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P1 MÓDULO INFECTOLOGIA JESSICA ALVES DENGUE ZIKA CHIKUNGUNYA EPIDEMIOLOGIA Notificação compulsória imediata de óbitos e semanal de casos. Aumento no verão quente e úmido. 4 sorotipos DENV 1,2,3 e 4. Forma hemorrágica mais comum em historia previa de dengue que se infecta com um sorotipo diferente, principalmente tipo 2. Notificação compulsória imediata p gestantes e óbitos e semanal de casos agudos. Arbovirus flavivirus. Evolução facilitada pela disseminação do mosquito. Neurotrópico, malformação fetal, comprometimento neurológico e microcefalia. Notificação compulsória imediata em óbitos e áreas sem transmissão, e semanal dos casos. Arbovirose. Aumento do turismo em área endemica e mutações que aumentam a capacidade de multiplicação na saliva do mosq TRANSMISSÃO Picada de femeas de mosquitos do gênero Aedes, aegypti como principal. Alem de transovariana, mantendo o vírus nas estaçoes secas e frias. Picada de mosquito gênero Aedes, possibilidade de transmissão sexual, perinatal, transfusional. Picada de femeas infectadas do gênero Aedes aegypti e albopictus, homem como hospedeiro definitivo, sem necessidade de um intermediário, vetor transmite de pessoa a pessoa. FISIOPATOGENIA Glicoproteína E, liga ao receptor da cel hospedeira e funde as membranas. Imunidade preexistente ao DENV é fator de risco para FHD. Tropismo por macrófagos, monócitos e musculatura esquelética (mialgia), replicação viral com produção de citocinas TNF e IL-6 justificando a síndrome febril e mal-estar, e multiplicação no tecido muscular e oculomotor justifica mialgia e cefaleia retrorbitaria. Fase mais grave ocorre no 4 dia, com aumento da permeabilidade capilar, mensurada com aumento do hematócrito, resultando e choque hipovolêmico e falência de órgãos, CIVD e hemorragias de grande porte. Neurotropico, causa de distúrbios neurológicos como Guillain Barre e anormalidade em fetos e RN se for no primeiro tri da gestaçao, com quebra da barreira placentária por placentite crônica. Virion se liga a cel hospedeira pela glicoproteína E, induzindo endocitose. Viremia presente entre o 1-4 dia com PCR positiva entre 3-7d. é encontrado na urina e no sêmen. Fibroblastos, queratinocitos, Langerhans, cel dendriticas da pele são permissivas ao vírus, onde ocorre replicação, se disseminando via hematolinfatica, para órgãos como SNC, coração, musc esquelético. Cel alvo é o fibroblasto, e tbm macrófagos sinoviais perivasculares. Pode evoluir em 3 fases, febril-aguda (5-14dias), pós aguda (ate 3 meses) e crônica (mais de 3 meses). Mais de 50% dos casos a artralgia se torna crônica, persistindo por anos. Caso suspeito: febre de inicio súbito maior que 38.5 artralgia ou artrite intensa aguda, residente ou visitante em áreas com transmissão ate duas semanas antes dos sintomas. QUADRO CLINICO DENGUE CLASSICA: inicio abrupto, febre de 39-40, cefaleia intensa, dor retro-ocular, mialgias, artralgias, vomito, anorexia, exantema intenso com áreas de pele sã, acompanha prurido, com fenômenos hemorrágicos discretos (epistaxe, petequias, gengivorragias), que não caracteriza dengue hemorrágica. Leucopenia leve a moderada, htc +, hipoalbuminemia, AST +. DENGUE HEMORRAGICA: inicio abrupto, com febre alta, náuseas, vômitos, mialgias e artralgias. Fenômenos hemorrágicos por volta do 4 dia, com petequias na face, veu palatino, axilas e extremidades. Aparecimento de purpuras, equimoses, epistaxe, metrorragias, hemorragias digestiva, hepatomegalia, hematêmese e dor abdominal tem mal prognostico. Letargia, afebril, sinais de insf resp como pele fria, cianose perioral, pulso