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IAM SEM SUPRA DE ST 1 IAM SEM SUPRA DE ST Suboclusão do lúmen coronariana (ou oclusão total com boa perfusão colateral) Principal causa: aterotrombose Fatores de risco: aumentam a inflamação e favorecem a ruptura / lesão da placa Tabagismo Dislipidemia HAS Diabetes Fisiopatologia: são 6 e determinam a conduta Aterotrombose: lesão na placa de ateroma, trombo suboclusivo de plaquetas Aterosclerose acelerada: aumento da placa, sem ruptura Reestenose pós-angioplastia Obstrução dinâmica: espasmo Inflamação Angina secundária: febre, anemia, hipóxia Quadro clínico Dor precordial com início recente Presença de fator desencadeante Alívio ao repouso ou nitrato Sem elevação do segmento ST, mas com marcadores necróticos aumentados IAM SEM SUPRA DE ST 2 Exame físico Geralmente normal Se falência do VE podemos ter B3, congestão pulmonar, hipotensão, palidez, sudorese fria Diagnóstico: clínico - mnemônico CLINICA Caráter da dor Localização Intensidade Nitrato: fatores de melhora ou piora Irradiação Curso no tempo Sintomas associados ECG Deve ser feito em < 10 minutos Costuma ser normal Pode estar presente: Onda T apiculada e simétrica com ST retificado Onda T invertida e simétrica > 2mm com ST retificado IAM SEM SUPRA DE ST 3 Infra de ST > 0,5mm Inversão da onda U Podemos manter o paciente em monitorização ECG contínua, mesmo se assintomático se alterações no ST Exames laboratoriais Troponinas: na admissão e 69 horas após CKMB na admissão e 69 horas após Lipidrograma: nas primeiras 24 horas de internação Outros exames Raio X se suspeita de congestão pulmonar ECO transtorácico: ajuda na estratificação de risco → avalia FEVE e pode indicar uma estratégia invasiva precoce ECG de esforço: para pacientes de baixo risco → deve ser realizado após 912 horas de estabilidade clínica ECOstress com dobutamina: para pacientes que não podem fazer ECG de esforço Cintilografia miocárdica de perfusão: para pacientes que não podem fazer ECG de esforço → pode ser feito na avaliação inicial Classificação de Braunwald: possui correlação direta com o prognóstico IAM SEM SUPRA DE ST 4 Conduta Estratificar o risco! O jeito mais fácil é usar o escore TIMI risk IAM SEM SUPRA DE ST 5 Tratamento Combo obrigatório inicial: AAS 300mg + clopidogrel 300mg + enoxaparina 1mg/kg Outras medicações obrigatórias: nitrato sublingual + β-bloqueadores OU ACC 3ª linha) + IECA + morfina se dor refratária ao nitrato ou com EAP *Passamos o nitrato para EV quando a dor for refratária a 3 doses com intervalo de 5 minutos entre cada *Evitar pindolol pelo efeito simpaticomimético intrínseco Doses de manutenção: AAS 100mg/dia Clopidogrel 75mg/dia → se paciente submetido à angioplastia fazer 600mg Enoxaparina 1mg/kg de 12/12 horas entre 25 dias Outras opções de medicações: Ticagrelor: reversível, não aumenta a incidência de sangramento no pós- operatório Mnemônica TIMI SCA Torácica (dor) - 2 episódios em 24h Infra de ST ≥ 0,5mm Marcadores de necrose miocárdica elevados Idade ≥ 65 anos Superior a 50% (obstrução documentada) Com 3 ou mais fatores de risco AAS há pelo menos 7 dias IAM SEM SUPRA DE ST 6 Inibidores da glicoproteína IIb/IIIa: abciximab, tirofiban, eptifibatide → aumentam o risco de sangramento, aceita-se como o 3º medicamento para um tripa antiagregação plaquetária em pacientes de alto risco submetidos à angioplastia Estatina: não é recomendada pela diretriz brasileira, mas pela norte- ameriaca visando obter LDL < 70 Pacientes de médio e alto risco devem ser internados em uma unidade coronariana com monitorização contínua ECG Oxigenioterapia com O2 a 100% com dose de 25L/minuto por catéter nasal por até 4 horas após o desaparecimento da dor ! NUNCA devemos dar TROMBOLÍTICOS para pacientes com IAM sem supra pois AUMENTA A MORTALIDADE Tratamento intervencionista ou não? Coronariografia e revascularização o mais rápido possível (angioplastia ou CRVM, ou mesmo tratamento exclusivamente clínico, na dependência da anatomia coronariana) = estratégia invasiva precoce Coronariografia e revascularização somente se houver persistência ou recidiva dos sinais e sintomas de isquemia em paciente sob tratamento clínico otimizado (anti-isquêmico e antitrombótico) = estratégia conservadora / invasiva seletiva Recomendações especiais: 1. Paciente com angioplastia nos últimos 6 meses + SCA atual = estratégia invasiva precoce 2. Paciente com CRVM a qualquer tempo, SCA atual = estratégia invasiva precoce NUNCA adotar estratégia invasiva precoce ou seletiva quando paciente de médio / alto risco com expectativa de vida reduzida (câncer, falências orgânicas terminais) ou recusa do paciente em se submeter à coronariografia / revascularização Estudos tem demonstrado que há melhor resultado quando o cateterismo é feito em até 6 horas (versus 72 horas) IAM SEM SUPRA DE ST 7 A angioplastia cutânea primária gera menor morbimortalidade à curto prazo, porém à longo prazo mostra que há maior chance de novo procedimentos de revascularização Quando preferir CRVM e não angio
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