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Saúde da Família e Comunidade: Arboviroses As Arboviroses (Ex: Dengue; Zika; Chikungunya; Febre Amarela) são patologias causadas por Arbovírus, que, por sua vez, são transmitidos por Artrópodes (Ex: Mosquitos). Questões sobre Arboviroses - Avaliação do conhecimento prévio Caso Clínico I – André, 28 anos, apresentando ao longo dos últimos 5 dias Febre, Cefaléia, Mialgia, Vômito Persistente, Dor Abdominal sem Sangramento Espontâneo. Ao Exame apresenta Estado Geral Regular, Hidratado, Corado, Teste do Laço negativo e Pressão Arterial normal. 01 - Qual é o Estadiamento Clínico deste paciente? a) Grupo A b) Grupo B c) Grupo C d) Grupo D e) Grupo E 02 – Baseado na Classificação atribuída ao paciente, qual é a melhor conduta terapêutica? a) Anti-emético; Paracetamol; Dipirona e Hidratação em casa. b) Hidratação Oral 80ml/Kg/dia sendo 1/ em 4 horas; Mantendo em leito de observação na unidade; Reavaliação clínica e do Hematócrito em 4 horas após Hidratação. c) Reposição Volêmica 20ml/Kg/Hora em 1 Hora com Soro Fisiológico; Acompanhamento em Leito de Internação; Reavaliação Clínica e do Hematócrito a cada 2 Horas; Repetir Expanção Volêmica até 03 fases se não houver melhora do Hematócrito e dos Parâmetros Clínicos d) Hidratação Venosa 20ml/Kg em 20 minutos. Internar em serviço com leito de UTI. 03 – Os sinais de alarme devem ser pesquisados e o Cartão da Dengue entregue aos pacientes com suspeita de dengue, que , por sua vez, devem ser liberados para casa de acordo com o protocolo do Ministério da Saúde. Quais dos sintomas abaixo são considerados sinais de alarme? a) Vômitos Persistentes; Dor Abdominal Contínua; Hipotensão Postural b) Desconforto Respiratório; Sonolência e/ou Irritabilidade; Hepatomegalia Dolorosa c) Hemorragias Importantes d) Aumento repentino de Hematócrito ou queda abrupta de plaquetas e) Todas as Alternativas acima, Geralmente as Arboviroses se parecem em vários aspectos (Ex: Transmissão; Sinais Clínicos). Portanto, torna-se necessário realizar comparações entre estas patologias, para que seja possível diferencia-las umas das outras. Arbovirose Dengue ZIKA Chikungunya Febre Amarela Agente Etiológico Flavivirus Alphavirus Flavivirus Flavivirus Modo de Transmissão Mosquito do Gênero Aedes. Foram registrados casos de transmissão vertical e por transfusão sanguínea Mosquito do Gênero Aedes. Transmissão vertical, perinatal, sexual, ocupacional (Ex: Laboratório de Pesquisa) e por transfusão sanguínea Mosquito do Gênero Aedes. Transmissão vertical, podendo ocorrer no momento do parto envolvendo gestantes virêmicas, transmissão ocupacional e raramente transmite-se por transfusão sanguínea Ciclo Silvestre Ciclo Urbano Período de Transmissibilidade Um dia antes do início dos sintomas até o quinto ou sexto dia após este início. De um a dois dias antes do início dos sintomas até três ou cinco dias após. Na urina pode persistir de quinze a vinte e um dias, sendo que existem relatos de persistência em esperma por até seis meses e em secreção vaginal por dois meses. De dois dias antes do início dos sintomas até dez dias após este inicio. De um a dois dias antes do início dos sintomas até três ou cinco dias após este início. Período de Incubação no Homem De três a quinze dias, sendo em média de cinco a seis dias. De três a doze dias depois da picada do mosquito infectado. De três a sete dias, podendo variar de um a doze. Geralmente entre um e seis dias, podendo ser de dez