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ANATOMIA – 20/02/2021 Anatomia da medula espinal Pode ser chamado de espinal ou espinhal Parte do neuroeixo localizada no paquímero dorsal no canal vertebral Neuroeixo corresponde ao sistema nervoso central, localizado no esqueleto axial Esqueleto axial: ossos que estruturam o eixo corporal Cavidade craniana e o canal vertebral ocupam o sistema nervoso paquímero neural ou dorsal TAMANHO: entre 43 a 45cm Na mulher é um pouco mais curta Apresenta, aproximadamente, 1cm de diâmetro PESO: entre 30 a 40g FUNÇÃO: fazer a conexão entre a periferia e os centros nervosos superiores Grandes vias ascendentes sensitivas e vias descendentes motoras Via nervosa de mão dupla Início da medula corresponde à altura do forame magno Acima do forame magno, encontra-se o sistema nervoso central (encéfalo) Abaixo do forame, encontra-se a medula espinal Apresenta dois limites: superior e inferior 1. Superior: conhecido como limite fisiológico ou funcional (anatômico) Corresponde ao início da medula Em nível da decussação das pirâmides cruzamento das fibras motoras que saem de uma área específica (giro pré-central) do córtex cerebral 2. Inferior: localizado entre a 1ª e a 2ª vértebra lombar Local onde vai ser encontrado o líquor Sofre um afunilamento chamado de CONE MEDULAR No ápice do cone é encontrado um cordão de tecido conjuntivo, é um FIO MENÍNGEO esse fio prossegue até a região sacro- coccínea e se prende ao cóccix Objetivo do fio é estabilizar a medula durante os movimentos mais bruscos Pode sofrer variações: Quanto ao gênero: é mais curta nas mulheres Quanto a idade: 3º mês de vida embrionária ocupa todo o canal vertebral; após o nascimento vai até L3 Quanto ao grupo étnico: mais longa nos negros INTRODUÇÃO LIMITES depois nos amarelos e menor nos brancos Cilíndrica com achatamento no sentido anteroposterior Apresentando alargamentos denominados de INTUMESCÊNCIAS São duas intumescências: uma cervical e outra ao nível lombar Mais achatada anterior que posterior São locais que apresentam uma maior concentração de neurônios Permite a formação dilatada da medula Relacionado com a inervação dos membros Na intumescência cervical forma-se o PLEXO BRAQUIAL Lesão abaixo dessa intumescência caracteriza um quadro de paraplegia Lesão acima caracteriza um quadro de tetraplegia Intumescência lombar forma o PLEXO LOMBOSSACRAL A face anterior da medula é mais achatada e vai apresentar uma FISSURA MEDIANA ANTERIOR A fissura apresenta um sulco mais profundo Só existe essa fissura porque a meninge (pia-máter) penetra profundamente para ficar ancorando a medula espinal Existem dois sulcos laterais, um posterior e outro anterior SULCOS LATERAIS ANTERIOR e SULCOS LATERAIS POSTERIOR A medida que vão descendo, eles vão diminuindo, desaparecendo Local onde se encontram as RAÍZES NERVOSAS São necessárias várias radículas nervosas para se constituir uma raiz 8-10 radículas Raiz anterior é motora, enquanto que a raiz posterior é sensitiva Raiz posterior, por ser sensitiva, é constituída por neurônios pseudounipolar FORMA Homem de 26 anos, que, há 1 ano, descrevia perda de sensibilidade à temperatura, especialmente evidente na metade esquerda da cabeça e do corpo. Logo após intervenção de secção do filamento terminal, ele recuperou a sensibilidade. Depois de cinco anos, está praticamente sem sintomas Através de uma RM foi constatado uma siringomielia na região cervical Cavidade com líquido que causa perda da sensibilidade térmica e dor O paciente sofre alterações em algumas partes do seu corpo, especialmente nos braços, de tal maneira