcool, desnutrição, imunodeficiência, diabetes, câncer, etc. Acúmulo de secreções: obstrução brônquica, doenças pulmonares, decúbito prolongado, etc. Aspiração: principalmente associada a higiene oral precária e doença periodontal. Congestão e edema pulmonar: favorece a presença de pneumonia. Fatores de defesa pessoal e das comorbidades do individuo que determinam o fator de risco para o desenvolvimento da pneumonia. Padrões morfológicos de agressão inflamatória pulmonar A pneumonia que ocorre predominantemente no espaço aéreo distal (alvéolos, sacos alveolares e bronquíolos respiratórios) quando tem a inflamação do espaço aéreo (condensação). Essa inflamação é mais comum na pratica médica. O padrão de inflamação do espaço aéreo possui três tipos: Pneumonia lobar: consolidação de grande parte ou todo o lobo (mais rara hoje). Cura sem/com sequelas. Broncopneumonia: consolidação multifocal. Cura sem/com sequelas. Bronquiolite obliterante – pneumonia em organização (BOOP): observada em certas doenças associadas a alteração intersticial. Fibrose. Padrão com descamação dos pneumócitos e inflamação do espaço aéreo. A inflamação intersticial é dividida em dois tipos: Pneumonias virais e por micoplasma: infiltrado mononuclear intersticial. Exemplo: COVID-19. Podem ter um padrão mais restritivo com alteração na insuflação pulmonar. Pneumopatia infiltrativas não infecciosas: pneumoconioses, sarcoidose, fibrose pulmonar idiopática, pneumonite de hipersensibilidade. Fibrose presente. Abscesso pulmonar: área cística delimitada com necrose liquefativa (pus) associado a pneumonia de espaço aéreo. Destruição do tecido pulmonar com fibrose. Infecções pulmonares Nem toda inflamação pulmonar é infecciosa. Pneumonias correspondem a inflamação pulmonar infecciosas, principalmente bacterianas. Alguns autores usam pneumonites para indicar infecção viral, de natureza química ou natureza sólida. Varia muito o conceito do termo “pneumonites”. Pneumonias Podem ser agudas (broncopneumonia, lobar, intersticial) causada por vírus/micoplasma, bactérias em geral (cocos, bacilos, outros) ou podem ser crônicas (geralmente granulomatosas) quando causadas por bactérias (tuberculose, outras microbacterioses, actinomicose, nocardiose, etc), fungos (paracoccidioidomicose, pneumocistose, aspergilose e 8 AV1 – Anatomia Patológica II – Prof. Nereu – Fernanda Pereira - 4º período – 2021.1 criptococose -rara-) e outras causas (helmintos, protozoários, etc). Diferença de pneumonia lobar (processo que compromete um lobo interior, quase um lobo inteiro ou mais de um lobo) de broncopneumonia (focos de parênquima pulmonar). Figura 16: Pneumonia lobar e broncopneumonia. Pneumonia lobar é quando se tem uma consolidação com presença de exsudato inflamatório no espaço aéreo distal (alvéolos, espaços alveolares e na luz alveolar) de um lobo ou em mais. Figura 17: Pneumonia lobar. Zona de condensação pneumônica, ar substituído por exsudato purulento.
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