a 15 dias. Imunidade Permanente ao Sorotipo (DENV 1,2,3 e 4) Provavelmente permanente Provavelmente permanente Permanente Definição de Caso Febre Alta (2 a 7 dias) somado a dois ou mais sintomas (Ex: Cefaléia; Dor retrorbitária; Exantema; Prostração; Mialgia; Artralgia; História epidemiológica compatível). Na População Geral observa-se exantema maculopapular pruriginoso acompanhado de dois ou mais sintomas (Ex: Febre; Hiperemia conjuntival sem secreção; Poliartralgia; Edema periarticular). Em Gestantes observa-se Doença exantemática aguda, se excluídas as hipóteses não infecciosas. Febre maior que 38,5°C de início súbito; Artralgia; Artrite intensa de início agudo e não explicada por outras condições, tendo sido residente ou visitante de áreas endêmicas em um período de até 15 dias antes do início dos sintomas. Febre aguda com início súbito, dentro de 7 dias antes do começo dos sintomas; Icterícia; Procedente de área de risco para a Febre Amarela ou de locais com ocorrência de Doenças Epizootias em PNH ou isolamento de vírus em vetores nos últimos 15 dias; Pessoas não vacinadas. Arbovirose Dengue ZIKA Chikungunya Febre Amarela Febre Geralmente maior que 38° e duração até 7 dias. Quando presente, a Febre é baixa. Febre alta de duração curta. Geralmente alta e contínua com duração de 2 a 7 dias Exantema Raramente apresenta Aproximadamente 90% dos casos de Exantema Maculopapular. Após a ZIKA é a Arbovirose que mais apresenta este sinal. Exantema Ausente; Ícterícia pode estar presente; Petéquias presentes em casos graves. Alterações Articulares Dor Frequencia +/+++ Leve Edema raro Geralmente possui duração de uma semana Dor Frequencia ++/+++ Leve ou Moderada Principalmente nas mãos e nos pés, apresentando artrite em alguns casos; Pode permanecer até 1 mês após o início da doença, mas não apresenta cronicidade. Edema Frequentemente de leve intensidade. Dor Frequencia +++/+++ Moderada ou Intensa. Artrite incapacitante, podendo persistir de 10 a 90 dias (Forma Aguda) ou ao longo de vários anos (Forma Crônica). Poliarticular principalmente nos Tornozelos, Punhos, Mãos, mas também podem afetar articulações mais proximais. Comumente simétricas. Edema Moderado ou Intenso. Podem acontecer artralgias, porém sem sinais flogísticos. Cefaleia Frequência/Intensidade +++ ++ ++ +++ Conjuntivite Raro 50% a 90% Não purulenta 80% Não Purulenta Ausente,Podendo haver esclera amarelada Outros Sintomas Mialgia; Prostração; Astenia; Dor retrorbital; Anorexia; Náuseas; Vômitos são comuns. Fadiga; Mialgia; Astenia; Dor retrorbitária com menor frequência; Vômitos; Diarréia; Dor abdominal; Aftas; Adenite; Astenia pós infecção é frequente. Dor difusa no dorso; Mialgia; Náusea; Vômitos. Mialgia; Inapetência; Náuseas. Sinal de Faget (Bradicardia acompanhando Febre Alta) pode estar presente. Arbovirose Dengue ZIKA Chikungunya Febre Amarela Formas Graves Manifestações hemorrágicas leves (Ex: Petéquias; Sangramento em Mucosas; Sangramentos Importantes). Choque Hipovolêmico. Alterações graves de órgão (Ex: Sistema Nervoso Central; Coração; Rim). Geralmente ocorrem entre o 3° e 7° dia de Doença, quando ocorre a Defervescência. Sindrome de Guillain-Barré; Complicações Neurológicas (Ex: Encefalite; Meningoencefalite; Paraestesia; Paralisia Facial; Mielite). Pode ocorrer Trombocitopenia púrpura; Danos Oftalmológicos; Danos Cardíacos. Formas atípicas; Meningoencefalite; Encefalopatia; Convulsão; Sindrome de Guillan-Barré, Sindrome