que nota o tato, mas não a temperatura dos objetos Por isso, se queima facilmente, já que não sente dor Também ocorre uma perda da massa muscular e, consequentemente, surge uma sensação de fraqueza Paciente apresenta dificuldades para caminhar, o que pode lhe levar a um quadro de deficiência física MORFOLOGIA EXTERNA Essa raiz vai apresentar uma dilatação (corpos de outros neurônios pseudounipolar) Posteriormente, são encontrados 5 sulcos Até a região T1 da medula 2 sulcos intermediários, 2 sulcos laterais e um sulco mediano posterior SULCO MEDIANO POSTERIOR prossegue como uma linha mediana Linha mediana conhecida como SEPTO, pois separa um lado do outro Separa um feixe de substância branca de outro feixe de substância branca SEPTO MEDIANO Os sulcos intermediários são assim chamados na superfície, vai prosseguir como um SEPTO INTERMÉDIO no corte Ao todo são 31 pares de nervos espinhas Têm origem na medula espinhal Saem do canal vertebral pelos forames intervertebrais Divididos em: 8 pares de nervos cervicais (C1-C8), 12 pares de nervos torácicos (T1- T12), 5 pares de nervos torácicos (L1-L5), 5 pares de nervos sacrais (S1-S5) e 1 par de nervos coccígeos Nervos são mistos, ou seja, sensitivos e motores Cada nervo é formado por duas raízes: anterior (motora) e posterior (sensitiva) A medula que libera um par de nervos, um de cada lado, é chamada de SEGMENTO MEDULAR É onde se encontra um par de nervos espinhais Existem 31 segmentos medulares A medula não ocupa todo o canal vertebral Termina entre L1 e L2 Apresenta uma maior concentração de nervos na sua região distal (final) concentração de 10 pares de nervos CAUDA EQUINA As raízes que formam os 10 últimos pares de nervos espinhais são longas por terem origem alta com trajeto descendente Essas raízes formam um grande feixe Os nervos espinhais são divididos em regiões, onde cada uma apresenta sua própria inervação: 1. Cervical alta: C1 a C4 Medula com formato elipsoide Local onde nasce o nervo frênico para o diafragma 2. Cervical baixa: C5 a T1 Medula com formato elipsoide Acúmulo de neurônios relacionados com o plexo braquial Intumescência cervical 3. Torácica: T2 a T10 Medula mais uniforme, circular É a parte mais longa da medula 4. Lombossacral: T11 a S2 Medula com formato trapezoide Intumescência lombar 5. Sacrococcígea: S3 a Co A medula afina-se e apresenta a forma de um cone Cone medular NERVOS ESPINHAIS INERVAÇÃO A medula tem 31 segmentos correspondentes, identificados por letras (C,T,L,S e Co) Medula espinal termina entre L1 e L2 Não existe correspondência exata entre as vértebras e os segmentos FÓRMULA DE PEELE: C1 corresponde à própria vertebra e tem correspondência (atlas) Vértebras C2 a T10: soma-se ao seu processo espinhoso ex: PEC 6 = SMC 8 Vértebras T11 a T12: segmentos L1 a L5 Vértebra L1: seu processo espinhoso corresponde aos segmentos sacrais e coccígeo A substância nervosa é formada por duas partes distintas: 1. Cinzeta: formada por colunas anteriores (motoras) que são mais espessas As colunas posteriores (sensitivas) são mais finas Apresenta uma forma em “H” Colunas = corno T1 a L2 aparecem as colunas laterais Coluna lateral é específica para o sistema nervoso autônomo 2. Branca: formadas por funículos anterior, lateral e posterior Substâncias mais superficiais são denominadas de BRANCA Está ao redor da substância cinzenta Na região cervical encontram-se os septos medianos e intermédio, os quais vão dividir o funículo posterior em FASCÍCULOS Fascículos cuneiforme e grácil FASCÍCULO GRÁCIL: tem relação com a recepção das informações sensoriais dos membros inferiores FASCÍCULO