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Victoria Karoline Libório Cardoso Apendicite aguda Introdução É a causa mais comum de abdome agudo e com tratamento cirúrgico. Evento desencadeante: obstrução do lúmen apendicular. ● Causas: fecalito, corpo estranho, tumores e hiperplasia linfóide. Como ocorre o processo agudo após obstrução do lúmen: 1. Estase 2. Proliferação bacteriana 3. Secreção de muco 4. Distensão do apêndice 5. Obstrução venosa e linfática 6. Edema 7. Necrose 8. Possível perfuração em 48h. Agentes mais comuns: Escherichia coli e bacteroides fragilis. Quadro clínico 1. Inicia com dor abdominal em epigastro ou periumbilical que irradia para FID. 2. O paciente segue com anorexia, náuseas e vômitos. 3. Perda de apetite. 4. Tensão da parede do abdome. 5. Pode haver febre baixa (entre 37,5 e 38*C). a. Casos de febre alta: perfuração e peritonite difusa. Dor abdominal: ● Fatores de piora: movimentação e tosse. ● Não melhora com evacuação ou com liberação de gases. ● Em 25% dos casos a dor inicia em FID, mas não tem caráter migratório. Sintomas associados: ● Anorexia - principalmente em crianças. ● Vômitos - 1 ou 2 episódios. ● Há maior número de casos de constipação do que de diarréia. Victoria Karoline Libório Cardoso Características clínicas de acordo com a localização Retrocecal: ● É mais raro e apresenta rigidez. ● Dor em região lombar. ● Manobra de psoas positivo. Pélvico: ● Diarreia com dor em hipogástrio. ● Polaciúria e tenesmo. ● Não tem rigidez abdominal ou em FID. ● Manobra do obturador positiva. Exames físicos Inspeção: 1. Flexão de MID. 2. Presença de distensão abdominal. 3. Paciente fica quieto no leito. Ausculta: ● Ruídos hidroaéreos diminuídos ou ausentes. Palpação: ● Dor em ponto de Mcburney. ● Presença de hiperestesia cutânea e aumento da tensão em FID ou em todo o abdômen. ● Pode haver massa palpável. ● Dor em FID. ● Dor à descompressão brusca em FID (blumberg positivo) ou de forma difusa. Sinais semiológicos: sinal de Rovsing, Lapinski, Psoas e Obturador. Complicações mais comuns da apendicite aguda: perfuração, peritonite e pileflebite. Diagnóstico É essencialmente clínico e com uso do score de Alvarado. Exames complementares: ● Ultrassonografia. Victoria Karoline Libório Cardoso ● Tomografia computadorizada. ● Hemograma. Achados nos exames de imagem: ● Fecalitos. ● Aumento do diâmetro do apêndice. ● Densificação da gordura periapendicular. ● Presença de líquido periapendicular. Diagnóstico laboratorial: ● Leucocitose entre 12.000 e 18.000. ● Leucograma pode ter desvio à esquerda. ● Urina com piúria por conta da proximidade do apêndice com o ureter. Diagnósticos diferenciais Em mulheres: ● Cisto de ovário ou torção de ovário. ● Gravidez ectópica. Em adultos: ● Diverticulite de cólon direito. ● Pielonefrite. ● Litíase renal. ● Pancreatite. Em crianças: ● Pneumonia. ● Diverticulite de Meckel. ● Adenite mesentérica. Tratamento Geralmente é cirúrgico (apendicectomia convencional ou videolaparoscopia) e com uso de antibioticoterapia.
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