Cerebelar; Paresias; Paralisias; Neuropatias; Miocardite; Pericardite; Insuficiência cardíaca; Arritmia; Dermatoses vesiculobolhosas; Nefrite; Insuficiência Renal Aguda; Síndrome hiperálgica etc. Cefaléia; Mialgia de maior intensidade; Icterícia; Oligúria; Manifestações Hemorrágicas. Podem haver períodos de remissão dos sintomas de 6 a 48 horas, entre os 3° e 5° dias de doença, seguido do agravamento da Icterícia, Insuficiência Renal e Fenômenos hemorrágicos. Plaquetopenia Intensa; Aumento de creatinina. Exames Laboratoriais Hemograma; Hemoconcentração; Plaquetas. Leucopenia; Trombocitopenia; Ligeira elevação no LDH, GamaGT e de marcadores de atividade inflamatória (Ex: Proteina C reativa; Fibrinogênio; Ferritina) Leucopenia frequente; Trombocitopenia; VHS e PCR elevadas; Elevação discreta das enzimas hepáticas Creatinina e CPK. Leucopenia; Neutropenia; Plaquetopenia; Anemia; Hemoconcentração;Transaminases acima de 1000 nas formas graves; Elevação do Colesterol, GGT, Uréia, Creatina, PTTa e do TAP. Albuminúria; Hematúria; Cilindrúria; CPK 1.000 UI/L. Aumento no PCR; Complicações bacterianas secundárias. Vacina Rede Privada Dengvaxia (Eficácia Questionável) X X SIM –SUS Vírus vivo atenuado. Subcutâneo (Volume de dose é 0,5 ml) Dose única a partir dos 9 meses de idade, levando 10 dias para imunização SINAN (Sistema de informação de Agravos de Notificação) Sim Sim Registro oportuno de casos de microcefalia no RESP (Registro de Eventos de Saúde Pública). Sim Sim Casos em Seres Humanos e em Epizootias Arbovirose Dengue ZIKA Chikungunya Febre Amarela Gestação Grupo de risco para as formas mais graves. Existe a possiblidade de ocorrer aborto ou trabalho de parto prematuro. Além disso, é possível haver transmissão vertical no momento do parto. Insuficiência placentária; Atraso de crescimento e morte fetal; Síndrome congênita por ZIKA – Microcefalia. Anomalias congênitas ; Desproporção craneofacial entre outras desproporções antropométricas; Couro cabeludo redundante com rugosidades; Hipertonia e espasticidade; Irritabilidade; Crises epilépticas; Hipoplasia com agenesia do corpo caloso; Artrogripose; Alterações visuais. Não há evidências de eventos teratogênicos, mas há raros relatos de abortamento espontâneo. Mães com Febre de Chikungunya no período neonatal podem transmitir o vírus aos recém nascidos por via vertical. Com taxa de transmissão de 50 % a 85%. Ocasionando formas graves em cerca de 90% dos neonatos. Risco de aborto. Trabalho de parto prematuro e morte materna. Tratamento Específico Não há Não há Não há Não há FEBRE AMARELA A Transmissão da Febre Amarela pode ser resultado do Ciclo Silvestre ou do Ciclo Urbano. No Ciclo Silvestre os Vetores do Vírus da Febre Amarela são os Mosquitos do Gênero Haemagogus e Sabethes, sendo que esta patologia é considerada como Doença Epizootia (Doença que ocorre em uma população animal não-Homo sapiens, e que se assemelha a uma epidemia em seres humanos, podendo levar ou não à morte). Acomete principalmente PNH (Primatas Não Humanos), portanto, quando nota-se que em determinada região o número de primatas encontrados mortos aumenta, deve-se ficar atento. No Ciclo Urbano o Vetor do Vírus da Febre Amarela é o Aedes Aegypt, sendo que a Transmissão ocorre quando um Ser humano Infectado no Ciclo Silvestre vai para áreas urbanas e passa o Vírus para o Mosquito que o pica, que , por sua vez, passa para um Ser Humano Saudável, infectando-o. A letalidade chega a ser de 20% a 50% em casos graves que apresentam icterícia do 