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03 Cláudia Régia Gomes Tavares C U R S O T É C N I C O E M S E G U R A N Ç A D O T R A B A L H O Estatística de Acidentes SEGURANÇA DO TRABALHO I Seg_Trab_I_A03_RF_PBB_281009.indd Cp1Seg_Trab_I_A03_RF_PBB_281009.indd Cp1 28/10/09 11:0228/10/09 11:02 Coordenadora da Produção dos Materias Vera Lucia do Amaral Coordenador de Edição Ary Sergio Braga Olinisky Coordenadora de Revisão Giovana Paiva de Oliveira Design Gráfi co Ivana Lima Diagramação Elizabeth da Silva Ferreira Ivana Lima José Antonio Bezerra Junior Mariana Araújo de Brito Arte e ilustração Adauto Harley Carolina Costa Heinkel Huguenin Leonardo dos Santos Feitoza Revisão Tipográfi ca Adriana Rodrigues Gomes Margareth Pereira Dias Nouraide Queiroz Design Instrucional Janio Gustavo Barbosa Jeremias Alves de Araújo Silva José Correia Torres Neto Luciane Almeida Mascarenhas de Andrade Revisão de Linguagem Maria Aparecida da S. Fernandes Trindade Revisão das Normas da ABNT Verônica Pinheiro da Silva Adaptação para o Módulo Matemático Joacy Guilherme de Almeida Ferreira Filho EQUIPE SEDIS | UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE – UFRN Projeto Gráfi co Secretaria de Educação a Distância – SEDIS Governo Federal Ministério da Educação Seg_Trab_I_A03_RF_PBB_281009.indd Cp2Seg_Trab_I_A03_RF_PBB_281009.indd Cp2 28/10/09 11:0228/10/09 11:02 Você verá por aq ui... Objetivos 1 Segurança do trabalho I A03 A segurança do trabalho é uma ciência multidisciplinar e se utiliza de outras ciências para atuar. Dessa forma, vamos discutir, nesta aula, a utilização de dados estatísticos usados pela segurança do trabalho no sentido de prevenir acidentes de trabalho. Compreender os dados estatísticos em relação a acidentes de trabalho lendo e interpretando estes dados. Calcular alguns dados estatísticos. Seg_Trab_I_A03_RF_PBB_281009.indd CpTxt1Seg_Trab_I_A03_RF_PBB_281009.indd CpTxt1 28/10/09 11:0228/10/09 11:02 2 Segurança do trabalho I A03 Para começo de conversa... E m todos os ramos de atividade a estatística está presente, fornecendo dados que permitem comparações para se avaliar o comportamento daquilo que está sendo realizado. Como exemplo, temos: as pesquisas de opinião pública, que aferem à audiência de um determinado programa; as pesquisas realizadas em época de eleições, que refl etem os resultados nas urnas da preferência dos eleitores em relação aos candidatos. Isso é a aplicação da Estatística. A Segurança do Trabalho lança mão de estatística para estudar o comportamento dos acidentes nas empresas e, a partir daí, averiguar o nível das condições de segurança desenvolvidas nas diversas atividades. O que é Estatística? Segundo Milone (2004, p. 3), a Estatística é o estudo dos modos de obtenção, coleta, organização, processamento e análise de informações relevantes que permitem quantifi car, qualifi car ou ordenar entes, coleções, fenômenos ou populações de modo tal que se possa concluir, deduzir ou predizer propriedades, eventos ou estados futuros. Assim, utilizando a estatística de acidentes, podemos deduzir se as ações de segurança do trabalho estão sendo efi cazes ou não. O que são dados estatísticos? Os dados são quaisquer registros ou indícios relacionados a alguma entidade ou evento que servirão de análise e posterior conclusão relacionado ao acontecimento. Seg_Trab_I_A03_RF_PBB_281009.indd CpTxt2Seg_Trab_I_A03_RF_PBB_281009.indd CpTxt2 28/10/09 11:0228/10/09 11:02 3 Segurança do trabalho I A03 A Estatística e a Segurança do Trabalho Para relembrar... Os acidentes de trabalho ocorridos na empresa devem ser comunicados ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) através da Comunicação de Acidentes de Trabalho (CAT). A emissão da CAT se destina ao controle estatístico e epidemiológico junto aos órgãos Federais e visa, principalmente, à garantia de assistência acidentária ao empregado junto ao INSS ou até mesmo de uma aposentadoria por invalidez. Por sua vez, o Ministério do Trabalho e do Emprego (MTE), através da FUNDACENTRO, recebe, trata e divulga as fi chas de acidentes com o objetivo de avaliar e comparar a efi cácia da prevenção de acidentes nos setores da economia dos municípios, estados e do país. Os objetivos da Estatística de