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PNAE HISTÓRICO 1940: Instituto Nacional de Nutrição – proposta de oferecer alimentação na escola. Não foi possível por indisponibilidade de recursos financeiros. 1950: Plano Nacional de Alimentação e Nutrição – estruturava um Programa de merenda escolar de responsabilidade pública. Apoio: Fundo Internacional de Socorro à Infância. 1955: Foi assinado o decreto 37.106 que instituía a Campanha de Merenda Escolar. 1979: Denominação Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). 1994: Instituição da descentralização por meio da lei 8.913. Execução mediante convênios com os municípios. 1998: Consolidação da descentralização de recursos por meio de transferência automática garantindo maior agilidade. Nesse momento, o PNAE passa a ser gerenciado pelo FNDE – lei 9.649/98. 2001: MP aprovou que as Entidades Executoras devem: • Aplicar, obrigatoriamente, 70% dos recursos transferidos exclusivamente em produtos básicos; • Respeitar os hábitos alimentares regionais e locais; • Nos processos de aquisição de produtos, fomentar o desenvolvimento da economia local. 2009: Lei 11.947/09 – aquisição de gêneros alimentícios de agricultura familiar. Novo modelo de gestão permitindo o planejamento das aquisições de gêneros alimentícios, assegurando a oferta durante todo o ano letivo. 2013: No mínimo 30% dos recursos transferidos devem ser utilizados na compra direta de gêneros alimentícios da agricultura familiar; os cardápios deverão ser planejados de acordo com as necessidades nutricionais (Resolução n°26/2013). Alimentação Escolar todo alimento oferecido no ambiente escolar, independentemente de sua origem, durante o período letivo DIRETRIZES I. Alimentação saudável e adequada; II. Inclusão da Educação Alimentar e Nutricional; III. Universalidade do atendimento aos alunos; IV. Participação da comunidade no controle social; V. Apoio ao desenvolvimento sustentável; VI. Direito à alimentação escolar, visando a garantir segurança alimentar e nutricional dos alunos; OBJETIVO Contribuir para: crescimento e o desenvolvimento biopsicossocial; aprendizagem, o rendimento escolar; formação de hábitos alimentares saudáveis dos alunos por meio de ações de: • educação alimentar e nutricional • oferta de refeições que cubram as suas necessidades nutricionais durante o período letivo. AQUISIÇÃO DE GÊNEROS A aquisição de gêneros alimentícios, no âmbito do PNAE, deverá obedecer ao cardápio planejado pelo nutricionista. Deverá ser realizada, sempre que possível, no mesmo ente federativo em que se localizam as escolas, priorizando os alimentos orgânicos e/ou agroecológicos. Do total dos recursos financeiros repassados pelo FNDE, no mínimo 30% deverão ser: gêneros alimentícios diretamente da agricultura familiar e do empreendedor familiar rural ou de suas organizações; priorizando-se: • assentamentos da reforma agrária; • comunidades tradicionais indígenas; • comunidades quilombolas. A aquisição deverá ser realizada por meio de licitação pública, obrigatoriamente, na modalidade pregão. *pode haver a dispensa de licitação por meio de chamada pública, quando das compras da agricultura familiar. PROIBIÇÕES E RESTRIÇÕES É vedada a aquisição de bebidas com baixo valor nutricional (refrigerantes, refrescos, bebidas ou concentrados à base de xarope de guaraná, chás prontos etc). Também é vedada a aquisição de confeitos, bombons, biscoitos, bolachas recheadas, barras de cereais com aditivos, temperos com glutamato monossódico ou sais sódicos, maionese e alimentos em pó ou para reconstituição. Café em pó, cacau 100% e ovo em pó não são considerados ultraprocessados pelo Ministério da Saúde. É proibida a presença de alimentos com gordura trans industrializada em todos os cardápios. Crianças menores de 3 anos: • Retirar os alimentos ultraprocessados dos cardápios; • Retirar o açúcar de adição em vitaminas, suco