7° ao 10° dia de doença. Pacientes na forma grave desta patologia podem apresentar Petéquias em decorrência de Falência Hepática, que também causa aumento nos níveis de TGO e TGP. Manifestações Clínicas e Laboratoriais comuns da Febre Amarela. Fases da Infecção por Febre Amarela Na 1° Fase, chamada de Infecção Ativa, a Febre e os demais sintomas surgem e duram de 3 a 4 dias. Após esse período o paciente entra na 2° Fase, chamada de Remissão, aonde a Febre e os demais sintomas começam a diminuir de intensidade e o paciente passa por um período de 48 horas assintomático. Passado esse momento, o paciente pode iniciar a 3° Fase, chamada de Intoxicação, em que a Febre e os demais sintomas voltam a se intensificar, a Icterícia se instala e o paciente evolui para as Formas Graves com Insuficiência Renal e Hepática, Manifestações Hemorrágicas podendo resultar em Choque, Coma e Óbito. Em relação aos Exames Específicos para Febre Amarela, pode-se utilizar o Isolamento Viral até o 5° dia após o início dos sintomas. Além deste, pode-se fazer uso do Exame Sorológico (MAC-ELISA) em que a 1° Amostra é realizada após o 5° dia de aparecimento dos sintomas, enquanto a 2° Amostra é realizada de 14 a 21 dias após a coleta da 1° Amostra. Outra opção é o Exame de Biologia Celular (RT-PCR) que deve ser realizado no 5° dia após o aparecimento dos sintomas ou dentro de 24 horas após o óbito do paciente. Também é possível realizar a Imuno-histoquímica dentro do 12 horas após o Óbito. O Exame Histopatológico, por sua vez, consiste na análise dos órgãos do indivíduo Pós-morte. A Prevenção da Febre Amarela consiste em evitar o vetor e áreas silvestres enzoóticas; Proteção individual em áreas enzoóticas; Monitoramento de mortalidade de macacos por Febre Amarela; Vacinação; Controle Urbano do vetor; Notificação Compulsória Imediata. DENGUE Um indivíduo pode ser acometido pela Dengue por até 4 vezes devido ao Fato de que o Vírus dessa Patologia possui 4 Sorotipos distintos. Portanto, é importante destacar que quando um indivíduo que já entrou em contato com algum sorotipo desenvolve a doença pela segunda vez, há uma chance maior de manifestar a patologia na sua forma mais grave. O paciente com dengue entra em choque hipovolêmico, pois perde sangue para o terceiro espaço. Portanto, uma das coisas mais importantes no tratamento da dengue é a hidratação. Existem exames específicos para a Dengue, sendo que os métodos indicados são Sorologia e Detecção dos Antígenos Virais. A Detecção de Antígenos Virais através de Isolamento Viral, PCR, Imuno-histoquímica, RT e NS1 devem ser solicitados até o 5° dia do início dos sintomas. A Sorologia – Método Enzyme-Linked Immunosorbent Assay (ELISA) Deve ser solicitada a partir do 6° dia do início dos sintomas. Quando positivos esses exames confirmam o caso, se negativos deve-se realizar uma nova amostra para a sorologia. IgM deve ser realizada para confirmação ou descarte. Sempre é importante lembrar que a Dengue é uma doença dinâmica e sistêmica, sendo que o fator determinante para as formas graves desta patologia são as alterações endoteliais vasculares, com extravasamento plasmático, que leva ao choque hipovolêmico não hemorrágico, expresso por meio da hemoconcentração, hipoalbuminemia e ou derrames cavitários. Crianças Considerar os seguintes valores normais de hematócrito < 1 mês: Ht 51% 2 meses a 6 meses: Ht 35% 6 meses a 2 anos: Ht 36% 2 anos a 6 anos: Ht 37% - Avaliação da diurese e da densidade urinária Diurese