acidentes na Segurança do Trabalho são: a) Possibilitar avaliações sobre o desempenho do programa de Segurança do Trabalho da empresa, através de comparações de índices de acidentes ocorridos entre os seus diversos setores ou entre empresas de mesmo ramo de atividades na mesma ou em diferentes regiões do país ou no mundo. b) Propiciar o desenvolvimento de estudos referentes ao custo de acidentes – quanto custa um acidente de trabalho? Financeiramente falando, vale à pena investir na prevenção de acidentes? c) Fornecer aos órgãos públicos e particulares dados concretos e atualizados da estatística acidentária – nesse caso os interessados teriam parâmetros para avaliar a necessidade ou não de intervenção nos programas de segurança desenvolvido pelas empresas. d) Desenvolver programas que visem à redução de acidentes do trabalho e assim permitir que a empresa pague prêmios menores no tocante ao seguro de acidente do trabalho. Seg_Trab_I_A03_RF_PBB_281009.indd CpTxt3Seg_Trab_I_A03_RF_PBB_281009.indd CpTxt3 28/10/09 11:0228/10/09 11:02 Praticando...Praticando... 1 4 Segurança do trabalho I A03 É evidente a importância da Estatística para a segurança do trabalho, uma vez que fornece aos órgãos públicos e particulares dados concretos e atualizados da estatística acidentária. Assim, pesquise, através de livros, internet, etc. exemplo de Estatística aplicada à segurança do trabalho e descreva sua interpretação dos dados expostos. Publicação e divulgação das estatísticas de acidentes de trabalho – Decreto-Lei nº 362/93 de 15 de Outubro de 1993 Incumbe ao Ministério do Emprego e da Segurança Social, através do respectivo Departamento de Estatística, o apuramento e difusão regular de estatísticas sobre acidentes de trabalho e doenças profi ssionais, nos termos da delegação de competências do Instituto Nacional de Estatística naquele Departamento. Neste aspecto, as entidades seguradoras devem remeter ao Departamento de Estatística do Ministério do Emprego e da Segurança Social, até o dia 15 de cada mês, um exemplar de cada uma das participações de acidentes de trabalho que lhes tenham sido dirigidas no decurso do mês anterior. Seg_Trab_I_A03_RF_PBB_281009.indd CpTxt4Seg_Trab_I_A03_RF_PBB_281009.indd CpTxt4 28/10/09 11:0228/10/09 11:02 5 Segurança do trabalho I A03 Cadastro de acidentes na empresa O cadastro de acidentes é o conjunto de informações das ocorrências dos acidentes de uma empresa. Sua organização tem por base a Norma NBR 14280/99 – Cadastro de acidentes do trabalho, procedimento e classifi cação – e deve proporcionar unidades de medidas padrões universais de comparação. Esses padrões são as Taxas de Frequência de Acidentes (FA) e a Taxa de Gravidade de Acidentes (G) usados para indicar a necessidade relativa de medidas de prevenção em diferentes departamentos da fábrica ou entre indústrias de mesmo risco. Conceitos básicos que servirão para o estudo das Taxas de Frequência de Acidentes (FA) e Taxa de Gravidade de Acidentes (G) a) Empregado: Número de pessoas com compromisso de prestação de serviço na área de trabalho considerada, incluídos de estagiários a dirigentes, inclusive autônomos. b) Horas-homem de exposição ao risco: Somatório das horas durante as quais os empregados fi cam à disposição do empregador, em determinado período – dias, semanas, meses, ano, etc. 1. As horas de exposição devem ser extraídas das folhas de pagamento ou quaisquer outros registros de ponto, consideradas apenas as horas trabalhadas, inclusive as extraordinárias. 2. Quando não se puder determinar o total de horas realmente trabalhadas, elas deverão ser estimadas multiplicando-se o total de dias de trabalhopela média do número de horas trabalhadas por dia. 3. Na impossibilidade absoluta de se conseguir o total de homem-hora de exposição ao risco, arbitra-se em 2000 horas-homem anuais a exposição do risco para cada empregado. 4. As horas pagas, porém não realmente trabalhadas, sejam reais ou estimadas, tais como as relativas a férias, licença para tratamento de saúde, feriados, dias de folga, gala, luto, convocações ofi ciais não devem ser incluídas no total de horas trabalhadas, isto é, horas de exposição ao risco. Seg_Trab_I_A03_RF_PBB_281009.indd CpTxt5Seg_Trab_I_A03_RF_PBB_281009.indd CpTxt5 28/10/09 11:0228/10/09 11:02 Praticando...Praticando... 