de fruta, leite, mingaus e preparações similares; • Retirar o café dos cardápios. No mínimo, 75% dos recursos – aquisição de alimentos in natura ou minimamente processados. No máximo, 20% dos recursos – aquisição de alimentos processados e de ultraprocessados. No máximo, 5% dos recursos – destinados a aquisição de ingredientes culinários processados. USUÁRIOS DO PROGRAMA Creches, pré-escolas e escolas do ensino fundamental e médio qualificadas como filantrópicas ou por ela mantidas, inclusive as de educação especial; Creches, pré-escolas e escolas comunitárias de ensino fundamental e médio, conveniadas com os E, DF e M. CARDÁPIOS Devem ser elaborados pelo RT do PNAE tendo como base a utilização de alimentos in natura ou minimamente processados de modo a respeitar: • Necessidades nutricionais • Hábitos alimentares • Cultura alimentar da localidade E pautar-se na: • Sustentabilidade • Sazonalidade • Diversificação agrícola da região • Promoção da alimentação adequada e saudável Estudantes com necessidades alimentares especiais: Os cardápios devem ser adaptados para atendê-los. Escolas em período parcial: Os cardápios devem ofertar, no mínimo, 280g/estudante/semana de frutas in natura, legumes e verduras. No mínimo, 2 dias por semana: frutas in natura No mínimo 3 dias por semana: hortaliças Escolas em período integral: Os cardápios devem ofertar, no mínimo, 520g/estudante/semana de frutas in natura, legumes e verduras. No mínimo, 4 dias por semana: frutas in natura No mínimo, 5 dias por semana: hortaliças OBRIGATÓRIO! Alimentos fonte de ferro heme: no mínimo 4 dias por semana Alimentos fonte de ferro não heme: devem ser acompanhados de alimentos fonte de vitamina C. Alimentos fonte de vitamina A: devem ser incluídos pelo menos 3 dias por semana. LIMITAR! Produtos cárneos: no máximo, 2 vezes por mês Legumes e verduras em conserva: no máximo, 1 vez por mês Bebidas lácteas com aditivos ou adoçados: no máximo 1 vez por mês (Uni. Escolar período parcial) e 2 vezes por mês (uni. Escolar período integral) Biscoito, bolacha, pão ou bolo: • no máximo, 2 vezes por semana (qdo 1 refeição em período parcial) • no máximo, 3 vezes por semana (qdo 2 refeições ou mais em período parcial) • no máximo, 7 vezes por semana (qdo 3 refeições ou mais em período integral) Doce: no máximo, 1 vez por mês Preparações regionais doces: no máximo, 2 vezes por mês (uni. Escolar período parcial) e 1 vez por semana (uni. Escolar período integral) Margarina ou creme vegetal: no máximo, 2 vezes por mês (uni. escolar período parcial) e 1 vez por semana (uni. escolar período integral) É proibida a oferta de alimentos ultraprocessados e a adição de açúcar, mel e adoçante nas preparações culinárias e bebidas para crianças até 3 anos de idade. Necessidades Nutricionais estabelecidas (Art. 18 – Resolução n°6/2020) 20% 30% 70% Das necessidades nutricionais diárias, quando ofertada 1 refeição, para os demais estudantes matriculados na educação básica, em período parcial. Das necessidades nutricionais de energia, macro e micro prioritários, distribuídas em, no mínimo, 2 refeições para creches em período parcial. Das necessidades nutricionais de energia, macro e micro prioritários, distribuídas em, no mínimo, 3 refeições, para creches em período integral, inclusive as localizadas em comunidades indígenas ou áreas remanescentes de quilombos; Por refeição ofertada, para estudantes matriculados nas escolas localizadas em comunidades indígenas ou em áreas remanescentes de quilombos, exceto creches. Das necessidades nutricionais, distribuídas em, no mínimo, 3 refeições, para os estudantesparticipantes de programas de educação em tempo integral e para os matriculados em escolas de tempo integral. Quando ofertadas 2 ou mais refeições, para estudantes matriculados na educação básica, exceto creches em período parcial.
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