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Prof. Maria Giovana Binder Pagnoncelli 2019.1 CURITIBA - PR APOSTILA DE AULAS PRÁTICAS BROMATOLOGIA Apostila de Aulas Práticas Laboratório de Bromatologia ____/____/2019 2 SUMÁRIO 1. SOBRE A APOSTILA ............................................................................................................................... 3 2. SEGURANÇA NO LABORATÓRIO ........................................................................................................ 4 3. CONCEITOS E EXERCÍCIOS DE REVISÃO ......................................................................................... 6 4. DETERMINACÃO DA COMPOSICÃO CENTESIMAL DE UM ALIMENTO................................... 10 5. DETERMINAÇÃO DE UMIDADE ........................................................................................................ 11 6. DETERMINAÇÃO DA FRAÇÃO CINZA ............................................................................................. 13 7. DETERMINAÇÃO DA FRAÇÃO EXTRATO ETÉREO ....................................................................... 15 8. DETERMINAÇÃO DA FRAÇÃO FIBRA BRUTA ............................................................................... 17 9. DETERMINAÇÃO DE PROTEÍNAS ..................................................................................................... 19 10. DETERMINAÇÃO DA FRAÇÃO NIFEXT ........................................................................................... 22 11. VALOR CALÓRICO TOTAL - VCT ...................................................................................................... 24 12. EXERCÍCIOS PROPOSTOS – COMPOSIÇÃO CENTESIMAL ........................................................... 26 13. AÇÚCARES REDUTORES DE POLPA DE FRUTAS .......................................................................... 31 14. EXERCÍCIOS PROPOSTOS – AÇUCARES REDUTORES E TOTAIS ............................................... 35 15. ÓLEOS E GORDURAS ........................................................................................................................... 38 16. EXERCÍCIOS PROPOSTOS – ÓLEOS E GORDURAS ........................................................................ 44 17. ANÁLISE E EXTRAÇÃO DE PROTEÍNAS PELO MÉTODO DE BIURETO .................................... 47 18. ANÁLISE E EXTRAÇÃO DE PROTEÍNAS PELO MÉTODO DE BRADFORD ................................ 50 19. EXERCÍCIOS PROPOSTOS – DETERMINAÇÃO DE PROTEÍNAS .................................................. 53 20. FERMENTAÇÃO ALCOÓLICA ............................................................................................................ 55 21. ANÁLISE DE POLPA DE FRUTA ......................................................................................................... 60 22. EXERCÍCIOS PROPOSTOS – ANÁLISE DE POLPA DE FRUTA ...................................................... 63 22. ANÁLISE DA ATIVIDADE ANTIOXIDANTE TOTAL .......................................................................... 66 23. DETERMINAÇÃO DE IODO NO SAL PARA CONSUMO HUMANO .............................................. 69 24. IDENTIFICAÇÃO DO ADITIVO GLUTAMATO DE SÓDIO ............................................................. 71 25. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................................................... 73 ANEXO................................................................................................................................................................ 74 Apostila de Aulas Práticas Laboratório de Bromatologia ____/____/2019 3 1. SOBRE A APOSTILA Esse material foi desenvolvido para atender aos alunos que estiverem cursando a disciplina de Introdução a Bromatologia, servindo como suporte para as aulas práticas. Os roteiros, inseridos nesse material, visam atender a ementa da disciplina em questão e a consolidação do conhecimento através da execução experimental. Essa apostila foi elaborada com o auxílio dos monitores e estagiários de Bromatologia e está em constante atualização, de acordo com a implantação de novas metodologias e avanços na disciplina. Profa. Dra. Maria Giovana Binder Pagnoncelli Apostila de Aulas Práticas Laboratório de Bromatologia ____/____/2019 4 2. SEGURANÇA NO LABORATÓRIO Um laboratório é um local onde são manipuladas substâncias tóxicas, inflamáveis, corrosivas, etc. A minimização dos riscos de acidentes no laboratório passa pela obediência a certas normas. A seguir encontram-se algumas normas que deverão ser observadas e seguidas pelos alunos antes, durante e após as aulas práticas de Bromatologia: O prazo de tolerância para o atraso nas aulas práticas é de 15 minutos, após esse prazo o aluno ficará com falta na primeira aula e, consequentemente, redução na nota da prática. No início de cada aula prática o professor fará uma explanação teórica da aula e discutirá os pontos relevantes, inclusive em relação à segurança dos experimentos. Um aluno que não tenha assistido a uma parte dessa discussão irá atrasar seus colegas e até colocar em risco a sua segurança. Usar calça e calçado fechado. Essa é uma norma de segurança, uma vez que calça e sapatos fechados protegem a pele de eventuais contatos com reagentes danosos. O uso do jaleco é obrigatório durante a aula prática. O jaleco é um equipamento de proteção individual indispensável ao aluno. Não serão toleradas brincadeiras durante as aulas práticas, o grupo deve se concentrar na realização das atividades propostas, pois o tempo é exíguo e a prática exige atenção. Aliás, vários acidentes em laboratórios de ensino advêm da falta de atenção do aluno. Cada grupo será responsável pelo material utilizado durante a aula prática e de tomar nota dos dados obtidos nos experimentos. O aluno deverá apresentar relatório ou relato da aula prática conforme solicitado pelo professor, no dia previsto no cronograma para pontuação referente às aulas práticas. Caso o aluno falte a uma aula prática não haverá reposição da mesma. Isso acarretará a perda da pontuação referente a essa aula. Apostila de Aulas Práticas Laboratório de Bromatologia ____/____/2019 5 Nunca realizar experiências que não estejam no roteiro, pois pode ocorrer a liberação de gases perigosos, explosões, ejeção violenta de líquidos, etc. Quando da diluição de um ácido concentrado, adicionar sempre o ácido à água, lentamente, se possível com resfriamento do recipiente onde se realiza a diluição. Nunca adicionar água a um ácido concentrado! Quando do aquecimento de uma substância em um tubo de ensaio, observar que a boca do tubo não esteja direcionada para alguém, pois pode ocorrer uma ejeção de líquido quente. Nunca aquecer uma substância inflamável em chama direta, usar sempre um aquecedor elétrico ou uma manta de aquecimento. Apostila de Aulas Práticas Laboratório de Bromatologia ____/____/2019 6 3. CONCEITOS E EXERCÍCIOS DE REVISÃO 1. Preparo de soluções: As soluções em porcentagem podem aparecer de 3 formas: (p/p), (p/v), (v/v). Ex.: HCl concentrado 37% (p/p), apesar dessa solução estar em peso não deve ser pesada e sim medida através da conversão pela densidade. Devido o alto poder corrosivo de soluções concentradas. Como se deve prepararHCl 10% (p/v) d=1,19? R. 22,71 mL 2. Número de mol Ex.: Qual é o número de mols de 100 mL de solução de glicose 10% (p/v) (PM=180 g)? R. 0,0556 mol/100mL de solução 3. Solução molar 1 molar = 1 mol em 1000mL de solução = 1 mol/L Ex.: Preparar uma solução de H2SO4 (5M) a partir de outra solução de H2SO4 concentrado para um volume de 250 mL. Dados da solução de H2SO4 concentrado: Título = 98% (p/p) D = 1,96 PM = 98 R. 63,78 mL de H2SO4 e completar até 250 mL de solução 4. Conversão de unidade kg g mg µg ng 0,0002 x1000 0,2 x1000 200 x1000 200000 x1000 200000000 x1000 kg g mg µg ng 0,0002 /1000 0,2 /1000 200 /1000 200000 /1000 200000000 /1000 Apostila de Aulas Práticas Laboratório de Bromatologia ____/____/2019 7 5. Porcentagem Dizer que algo é "70%" significa dizer que é equivalente a 70 elementos em um conjunto universo de 100 elementos. UTILIZANDO OS CONCEITOS ACIMA: 1. Quantos mols de H2SO4 devem reagir com 0,366 mol de NaOH ? *Obs.: sempre verificar se a reação está balanceada. __H2SO4 + __NaOH → __Na2SO4 + __H2O R. 0,183 mol 2. Se 0,575 mol de CO2 são produzidos pela combustão do propano (C3H8), quantos mols de oxigênio são consumidos? C3H8 + 5O2 → 3CO2 + 4H2O R. 0,958 mol 3. Quantos mols de C estão combinados com 0,60 mol de H no combustível para foguetes, dimetilhidrazina, (CH3)2N2H2? R. 0,15 mol 4. Uma mercadoria que custava R$ 24,00 sofreu um aumento passando a custar R$ 28,80. Qual foi a taxa de aumento? R. 20% 5. Em junho de 1997, com a ameaça de desabamento da Ponte dos Remédios, em São Paulo, o desvio do tráfego provocou um aumento do fluxo de veículos