Normal: 1,5 ml a 4 ml/Kg/h Densidade urinária normal: 1004 a 1008 É de grande Importância saber que ao surgirem sinais de alarme (Ex: Plaquetopenia) ou aumento do Hematócrito na vigência da hidratação adequada, é indicada a internação hospitalar. Pacientes com Plaquetopenia < 20.000/mm³ sem repercussão clínica devem ser internados e reavaliados clínica e laboratorialmente a cada 12horas. O manejo adequado dos paciente depende do reconhecimento precoce dos sinais de alarme, do contínuo acompanhamento, do reestadiamento dos casos e da pronta reposição volêmica. Desta forma, é ESSENCIAL decorar os Sinais de Alarme para Dengue. Outra coisa ESSENCIAL é decorar como funciona a Hidratação do Paciente com Dengue - Sem Evidência de Perda de Líquido 80ml/Kg/dia - Evidência de Perda de Líquido 20ml/Kg/Hora *Vídeo Ensinando a realizar a Prova do Laço - https://www.youtube.com/watch?v=MVpOtbgSUxc Na Dengue há possibilidade do Paciente entrar em quadro de Choque Compensado, em que a Pressão Sistólica é mantida, mas existe a presença de sinais de redução da perfusão periférica. Porém também pode haver quadro de Choque Descompensado, em que há queda significativa da pressão sistólica. A Hipotensão Arterial é identificada em adultos quando a PA Sistólica encontra-se <90mmHg; PA Média <70 mmHg ou quando há diminuição de 40mmHg na PA Sistólica de Base. A Hipotensão Arterial é identificada em crianças < 1 ano quando a PA Sistólica < 70mmHg. A Hipotensão Arterial é identificada em criançasentre 1 e 10 anos quando a PA Sistólica < 70mmHg+2x (Idade) A Hipotensão Arterial é identificada em crianças > 10 anos quando a PA Sistólica < 90mmHg As pessoas só podem ter certeza de terem se tornado permanentemente imunes às Arboviroses quando possuem anticorpos advindos da Imunidade Ativa Natural (Desenvolvidos após o indivíduo ter passado pela Doença). Por outro lado, quando estes anticorpos são advindos da Imunidade Ativa Artificial (Desenvolvidos após a administração da Vacina de Dose Plena) 97% das pesssoas se tornam permanentemente imunes a estas doenças. Pessoas que recebem a Vacina Fracionada só se tornam permanentemente imunes quando recebem a segunda dose da vacina, 8 anos após a primeira dose. Dentro da Definição de Caso, é importante notar que se um Paciente apresenta Febre durante um período maior do que 7 dias, deve-se descartar a hipótese de Arbovirose e começar a suspeitar de quadros envolvendo Infecções Bacterianas e Fúngicas. ZIKA Na Definição de Caso do ZIKA, o sinal mais relevante é a identificação do Exantema Maculopapular. No Exantema Maculopapular o vaso sanguíneo encontra-se com sua permeabilidade aumentada, porém íntegro, o que resulta em um eritema local. Este sinal acomete principalmente o Tronco, desaparecendo à digitopressão e reaparecendo com a retirada da digitopressão. Exames Específicos para ZIKA Grupo Exame Para ZIKA Exame para Outras Doenças Pacientes provenientes de municípios sem diagnóstico laboratorial de ZIKA vírus. Pacientes Graves/Internados. RT-PCR -Soro: até o 5° dia dos sintomas -Urina: até o 8° dia dos sintomas Sorologia Dengue NS1 Gestantes com possível infecção pelo ZIKA vírus durante a gestação (Com ou sem filho microencefálico) RT-PCR e Sorologia (Gestante) RT-PCR -Soro: Até o 5° dia dos sintomas -Urina: Até o 6° dia dos sintomas Sorologia -Soro: 1° coleta – 3° ao 5° dia dos sintomas 2° coleta – Após 2 a 4 semanas da 1° coleta. Sorologia (Gestante) Dengue Síndrome T.O.R.C.H. Parvovírus 819 Chikungunya