CUNEIFORME: destinado à parte motora dos membros superiores Relacionados com a sensibilidade Segmento da medula torácica: Apenas no segmento torácico se visualiza a coluna lateral Não se observa o septo intermédio, apenas o septo mediano Segmento lombar: Não se visualiza a coluna lateral Lombar baixa após L2, L3, L4 ou L5 Não pode ser L1 porque se tem a coluna lateral A substância intermediária central é a barra transversa que liga as colunas Substância intermédio-central TOPOGRAFIA VERTEBROMEDULAR MORFOLOGIA INTERNA Canal central da medula é um pequeno orifício Medula é tecido gelatinoso, um tecido friável Meninges são formadas por tecido conjuntivo de revestimento Protegem e sustentam o sistema nervoso São 3 meninges: 1. Dura-máter: é a mais resistente Apresenta fibras colágenas, conferindo mais resistência 2. Aracnoide: aderida à dura-máter Ao ser puxada, dilacera todinha como se fosse uma teia de aranha 3. Pia-máter: é a que se encontra mais aderida ao tecido nervoso Dá sustentação à medula espinhal Penetra na fissura mediana Existem espaços entre as meninges: 1. Extradural ou peridural: espaço entre a cavidade vertebral (forame vertebral) e a dura-máter Rico em vasos sanguíneos e gordura 2. Subdural: espaço virtual Entre a dura-máter e aracnoide 3. Subaracnóide: espaço potencial onde se encontra muito líquor Entre aracnoide e a pia-máter Fluído aquoso e incolor Ocupa o espaço subaracnóide e as cavidades ventriculares Funções: 1. Amortecer contra choques 2. Limpar resíduos do metabolismo, drogas, e outras substâncias que se difundem no cérebro através do sangue 3. Meio de difusão das células de defesa imunológica e de anticorpos 4. Nutrir o epêndima e estruturas periventriculares É irrigada por ramos de três artérias: subclávia, aorta e ilíaca interna Vascularizada por três artérias principais: 1. Artéria espinal anterior 2. Artérias espinais posteriores Da artéria subclávia, originam-se alguns ramos: a. Artérias vertebrais b. Cervicais ascendentes ou profundas c. Intercostais posteriores d. Lombares ou sacrais laterais MENINGES LÍQUOR, LCR ou LCE VASCULARIZAÇÃO DA MEDULA ESPINAL A drenagem venosa é feita, também, por dois sistemas: 1. Vertical: constituído por uma veia espinhal anterior e uma veia espinhal posterior Veias percorrem a fissura mediana anterior e o sulco mediano posterior 2. Horizontal: constituído pelas veias radiculares anteriores e posteriores Drenam as veias intercostais Existem plexos venosos intra e extrarraquidianos, ou seja, dentro e fora do canal vertebral, que se anastomosam entre si e com as veias dos sistemas vertical e horizontal Plexo braquial Os nervos do membro superior nascem do plexo braquial, situado parcialmente no pescoço e parcialmente na axila O plexo braquial tem localização lateral à coluna cervical e situa-se entre os músculos escalenos anterior e médio, posterior e lateralmente ao músculo esternocleidomastoideo Serve para inervar os membros superiores É um emaranhado, formado pelos ramos ventrais dos nervos espinhais De C5-T1 que constituem suas raízes Plexo braquial divide-se em: 1. Supra-clavicular ou raiz do pescoço É no trígono escaleno que se vai encontrar uma fenda escalênica, onde as raízes de troncos e artérias ficam Artéria subclávia encontra-se nessa região Vai até a formação do tronco 2. Canal cérvico-torácico ou desfiladeiro torácico Espaço compreendido entre a primeira costela e a clavícula Espaço de transição do pescoço para a fossa axilar Local por onde passa um conjunto de nervos e, principalmente, vasos DIVISÃO REGIONAL 3. Axilar: onde distribui seus ramos terminais para inervar