em ruas vizinhas, de 60 veículos por hora, em média para 60 veículos por minuto, em média, conforme noticiário da época. Admitindo-se esses dados, o fluxo de veículos nessas ruas no período considerado aumentou de quantos porcentos? R. 5.900% 6. O preço de certa mercadoria sofre anualmente um aumento de 100%. Supondo que o preço atual seja de R$ 100,00, daqui a três anos qual será o preço dessa mercadoria? R. R$ 800,00 7. Em uma sacola existem 200 caramelos, sendo 110 de frutas e o resto de leite. Quantos caramelos de frutas devemos acrescentar nesta sacola para que os caramelos de fruta sejam 70% do total? R. 100 caramelos 8. A concentração do íon Mn +2 (aq) pode ser determinada pela titulação com MnO 4- (aq) em solução básica. Apostila de Aulas Práticas Laboratório de Bromatologia ____/____/2019 8 Mn +2 (aq) + MnO 4- (aq)→ MnO2 (s) Se 25 mL de uma solução contendo o íon Mn +2 requer 37,21 mL de uma solução 0,04162 M de KMnO4, calcule a concentração de Mn +2 nesta amostra? R. 3,4 g/L 9. Quantos mL de ácido nítrico 69% p/p e densidade 1,41 g/cm 3 serão necessários para preparar 100 mL de uma solução 6 M desse ácido. R. 38,85 mL 10. A análise da concentração de uma substância a em solução foi realizada por espectrofotometria, construindo-se uma curva analítica com os padrões indicados na tabela a seguir. a leitura da absorbância da amostra de concentração desconhecida forneceu o valor 0,105. Qual é a concentração desta solução? R. 0,0003876 Concentração Absorbância 0,01 1,6 0,005 1,00 0,001 0,16 0,0005 0,13 0,0001 0,02 11. 1,24g de ferro impuro foi dissolvido em 20 mL de HCl 3 molar, produzindo cloreto ferroso e hidrogênio. Após essa reação, o excesso de HCl foi neutralizado por 10 mL de NaOH 2 molar. Qual é a porcentagem de pureza do ferro analisado? *Obs.: sempre verificar se a reação está balanceada. __NaOH + __HCl → __NaCl + __H2O R. 90,32% 12. O rótulo de um produto de limpeza diz que a concentração de amônia (NH3) é de 9,5 g/L. Com o intuito de verificar se a concentração de amônia corresponde à indicada no rótulo, 5 mL desse produto foram titulados com ácido clorídrico (HCl) de concentração 0,1 mol/L. Para consumir toda a amônia dessa amostra, foram gastos 25 mL do ácido. Qual a concentração, em g/L, da solução, calculada com os dados da titulação? *Obs.: sempre verificar se a reação está balanceada. Apostila de Aulas Práticas Laboratório de Bromatologia ____/____/2019 9 __NH3 + __HCl → __NH4Cl R. 8,5 g/L 13. Para realizar a titulação de 20 mL de hidróxido de sódio (NaOH) de molaridade desconhecida, foram utilizados 50 mL de ácido sulfúrico (H2SO4) 0,2 molar. Qual a molaridade do hidróxido de sódio? *Obs.: sempre verificar se a reação está balanceada. __NaOH + __H2SO4 → __Na2SO4 + __H2O R. 1 mol/L Apostila de Aulas Práticas Laboratório de Bromatologia ____/____/2019 10 4. DETERMINACÃO DA COMPOSICÃO CENTESIMAL DE UM ALIMENTO Convencionou-se chamar de composição centesimal de um alimento a proporção em que aparecem, em 100 gramas de produto considerado, os grupos homogêneos de substâncias do alimento. Também por convenção, os grupos homogêneos de substâncias do alimento são os seguintes: Umidade ou voláteis à 105oC Cinzas ou resíduo mineral fixo Lipídeos ou extrato etéreo Fibras Proteínas Carboidrato ou NIFEXT, quando por diferença. A composição centesimal de um alimento exprime de forma grosseira o valor nutritivo desse alimento. Entendem-se como substâncias nutritivas, aquelas que são necessárias ao organismo para que este possa exibir todas as manifestações vitais bem como as necessárias à construção e reconstrução dos tecidos. Podemos, a partir do conhecimento da composição centesimal, verificar a riqueza do alimento em alguns grupos homogêneos considerados, assim como verificar, por cálculos, o valor calórico. 1. PREPARO DA AMOSTRA: Levar a amostra ao multiprocessador caso a mesma não seja triturada. Se necessário, adicionar água para facilitar o processo de homogeneização. Nesse caso, não se esquecer de anotar o peso da quantidade de água adicionada. Após homogeneização, pesar quantidade necessária de amostra em placa de vidro ou porcelana para secar na estufa. Essa amostra seca será utilizada nas próximas aulas práticas para a determinação dos demais grupos homogêneos de substâncias do alimento (extrato etéreo, fibras e proteínas). Após secagem, guardar o material em frascos tampados para utilização nas análises posteriores. Anotar o nome do grupo e data nos frascos. Guardar a embalagem original do alimento para posteriores discussões dos resultados no relatório. Apostila de Aulas Práticas Laboratório de Bromatologia ____/____/2019 11 5. DETERMINAÇÃO DE UMIDADE O teor de água presente em qualquer alimento é de capital importância sob vários aspectos. A água é uma substância muito abundante na natureza, é parte de todos os organismos vivos, é indispensável para manter os processos biológicos, está presente em todos os alimentos de origem animal e vegetal, isto é, da grande maioria dos alimentos e é considerada como adulterante universal dos mesmos. Considera-se como umidade, a água presente em um alimento. A água pode estar presente na amostra sob duas formas: a água livre, que é aquela simplesmente absorvida no material e a mais abundante, é perdida facilmente às temperaturas em torno da ebulição, e a água ligada, dita também adsorvida, compreende água de cristalização, ligada a proteínas e sacarídeos e adsorvida nas partículas coloidais. Existem muitos métodos para determinar umidade em alimentos. A escolha do métododepende da forma sob a qual a água está presente na amostra, da natureza da amostra, da quantidade relativa de água, rapidez desejada na determinação e equipamento disponível. Os métodos usuais para sua quantificação envolvem a destilação da água presente no alimento e, com isto, outros compostos voláteis também são evaporados. Em função da temperatura a que é submetida à amostra para evaporação da água, pode haver caramelização de compostos tipo açúcares e proteínas, além da degradação de outros componentes. As condições do método determinam a quantidade de umidade perdida, o que torna indispensável o método empregado. 1. MÉTODO: Gravimétrico com emprego de calor. 2. FUNDAMENTO: Este método está baseado na determinação da perda de peso do produto submetido ao aquecimento. A maioria dos métodos implica na desidratação da amostra, até peso constante, sob determinada temperatura e pressão. 3. MATERIAL / EQUIPAMENTOS: Estufa regulada a 105oC; Balança analítica; Cápsulas de porcelana; Espátulas; Pinça; Apostila de Aulas Práticas Laboratório de Bromatologia ____/____/2019 12 Dessecador. 4. PROCEDIMENTO: Retirar cápsula do dessecador com pinça. Pesar cápsula de porcelana e anotar esse valor. Tarar a balança e pesar cerca de 10 gramas da amostra previamente triturada e homogeneizada (amostra integral), anotando o peso indicado na balança. Levar à estufa onde o material será dessecado até peso constante, isto é, quando duas ou mais pesagens consecutivas não acusarem mudança de peso. A diferença entre o peso da amostra após secagem e o peso da amostra seca nos dará a quantidade de umidade na tomada de ensaio. Amostra 1 Amostra 2 Amostra 3 peso exato da amostra g g g peso da cápsula de porcelana g g g peso da cápsula + amostra seca g g g 5. CÁLCULOS Calcular a umidade na amostra e em seguida em 100 gramas de amostra, considerando o valor médio da triplicata, quando houver. Apostila de Aulas Práticas Laboratório de Bromatologia ____/____/2019 13 6. DETERMINAÇÃO DA FRAÇÃO CINZA Os elementos minerais contidos nos alimentos estão representados nas cinzas. Os mais comuns, e que se encontram em maior quantidade são o sódio, cálcio, magnésio, potássio, silício, enxofre e cloro. Há outros elementos também encontrados comumente nos alimentos, mas em menor quantidade como acontece com o ferro, alumínio, manganês, zinco, cobre, selênio, cobalto entre outros. A cinza de uma amostra de alimento vem a ser o resíduo inorgânico que permanece após a queima da matéria orgânica. É necessário não esquecer que, na determinação da cinza, o que se busca é conhecer a quantidade total de elementos inorgânicos contidos no alimento, sem nos importarmos quais são esses elementos. Se for requerido, deve-se utilizar essa cinza, que convenientemente processada e através de técnicas ou marchas analíticas específicas, nos indicarão quais são as substâncias de origem mineral presentes nos alimentos. O teor de cinza obtido vai depender do método e tempo de incineração e temperatura empregada. Para cada tipo de amostra existem condições recomendadas que devem ser verificadas antes de proceder a determinação. Amostras com alto teor de umidade devem sofrer secagem antes da incineração. Em alguns casos recomenda-se uma queima da amostra no bico de Bunsen antes de colocar na mufla. 