Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Antibióticos 1 Farmacologia Aplicação Profa.Luana B.Vitoretti 11.03.2021 Aula 9 Classificação e Mecanismo de Ação dos Antibióticos Betalactâmicos Todos são reunidos nessa mesma classe pois todos eles tem o anel betalactâmico que se liga na proteína de ligação e impede a ligação cruzada de polímeros de acontecer, deixando a parede da bactéria frágil e se rompe devido a lise osmótico -> seu mecanismo será o mesmo da penicilina. Cefalosporinas São antibióticos betalactâmicos, inicialmente isolados a partir de fungos. São administrados por via oral, porém a maioria é administrada por via parenteral, intramuscular ou intravenosa. Mecanismo: semelhante às penicilinas, inibem a formação da parede bacteriana (bactericida). Espectro: varia de acordo com a classificação em cefalosporinas de primeira, segunda, terceira, quarta ou quinta geração. Alta toxicidade seletiva: usado na gravidez, lactação e pediatria. Reações alérgicas: 1-3%, certa taxa de reação cruzada com penicilina. Efeitos adversos: podem ocorrer reações de hipersensibilidade muito semelhantes às que ocorrem com a penicilina, e pode haver alguma sensibilidade cruzada. Usos Clínicos - Sepse - cefuroxima, cefotaxima - Pneumonia por organismos suscetíveis - cefuroxima - Meningite - ceftriaxona, cefotaxima - Infecções do trato biliar - ceftriaxona - Infecções do trato urinário- especialmente na gravidez ou sem reposta a outros fármacos - cefuroxima - Sinusite - cefadroxila Inibidores de Parede Celular A resistência a esse grupo de fármacos tem aumentado devido às betalactamases codificadas por plasmódio ou cromossomos. A resistência também ocorre quando há baixa penetração do fármaco como resultado de alterações nas proteínas da membrana exterior ou de mutações nas proteínas de ligação. Penicilina G - IM, tratamento da sífilis Amoxicilina - VO, tratamento de faringite Oxacilina - IV, são resistentes a lactamase Piperacilina - IV, penicilina de amplo espectro Restringir uso Monobactâmicos Seu principal é o aztreonam, que é resistente à maioria das betalactamases. É administrado por injeção e tem meia-vida plasmática de 2 horas. Geralmente associado com aminoglicosideo. Tem um espectro de atividade incomum e é efetivo apenas contra gram-negativos aeróbios, como as específicas de Pseudomonas, Neisseria memingitidis e Haemophilus influenza. Não tem ação contra micro-organismos gram-positivos ou anaeróbios. Resistentes maioria dos beta-lactamases (i.v.). Usado em alérgicos a penicilina (custo elevado). Efeitos adversos semelhantes aos de outros betalactâmicos, sem necessariamente reação imunológica cruzada com penicilina. Carbapenêmicos O imipeném, um carbapenêmico, atua da mesma que outros betalactâmicos. Apresenta espectro muito amplo de atividade antimicrobiana e é ativo em muito microrganismos gram positivos e gram negativos aeróbios e anaeróbicos. Reservado para infecções hospitalares graves causadas por bactérias altamente resistentes aos outros beta-lactâmicos (i.v ou i.m). O fármaco é administrado em conjunto com a cilastatina, que inibe sua inativação pelas enzimas renais. O meropeném é semelhante, mas não é metabolizado pelos rins. O ertapeném tem amplo espectro de ações antibacterianas, mas está autorizado a um número limitado de indicações. Boa penetração em tecidos abdominais, respiratórios, bile, trato genitourinário, LCR. Efeitos adversos semelhantes aos de outros betalactâmicos; mais frequentes são náuseas e vômitos. Pode ocorrer neurotoxicidade com concentrações plasmáticas elevadas (convenções). Glicopeptídeos Vancomicina, Teicoplanina Mecanicismo de ação: inibe a síntese de parede celular. É eficaz principalmente contra as bactérias gram-positivas. Espetro bacteriano estreito: estreptococo,pneumococo, estafilococo. Pnetração limitada no SNC, exceto em meninfes inflamadas. Monitorar seus níveis séricos (vancocinemia) A vancomicina não é absorvida pelo intestino e é apenas administrada por via oral para o tratamento da infecção GI por C. difficile (V.O). O principal uso clínico da vancomicina é o tratamento do Staphylococcus aureus meticilino-resistente (MRSA). Muitas vezes, é o fármaco de último recurso para essa condição, uma consideração alarmante, uma vez que o S. aureus vancomicino- resistente, VRSA, emergiu. É também útil em várias outras infecções graves, incluindo infecções estafilocócicas em pacientes alérgicos a penicilinas e cefalosporinas. Os efeitos adversos incluem febre, eritemas e flebite no local de infusão. Podem ocorrer ototoxicidade e nefrotoxicidade, e as reações de hipersensibilidade são ocasionalmente observadas. Aspectos farmacocinéticos. Para uso sistêmico, é administrado por via intravenosa e tem um tempo de meia-vida plasmática de cerca de 8 horas. Ototoxicidade e nefrotoxicidade e, por vezes, reações de hipersensibilidade. Reações anafilactóides: hipotensão, chiado, dispneia, urticária