2 6 Segurança do trabalho I A03 5. Só devem ser computadas as horas durante as quais o empregado estiver realmente a serviço do empregador. 6. Para dirigente, viajante ou qualquer outro empregado sujeito a horário de trabalho não defi nido, deve ser considerado no cômputo das horas de exposição, a média diária de 8 horas. 7. Para empregados de plantão nas instalações do empregador, devem ser consideradas as horas de plantão. c) Dias perdidos: Dias corridos de afastamento do trabalho em virtude de lesão pessoal, exceto o dia do acidente e o dia de volta ao trabalho. d) Dias debitados: Dias que se debitam, por incapacidade permanente ou morte, para o cálculo do tempo computado. e) Tempo computado: Tempo contado em “dias perdidos, pelos acidentados, com incapacidade temporária total” mais os “dias debitados pelos acidentados vítimas de morte ou incapacidade permanente, total ou parcial”. f) Número de acidentes, com e sem perda de tempo ocorrido no mês. Calcule o que se pede: 1. José sofreu um acidente no dia 11 de abril e voltou ao trabalho no dia 30 de maio. Calcule os dias perdidos desse trabalhador. 2. João acidentou-se no dia 25/04/2007 e voltou a trabalhar no dia 07/05/2007. Calcule os dias perdidos desse trabalhador. Seg_Trab_I_A03_RF_PBB_281009.indd CpTxt6Seg_Trab_I_A03_RF_PBB_281009.indd CpTxt6 28/10/09 11:0228/10/09 11:02 7 Segurança do trabalho I A03 Medidas de avaliação de frequência e gravidade O cálculo das taxas deve ser realizado por períodos mensais e anuais, podendo-se usar outros períodos quando houver conveniência. Os acidentes de trajeto devem ser tratados à parte, não sendo incluído no cálculo usual das taxas de frequência e de gravidade. Taxas de frequência Taxa de frequência de acidentes É o número de Acidentes por milhão de horas-homem de exposição ao risco, em determinado período. Deve ser expressa com aproximação de centésimos e calculada pela seguinte expressão: FA = N × 1.000.000 H Em que: FA → taxa de frequência de acidentes N → número de acidentes H → horas-homem de exposição ao risco Taxa de frequência de acidentados com lesão com afastamento É o número de acidentados com lesão com afastamento por milhão de horas-homem de exposição ao risco, em determinado período. Deve ser expressa com aproximação de centésimos e calculada pela seguinte expressão: FL = N × 1.000.000 H Em que: FL → taxa de frequência de acidentados com lesão com afastamento N → número de acidentados com lesão com afastamento H → horas-homem de exposição ao risco Seg_Trab_I_A03_RF_PBB_281009.indd CpTxt7Seg_Trab_I_A03_RF_PBB_281009.indd CpTxt7 28/10/09 11:0228/10/09 11:02 Praticando...Praticando... 3 8 Segurança do trabalho I A03 Taxa de frequência de acidentados com lesão sem afastamento É o número de acidentados com lesão sem afastamento por milhão de horas-homem de exposição ao risco, em determinado período. Deve-se fazer o levantamento do número de acidentados vítimas de lesão, sem afastamento, calculando a respectiva taxa de frequência. Apresenta a vantagem de alertar a empresa para acidentes que concorram para o aumento do número de acidentes com afastamento. O cálculo deve ser feito da mesma forma que para os acidentados vítimas de lesão com afastamento. Auxilia os serviços de prevenção, possibilitando a comparação existente entre acidentes com afastamento e sem afastamento. FL(sem / afastamento) = N × 1.000.000 H FL → taxa de frequência de acidentados com lesão sem afastamento N → número de acidentados com lesão sem afastamento H → horas-homem de exposição ao risco Calcule o que se pede: 1. Em uma empresa onde trabalham 500 empregados, com regime de trabalho de 8h diárias, ocorreram, em dois meses, 5 acidentes com perda de tempo. Calcular a Taxa de frequência desta empresa. Seg_Trab_I_A03_RF_PBB_281009.indd CpTxt8Seg_Trab_I_A03_RF_PBB_281009.indd CpTxt8 28/10/09 11:0228/10/09 11:02 Praticando...Praticando... 