1. MÉTODO: Gravimétrico com emprego de calor 2. FUNDAMENTO: Fundamenta-se na perda de peso que ocorre quando o produto é incinerado a 500-550°C, com destruição da matéria orgânica, sem apreciável decomposição dos constituintes do resíduo mineral ou perda por volatilização. 3. MATERIAL / EQUIPAMENTOS: Forno Mufla; Chapa aquecedora; Capela; Balança analítica; Cadinho de porcelana; Espátulas; Pinça; Apostila de Aulas Práticas Laboratório de Bromatologia ____/____/2019 14 Dessecador. 4. PROCEDIMENTO: Retirar cadinho do dessecador com pinça. Pesar cadinho de porcelana e anotar esse valor. Tarar a balança e pesar cerca de 3 gramas da amostra, anotando o peso exato indicado na balança. Começar a ignição em chapa aquecedora lentamente até que toda amostra esteja transformada em massa de carvão. Transferir o cadinho para a mufla a 500 - 550°C. Deixar por espaço de tempo suficiente para a total destruição da matéria orgânica. Deixar então que a temperatura da mufla baixe a 50 - 80 o C. Retirar o material e deixar esfriar completamente em dessecador. Pesar em seguida. A diferença entre o peso bruto do cadinho após incineração e o peso líquido do cadinho nos dará a quantidade de cinza na tomada de ensaio. Amostra 1 Amostra 2 Amostra 3 peso exato da amostra g g g peso da cadinho g g g peso da cadinho + cinzas g g g 5. CÁLCULOS Calcular as cinzas na amostra e em seguida em 100 gramas de amostra integral e seca, considerando o valor médio da triplicata, quando houver. Apostila de Aulas Práticas Laboratório de Bromatologia ____/____/2019 15 7. DETERMINAÇÃO DA FRAÇÃO EXTRATO ETÉREO As gorduras ou lipídeos são substâncias insolúveis em água (hidrofóbicas), mas solúveis em solventes orgânicos. A determinação de lipídeos em alimentos é feita pela extração com solventes (éter etílico, éter de petróleo, etc.) seguida da remoção, por evaporação ou destilação do solvente empregado. O resíduo obtido não é constituído somente por lipídeos, mas por todos os compostos que nas condições da determinação, possam ser extraídos pelo solvente. Geralmente são pigmentos, vitaminas lipossolúveis, óleos essenciais, etc., mas em quantidades relativamente pequenas, que não chegam a ser uma diferença significativa na determinação. A extração pode ser levada a efeito em um extrator intermitente, sendo o mais comum o aparelho de SOXHLET. O solvente usado para esta determinação deve ser anidro, pois traços de umidade provocariam a dissolução de açúcares e outros produtos que, assim seriam erroneamente incluídos na fração gordurosa. O material colocado no cartucho deve estar previamente dessecado, pois assim o éter penetrará mais rapidamente em sua massa, além de ser prevenida a possível extração conjunta de substâncias indesejáveis solúveis em água, bem como o arraste da própria água, o que provocaria um erro. O material deve estar finamente dividido para permitir melhor atuação do solvente. O tempo de extração é variável, dependendo da natureza do produto examinado. Ao término da extração deve-se recuperar por destilação, a maior parte do solvente utilizado. 1. MÉTODO: Método de Soxhlet 2. FUNDAMENTO: O método de SOXHLET fundamenta-se no fato de que o solvente orgânico (éter etílico) atua diversas vezes sobre a amostra, a fim de retirar por solubilização, toda gordura. É um método gravimétrico e está baseado na perda de peso do material submetido à extração com éter etílico, ou na quantidade de material dissolvido pelo solvente. O resíduo obtido não é, na verdade, constituído unicamente por triglicerídeos, mas por todos os compostos que, nas condições da determinação, possam ser extraídos pelo solvente. Geralmente são fosfatídeos, esteróis, vitaminas A e D, carotenóides, óleos essenciais, etc., mas em quantidades relativamente pequenas, que não chegam a representar uma diferença significativa na determinação. 3. MATERIAL / EQUIPAMENTO: Cartucho de SOXHLET ou papel de filtro; Apostila de Aulas PráticasLaboratório de Bromatologia ____/____/2019 16 Extrator de SOXHLET; Balão Volumétrico; Éter etílico anidro; Balança analítica; Estufa; Dessecador. 4. REAGENTES: Éter etílico. 5. PROCEDIMENTO: Retirar balão do dessecador com pinça. Pesar balão e anotar esse valor. Tarar a balança e pesar cerca de 5 gramas do material dessecado em papel de filtro (cartucho de SOXHLET), anotando o peso indicado na balança. Em seguida, levar o cartucho para o aparelho SOXHLET. Acrescentar a quantidade necessária de solvente e montar o aparelho. Proceder à extração. Terminada esta, dois procedimentos são possíveis: 1 - Dessecar o material extratado até peso constante. A diferença de peso entre a tomada de ensaio e o produto final corresponde à quantidade de extrato etéreo da amostra. 2 - Separado o éter por destilação, eliminar o éter residual em banho-maria. Levar o balão para estufa até que duas pesagens consecutivas não mostrem diferença de peso. Para este caso o balão do extrator de SOXHLET deverá ser previamente tarado (PROCEDIMENTO ADOTADO). Amostra 1 Amostra 2 Amostra 3 peso exato da amostra g g g peso do balão g g g peso do balão + extrato etéreo g g g 6. CÁLCULOS Calcular o teor de extrato etéreo na amostra e em seguida em 100 gramas de amostra integral e seca, considerando o valor médio da triplicata, quando houver. Apostila de Aulas Práticas Laboratório de Bromatologia ____/____/2019 17 8. DETERMINAÇÃO DA FRAÇÃO FIBRA BRUTA Sob o termo de fibra bruta, encontram-se as frações de celulose, lignina e hemicelulose insolúveis. Fibra bruta é a parte dos carboidratos resistente ao tratamento sucessivo com ácido e base diluídos, representando a grande parte da fração fibrosa dos alimentos. A maior fração da fibra bruta, a celulose, é bem aproveitada pelos ruminantes, uma vez que os microrganismos do rúmen são capazes de desdobrá-la formando ácidos graxos voláteis que são fontes de energia para esses animais. Ela é também responsável pelo bom funcionamento dos intestinos, estimulando seus movimentos peristálticos. 1. MÉTODO: Gravimétrico com ataque ácido-básico. 2. FUNDAMENTO: Baseia-se no duplo ataque ácido/alcalino da amostra, simulando o que ocorre in vivo, restando apenas as fibras insolúveis ou dificilmente solúveis, e essas são quantificadas por gravimetria. 3. MATERIAL / EQUIPAMENTO: Aparelho digestor; Erlenmeyer de boca esmetilhada; Papel de filtro; Bomba de vácuo; Dessecador. 4. REAGENTES: Ácido sulfúrico 0,15 M; Hidróxido de sódio 1,5 M; Álcool etílico; Éter etílico. 5. PROCEDIMENTO: Retirar papel do filtro do dessecador com pinça. Pesar o papel de filtro e anotar o valor expresso na balança analítica. Reservar. Pesar cerca de 1 grama da amostra seca no balão para o aparelho digestor e adicionar 50 Apostila de Aulas Práticas Laboratório de Bromatologia ____/____/2019 18 mL de ácido sulfúrico 0,15 M. Ferver por 30 minutos, suave e permanentemente, evitando a formação de muita espuma. Completado os 30 minutos, retirar do bloco digestor e deixar esfriar por 5 a 6 minutos, e acrescentar 25 mL de hidróxido de sódio 1,5 M. Ferver por 30 minutos, tendo as mesmas precauções que na digestão ácida. Deixar esfriar e filtrar a vácuo em papel de filtro tarado. Terminada a filtragem, no papel de filtro encontram-se as fibras, mas também, restos de reagentes alcalinos. Lavar o papel de filtro com água destilada até pH neutro. Atingida a neutralidade, lavar com álcool etílico, repetindo 3 vezes a operação, utilizando 5 mL por vez. Repetir a operação, mas, utilizando éter etílico. Colocar o papel de filtro na estufa a 105 o C. Pesar até peso constante. Amostra 1 Amostra 2 Amostra 3 peso exato da amostra g g g peso do papel de filtro seco g g g peso do papel de filtro + fibras g g g 6. CÁLCULOS Calcular o teor de fibras na amostra e em seguida em 100 gramas de amostra integral e seca, considerando o valor médio da triplicata, quando houver. Apostila de Aulas Práticas Laboratório de Bromatologia ____/____/2019 19 9. DETERMINAÇÃO DE PROTEÍNAS As proteínas são encontradas quase em todos os alimentos tanto de origem animal (carne, ovo, leite), como de origem vegetal (trigo, milho, soja), sendo que, nos primeiros, em geral, encontra-se uma maior quantidade e melhor qualidade, já que, nos animais, as proteínas são consideradas como proteínas de Alto Valor Biológico (AVB). Entre os métodos utilizados para determinação de proteínas o método de KJELDAHL é o mais utilizado. É um método confiável, simples e largamente conhecido em todo mundo, utiliza aparelhos e reagentes comuns em todo laboratório de Análises químicas e os resultados são compatíveis com os obtidos com outros métodos. O método de KJELDAHL surgiu na metade do século passado e a partir dessa época, ele é utilizado quase que mundialmente com algumas modificações, principalmente na utilização do catalisador, mas, basicamente mantiveram-se os princípios e fundamentos enunciados por KJELDAHL. O método de KJELDAHL determina o teor de nitrogênio na amostra. Isto implica que o nitrogênio proveniente de outras fontes além das proteínas e aminoácidos, por exemplo, sais de amônio, bases purínicas, etc., entram no cômputo total. Estes, no entanto, são geralmente componentes menores e o método de KJELDAHL continua como o método químico mais utilizado para determinação de proteínas. Como o teor de nitrogênio dos diferentes tipos de proteínas é aproximadamente o mesmo (em torno de 16%), pode-se multiplicar a porcentagem de nitrogênio encontrada por um fator de 6,25 para se obter a porcentagem de proteína da amostra. Pode-se também usar fatores específicos para cada tipo de amostra: Alimento Fator Alimento Fator Soja 6,00 Carne 6,25 Arroz 5,95 Ovo 6,68 Farinha de trigo 5,70 Produtos lácteos 6,38 Se o resultado for dado em porcentagem de proteína, o fator utilizado deverá ser indicado. 