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Farmacologia – Aspectos moleculares de ação dos fármacos 05/03/2021 Nome: Jemerson Santos do Monte Curso: Odontologia Matrícula: 20.1.001008 Semestre: 3º semestre Turno: Noturno Sede: Parque Ecológico Farmacodinâmica: Estudo das interações fundamentais ou moleculares entre drogas e constituintes do corpo (receptores), as quais por uma série de eventos, resultam numa resposta farmacológica. Tipos de sinais enviados: - Citocinas - Hormônio - Fármaco - Neurotransmissores Tipos de ações provocadas: - Ativação - Morte celular - Manter a célula viva - Multiplicar-se - Diferenciar-se O envio de sinais se dão de 3 formas: Autócrina: célula envia sinais para ela mesma Parácrina: mandar sinais para células próximas Endócrina: mandar sinais para células distantes Tipos de Receptores: • Canais iônicos ativados por ligantes (Ionotrópicos) • Acoplados a proteína g (Metabotrópicos) • Receptores ligados a quinases • Receptores intracelulares para agentes lipossolúveis e receptores nucleares 1. Canais iônicos ativados por ligantes • Receptores de inotrópicos (Acontece muito rápido). • Envolvidos principalmente na transmissão sináptica rápida. • proteínas transmembranas organizadas em torno de um canal aquoso central permeável a íons orgânicos. Necessário pois apenas substâncias lipossolúveis atravessam sem dificuldade a dupla membrana lipídica. Os canais iônicos serão os alvos dos anestésicos locais, a anestesia bloqueia esses canais. Os canais iônicos podem se abrir com: • Ligação direta de agonistas (ligantes) • Diferença de voltagem (transmissões nervosas) • Por estímulo da proteína G Os canais iônicos podem ser bloqueados por: • Agentes físicos • Moduladores de abertura. Principais ligantes: - Acetilcolina (ACh) - GABA - Glicina - Glutamato Estrutura do receptor nicotínico da ACh Para que ele se abra são necessários 2 moléculas de ACh Neurônio pré-sináptico liberando acetilcolina (ACh) para neurônio pós-sináptico e se ligando a receptores ionotrópicos, que se abre, e troca-se íons de sódio e potássio. Na estesia geral, ela vai agir bloqueando os receptores de neurônios do sistema nervoso central, bloqueando estímulos e impedindo contrações, que por sua vez impedem os movimentos do diafragma, necessitando assim que o paciente seja entubado para que possa respirar. 2. Receptores acoplados a proteína G (Metabotrópicos) São proteínas que recebem esse nome devido a sua interação com nucleotídeos guanínicos. Há vários tipos de proteína G. A proteína G tem 3 subdivisões: - Seu receptor (onde se ligarão os fármacos) - Subunidade alfa - Subunidade beta gama. Quando o fármaco se liga ao receptor da proteína G (que pode ser estimulatória ou inibitória), ele dá o estímulo para que a Guanina Difosfato (GDP) seja transformada em Guanina Trifosfato (GTP) ao receber um íon, essa troca dá energia para que suas subunidades alfa e beta-gama se separem e procurarem seus alvos* de ação (na membrana) para se ligarem e passarem a informação de ativação ou de bloqueio. Quando as subunidades dão a mensagem, ficam sem energia e voltam para a posição de origem. • A mensagem de ativação ou inibição quem dá é a proteína G, o fármaco só vai ativá-la. • A proteína G ao se ligar a um antagonista não irá desenvolver nenhuma ação • ACh pode estimular tanto canais iônicos como um tipo de proteína G • *Um dos possíveis alvos das subunidades pode ser um canal iônico Na imagem mostra a ativação de uma proteína G, que tem como alvo um canal iônico Alvos da Proteína G: • Canal iônico • Adenilato ciclase – AMPc • Fosfolipase C – Fosfato de Inositol e diacilglicerol (DAG) • Fosfolipase A2 – Ácido araquidônico Esses 4 mecanismos serão cobrados! Fosfolipase A2 A Fosfolipase A2 estimulada pela proteína G, se transforma em Ácido araquidônico (AA) que serve como substrato para a formação de Eicosanoides (mediador inflamatório), que participa da cascata da inflamação, eles são os responsáveis pela dor de dente, dor de cabeça, dor de barriga, em partes a febre (junto das citocinas pró-inflamatórias). Os Eicosanoides serão metabolizados por 2 enzimas principais: • Cicloxigenase (COX) – prostaglandinas e tromboxanos. • lipoxigenase (LIPO) – leucotrienos Adenilato ciclase A proteína Gs (estimulatória) ao se subdividir e encontrar Adenilato Ciclase fará com que ela se transforme em AMP cíclico (AMPc). O AMPc tem diversas funções de metabolismo e proliferação celular: • Quebra de gorduras • Redução da síntese de glicogênio • Aumento da degradação de glicogênio • Estimular a proliferação celular • Estimular a divisão celular (quimioterapia) • Estimular a diferenciação celular • Estimular metabolismo energético • Estimular transporte de íons • Estimular funções de canais iônicos • Mudança de excitabilidade neuronal e de proteínas contráteis O PKA é quem vai até o núcleo celular fazer a transcrição, que ativa as funções acima. O único tipo de proteína G inibitória é a proteína Gi Fosfolipase C Quando ativada terá 2 subprodutos: IP3 e DAG, que atuará na: • Liberação de neurotransmissores • Contração muscular • Liberação de alguns hormônios • Ação de algumas respostas inflamatórias (em maior parte feita pela fosfolipase A2) Canais Iônicos A proteína g se cliva, uma de suas subunidades se liga ao canal iônico, ele abre, rapidamente ocorre a troca de íons e então ele fecha. Receptores ligados a Quinases Vai do exterior da membrana plasmática para dentro da célula, é bem comprido. Esse receptor é um exemplo de receptor das citocinas, quando elas se ligam a informação já vai direto para dentro da célula. Receptores intracelulares para agentes lipossolúveis e receptores nucleares O receptor vai se encontrar no núcleo da célula, dessa forma a substância para se ligar a ele tem que entrar na membrana, depois entrar na carioteca e se ligar a ele, para que atravesse a membrana e a carioteca, a substância deve ser lipossolúvel. Ex: hormônios.
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