os membros superiores Ramos ventrais e troncos: no pescoço, em relação a artéria subclávia Divisões: atrás da clavícula Fascículos e ramos: na axila, em relação a artéria axilar Recebe contribuição dos nervos C4 e T2 Dividido em raízes, troncos, divisões e fascículos Sequência de 5 nervos que emergem de cada lado para constituir o plexo braquial Cada nervo é denominado de RAIZ VENTRAL: são raízes motoras, destinadas para a inervação dos músculos superiores São elas: raiz C5, raiz C6, raiz C7, raiz C8 e raiz T1 As raízes vão constituir o entrelaçamento de nervos e, a medida que se afastam da coluna cervical, aproximam-se da clavícula e começam a se encontrar Vai haver a união entre as raízes para formar os troncos Raiz C5 + C6: tronco superior Raiz C7 caminha sozinha e forma o tronco médio Raiz C8 + T1: tronco inferior A medida que os troncos vão descendo e chegam no espaço cérvico-torácico, eles se dividem em: RA: ramo anterior ou divisão anterior RP: ramo posterior ou divisão posterior Fascículos emitirão ramos relacionados com a inervação dos membros superiores Divisões do tronco superior + tronco médio: fascículo lateral Divisões do tronco posterior: fascículo posterior Divisões do tronco anterior: fascículo medial União dos fascículos forma os nervos: Fascículo lateral: nervo do músculo cutâneo Fascículo posterior: nervo axilar e nervo radial Fascículo medial: nervo mediano e nervo cubital N. escapular dorsal (C5) Perfura o escaleno médio, corre profundamente ao levantador da escápula e inerva os romboides N. torácica longo (C5, C6 e C7) Desce atrás do plexo braquial e da primeira parte da artéria axilar Inerva o serrátil anterior Nn. dos escalenos (C5, C6, C7 e C8) N. subclávio (tronco superior – C5) Inerva o subclávio e a articulação esternoclavicular Pode contribuir com fibras para o frênico por um ramo comunicante (frênico acessório) N. supra-escapular (tronco superior – C5 e C6) Articulação acromioclavicular e do ombro Mm. supra-espinhal e infra-espinhal N. mediano Inerva quase toda a musculatura anterior do antebraço e vai até a mão, como um ramo terminal No antebraço, emite o nervo interósseo anterior que inerva a musculatura anterior flexora profunda “mão de benção” é causada por uma lesão nesse nervo Retináculo dos músculos flexores Estendem-se entre as proeminências anteriores dos ossos do carpo e transforma SÍNDROME DO DESFILADEIRO TORÁCICO: Um grupo de distúrbios que ocorrem quando determinados vasos sanguíneos ou nervos são comprimidos. Afeta o espaço entre a clavícula e a primeira costela (desfiladeiro torácico). RELAÇÕES e VARIAÇÕES FORMAÇÃO DO PLEXO RAMOS DAS RAÍZES VENTRAIS Escápula alada pode ser gerada por uma lesão no nervo torácico longo Pode ser causada por lesões perfuro-cortantes ou perfuro-contudentes Endereçadas ao tórax, são fontes comuns de lesão Subluxação gleno-umeral pode ser gerada por uma lesão no nervo supra-escapular Pode causar paralisia dos nervos supra-espinhal e infraespinhal Maguito rotador mantém estável a rotação do ombro a concavidade anterior do carpo em um TÚNEL DO CARPO Tendões dos flexores e o nervo mediano N. axilar Contorna o colo do úmero e volta posteriormente Inerva o músculo redondo menor e o músculo deltoide N. radial Inerva todos os músculos do compartimento posterior do antebraço e da mão Age na extensão “Punho caído” quando se tem lesão nesse nervo LESÕES Lesão do tronco superior (C5 e C6): Paralisia do nascimento Erb-Duchenne Mão gorjeta de garçom Lesão do tronco inferior (nervo ulnar): Paralisia de Klumpek Paralisia obstétrica
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