rápido e sudorese fria, acidose Período de incubação de 3-12 dias, mas quase 80% são assintomáticas. Febre baixa e de curta duração, erupção cutânea maculopapular e pruriginosa, conjuntivite não purulenta, artralgia e edema de pequenas articulações de pes e mãos, cefaleia, mialgia, astenia. Principal é a erupção cutânea intensa com prurido de distribuição centrifuga, com áreas epiteliais preservadas, sem exantema, como zonas esbranquiçadas. São autolimitados de 4-7d. manifestações neurológicas como Sind de Guillain Barre e meningoencefalite aguda. Infecçao assintomática é incomum Inicio abrupto com temperatura elevada 38.5, dor lombar, cefaleia, fadiga, mialgia e poliartralgia, bilateral, simétrica, em pulsos tornozelos e falanges, comum edema articular. Acometimento cutâneo com rash macular ou maculopapular, prurido e descamação. FASE AGUDA: fase febril, febre alta de inicio súbito curta duração continua intermitente ou bifasica, intensa poliartralgia, dorsalgia, exantema, cefaleia, mialgia e fadiga, dor retro- ocular, calafrios, conjuntivite, náuseas vomito diarreia. FASE PÓS-AGUDA: febre desaparece, melhora P1 MÓDULO INFECTOLOGIA JESSICA ALVES metabólica e CIVD, sem tto óbito em 4-6hrs. Pensar em FHD (hemorrágica) e SCD (sind choque da dengue) se após 5 dias do quadro de dengue clássica, houver prova do laço positiva, equimoses, petequias ou purpuras, sg de mucosas, hematêmese ou melena, plaquetopenia, hematócrito superior a 20%, sinais de perda plasmática (derrame pleural, ascite). Síndrome do choque da dengue: pós hemorrágica não tratada, 3-7d de doença, quando a febre reduz, sinais hemodinâmicos aparecem, derrame pleural, ascite, pressão diferencial convergente <20, hipotensão, pulso rápido e fino, extremidades frias e acianóticas. persistência ou agravamento da artralgia, tenossinovite hipertrófica, sind túnel do carpo FASE CRONICA: persistência ou recorrência dos sintomas, como dor articular, musculoesquelética e neuropática, idade acida de 45, artropatia preexistente e quadro agudo mais intenso. Limitação do movimento, rigidez matinal articular, dor com ou sem edema. Ocorre transmissão vertical, mas n pelo leite, sem evidencia de efeitos teratogênicos em gestantes, pode ter transmissão no momento do parto. DIAGNOSTICO CLINICO: febre aguda menor que 7 dias, acompanhada de dois dos sintomas cefaleia, dor retroorbital, mialgia, artralgia, prostração, exantema. Estar nos últimos 15 dias em áreas com casos de dengue ou com existência do mosquito. LABORATORIAL: ELISA, isolamento viralRT-PCR Prova do laço avalia fragilidade capilar, não é parâmetro para diagnostico. NÃO TEM LEUCOCITOSE SIGNIFICATIVA. CLINICO: suspeito: exantema maculopapular pruriginoso acompanhado de dois ou mais sintomas (febre, hiperemia conjuntival, poliartralgia, edema periarticular. Confirmado: suspeito com um dos testes positivos como isolamento viral, PCR. LABORATORIAL: isolamento viral,RT-PCR, ELISA DD: hepatite viral, dengue, enterovirose. LABORATORIAL: leucopenia, aminotransferases, creatinina e CPK pode elevar, VHS e PCR elevada. Pedir hbsag, anti- hcv, anti-hiv, rx de tórax, fundoscopia ocular. Isolamento viral, ELISA para pesquisa de anticorpo especifico, RT-PCR. DD: dengue, malária, leptospirose, febre reumática, zika, artrite séptica. TRATAMENTO FOLHA A PARTE É sintomático e de suporte geral, antitérmicos e analgésicos (paracetamol e dipirona) evitar AINES. Combate ao vetor e proteção sexual. Terapia de suporte sintomático, hidratação e repouso, compressas frias nas articulações, contraindicado AINES, sem vacinas.
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