1. MÉTODO: Método de Kjeldahl Apostila de Aulas Práticas Laboratório de Bromatologia ____/____/2019 20 2. FUNDAMENTO: Baseia-se na destruição da matéria orgânica com ácido sulfúrico concentrado, em presença de catalisador e calor, com posterior destilação e titulação do nitrogênio proveniente da amostra. O MÉTODO DE KJELDAHL CONSTA DE TRÊS ETAPAS: a. DIGESTÃO: Na etapa da digestão, a matéria orgânica é destruída e o nitrogênio presente é transformado em amônia (sulfato de amônia). Usa-se um catalisador para acelerar o processo. Matéria orgânica SO2 + CO2 + H2O + R NH2 (H2SO4 + aquecimento + catalisador) R NH2 + H2O R OH + NH3 (H2SO4 + aquecimento) RCONH2 + H2O RCOOH + NH3 (meio ácido + aquecimento) 2NH3 + H2SO4 (NH4)2SO4 b. DESTILAÇÃO: A amostra é transferida para um aparelho de destilação, onde se acrescenta um excesso de hidróxido de sódio. A amônia que, quando em meio ácido, estava sob a forma de sulfato de amônio (não volátil), passa à forma de amônia (NH3). Pode ser então destilada e recolhida em uma solução ácido bórico. (NH4)2SO4 + 2NaOH Na2SO4 + 2H2O + 2NH3 2NH3 + 2HBO3 2NH4H2BO3 c. TITULAÇÃO: Na terceira etapa, usa-se ácido bórico para recolhera amônia, que é então titulada diretamente por um ácido forte padronizado que desloca a amônia da molécula de borato. O número de equivalentes do ácido consumido é igual ao número de equivalentes da amônia. 2NH4H2BO3 + 2HCl 2H3BO3 + 2NH4Cl 3. MATERIAL / EQUIPAMENTOS: Bloco digestor; Balões de Kjeldahl; Aparelho de destilação; Erlenmeyer; Balança analítica. Apostila de Aulas Práticas Laboratório de Bromatologia ____/____/2019 21 IMPORTANTE: Toda titulação requer a realização de um branco concomitantemente à amostra que se deseja analisar. A fim de economizar reagentes ou por outros motivos, é possível que na aula prática o branco não seja realizado. Informe-se com o professor se será fornecido apenas o valor do branco para os cálculos ou se nesse caso será realizado. 4. REAGENTES H2SO4 – ácido sulfúrico; CuSO4 – sulfato de cobre (catalisador); K2SO4 – sulfato de potássio (catalisador); Solução de Hidróxido de Sódio a 40 %; Solução saturada de ácido bórico; Solução indicadora (0,132 g de vermelho de metila (C15H15N3O2) e 0,06 g de verde de bromocresol (C21H14Br3O5S) dissolver em 200mL de álcool etílico a 70% (v/v). Guardar em frasco âmbar; Solução titulante de ácido clorídrico 0.02 M. 5. PROCEDIMENTO: Pesar, em papel para pesagem, cerca de 100 mg da amostra. Adicionar 2 gramas de mistura catalítica. Adicionar 3,5 mL de ácido sulfúrico. Colocar para digerir. O tempo gasto na digestão depende da amostra e do digestor, sendo que varia de 1 a 3 horas. O final da digestão é indicado quando o material contido no balão ficar límpido. Esfriar. Adicionar a mínima quantidade de água destilada para dissolver os sólidos. Transferir o conteúdo do balão para o aparelho de destilação e lavar o balão com 1 - 2 ml de água destilada. Adicionar em seguida 8 a 10 ml de solução de hidróxido de sódio a 40%. Receber o destilado em um erlenmeyer de 125 ml, contendo 5 ml de ácido bórico e 2 a 4 gotas da solução indicadora. Recolher cerca de 50 mL do destilado. Titular com ácido clorídrico 0,02 M. Fazer um branco e calcular a quantidade de nitrogênio na amostra. Amostra 1 Amostra 2 Amostra 3 peso exato da amostra g g g volume HCl gasto (amostra) mL mL mL volume HCl gasto (branco) mL mL mL 6. CÁLCULOS Apostila de Aulas Práticas Laboratório de Bromatologia ____/____/2019 22 Calcular o teor de proteínas na amostra e em seguida em 100 gramas de amostra integral e seca, considerando o valor médio da triplicata, quando houver. Apostila de Aulas Práticas Laboratório de Bromatologia ____/____/2019 23 10. DETERMINAÇÃO DA FRAÇÃO NIFEXT Corresponde ao extrato livre de nitrogênio (NITROGEN FREE EXTRACT). Engloba compostos diversos, tais como: féculas e amido, açúcares, gomas, resinas etc. Pode ser determinada por cálculo, uma vez determinadas as frações precedentes. Neste caso, engloba também, erros eventuais de todas as determinações prévias. O teor de glicídios em alimentos é variável, podendo ser inferior a 1%, como as carnes, ou bastante elevados, como no caso de farinhas, uma vez que apresentam cerca de 85%. 1. CÁLCULO: Somam-se os números correspondentes as porcentagens das cinco determinações precedentes (umidade, cinza, lipídeo, proteína e fibra). Diminui-se o número obtido, de 100. A diferença corresponde ao valor da fração NIFEXT para 100 gramas de produto. Apostila de Aulas Práticas Laboratório de Bromatologia ____/____/2019 24 11. VALOR CALÓRICO TOTAL - VCT O organismo humano necessita de energia para manutenção da temperatura corporal e para manter as condições mínimas, isto é, as atividades cardíacas, pulmonares, celulares e glandulares, conhecidas como metabolismo basal. O metabolismo basal é igual à energia gasta quando o corpo está em completo repouso e varia com a idade, sexo, raça, atividade glandular, estado fisiológico do indivíduo e com as condições climáticas. Além da energia requerida para manter as condições basais, o organismo deve receber uma dieta que forneça energia suficiente para suprir os gastos calóricos em atividades físicas desenvolvidas pelo indivíduo. A energia é fornecida pelos nutrientes encontrados nos alimentos (gordura, proteínas e carboidratos), após transformações ocorridas no organismo (oxidação ou reações bioquímicas). É expressa em caloria (Cal) e é definida como a quantidade de calor necessária para elevar a temperatura de 1 Kg de água de 15,5 o C a 16,5°C. Pode também ser expressa em KiloJoules. O valor energético fornecido pelos nutrientes dos alimentos, segundo o sistema determinado por Atwater, é o seguinte: 1 grama de proteína fornece, em média, 4 Calorias (Kcal) 1 grama de gordura fornece, em média, 9 Calorias ( Kcal ) 1 grama de carboidrato fornece, em média, 4 Calorias (Kcal). O valor calórico calculado do alimento será a soma das calorias fornecidas por esses nutrientes. As vitaminas, os minerais e a água não fornecem calorias ao organismo, mas influenciam no aproveitamento dos outros três nutrientes. Comportam-se como reguladores das várias reações que ocorrem no organismo. 1. CÁLCULO: Preencher a tabela abaixo com os valores encontrados e calcular o valor calórico total: Peso Seco Peso Úmido Kcal Umidade - - Cinzas - Lipídeos Proteínas Fibras - Carboidratos Apostila de Aulas Práticas Laboratório de Bromatologia ____/____/2019 25 VTC - - Apostila de Aulas Práticas Laboratório de Bromatologia ____/____/2019 26 12. EXERCÍCIOS PROPOSTOS – COMPOSIÇÃO CENTESIMAL 1 - Você recebeu em seu laboratório, 720,0 g de uma dieta constando de: arroz, feijão, carne, legumes e verduras. Determine a composição centesimal da mesma respondendo as questões a seguir. a - Após trituração e homogeneização da dieta, 9,7548 g de massa homogênea foi retirada e colocada em cápsula de porcelana previamente tarada (72,0457 g) para determinação de umidade. Depois de seca em estufa a 105°C, o peso da cápsula + amostra seca foi de 76,591 g. Calcule a umidade em 100 g da dieta. R. 53,4 g de umidade/100g b - Uma amostra de 0,101g da dieta seca foi analisada quanto ao seu teor em proteína, pelo método de Kjeldahl. Sabendo-se que na titulação da amostra foram gastos 14,9 mL de HCl 0,02 M (fc= 0,9967) e na titulação do branco 0,3 mL do mesmo ácido, calcule o percentual de proteína na amostra integral (úmida) e na amostra seca. R. 11,73 % de proteína em amostra integral R. 25,22 % de proteína em amostra seca c - Para determinação da fração extrato etéreo, 4,975 g de amostra seca foi submetida a extração com solvente orgânico segundo o método de Soxhlet. De acordo com os dados obtidos, calcule o percentual de extrato etéreo na amostra integral (úmida) e na amostra seca. o Peso balão = 109,2504 g o Peso do balão + extrato etéreo = 110,1154 g R. 8,1 % de extrato etéreo em amostra integral R. 17,38 % de extrato etéreo