4 9 Segurança do trabalho I A03 Taxa de Gravidade É o tempo computado por milhão de horas-homem de exposição ao risco, em determinado período. Deve ser expressa em números inteiros e calculada pela seguinte expressão: G = T × 1.000.000 H 1. Calcular a Taxa de Gravidade da empresa “X”, sabendo-se que a mesma registrou no primeiro trimestre de 2006 os seguintes dados: O número de horas-homens trabalhadas foi 500.000 e o número de dias perdidos foi de 400. Em que: G → taxa de gravidade T → tempo computado H → horas-homem de exposição ao risco Calcule o que se pede: Seg_Trab_I_A03_RF_PBB_281009.indd CpTxt9Seg_Trab_I_A03_RF_PBB_281009.indd CpTxt9 28/10/09 11:0228/10/09 11:02 10 Segurança do trabalho I A03 Números médios para efeito de estatística de cidentes para cada trabalhador: Quadro 01 – Números médios de dias trabalhados Descrição Números médios Horas trabalhadas por dia 8h/dia Dias trabalhados por mês 25 dias/mês Horas trabalhadas por mês 200 h/mês (8×25) Dias trabalhados por ano 300 dias/ano (25×12) Horas trabalhadas por ano 2.000 h/ano Fonte: Adaptado da NBR 14280/99 Exemplo 1 Analisaremos duas fábricas: uma a que chamaremos de T e a outra, de H. No ano passado, 10 trabalhadores se acidentaram na fábrica T e 20 na H. Qual das duas fábricas teve uma proporção mais alta de acidentados? T ou H? Fábrica Número de acidentados Observação T 10 T é melhor que H H 20 Mas suponhamos que na fábrica T trabalhem 100 pessoas e na H um número duas vezes maior. Cada fábrica, portanto, teve o mesmo número de acidentados para cada 100 trabalhadores. Seg_Trab_I_A03_RF_PBB_281009.indd CpTxt10Seg_Trab_I_A03_RF_PBB_281009.indd CpTxt10 28/10/09 11:0228/10/09 11:02 11 Segurança do trabalho I A03 Fábrica No. de acid. Empregados Observação T 10 100 T e H tiveram o mesmo número de acidentes para cada 100 trabalhadores, ou seja, 10 acidentes para cada 100 trabalhadores H 20 200 Mas, suponhamos agora que a fábrica T trabalhe 40 horas por semana e a fábrica H 44 horas. Isso nos faz concluir que, em termos de prevenção de acidentes, a H é melhor do que a T, já que na fábrica H o tempo de exposição ao risco é maior que em T, e H e T têm a mesma relação de acidentes para cada 100 trabalhadores. Fábrica Número de operá- rios acidentados Número de trabalhadores Horas trabalha- das/ semana Observação T 10 100 40 H é melhor que A, pois os trabalhadores têm mais tempo de exposi- ção ao risco. H 20 200 44 Na fábrica T ocorreram 10 acidentes com afastamento no ano passado e foram trabalhadas 200.000 horas-homens durante o ano. Assim, obtemos a taxa de frequência aplicando a seguinte fórmula: a) Cálculo da Taxa de Frequência FL = 10 × 1.000.000 200.000 = 50 Isso signifi ca que, durante o ano, os trabalhadores da fábrica T sofreram lesões que provocaram uma perda de tempo à razão de 50, por cada milhão de horas que trabalharam. b) Cálculo da Taxa de Gravidade No caso da fábrica T, as 10 lesões provocaram um total de 200 dias perdidos, assim, com a fórmula da Taxa de gravidade, obteremos o valor de dias perdidos com acidentes para cada 1.000.000 horas trabalhadas: G = 200 × 1.000.000 200.000 = 1000 Isto é, o tempo perdido devido aos acidentes ocorridos na fábrica T, no ano passado, foi de 1.000 dias para cada 1.000.000 horas-trabalhadas. Supondo-se que cada empregado trabalhou 2.000 horas por ano, a média de tempo perdido foi de 2 (dois) dias por homem, por ano. Seg_Trab_I_A03_RF_PBB_281009.indd CpTxt11Seg_Trab_I_A03_RF_PBB_281009.indd CpTxt11 28/10/09 11:0228/10/09 11:02 12 Segurança do trabalho I A03 Aplicação da tabelas de Dias Debitados A tabela de dias debitados permite a comparação de redução de capacidade devido ao acidente. Representa uma perda econômica, tendo a vida média do trabalhador sido estimada em 20 anos ou 6.000 dias. Se no nosso exemplo incluirmos uma lesão da qual resultou a perda de 2 dedos da mão, a carga correspondente é de 750 dias, os quais, acrescidos à perda de tempo proveniente das 9 lesões restantes, que equivalem a 180 dias, nos dá um total de 930 dias, e a Taxa de gravidade será: G = (180 + 750) × 1.000.000 200.000 = 4.650 O tempo perdido devido aos acidentes foi de 4.650 para cada 1.000.000 de horas-homem trabalhadas, fato esse agravado pelo acréscimo dos dias debitados referentes à perda de dois dedos da mão. Tabela de Dias Debitados A tabela de dias debitados é uma tabela utilizada com o fi m exclusivo de permitir a comparação da redução da capacidade resultante dos acidentes entre departamentos de uma mesma empresa, entre diversas Empresas e entre empresas de países que adotem a mesma tabela. A perda de tempo constante da tabela representa uma perda econômica tendo por base a vida média ativa do trabalhador, estimada em 20 anos ou 6.000 dias. Curiosidades.... A tabela dos dias debitados é usada internacionalmente e foi organizada pela “International Association of Industrial Accident Bord and Commission”. Ela foi mostrada na redação da Norma Regulamentadora 5 – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), em seu anexo 1 da Portaria 32/68, depois na atualização no anexo II – quadro 1A da Portaria n.