A Síndrome T.O.R.C.H. é caracterizada por microcefalia, surdez, corioretinite, hepatoesplenomegalia, trombocitopenia. Pode incluir Febre e Anorexia. São infecções perinatais que podem ser transmitidas da mãe ao feto. Podem levar a anomalias fetais severas ou a perda fetal. Podem atingir o feto por via das Vilosidades Coriônicas, via Hematogênica ou por Transfusões Maternofetais. T – Toxoplasmose O – Outras Infecções (Ex: Coxsakie; Sífilis; VZV; HIV; Parvo 819; HBV; Coriomeningite Linfocítica) R – Rubéola C – Citomegalovírus H – Herpes Simples 1 e 2 (Varicela) Abordagem ao RN exposto ao vírus Zika na gestação (assintomático) Anamnese Assistência pré-natal, doenças maternas prévias, infecções, abortos anteriores, exposição à radiação ionizante, drogas ilícitas, álcool, tabaco, inseticidas, cosméticos, fármacos, rash cutâneo durante a gestação. Exame Físico Completo, incluindo exame neurológico e aferição do PC Conduta da Maternidade Indicação obstétrica para a via de parto; cuidados habituais com o RN; pesagem e inspeção da placenta. Orientações Leite materno exclusivo; cuidados com o RN; vacinação; sinais de alerta Exames Complementares Maternidade Teste do olhinho; teste da orelhinha. Ambulatorialmente Teste do pezinho; mapeamento de retina; USTF; hemograma com plaquetas, dosagens séricas de aminotransferases hepáticas (AST/TGO e ALT/TGP), ureia, creatinina; sorologias para dengue, chikungunya, rubéola, toxoplasmose, citomegalovírus, sífilis e Herpes simples I e II. Abordagem ao RN com microcefalia Anamnese Assistência pré-natal, doenças maternas prévias, infecções, abortos anteriores, exposição à radiação ionizante, drogas ilícitas, álcool, tabaco, inseticidas, cosméticos, fármacos, rash cutâneo durante a gestação. Exame Físico Completo, incluindo pesquisa de outras alterações dismórficas, exame neurológico e aferição do PC. Conduta da Maternidade Indicação obstétrica para a via de parto; cuidados habituais com o RN; pesagem e inspeção da placenta Orientações Leite materno exclusivo; cuidados com o RN; vacinação; sinais de alerta; estimulação precoce com fisioterapeuta; acompanhamento por especialistas se houver comprometimento de funções; apoio psicológico à família. Exames Complementares Maternidade Teste do olhinho; teste da orelhinha; hemograma com plaquetas, dosagens séricas de aminotransferases hepáticas (AST/TGO e ALT/TGP), ureia, creatinina e outros, na dependência das alterações clínicas do RN. Ambulatorialmente Teste do pezinho; sorologias para dengue, chikungunya, rubéola, toxoplasmose, citomegalovírus, sífilis e Herpes simples I e II; exames de imagem (ecocardiograma, USG de abdômen total, USTF e/ou TC crânio); mapeamento de retina; Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico (PEATE). Havendo possibilidade, confirmar a infecção pelo vírus Zika com RT-PCR em LCR, sangue e urina Recém-Nascido vivo (RNV) com Microcefalia Possivelmente Associada à Infecção Pelo Vírus ZIKA , Durante a Gestação Tipo de Material Procedimento de coleta Sangue (soro) Recém-nascido Quantidade de coletas recém-nascido: 1 coleta no momento do nascimento. Volume de sangue/soro: 2 a 5ml/sangue (preferencialmente do cordão umbilical), sem anticoagulante; Separar 0,5 a 1 ml de soro para sorologia. Sangue do cordão umbilical Volume de sangue: 2 a 5ml/sangue, do recém-nascido no momento do nascimento. Líquor Volume de líquor: 1ml do recém-nascido no momento do nascimento. Placenta Quantidade: 3x3 cm da placenta no momento do