ou prurido, choque e parada cardíaca. Infusão rápida: síndrome do “pescoço vermelho” - urticária, exantema, febre. Bacitracina Interfere na regeneração do transporte lipídico por meio do bloqueio da sua fosforilação. Reservada para uso tópico de infecções na pele ou oculares. Efeitos adversos: O uso parenteral desse antibiótico resulta em nefrotoxicidade grave. A sua aplicação tópica resulta raramente provoca reações de hipersensibilidade. Em raras circunstâncias, é usado por via parenteral para tratar infecções sistêmicas causadas por estafilococo que são sensíveis a estes fármacos e resistentes a outros antibióticos. Fosfomicina Inibe síntese de parede e aderência às células uroepiteliais. Amplo espectro, baixa toxicidade e meia vida longa (dose única) Usado para infecção do trato urinário, principalmente cistite aguda Seguro na gravidez Nitrofurantoína Específico para trato urinário, principalmente por E.colo Intermediários reativos que inativam proteínas ribossomais e outras macromoléculas. As bactérias reduzem a nitrofurantoína mais rapidamente que as células de mamíferos e acredita-se que esta propriedade seja responsável pela atividade antimicrobiana seletiva do fármaco. As bactérias sensíveis à nitrofurantoína raramente tomam-se resistentes durante o tratamento. A nitrofurantoína é ativa contra muitas cepas de E. coli e enterococos. É rápida e completamente absorvida pelo TGI. A meia vida plasmática é de 0,3-1 hora; ~ 40% são excretados em sua forma inalterada na urina. Inibe processos bioquímicos vitais de síntese proteica, síntese de RNA e DNA, metabolismo aeróbio, síntese de parede Amplo mecanismo de ação = ausência de resistência Os efeitos adversos mais comuns consistem em náuseas, vômitos e diarreia. Várias reações de hipersensibilidade ocorrem ocasionalmente, incluindo calafrios, febre, leucopenia, granulocitopenia, anemia hemolítica (associada à deficiência de glicose-6-fosfato-desidrogenase), icterícia colestático e lesão hepatocelular. À cada 6 horas Inibidores de Membrana Plasmática Polimixinas B e E (colistimetato) As polimixinas são agentes anfipáticos tensoativos. Interagem fortemente com os fosfolipídeos e desorganizam a estrutura das membranas celulares. A permeabilidade da membrana bacteriana modifica-se imediatamente em contato com o fármaco. São antibióticos periódicos, contendo grupos hidrofílico e lipolíticos p, que tem efeito seletivo nas membranas celulares bacterianas. Elas atuam como detergentes, desfazendo os componentes de fosfolipídio da estrutura membrana, mamando, assim, as células Agem como detergentes catiônicosalterando e desestabilizando a membrana externa das Gram-negativas. Polimixinas - ação bactericida seletiva e rápida em bacilos gram-negativos, principalmente Pseudomonas e enterobactérias (uso IV, IM, IT) Também neutralizam o lipídeo A do LPS (endotoxina) e inativa essa molécula. Polimixina - uso clínico limitado pela toxicidade = esterilização intestinal (IV), tópico em ouvidos, olhos ou pele (sem absorção intestinal) Neuro (bloqueio neuromuscular) e nefrotoxicidade Efeitos adversos. A polimixina B aplicada à pele intacta ou desnuda ou às mucosas não provoca reações sistêmicas, devido à ausência quase completa de absorção do fármaco nesses locais. A hipersensibilização é rara com a aplicação tópica. As polimixinas são neurotóxicas, e, se possível, a administração com aminoglicosídeos e outras nefrotoxinas deve ser evitada, se possível. As polimixinas interferem na neurotransmissão na junção neuromuscular, resultando em fraqueza muscular e apneia. Outras reações neurológicas incluem parestesias, vertigem e fala arrastada. Daptomicina É um antibiótico lipopeptídico cíclico derivado do Streptomyces roseosporus. Antibiótico bacteriano seletivamente ativo contra bactérias gram-positivas aeróbicas, facultativas e anaeróbicas. Mecanismo de ação: Liga-se a membrana, despolariza, perda do potencial de membrana, morte bacteriana. Pode ser ativa contra cepas resistentes à vancomicina, embora CIMs tendam a ser mais altas para esses microrganismos do que para as cepas sensíveis à vancomicina. Espectro de ação semelhante à vancomicina: S.agalactiae, MRSA e enterococos resistentes à vancomicina. Uso clínico (i.v) para infecções complicadas de pele e tecidos moles. Também bacteremia complicada e endocardite. É pouco absorvida por via oral e só deve ser administrada por via intravenosa. A toxicidade direta para o músculo impede a sua injeção intramuscular. A meia-vida sérica é de 8-9 horas nos indivíduos normais, permitindo a administração de uma dose única ao dia. Aproximadamente 80% da dose administrada é recuperada na urina; uma pequena quantidade é excretada nas fezes. Indicada para o tratamento de infecções complicadas da pele e de tecidos moles e bacteriemia complicada e endocardite localizada no lado direito. Efeitos adversos: lesões musculoesqueléticas Referências 7
Compartilhar