º 33, de 27 de outubro de 1983. Apesar de não ter sido citada em sua última atualização, na prática ainda se faz referência ao quadro 1A da Portaria n.º 33, de 27 de outubro de 1983. Seg_Trab_I_A03_RF_PBB_281009.indd CpTxt12Seg_Trab_I_A03_RF_PBB_281009.indd CpTxt12 28/10/09 11:0228/10/09 11:02 13 Segurança do trabalho I A03 Tabela 1–- Dias debitados Natureza Avaliação percentual Dias debitados Morte 100 6.000 Incapacidade total e permanente 100 6.000 Perda da visão de ambos os olhos 100 6.000 Perda da visão de um olho 30 1.800 Perda do braço acima do cotovelo 75 4.500 Perda do braço abaixo do cotovelo 60 3.600 Perda da mão 50 3.000 Perda do 1º quirodátilo (Polegar) 10 600 Perda de qualquer outro quirodátilo (dedo) 5 300 Perda de dois outros quirodátilos (dedos) 12 1/2 750 Perda de três outros quirodátilos (dedos) 20 1.200 Perda de quatro outros quirodátilos (dedos) 30 1.800 Perda do 1º quirodátilo (polegar) e qualquer outro quirodátilo (dedo) 20 1.200 Perda do 1º quirodátilo (polegar) e dois outros quirodátilos (dedos) 25 1.500 Perda do 1º quirodátilo (polegar) e três outros quirodátilos (dedos) 33 1/2 2.000 Perda do 1º quirodátilo (polegar) e quatro outros quirodátilos (dedos) 40 2.400 Perda da perna acima do joelho 75 4.500 Perda da perna, no joelho ou abaixo dele 50 3.000 Perda do pé 40 2.400 Perda do 1º pododátilo (dedo grande do pé) ou de dois ou mais podátilos (dedos do pé) 6 300 Perda do 1º pododátilo (dedo grande) de ambos os pés. 10 600 Perda de qualquer outro pododátilo (dedo do pé) 0 0 Perda da audição de um ouvido 10 600 Perda da audição de ambos os ouvidos 50 3.000 Fonte: <http://www.geocities.com/Athens/Troy/8084/Estatist.html>. Acesso em: 20 ago. 2009. Seg_Trab_I_A03_RF_PBB_281009.indd CpTxt13Seg_Trab_I_A03_RF_PBB_281009.indd CpTxt13 28/10/09 11:0228/10/09 11:02 Praticando...Praticando... 5 14 Segurança do trabalho I A03 Calcule o que se pede: 1. Calcular a Taxa de Gravidade da empresa “H”, sabendo-se que a mesma registrou no primeiro trimestre de 2008 os seguintes dados: O número de horas-homens trabalhadas foi 600.000 e o número de dias perdidos foi de 450. Sabe-se, também, que entre os operários acidentados, um deles perdeu a visão de um olho e outro perdeu a perna acima do joelho. 2. Em uma empresa onde trabalham 1.000 empregados ocorreram, em um mês, três acidentes com perda de tempo, nos dias 2, 15 e 20. Os acidentados voltaram a trabalhar, respectivamente, nos dias 26, 17 e 27 do mesmo mês. No primeiro acidente, o operário perdeu um dedo polegar. Pede-se calcular as Taxas de frequência e de Gravidade. Seg_Trab_I_A03_RF_PBB_281009.indd CpTxt14Seg_Trab_I_A03_RF_PBB_281009.indd CpTxt14 28/10/09 11:0228/10/09 11:02 15 Segurança do trabalho I A03 3. Na empresa “A”, ocorreram, em três meses, 10 acidentes dos quais apenas 8 registraram perda de tempo com um total de 600 dias perdidos. Dentre os acidentados, houve dois casos mais graves: um operário perdeu um dedo polegar e outro operário perdeu o dedo pequeno do pé. Calcular as Taxas de frequência e de Gravidade dessa empresa, sabendo-se que a mesma tem 400 empregados e que, durante um mês, as atividades da citada empresa fi caram totalmente paralisadas. Interpretação de dados estatísticos Até agora sabemos como calcular as Taxas de Frequência de Acidentes (FA) e Taxa de Gravidade de Acidentes (G), cujo resultado nos fornece parâmetros para avaliar a efi cácia das ações de segurança nos setores das empresas. Agora, vamos ler e interpretar as tabelas e quadros de estatísticas de acidentes divulgados no Brasil: Exemplo 2 Os dados estatísticos de acidentes de trabalho registrados nos anos de 1996 a 2006 (tabela 2) indicam que: 1. no ano de 2006 ocorreu o maior número absoluto de acidentes (503.890 acidentes = típico + trajeto + doença); 2. o maior número absoluto de mortes no trabalho foi de 4.488 vítimas em 1996; 3. no ano de 1996 ocorreu o maior número absoluto de acidentes com incapacidade permanente (18.233 vítimas). Seg_Trab_I_A03_RF_PBB_281009.indd CpTxt15Seg_Trab_I_A03_RF_PBB_281009.indd CpTxt15 28/10/09 11:0228/10/09 11:02 Praticando...Praticando... 