em amostra seca d - Uma amostra de 2,00 g da dieta seca, foi analisada quanto ao seu teor em cinzas. Com os dados obtidos, calcule o percentual de cinzas na amostra integral (úmida) e na amostra seca. o Peso do cadinho = 56,3596 g o Peso do cadinho + cinzas =56,4371 g R. 1,806 % de cinzas em amostra integral R. 3,875 % de cinzas em amostra seca Apostila de Aulas Práticas Laboratório de Bromatologia ____/____/2019 27 e - Preencha o quadro abaixo com os dados obtidos nas questões a, b, c, d . A partir dos valores já obtidos calcule o teor de fibra em peso úmido e os carboidratos por diferença. % peso seco % peso integral Umidade Cinzas Fibra 1,1 Proteínas Lipídeos Carboidratos (NIFEXT) f - Calcule o Valor Calórico Total (VCT) da dieta (720,0g). Amostra integral (úmida) Gramas (%) Peso integral Gramas Totais (720g) Peso integral Calorias (Kcal) Umidade - Cinzas - Fibra - Proteínas Lipídeos Carboidratos (NIFEXT) VCT - - R. 1.549,89 Kcal 2 - Determine a porcentagem de proteínas de um pedaço de torta de queijo com 250 g. Qual o método e as etapas para a determinação das proteínas. o Volume gasto na titulação – 23 mL o Volume gasto com o branco – 0,3 mL o Peso da amostra seca – 0,123 g o Fator geral – 6,25 o Umidade – 64,66% o HCl – 0,02 M o HCl – fc = 1 R. 11,42% Apostila de Aulas Práticas Laboratório de Bromatologia ____/____/2019 28 3 - Determine a quantidade de cinzas presente em um pedaço de bolo com 80 g. o Umidade – 76,26% o Peso da amostra seca – 3,174 g o Peso do cadinho vazio – 27,398 g o Peso do cadinho + cinzas – 27,530 g R. 0,79 g/80g 4 - A análise físico-química da amostra macarrão instantâneo apresentou o seguinte resultado em 100 g da amostra: Umidade Proteínas Lipídios Cinzas Fibras Carboidratos 6,0g 8,8g 17,2g 2,6g 3,0g 62,4g Calcular o valor energético na porção de 80g. R. 351,96 Kcal/80g 5- Determine o valor calórico de 100g do alimento analisado, considerando que cada grama de proteína e glicídeos após processo metabólico fornecem 4 Kcal e cada grama de lipídeos 9 Kcal. UMIDADE: 5,00 g de amostra foram adicionadas em cadinho de porcelana previamente tarado (T= 12,00g). Após processo de dessecação em estufa a 105°C por um período de 1 hora, resfriamento em dessecador, o cadinho apresentou o peso de 13,45 g. R. 71,00% CINZAS: 2,00 g de amostra seca após calcinado em mufla a 550°C, apresentou 0,02 g de cinzas. R. 0,29% LIPÍDEOS: 5,00 g de amostra seca após processo de extração pelo método de Soxhlet forneceram um resíduo lipídico de 0,75g. R. 4,35% FIBRA: 1,00 g de amostra seca após digestão ácido-base, apresentaram 0,05 g de fibra. R. 1,45% Apostila de Aulas Práticas Laboratório de Bromatologia ____/____/2019 29 PROTEÍNAS: 0,10 g de amostra seca passou por processo de digestão, promovendo a conversão do nitrogênio orgânico à nitrogênio inorgânico. Após a adição de NaOH 40% (p/v), a amônia arrastada e destilada foi recebida em ácido bórico. A amônia foi então titulada com HCl 0,01 M consumindo, 20 mL. R. 5,15% GLICÍDEOS: A fração glicídica corresponde ao valor que falta para completar a massa de amostra seca. R. 17,76% VCT = 130,75 Kcal 6- Um bolo de 425 g e tem os seguintes ingredientes: o 100g farinha de trigo, o 80g açúcar, o 50g ovo (1) o 30 g gordura vegetal hidrogenada, o 20g coco ralado e o 6g fermento em pó. Calcular a informação nutricional e o valor calórico em relação a uma porção de 60 g de bolo, equivalente a uma fatia. Montar o modelo de rótulo vertical com os dados da porção de 60 g. Ingredientes Carboidratos (%) Proteínas (%) Lipídios totais (%) Fibra alimentar (%) Gorduras saturadas (%) Sódio mg/100g Farinha de Trigo 77,7 9,4 1,3 3,6 0,2 3 mg Açúcar 99,9 0 0 0 0 1 mg Ovos 1,23 12,5 10 0 3,1 12 mg Gordura Vegetal Hidrogenada 0 0 100 0 23,3 0 Coco Ralado 15,2 3,34 33,5 9,4 29,7 20 mg Fermento em Pó 37,8 5,2 0 18,8 0 11,8 mg 1ª etapa: Identificar na Tabela de Composição Nutricional a composição centesimal dos nutrientes: 2ª etapa: calcular o valor nutricional dos ingredientes contidos no bolo de 425 g 3ª etapa: Calcular o TOTAL de cada nutriente no bolo de 425 g Apostila de Aulas Práticas Laboratório de Bromatologia ____/____/2019 30 4ª etapa: calcular o valor nutricional em uma fatia do bolo (60g) 5ª etapa: Calcular o valor calórico da porção de 60 g do bolo, usando os fatores de conversão. 6ª etapa : Montar a rotulagem nutricional do bolo no modelo vertical TOTAL DE KCAL DA FATIA DE 60g = 156,38 Kcal na fatia do bolo INFORMAÇÃO NUTRICIONAL Porção de 60 g (1 fatia) Quantidade por porção Valor energético Carboidratos Proteínas Gorduras totais Gorduras saturadas Fibra alimentar Sódio Apostila de Aulas Práticas Laboratório de Bromatologia ____/____/2019 31 13. AÇÚCARES REDUTORES DE POLPA DE FRUTAS Definem-se como açucares redutores os carboidratos que apresentam grupamentos aldeídicos ou cetônicos livres e que, portanto, sofrem oxidação por íons cúpricos (Cu 2+ ) e férricos (Fe 3+ ). Dessa forma, todos os monossacarídeos são açucares com forte função redutora em meio alcalino. Açúcares totais, por sua vez, são os açúcares passíveis de sofrerem oxidação dos seus grupamentos livres bem como os açúcares não- redutores. 1. MÉTODO: Método de DNS (ácido 3,5 dinitro-salicílico) 2. FUNDAMENTO: O método DNS (1,2), baseia-se na redução do ácido 3,5 dinitro-salicílico a ácido 3-amino-5-nitrosalicílico ao mesmo tempo em que o grupo aldeído do açúcar é oxidado a grupo carboxílico, com o desenvolvimento de coloração avermelhada, lida espectrofotometricamente em 600nm. O método do DNS para a determinação de açúcares redutores, como proposto por Summer (1), é composto dos seguintes reagentes: ácido dinitro-salicílico, sal de Rochelle, fenol, bissulfito de sódio e hidróxido de sódio, sendo que cada um tem uma finalidade específica. - Sal de Rochelle (solução de tartarato de sódio e potássio – C4H4O6KNa.4H2O) usado para prevenir o reagente da ação do oxigênio dissolvido. - Fenol – aumentar a quantidade de cor produzida. - Bissulfito – estabilizante da cor obtida na presença do fenol. - Hidróxido de sódio – redutor da ação da glicose sobre o ácido dinitro-salicílico. 3. METODOLOGIA 3.1. CURVA PADRÃO DE GLICOSE E FRUTOSE a. A solução padrão de glicose + frutose será preparada contendo 1,0 g de glicose + frutose / litro de solução. Pesar-se-á 0,5 g de cada açúcar, dissolvendo em água, e deixando em repouso na geladeira por no mínimo 3 horas antes do uso; (essa etapa já está pronta e disponível na bancada). Apostila de Aulas Práticas Laboratório de Bromatologia ____/____/2019 32 b. A curva padrão de glicose + frutose será preparada de acordo com a metodologia indicada na tabela 1 para as soluções de 1 g/L; c. De cada tubo pipetar 0,5 mL tomando cuidado de trocar a pipeta cada vez que trocar de amostra; d. Adicionar exatamente 2,5 mL de solução DNS e tampar os tubos.; e. Levar a estante contendo os tubos para um banho de água fervente, cuidando para que o volume de água esteja acima do volume da amostra nos tubos. Acionar o cronômetro e deixar ferver durante 10 minutos; f. Retirar do banho fervente e colocar em um banho com água equilibrada à temperatura ambiente e deixar esfriar durante 3 – 5 minutos; g. Adicionar exatamente 3 mL de água destilada. A cor é estável durante 30 minutos; h. Agitar. Ler absorbânciaa 600 nm, zerando o aparelho com o branco da amostra (tubo n°1). i. Construir um gráfico Absorbância x Concentração de glicose + frutose (mg/mL). Encontrar a equação de ajuste por regressão linear. TABELA 1: Preparo das soluções padrões em diferentes concentrações. Tubo Volume de glicose + frutose Volume de água Concentração mg/mL Absorbância 1 0,0 4,0 0,0 - 2 0,8 3,2 0,2 3 1,8 2,2 0,45 4 2,8 1,2 0,7 5 4,0 0,0 1,0 3.2. PREPARO DAS AMOSTRAS 3.2.1. DILUIÇÃO DA POLPA PARA DETERMINAÇÃO DE AÇÚCARES REDUTORES Apostila de Aulas Práticas Laboratório de Bromatologia ____/____/2019 33 Pesar 2 g da polpa de fruta em béquer, transferir para balão volumétrico de 100 mL e completar o volume com água destilada até o menisco. Agitar. 3.2.2. HIDRÓLISE ÁCIDA PARA DETERMINAÇÃO DE AÇÚCARES TOTAIS Para determinação de açúcares totais, pesar 2 g da polpa de fruta em béquer, transferir para um balão volumétrico de 100 mL com o auxílio de 50 mL de água destilada e adicionar 2 mL de HCl concentrado na capela. Levar para banho–maria a 100ºC durante 10 minutos. Deixar esfriar e acrescentar 2 mL de solução de NaOH 40% e completar com água destilada o volume do balão. Caso não haja necessidade de diluição da amostra, ignorar item 3.2.2.1. 3.2.2.1.DILUIÇÃO PARA DETERMINAÇÃO DE AÇÚCARES TOTAIS Pipetar 0,5 mL do conteúdo do balão para determinação de açúcares totais. Transferir para um tubo de ensaio. Adicionar 9,5 mL de água. (Diluição 1:20). Essa etapa não se aplica a determinação de açúcares totais presentes na polpa de fruta. 