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PERICARDITE AGUDA 1 PERICARDITE AGUDA Pericárdio é um saco fibroso, quase totalmente avascular que envolve o coração No entanto, possui boa inervação, podendo causar dor É dividido em pericárdio visceral e parietal A pericardite pode ser por doença clínica isolada ou sistêmica É considerada aguda quando < 6 semanas, subaguda quando > 6 semanas e crônica quando > 6 meses Causas Idiopático ou viral 85% influenza, ecovírus, coxsavírus Bacteriana: Coxiella burnetii, tuberculose Autoimune: síndrome do infarto pós-miocárdico, pericardite pós- traumática, síndrome de Dressler, artrite reumatoide, LES *Pacientes com febre > 38ºC, evolução subaguda ou que não respondem adequadamente à terapia, dizem à favor da causa autoimune ! O uso de hidralazina e isoniazida pode simular LES = doença lupus like Neoplásica: tumor primário ou metástase de pulmão, mama, linfoma e ovário Metabólica: mixedema, uremia (pacientes renais em diálise) Traumática: trauma ou iatrogênica Medicamentos (rara) Quadro clínico Dor torácica retroesternal PERICARDITE AGUDA 2 Irradiação para trapézio, ombros, costas, pescoço Geralmente de 4 dias Dispneia Piora dos sintomas com a inspiração e decúbito dorsal Alívio dos sintomas ao sentar e inclinar-se para frente (posição antálgica) Tudo deve-se à irritação do nervo frênico Pode ser assintomática, principalmente quando paciente possui artrite reumatóide Tamponamento cardíaco Exame físico Atrito pericárdico Febre Diagnóstico: necessita de 2 dos critérios a seguir 1. Dor torácica característica 2. Atrito pericárdico 3. Alteração na repolarização ventricular no ECG ECG ECG inicial | fase 1: elevação do ST em todas as derivações (exceto AVR + depressão do PR → nesse momento o AVR está para baixo ECG fase 2: normalização gradual dos segmentos ST e PR, achatamento progressivo da onda T ECG fase 3: inversão difusa da onda T ECG fase 4: normalização das ondas T PERICARDITE AGUDA 3 Exames laboratoriais PCR e VHS elevados Marcadores de lesão miocárdica podem estar elevados (troponina) Alteração da função renal ou hepática Parcial de urina Outros exames Raio X de tórax: pode evidenciar líquido, derrame, sinais de congestão, cardiomegalia Ecocardiograma (exame mais importante! derrame pericárdico, tamponamento cardíaco Solicitar RMN em caso de diagnóstico duvidoso Solicitar pericardiocentese diagnóstica em caso de suspeita de tuberculose purulenta, pericardite maligna e paciente com tamponamento cardíaco PERICARDITE AGUDA 4 Tratamento AINEs + colchicina *A colchicina deve ser dada para diminuir os sintomas e evitar casos de recorrência, deve ser deixada por, no mínimo, 3 meses após o evento na dose de 0,61,2mg/dia Quando devemos internar? Pacientes graves com febre (> 38º), suspeita de IAM, grandes derrames, evidência de comprometimento hemodinâmico e causa que não seja viral / idiopática Tratar doença de base! Evitar o uso de varfarina e heparina pelo risco de hemopericárdio PERICARDITE AGUDA 5
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