6 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 18.233 17.669 15.923 16.757 15.317 12.038 15.259 13.416 12.913 14.371 8.383 4.488 3.469 3.793 3.896 3.094 2.753 2.968 2.674 2.839 2.766 2.717 395.455 421.343 414.341 387.820 363.868 340.251 393.071 399.077 465.700 499.680 503.890 34.889 36.648 30.489 23.903 19.605 18.487 22.311 23.858 30.194 33.096 26.645 34.696 37.213 36.114 37.513 39.300 38.799 46.881 49.642 60.335 67.971 73.981 325.870 347.482 347.738 326.404 304.963 282.965 323.879 325.577 375.171 398.613 403.264 Acidentes típicos Ano Acidentes de trajeto Doenças do trabalho Total de acidentes Mortes Incapacidade permanente Fonte: MPAS. Anuário Estatístico da Previdência Social Elaboração: DIEESE Obs.: Para os anos mais recentes, os resultados são preliminares, portanto, sujeitos à alteração Acidentes de trabalho Brasil 1996-2006 (acidentes registrados) Tabela 113 16 Segurança do trabalho I A03 Nesta tabela não podemos fazer comparações entre o total de acidentes nos diversos períodos, para determinar em que ano ocorreu o menor índice de acidentes de trabalho no país, uma vez que não temos um parâmetro comum para tal. Por exemplo, se fi zéssemos a relação entre o número de acidentes pelo número de trabalhadores expostos ao risco em cada ano, teríamos um valor comum para ser comparado. Tabela 2 – Acidentes de trabalho registrados nos anos de 1996 a 2006 Fonte: Anuário dos trabalhadores (2008, p. 191). Baseando-se no exemplo 2 e analisando a tabela de acidentes de trabalho registrados, por motivo, em 2006 (tabela 3), que conclusão você pode tirar? Seg_Trab_I_A03_RF_PBB_281009.indd CpTxt16Seg_Trab_I_A03_RF_PBB_281009.indd CpTxt16 28/10/09 11:0228/10/09 11:02 17 Segurança do trabalho I A03 Tabela 3 – Acidentes de trabalho registrados, por motivo, em 2006 Regiões e Estados Total Motivo TípicoTrajeto Doença do Trabalho BRASIL 503.890 403.264 73.981 26.645 NORTE 19.888 15.866 2.742 1.280 Acre 431 329 77 25 Amapá 490 353 121 16 Amazonas 6.083 4.676 760 647 Pará 9.213 7.749 1.084 380 Rondônia 2.337 1.764 417 156 Roraima 124 61 54 9 Tocantins 1.210 934 229 47 NORDESTE 52.415 40.728 7.656 4.031 Alagoas 6.143 5.448 576 119 Bahia 15.992 11.939 1.980 2.073 Ceará 5.886 4.205 1.203 478 Maranhão 2.642 2.140 411 91 Paraíba 2.602 2.050 344 208 Pernambuco 11.014 8.527 1.911 576 Piauí 1.059 738 280 41 Rio Grande do Norte 4.834 3.955 649 230 Sergipe 2.243 1.726 302 215 SUDESTE 287.918 229.727 43.153 15.038 Espírito Santo 11.842 9.918 1.600 324 Minas Gerais 51.858 43.295 6.639 1.924 Rio de Janeiro 35.741 26.079 6.535 3.127 São Paulo 188.477 150.435 28.379 9.663 SUL 110.768 90.989 14.936 4.843 Paraná 36.995 30.768 4.951 1.276 Rio Grande do Sul 43.341 35.958 5.222 2.161 Santa Catarina 30.432 24.263 4.763 1.406 CENTRO-OESTE 32.901 25.954 5.494 1.453 Distrito Federal 5.788 4.087 1.115 586 Goiás 13.057 10.413 2.230 414 Moto Grosso 7.544 6.288 1.042 214 Mato Grosso do Sul 6.512 5.166 1.107 239 Fonte: <http://www.protecao.com.br/novo/imgbanco/imagens/Re-Anuario%202008/Estatistica%20Tabela2.pdf>. Acesso em: 20 ago. 2009. Seg_Trab_I_A03_RF_PBB_281009.indd CpTxt17Seg_Trab_I_A03_RF_PBB_281009.indd CpTxt17 28/10/09 11:0228/10/09 11:02 18 Segurança do trabalho I A03 Exemplo 3 A tabela a seguir é mais completa – Número de Acidentes e Doenças do Trabalho no Brasil de 1970 a 2006 (tabela 4). Dessa forma, podemos inferir que: 1. Nos anos 70, o maior índice de acidentes foi no ano de 1972, onde ocorreram 18.465 acidentes para cada 100.000 trabalhadores. 