3.3. DETERMINAÇÃO DE AÇÚCARES REDUTORES E TOTAIS COM DNS Retirar separadamente 0,5 mL das amostras preparadas em balão de 100 mL para determinação de açúcares redutores e açúcares totais. Transferir cada amostra para um tubo de ensaio. Adicionar 2,5 mL do reagente DNS. Seguir as etapas para obtenção da curva padrão de glicose + frutose a partir da letra “e”. 2,0 g Polpa + 100 mL H2O 0,5 mL Polpa após hidrólise + 9,5 mL Água 0,5 mL Polpa + 2,5 mL DNS (Açucares Redutores) 2 g de polpa 50 mL de H2O 2 mL de HCl 10 min 100°C 2 mL NaOH 40% + H2O qsp 100 mL Apostila de Aulas Práticas Laboratório de Bromatologia ____/____/2019 34 0,5 mL Polpa + 2,5 mL DNS (Açucares Totais) Apostila de Aulas Práticas Laboratório de Bromatologia ____/____/2019 35 14. EXERCÍCIOS PROPOSTOS – AÇUCARES REDUTORES E TOTAIS 1 - Paula trabalha num laboratório de Análises Bromatológicas e recebeu pela primeira vez uma amostra de mel para fazer a análise dos açúcares totais. Para isso foi necessário preparar uma curva padrão utilizando concentrações conhecidas de glicose e frutose (g/L) e obteve os seguintes dados: TUBO Abs média Conc. glicose e frutose (mg/mL) 1 0,115 0,25 2 0,202 0,40 3 0,290 0,55 4 0,380 0,70 5 0,462 0,85 6 0,550 1,00 Após plotar em excel, a equação da reta obtidas foi: A amostra foi submetida a uma hidrólise ácida, da seguinte forma: em um balão volumétrico de 100 mL foi adicionando 1 g do mel a ser analisado, 2 mL de ácido clorídrico e 50 mL de água, após 15 minutos a 100°C o pH da solução foi neutralizado e o volume completado para 100 mL. Essa solução inicial foi diluída 1:20. O ensaio foi realizado em triplicata e o valor médio da absorbância foi 0,200. Calcule a porcentagem de açúcares totais contidos nesta amostra de mel. R. 79,23% de glicose na amostra de mel Apostila de Aulas Práticas Laboratório de Bromatologia ____/____/2019 36 2 – José Maciel trabalha no laboratório de Bromatologia numa indústria produtora de polpa de frutas. Em seu primeiro dia de trabalho, recebeu uma amostra de polpa de acerola para fazer a análise de açúcares totais. Logo, foi necessária a construção de uma curva padrão utilizando como solução padrão uma mistura de glicose e frutose (g/L). Após plotar o gráfico no Excel, José obteve a seguinte equação da reta: Y = 0,802x + 0,070 x = abs R 2 = 0,9998 A amostra de polpa de fruta foi submetida a uma hidrólise ácida conforme metodologia descrita a seguir: Em um balão de 100 mL foi adicionado 2 g de polpa de fruta a ser analisado, 2 mL de ácido clorídrico e 50 mL de água. Após 15 minutos a 100°C, o pH da solução foi neutralizada com 2 mL de solução de NaOH 40% e o volume completado para 100 mL. Essa solução foi diluída 1:5 e então submetida a análise. O valor de absorbância encontrado foi de 0,200. Calcule a porcentagem de açucares totais contidos nesta amostra de polpa de acerola. R. 5,76% 3 – Judite, estagiária na indústria de sorvetes Tropicales, foi incumbida de analisar os sorvetes de sabores Chocolate e Nata Goiaba quanto a sua concentração de açúcares redutores. Para tal, visto a ausência de uma curva padrão para posterior análise, resolveu realizar o preparo da mesma conforme tabela abaixo: Absorbância Concentração (mg/mL) 0,0175 0,1 0,091 0,25 0,1605 0,4 0,2385 0,55 0,329 0,75 0,451 1 Após obter os valores de absorbância acima, a estagiária plotou o gráfico no Excel 2007 e obteve a equação da reta e valor de R 2 da equação. Para a determinação de açucares redutores das amostras, a mesma realizou uma diluição 1:40 da amostra em balão de 100 mL. Procedeu as análises conforme a técnica e obteve valores de absorbâncias 0,430 para o sabor chocolate e 0,395 para o sabor Nata Goiaba. Apostila de Aulas Práticas Laboratório de Bromatologia ____/____/2019 37 Dado os valores de absorbância acima, plote o gráfico Absorbância x Concentração, determine a equação da reta e encontre a concentração (g/L) de açucares redutores presente nas amostras. R. 38,24 g/L no sorvete sabor Chocolate R. 35,32 g/L no sorvete sabor Nata Goiaba Apostila de Aulas Práticas Laboratório de Bromatologia ____/____/2019 38 15. ÓLEOS E GORDURAS 1. ÍNDICE DE REFRAÇÃO A 40°C: O índice de refração de uma gordura aumenta com o aumento a cadeia de seus ácidos graxos constituintes, assim como o grau de insaturação. O índice de refração correlaciona-se com o índice de iodo, podendo ser usado como um procedimento alternativo para controle de processo de hidrogenação. a. MATERIAL: Refratômetro de Abbé. b. PROCEDIMENTO: Ajuste previamente o refratômetro de Abbé com água destilada. Faça circular uma corrente de água a 40°C pelo aparelho. Estabilize a temperatura. Coloque 2 gotas da amostra entre os prismas. Feche os prismas. Focalize. A leitura na escala dará diretamente o índice de refração absoluto a 40°C. 2. ÍNDICE DE SAPONIFICAÇÃO: O índice de saponificação é definido como o número de mg de hidróxido de potássio necessário para saponificar os ácidos graxos, resultantes da hidrólise de um grama da amostra. a. MATERIAL: Frascos Erlenmeyer de 500 Ml; Refrigerador de refluxo; Chapa elétrica. b. REAGENTES: Solução alcoólica de hidróxido de potássio a 4%; Solução alcoólica de fenolftaleína; Ácido clorídrico 0,5 M/L. c. PROCEDIMENTO: Pese 2 g da amostra em um frasco Erlenmneyer de 500 mL. Adicione, com auxilio de uma proveta, 20 mL de solução alcoólica de hidróxido de potássio a 4%. Adapte ao erlenmeyer um refrigerador de refluxo. Aqueça em ebulição branda, durante 30 minutos. Resfrie um pouco. Adicione 2 gotas do indicador Apostila de AulasPráticas Laboratório de Bromatologia ____/____/2019 39 fenolftaleína. Titule com ácido clorídrico 0,5 M até que a coloração rósea desapareça. Faça uma prova em branco: Com auxilio de uma proveta, adicione 20 mL da solução alcoólica de hidróxido de potássio a 4% para outro Erlenmeyer de 500 mL. Adapte, ao frasco, um refrigerante de refluxo e aqueça em ebulição durante 30 minutos. Resfrie um pouco. Adicione 2 gotas do indicador fenolftaleína e titule com ácido cloridrico 0,5 M. A diferença entre os números de mL de ácido clorídrico gastos nas duas titulações é equivalente à quantidade de hidróxido de potássio gasto na saponificação. HCl gasto (branco) HCl gasto (amostra) d. CALCULAR O ÍNDICE DE SAPONIFICAÇÃO DA AMOSTRA: 3. ÍNDICE DE IODO: O índice de iodo é definido como a quantidade de halogênio absorvido e, convencionalmente, é expresso como o peso do iodo absorvido por 100 g da amostra. a. MATERIAL: Vidro de relógio; Erlenmeyer. b. REAGENTES: Solução de Wijs; Tiossulfato de sódio (0,1M); Iodeto de potássio a 15%. c. PROCEDIMENTO: mL mL IMPORTANTE: Toda titulação requer a realização de um branco concomitantemente à amostra que se deseja analisar. A fim de economizar reagentes ou por outros motivos, é possível que na aula prática o branco não seja realizado. Informe-se com o professor se será fornecido apenas o valor do branco para os cálculos ou se nesse caso será realizado. Apostila de Aulas Práticas Laboratório de Bromatologia ____/____/2019 40 Pese cuidadosamente 0,25 g da amostra em um frasco Erlenmeyer de 500 mL. Adicione, com o auxílio de uma proveta, 20 mL da solução de Wijs. Agite cuidadosamente por rotação. Deixe em repouso por 30 minutos, ao abrigo da luz e à temperatura de 25°C aproximadamente. Adicione 10 mL da solução de iodeto de potássio a 15%, e 100 mL de água recentemente fervida e fria. Titule com tiossulfato de sódio 0,1M, adicionando-o lentamente e, com agitação constante, até uma fraca coloração amarela. Adicione então de 1 a 2 mL da solução de amido 1% e continue a titulação até que a cor azul desapareça. Coloque a rolha no frasco e agite fortemente, neste final da titulação. Prepare uma determinação em branco, para cada grupo de amostras, realizando-a simultaneamente com as amostras. Na2S2O3 gasto (branco) Na2S2O3 gasto (amostra) d. BASEADO NA ESTEQUIOMETRIA DA REAÇÃO, CALCULAR O ÍNDICE DE IODO DA AMOSTRA: 4. ÍNDICE DE ACIDEZ OU ACIDEZ LIVRE: Definido como o número de mg de hidróxido de potássio necessário para neutralizar os ácidos livres de um grama da amostra. a. MATERIAL: Frasco Erlenmeyer de 125 mL; Proveta de 50 mL; Bureta de 25 mL. mL mL Apostila de Aulas Práticas Laboratório de Bromatologia ____/____/2019 41 b. REAGENTES: Solução de éter-álcool (2 + 1) neutra; Solução alcoólica de fenolftaleína a 1%; Solução de hidróxido de sódio 0,1 M/L. c. PROCEDIMENTO: Pesar 2 g da amostra em um frasco Erlenmeyer de 125 mL. Adicionar 25 mL de solução de éter-álcool (2+1), neutra. Agitar. Adicionar duas gotas do indicador fenolftaleína. Titular com solução de hidróxido de sódio 0,1 M até coloração rósea, a qual deve persistir por 30 segundos. NaOH gasto (amostra) d. CALCULE O ÍNDICE DE ACIDEZ DA AMOSTRA: 5. ÍNDICE DE PERÓXIDO: Indica o grau de oxidação dos óleos e gorduras. É a medida do teor de oxigênio reativo, em termos de miliequivalentes de oxigênio por 1.000 gramas de