nascimento Armazenamento e conservação das amostras de gestantes e RNV Acondicionamento e transporte das amostras . Investigação Laboratorial: instruções para coleta das amostras biológicas para diagnóstico em Natimorto suspeito de Microcefalia. Tipo de Material Amostra tecidual Procedimento de coleta (RT-PCR, isolamento viral, histopatológico e imuno-histoquímica) Material: coletar 1 cm3 de cada órgão a seguir: cérebro, fígado, coração, pulmão, rim e baço do natimorto E para RT-PCR coletar TAMBÉM 3 cm3 do tecido placentário. É interessante observar como foi construída a relação entre o vírus e a doença, pois inicialmente havia uma associação fraca entre ZIKA e Microcefalia. No entanto, estudos em animais trouxeram evidencias de que o vírus da ZIKA é Neurotrópico. Em seguida, o aumento do número de casos de microcefalia na Polinésia Francesa após epidemia por ZIKA aumentou a relação entre estes dois fatores, sendo que a investigação laboratorial aumentou ainda mais a força dessa associação. Continuaram surgindo mais evidências que fortificavam esta hipótese de influência do vírus na microcefalia, como o Isolamento do vírus em Líquido Cefalorraquidiano de paciente com síndrome neurológica aguda no Brasil; Identificação do vírus no Líquido Amniótico de duas gestantes cujos fetos apresentaram microcefalia no interior da Paraíba; Identificação de recém nascido, no estado do Ceará, com diagnóstico de microcefalia durante a gestação e resultado positivo para o ZIKA vírus, tendo evoluído para Óbito nos 5 primeiros dias de vida. Os Casos Suspeitos de Microcefalia devem ser observados para fins de notificação, dada a necessidade de se aumentar a sensibilidade para detecção de casos. Recém nascido Termo (Nascido entre 37 e 42 semanas de gestação) com perímetro cefálico aferido ao nascimento igual ou menor que 32 cm, na curva da OMS. Recém nascido Pré-Termo (Nascido com menos de 37 semanas de gestação) com perímetro cefálico aferido ao nascimento, menor ou igual que o percentil 3 (Dois desvios padrões) na curva de Fenton. Não há contra-indicação de amamentação para mulherescom ZIKA. O Tratamento de ZIKA em Casos Assintomáticos consiste na utilização de Acetaminofeno/Paracetamol ou Dipirona, para o controle da Febre e da Dor; Em Casos de Erupções Pruriginosas deve-se administrar anti-histamínicos; Não recomenda-se o uso de Ácido Acetilsalicílico e outros Anti-inflamatórios, devido ao risco aumentado de complicações hemorrágicas descritas nas infecções por outros Flavivírus. CHIKUNGUNYA Na Definição de Caso do Chikungunya, o sinal mais relevante é a identificação de Artrite incapacitante. Em relação aos Exames Específicos para Chikungunya, pode-se realizar o RT- PCR (Reverse Transcription Polimerase Chain Reaction) e o qRT-PCR (Real Time RT-PCT) – do 1° ao 5° dia. Além deste, pode-se utilizar ELISA e o teste imunocromatografico do tipo POC (Point of Care) – Detecção de tipo IgM a partir do 2° dia após o aparecimento dos sintomas (Sendo o período mais indicado a partir do 5° dia) e do tipo IgG, a partir do 6° dia. Outro importante Exame Específico ao qual se pode recorrer é o da Sorologia Pareada, em que duas amostras devem ser coletadas, a 1° na Fase Aguda da doença e a 2° deve ser coletada 15 dias após o a primeira. O aumento de 4 vezes no titulo de anticorpos demonstra reatividade específica. *Classificação de Risco e Manejo do Paciente com Suspeita de Chikungunya na Próxima Página.
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