2. Apesar de maior número absoluto de acidentes (1.916.187 acidentes) no ano de 1975, pode-se considerar que, em matéria de segurança, foi um ano melhor que o de 1972, pois ocorreram 14.743 acidentes para cada 100.000 trabalhadores. Tabela 4 – Número de Acidentes e Doenças do Trabalho no Brasil de 1970 a 2006 Ano Trabalhadores Acidentes Doenças Total Aci- dente Acidentes/ 100 Mil Traba. Óbitos Óbitos/ 100 Mil Trab. Óbitos/ 10 Mil acid. Típico Trajeto 1970 7.284.022 1.199.672 14.502 5.937 1.220.111 16.751 2.232 31 18 1971 7.553.472 1.308.335 18.138 4.050 1.330.523 17.615 2.587 34 19 1972 8.148.987 1.479.318 23.389 2.016 1.504.723 18.465 2.854 35 19 1973 10.956.956 1.602.517 28.395 1.784 1.632.696 14.901 3.173 29 19 1974 11.537.024 1.756.649 38.273 1.839 1.796.761 15.574 3.833 33 21 1975 12.996.796 1.869.689 44.307 2.191 1.916.187 14.744 4.001 31 21 1976 14.945.489 1.692.833 48.394 2.598 1.743.825 11.668 3.900 26 22 1977 16.589.605 1.562.957 48.780 3.013 1.614.750 9.734 4.445 27 28 1978 16.638.799 1.497.934 48.511 5.016 1.551.461 9.324 4.342 26 28 1979 17.637.127 1.388.525 52.279 3.823 1.444.627 8.191 4.673 26 32 Média anos 70 12.428.828 1.535.843 36.497 3.227 1.575.566 13.697 3.604 29 23 1980 18.686.355 1.404.531 55.967 3.713 1.464.211 7.836 4.824 26 33 1981 19.188.536 1.215.539 51.722 3.204 1.270.465 6.621 4.808 25 38 1982 19.476.362 1.117.832 57.874 2.766 1.178.472 6.051 4.496 23 38 1983 19.671.128 943.110 56.989 3.016 1.003.115 5.099 4.214 21 42 1984 19.673.915 901.238 57.054 3.233 961.575 4.888 4.508 23 47 1985 21.151.994 1.010.340 63.515 4.006 1.077.861 5.096 4.384 21 41 1986 22.163.827 1.129.152 72.693 6.014 1.207.859 5.450 4.578 21 38 1987 22.617.787 1.065.912 64.830 6.382 1.137.124 5.028 5.738 25 50 1988 23.661.579 926.354 60.202 5.025 991.581 4.191 4.616 20 47 1989 24.486.553 825.081 58.524 4.838 888.443 3.628 4.554 19 51 Seg_Trab_I_A03_RF_PBB_281009.indd CpTxt18Seg_Trab_I_A03_RF_PBB_281009.indd CpTxt18 28/10/09 11:0228/10/09 11:02 Praticando...Praticando... 7 19 Segurança do trabalho I A03 Média anos 80 21.077.804 1.053.909 59.937 4.220 1.118.071 5.389 4.672 22 42 1990 23.198.656 632.012 56.343 5.217 693.572 2.990 5.355 23 77 1991 23.004.264 579.362 46.679 6.281 632.322 2.749 4.527 20 72 1992 22.272.843 490.916 33.299 8.299 532.514 2.391 3.516 16 66 1993 23.165.027 374.167 22.709 15.417 412.293 1.780 3.110 13 75 1994 23.667.241 350.210 22.824 15.270 388.304 1.641 3.129 13 81 1995 23.755.736 374.700 28.791 20.646 424.137 1.785 3.967 17 94 1996 23.830.312 325.870 34.696 34.889 395.455 1.659 4.488 19 113 1997 24.104.428 347.482 37.213 36.648 421.343 1.748 3.469 14 82 1998 24.491.635 347.738 36.114 30.489 414.341 1.692 3.793 15 92 1999 24.993.265 326.404 37.513 23.903 387.820 1.552 3.896 16 100 Média anos 90 23.648.341 414.886 35.618 19.706 470.210 1.999 3.925 17 85 2000 26.228.629 304.963 39.300 19.605 363.868 1.387 3.094 12 85 2001 27.189.614 282.965 38.799 18.487 340.251 1.251 2.753 10 81 2002 28.683.913 323.879 46.881 22.311 393.071 1.370 2.968 10 76 2003 29.544.927 325.577 49.642 23.858 399.077 1.351 2.674 9 67 2004 31.407.576 375.171 60.335 30.194 465.700 1.483 2.839 9 61 2005 33.238.617 398.613 67.971 33.096 499.680 1.503 2.766 8 55 2006 35.155.249 403.264 73.981 26.645 503.890 1.433 2.717 8 54 Média anos 00 30.206.932 344.919 53.844 24.885 423.648 1.397 2.830 9 68 Total 32.460.811 1.697.428 445.719 34.604.008 - 141.821 - - Média geral 21.162.115 877.319 45.876 12.046 935.243 5.963 3.833 20 54 Fonte: <http://www.protecao.com.br/novo/imgbanco/imagens/Re-Anuario%202008/Estatistica%20Tabela1.pdf>. Acesso em: 20 ago. 2009. 1. Analisando o quadro número de acidentes e doenças do trabalho no Brasil, de 1970 a 2006 (tabela 4), preencha as lacunas relativas à década de 80 (a) e repita as informações no que couber para a década de 90 (b) e compare entre si as duas décadas (c): a) Década de 80: 1. Nos anos 80, o maior índice de acidentes foi no ano de ______, onde ocorreram __________ acidentes para cada 100.000 trabalhadores. 