gordura. a. MATERIAL: Provetas de 50 mL; Frasco erlenmeyer de 500 mL com rolha esmerilhada; Pipeta volumétrica de 1 mL; Bureta de 20 mL. b. REAGENTES: Solução de ácido acético – clorofórmio (3:2); Solução saturada de iodeto de potássio; Solução de tiossulfato de sódio 0,01 N; Solução de amido a 1,0%. c. PROCEDIMENTO: mL Apostila de Aulas Práticas Laboratório de Bromatologia ____/____/2019 42 Pesar 5g da amostra em frasco erlenmeyer de 500 mL. Adicionar 30 mL de solução ácido acético- clorofórmio (3:2). Agitar o frasco até dissolução da amostra. Adicionar 0,5 mL da solução saturada de iodeto de potássio. Deixar em repouso por exatamente 1 minuto. Adicionar 30 mL de água. Titular com solução de tiossulfato de sódio 0,01 N, com agitação. Prosseguir a titulação até que a coloração amarela tenha desaparecido. Adicionar 0,5 mL de solução de amido a 1% e prosseguir a titulação até o ponto final, quando todo iodo se libera da camada de clorofórmio. Adicionar, gota a gota, a solução de tiossulfato de sódio 0,01 N, até que a coloração azul tenha desaparecido. Preparar uma prova em branco, nas mesmas condições. Na2S2O3 gasto (branco) Na2S2O3 gasto (amostra) d. BASEADO NA ESTEQUIOMETRIA DA REAÇÃO, CALCULAR O ÍNDICE DE IODO DA AMOSTRA: VALORES DE REFERÊNCIA PARA O PADRÃO DE IDENTIDADE E QUALIDADE DE ÓLEOS E GORDURAS Óleo de Algodão Óleo de Canola Óleo de Girassol Óleo de Milho Óleo de Soja Tipo 1 Tipo 2 Tipo 1 Tipo 2 Tipo 1 Tipo 2 Tipo 1 Tipo 2 Tipo 1 Tipo 2 Índice de Iodo (g I/100g óleo) 100- 123 - 118-141 103-135 124-139 Índice de saponificação (mg KOH/g óleo) 189-198 - 188-194 187-195 189-195 mL mL Apostila de Aulas Práticas Laboratório de Bromatologia ____/____/2019 43 Índice de acidez (mg KOH/g de óleo) ≤ 0,20 > 0,20 ≤ 0,60 ≤ 0,20 > 0,20 ≤ 0,60 ≤ 0,20 > 0,20 ≤ 0,60 ≤ 0,20 > 0,20 ≤ 0,60 ≤ 0,20 > 0,20 ≤ 0,60 Índice de peróxidos (meq/Kg de óleo) ≤ 2,5 > 2,5 ≤ 5,0 ≤ 2,5 > 2,5 ≤ 5,0 ≤ 2,5 > 2,5 ≤ 5,0 ≤ 2,5 > 2,5 ≤ 5,0 ≤ 2,5 > 2,5 ≤ 5,0 Apostila de Aulas Práticas Laboratório de Bromatologia ____/____/2019 44 16. EXERCÍCIOS PROPOSTOS – ÓLEOS E GORDURAS 1 - Em um recipiente próprio adicionou-se 2,75g de óleo de canola tipo 1, 20 mL de solução alcoólica de KOH 4% medidos com bureta. Após 30 minutos em refrigerante de refluxo, titulou-se com 22,3 mL de HCl 0,5M fc 0,9952 frente ao indicador fenolftaleína. Em paralelo foi feito o branco substituindo a amostra com água destilada, que consumiu 42 mL de HCl 0,5M fc 0,9952. Calcule o índice de saponificação (mg de KOH / g amostra) e consulte a Legislação em vigor para saber se o óleo está dentro dos parâmetros. KOH + HCl → KCl + H2O R. 199,67 mg de KOH/g de óleo 2 - Em um erlenmeyer de rolha esmerilhada forma adicionados 0,105g de óleo de soja, 10 mL de clorofórmio, 10mL do reativo de WIJS com auxílio de uma bureta, 5 L de acetato de mercúrio 2,5%. Após permanecer em repouso por 5 minutos, foram adicionados 20 mL de água e 10 mL de solução de I 15% medidos em proveta. O iodo liberado foi titulado com 10,9 mL de Na2S2O3 0,1M (fc = 1,1209). O branco consumiu do sal 23,9 mL. Considere a seguinte reação e calcule o índice de iodo (peso de iodo / 100 g amostra) e consulte a Legislação em vigor para saber se o óleo está dentro dos parâmetros. R. 176,09g de I/100g de óleo 3 - Em um erlenmeyer foram adicionados 5,40 g de um óleo de canola tipo 1, 20 mL de etanol neutro aquecido. A titulação foi feita com 12,5 mL de NaOH 0,01M (fc 0,9973) frente ao indicador de fenolftaleína. A reação ocorreu foi a seguinte: CH3-(CH2)7-CH=CH-(CH2)7-COOH + NaOH → CH3-(CH2)7-CH=CH-(CH2)7-COONa+ H2O Apostila de Aulas Práticas Laboratório de Bromatologia ____/____/2019 45 Expresse o resultado em mg de KOH/g óleo e consulte a Legislação em vigor para saber se o óleo está dentro dos parâmetros. R. 1,292 mg de KOH/g de óleo 4 - Em um erlenmeyer foram adicionados 5,25 g de um azeite de oliva virgem, 20 mL de etanol neutro aquecido. A titulação foi feita com 2 mL de NaOH 0,01M (fc 0,9973) frente ao indicador de fenolftaleína. A reação ocorreu foi a seguinte: CH3-(CH2)7-CH=CH-(CH2)7-COOH + NaOH → CH3-(CH2)7-CH=CH-(CH2)7-COONa + H2O Expresse o resultado em g de ácido oléico/100g de azeite e consulte a Legislação em vigor para saber se o óleo está dentro dos parâmetros. R. 0,107 g de ácido oléico/100g de azeite 5 - Em um erlenmeyer de rolha esmerilhada foram adicionados 4,75 g de óleo de canola tipo 1, 30 mL de solução de ácido acético:clorofórmio (3:2), medidos em proveta, e 0,5 mL de solução saturada de KI. Após permanecer em repouso por 1 minuto, adicionou-se 30 mL de água destilada. O iodo liberado foi titulado com 4,3 mL de Na2S2O3 0,01M (fc = 1,0889). O branco não promoveu liberação de iodo. Considere a seguinte reação e calcule o índice de peróxido (meq de oxigênio / Kg amostra) e consulte a Legislação em vigor para saber se o óleo está dentro dos parâmetros. R. 9,857 meq.gO/kg de óleo Apostila de Aulas Práticas Laboratório de Bromatologia ____/____/2019 46 6 - Uma amostra de óleo de soja da marca Royal foi enviada para o laboratório de Bromatologia para avaliação da qualidade. Dentre as análises realizadas foi determinado o índice de saponificação. A amostra pesada foi de 2 g de óleo e o volume de titulante necessário foi 10 mL de HCl 0,5M (fc 1,0246) Em paralelo foi feito o branco substituindo a amostra com água destilada, que consumiu 24,1 mL de HCl 0,5M (fc 1,0246). A fim de verificar se o óleo de soja está dentro do parâmetro permitido pela Legislação para índice de saponificação a partir dessas informações faça o cálculo (Resultado expresso em mg de KOH / g amostra) e consulte a Legislação dando o parecer. R. 202,244 mg de KOH/g de óleo 7 - O laboratório de controle de qualidade de uma empresa estava realizando as análises dos seus produtos finais. Para análise do óleo de girassol foi utilizada uma amostra de 0,25 g de óleo e foi verificado o consumo de 9,55 mL de tiossulfato 0,1 M (fc 1,1269) na titulação. O branco consumiu 33 mL do titulante. Da mesma forma que o farmacêutico do controle de qualidade, calcule o índice de iodo (peso de iodo / 100 g amostra) e consulte a Legislação em vigor para saber se o óleo fabricado está dentro dos parâmetros. R. 134,24 g de I/100g de óleo Apostila de Aulas Práticas Laboratório de Bromatologia ____/____/2019 47 17. ANÁLISE E EXTRAÇÃO DE PROTEÍNAS PELO MÉTODO DE BIURETO Os métodos específicos para a determinação da concentração de proteínas totais são muito variados, no entanto, as metodologias mais utilizadas são as espectrofotométricas no ultra-violeta e no visível. Muitos métodos espectrofotométricos, ao longo dos anos, têm sido propostos para a determinação de proteínas totais, mas não existe uma metodologia considerada de uso universal para todos os meios. Os métodos geralmente mais utilizados são o do Biureto, de Lowry, do “Coomassie brilliant blue” ou reagente de Bradford, do BCA ou reagente de Smith, e de absorção de proteínas no ultravioleta. Entretanto, todas essas metodologias apresentam vantagens e desvantagens que devem ser levadas em consideração quando da escolha do método mais adequado. 1. MÉTODO: Método de Biureto. 2. FUNDAMENTO: O método se baseia na reação do reativo do biureto, que é constituído de uma mistura de cobre e hidróxido de sódio com um complexante que estabiliza o cobre em solução, sendo o tartarato de sódio o recomendado por Gornall e cols.9. O cobre, em meio alcalino, reage com proteínas formando um complexo quadrado planar com a ligação peptídica. O produto de reação apresenta duas bandas de absorção, uma em 270 nm e outra em 540 nm. 3. MATERIAL / EQUIPAMENTO: Balança analítica; Banho-maria; Balão volumétrico; Tubos de ensaio; Proveta; Pipetas. Amostra 4. REAGENTES: Solução padrão de albumina 10 mg/ml (Pesar 10mg de albumina. Adicionar 1 mL de água destilada. Agitar para favorecer dissolução.) Apostila de Aulas Práticas Laboratório de Bromatologia ____/____/2019 48 Reagente de Biureto (Pesar 1.5 g de CuSO4.5H2O e 6g de tartarato duplo de sódio e potássio, dissolvê-los em água destilada completando o volume de para 500 ml. Juntar, sob agitação, 300 mL de NaOH 10% e completar a 1 L.) 5. METODOLOGIA: 5.1. EXTRAÇÃO QUÍMICA DAS PROTEÍNAS: (Realizada apenas em amostras sólidas) Tritura-se a amostra em processador e peneira-se a amostra. Pesar 2,0 g de amostra triturada, transferir para um béquer e adicionar 20 mL de água destilada e 1 mL de NaOH 0,5 M. Dispersar o sólido, utilizando um bastão de vidro. Aquecer o béquer em chapa elétrica e a partir do momento da fervura, aguardar 3 minutos para solubilizar a proteína. Esfriar um pouco a amostra na bancada, transferir a amostra para uma proveta e acrescentar água destilada até 50 mL. Homogeneizar a mistura e centrifugar a amostra. Essa amostra será utilizada para a determinação de proteína pelo método de Biureto. 5.2. ANÁLISE: A partir da solução padrão de albumina 10 mg/ml serão preparadas soluções diluídas de concentração de 2; 4; 6 e 8 mg/mL a fim de obtermos a curva padrão de albumina. Em paralelo, devem ser preparados também o branco e a amostra que se deseja analisar. Tomar 6 tubos de ensaio e marcá-los 1, 2, 3, 4, Branco e Amostra. Adicionar a solução padrão de albumina, a amostra, a água destilada e o reativo de biureto conforme está descrito na tabela abaixo. Tubo Conc. (mg/mL) Albumina 10 mg/ml (mL) Água (mL) Biureto (mL) Amostra 1 2 0,2 0,8 4 --- 2 4 0,4 0,6 4 --- 3 6 0,6 0,4 4 --- 4 8 0,8 0,2 4 --- Branco ---- ---- 1 4 --- Amostra ----- ---- - 4 1 IMPORTANTE: O Reagente de Biureto é uma solução cáustica, logo essa pipetagem requer maiores cuidados na manipulação. Apostila de Aulas Práticas Laboratório de Bromatologia ____/____/2019 49 Agitar o conteúdo dos tubos. Incubar por 15 minutos em banho-maria a 37ºC. Transferir uma líquota de cada tubo para a cubeta. Ajustar o comprimento de onda do espectrofotômetro para 540 nm e calibrar o mesmo com o Branco. Ler as absorbâncias de todos os tubos. Construir um gráfico Absorbância x Concentração de albumina (mg/mL). Encontrar a equação de ajuste por regressão linear e em seguida, quantificar a concentração de albumina na amostra. Apostila de Aulas Práticas Laboratório de Bromatologia ____/____/2019 50 18. ANÁLISE E EXTRAÇÃO DE PROTEÍNAS PELO MÉTODO DE BRADFORD Os métodos específicos para a determinação da concentração de proteínas totais são muito variados, no entanto, as metodologias mais utilizadas são as espectrofotométricas no ultra-violeta e no visível. Muitos métodos espectrofotométricos, ao longo dos anos, têm sido propostos para a determinação de proteínas totais, mas não existe uma metodologia considerada de uso universal para todos os meios. Os métodosgeralmente mais utilizados são o do Biureto, de Lowry, do “Coomassie brilliant blue” ou reagente de Bradford, do BCA ou reagente de Smith, e de absorção de proteínas no ultravioleta. Entretanto, todas essas metodologias apresentam vantagens e desvantagens que devem ser levadas em consideração quando da escolha do método mais adequado. 1. MÉTODO: Método de Bradford. 2. FUNDAMENTO: Este método é baseado na interação entre o corante Coomassie brilliant blue e macromoléculas de proteínas que contém aminoácidos de cadeias laterais básicas ou aromáticas. No pH de reação, a interação entre a proteína de alto peso molecular e o corante provoca o deslocamento do equilíbrio do corante para a forma aniônica, que absorve fortemente em 595 nm. 3. MATERIAL / EQUIPAMENTO: Becker; Tubo de ensaio e estante; Balança; Água destilada; Pipetas automáticas; Espectrofotômetro. 4. MÉTODO: 4.1. EXTRAÇÃO QUÍMICA DAS PROTEINAS: (Realizada apenas em amostras sólidas) Tritura-se a amostra em processador e peneira-se a amostra. Pesar 2,0 g de amostra triturada, transferir para um béquer e adicionar 20 mL de água destilada e 1 mL de NaOH 0,5 M. Dispersar o sólido, utilizando um Apostila de Aulas Práticas Laboratório de Bromatologia ____/____/2019 51 bastão de vidro. Aquecer o béquer em chapa elétrica e a partir do momento da fervura, aguardar 3 minutos para solubilizar a proteína. Esfriar um pouco a amostra na bancada, transferir a amostra para uma proveta e acrescentar água destilada até 50 mL. Homogeneizar a mistura e centrifugar a amostra. Essa amostra será utilizada para a determinação de proteína pelo método de Bradford. 4.2. DILUIÇÃO: A diluição deve ser realizada quando a concentração de proteínas na amostra for superior a 2g/L. Diluir em um tubo de ensaio, com uso de pipeta automática, a amostra na proporção de 1:10 utilizando água destilada. Homogeneizar a mistura. Essa amostra será utilizada para a determinação da concentração de proteínas pelo método de Bradford. 4.3. ANÁLISE: Transferir 50µL da amostra acima para um tubo de ensaio e em seguida adicionar 1,5mL do reagente de Bradford. Fazer este procedimento em duplicata. Realizar um tubo branco, substituindo a amostra por água Aguardar 15 minutos e ler a absorbância no comprimento de onda de 595nm. O cálculo para determinação de proteínas pelo Método de Bradford deverá ser feito através de curva padrão de albumina abaixo: y = 0,3225x + 0,0789 R² = 0,988 0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0 1 2 A b so rb â n ci a [ ] de albumina mg/mL Curva Bradford Curva Bradford Linear (Curva Bradford) TUBOS Reagente de Bradford Água Amostra Branco 1,5 mL 50 µL - Amostra 1,5 mL - 50 µL Apostila de Aulas Práticas Laboratório de Bromatologia ____/____/2019 52 Obs.: verificar com o professor se essa equação corresponde ao reagente utilizado na aula prática. Apostila de Aulas Práticas Laboratório de Bromatologia ____/____/2019 53 19. EXERCÍCIOS PROPOSTOS – DETERMINAÇÃO DE PROTEÍNAS 1-Em um processo de produção de leveduras em meio submerso (líquido), a produção de proteínas foi acompanhado pelo método de Bradford. Após a avaliação da curva de calibração, foi obtida a seguinte equação da reta: Y = 1,607x+ 0,0974 (x = abs) (y = mg/mL) A amostragem foi realizada durante 48 horas de fermentação e retirado amostra de 6 em 6 horas. A partir da média das absorbâncias, calcule a evolução das proteínas nesses intervalos de tempos em μg/mL. Tempo (horas) abs média Diluição Proteínas (μg/mL) 0 0,020 1 6 0,045 1 12 0,250 1 18 0,510 1 24 0,324 5 30 0,215 10 36 0,310 10 42 0,298 10 48 0,506 5 2 - Em uma fermentação para produção de enzimas, foi utilizado o método Lowry para a determinação das proteínas no caldo. Para a elaboração da curva de calibração foi utilizando como padrão a albumina de soro bovino diluído, apresentado as seguintes abs de acordo com concentrações: Concentração (mg/mL) Absorbância (750 nm) 0,0075 0,021 0,015 0,068 0,0225 0,088 0,03 0,162 0,045 0,184 0,06 0,226 0,075 0,287 0,09 0,336 0,12 0,448 Apostila de Aulas Práticas Laboratório de Bromatologia ____/____/2019 54 0,15 0,536 O caldo a ser analisado foi diluído 15 vezes e após a diluição apresentou uma absorbância média de 0,122, qual é a concentração de proteínas nesse caldo em g/L. R. 0,44 g de proteína/L de caldo 3 – Em um laboratório de Análises Bromatológicas, foi verificada a concentração de proteínas presente no Leite Bovino pelo método de Biureto. Para tal, obteve-se a equação da reta e R 2 abaixo do leite padrão (soro albumina bovino – BSA): Y = 1,003x + 0,056 (x = abs) (y = mg/mL) Para análise, a amostra foi diluida 20 vezes. Em um tubo de ensaio, pipetou-se 1 mL da amostra diluida juntamente com 4 mL de reativo de Biureto. O tubo foi incubado a 37°C por 15 minutos em banho-maria. Após o tempo de reação, a solução foi lida em espectrofotometro em comprimento de onda de 540nm, calibrando-se com o branco. A análise foi realizada em triplicata, obtendo-se os seguintes valores de absorbância: 0,200; 0,230; 0,217. Expresse o resultado em gramas de proteína por 1000 mL de leite (g/L). R. 5,44 g de proteína/L de leite bovino Apostila de Aulas Práticas Laboratório de Bromatologia ____/____/2019 55 20. FERMENTAÇÃO ALCOÓLICA 1. FUNDAMENTO: A fermentação alcoólica é tão antiga quanto à agricultura. Teve início há 10.000 anos, sendo o vinho, a cerveja e o pão os primeiros produtos obtidos por esse processo fermentativo. Atualmente, esses produtos continuam apresentando importância econômica e social em todo o mundo. No Brasil, o mercado de produtos obtidos por fermentação alcoólica movimenta bilhões de dólares e emprega diretamente mais de um milhão de pessoas. Na indústria de alimentos são gerados materiais de origem não intencionais denominados resíduos. Para não prejudicar o meio ambiente os resíduos gerados podem ser reaproveitados na produção de outros compostos. Nos dias atuais a busca por novas fontes para produção de etanol tem colocado os resíduos das indústrias de alimentos com grandes potenciais para a utilização de novos substratos para produção do etanol. PARTE I 2. PREPARO DO MEIO DE CULTIVO: a. MATERIAL: Autoclave; Erlenmeyer de 500 mL; Substrato Melaço de Cana; Suco da casca de abacaxi; Suco de Caju; Caldo de Cana. b. PROCEDIMENTO Os meios de cultivo (substrato) utilizados na prática devem ser enriquecidos com os seguintes sais: Extrato de levedura – 1% Na2HPO4 – 0,5% NaCl – 0,5% (NH4)SO4 – 0,5% CaCl2.H2O – 0,5% MgSO4.7H2O – 0,5% Apostila de Aulas Práticas Laboratório de Bromatologia ____/____/2019 56 3. CORREÇÃO DO pH: a. MATERIAL: pHmêtro. b. PROCEDIMENTO: Medir o pH do meio de cultivo e ajustar para faixa de 5,5 a 6.0. 4. DETERMINAÇÃO DE SÓLIDOS SOLÚVEIS UTILIZANDO REFRATOMETRO - ºBRIX: a. MATERIAL: Refratômetro de Abbé. b. PROCEDIMENTO: Transfira de 3 a 4 gotas da amostra homogeneizada para o prisma do refratômetro. Ler diretamente na escala ºBrix. Anotar o valor. PARTE II 5. INCOLAÇÃO DO MICRORGANISMO: MELAÇO –
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