2. Apesar do maior número absoluto de acidentes no ano de ______ com ____________ acidentes, pode-se considerar que em matéria de segurança foi um ano melhor que o de ______, pois ocorreram __________ acidentes para cada 100.000 trabalhadores. Seg_Trab_I_A03_RF_PBB_281009.indd CpTxt19Seg_Trab_I_A03_RF_PBB_281009.indd CpTxt19 28/10/09 11:0228/10/09 11:02 20 Segurança do trabalho I A03 b) Década de 90: c) Entre as duas décadas: 2. Analisando o quadro de acidentes de trabalho ocorridos nos últimos 17 anos no Estado do Rio Grande do Norte (tabela 5), em qual ano ocorreu maior êxito nas ações de prevenção de acidentes? Explique sua resposta. Tabela 5 – Acidentes de trabalho ocorridos nos últimos 17 anos no Estado do Rio Grande do Norte Ano Trabalhadores Acidentes de Trabalho Registrados Óbitos Óbitos/ 10 Mil Acid. Óbitos/ 100 Mil Hab. Típico Trajeto Doença Total 1990 258.819 2.059 229 14 2.302 28 122 11 1991 266.361 1.999 224 8 2.231 48 215 18 1992 258.097 819 87 8 914 24 263 9 1993 263.652 849 54 8 911 32 351 12 1994 276.319 778 29 6 813 27 332 10 1995 285.985 926 88 28 1.042 24 230 8 1996 287.614 1.273 28 162 1.463 37 253 13 1997 272.744 1.229 193 28 1.450 34 234 12 1998 286.325 1.431 216 48 1.695 42 248 15 Seg_Trab_I_A03_RF_PBB_281009.indd CpTxt20Seg_Trab_I_A03_RF_PBB_281009.indd CpTxt20 28/10/09 11:0228/10/09 11:02 21 Segurança do trabalho I A03 1999 297.616 1.374 216 59 1.649 20 121 7 2000 315.488 1.212 252 49 1.513 31 205 10 2001 337.160 1.508 282 66 1.856 26 140 8 2002 318.971 1.821 335 89 2.245 28 125 9 2003 388.007 2.099 332 129 2.560 32 125 8 2004 421.109 3.030 449 131 3.610 23 64 5 2005 450.797 3.397 489 169 4.055 20 49 4 2006 475.257 3.955 649 230 4.834 28 58 6 Total 5.460.321 29.759 4.152 1.232 35.143 504 - - Média 321.195 1.751 244 72 2.067 30 184 10 Fonte: <http://www.protecao.com.br/novo/imgbanco/imagens/Re-Anuario%202008/Estatistica%20por%20Estados%20RN.pdf>. Acesso em: 20 ago. 2009. Nesta aula, estudamos os dados estatísticos de acidentes de trabalho e como esses dados ajudam na prevenção de acidentes. Na próxima aula, estudaremos como identifi car as atividades e operações insalubres e perigosas no ambiente laboral, condições estasresponsáveis por muitas doenças ocupacionais. Até breve! Leitura complementar ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 14280/99: cadastro de acidentes de trabalho: procedimentos e classifi cação. Rio de Janeiro, 2001. Disponível em: <http://www.segurancaetrabalho.com.br/download/nbr14280-cadastro.doc>. Acesso em: 29 jan. 2009. Documento que aborda a Norma Brasileira Regulamentadora 14.280, relativo ao procedimento e classifi cação do cadastro de acidentes do trabalho. Você estudou que a estatística tem um papel importante na prevenção de acidentes, uma vez que as divulgações de dados estatísticos vão servir como parâmetro de avaliação das ações de segurança implantadas na empresa ou diagnosticar os setores que necessitam de melhor intervenção de segurança. Portanto, cabe ao pessoal da Segurança do Trabalho, na ocorrência de acidentes, preencher e enviar a fi cha de acidentes de trabalho específi ca à FUNDACENTRO, órgão responsável pelo recolhimento e tratamento dos dados. Seg_Trab_I_A03_RF_PBB_281009.indd CpTxt21Seg_Trab_I_A03_RF_PBB_281009.indd CpTxt21 28/10/09 11:0228/10/09 11:02 Autoavaliação 22 Segurança do trabalho I A03 Responda ao que se pede: 1. Qual o papel da Estatística na Segurança do trabalho? 2. O que signifi ca o parâmetro Horas-homem de exposição ao risco? 3. A quem compete o tratamento estatístico dos acidentes de trabalho? 4. Qual o papel da empresa em relação aos dados estatísticos de acidentes de trabalho? 5. Qual a diferença entre dias perdidos e dias debitados? 6. Em que se baseia a tabela de dias debitados? 7. Qual a diferença entre a Taxa de Frequência e Taxa de Gravidade? 8. Nos quadros e tabelas estatísticas, o que compõe a coluna total de acidentes de trabalho registrados ou total de acidentes? 9. Para fi ns estatísticos, qual a média das horas trabalhadas por ano? 10. Em uma empresa A, onde trabalham 2500 empregados, ocorreram 5 (cinco) acidentes em 1 (um) ano, com 7 (sete) dias perdidos; um dos trabalhadores perdeu a visão de um olho e outro perdeu a mão. Em uma empresa B, onde trabalham 1500 empregados, ocorreram 3 (três) acidentes em 1 (um) ano, com 3 (três) dias perdidos e um dos trabalhadores veio a falecer. a) Calcule a Taxa de frequência e Gravidade, considerando o regime de trabalho de 8h diárias. b) Compare as empresas A e B em termos de efi cácia em relação às ações de segurança do trabalho. Referências ANUÁRIO Estatístico de Acidentes do Trabalho 2007: Seção II - Indicadores de Acidentes do Trabalho. Disponível em: <http://www.previdencia.gov.br/conteudoDinamico. php?id=645>. Acesso em: 20 ago. 2008. Seg_Trab_I_A03_RF_PBB_281009.indd CpTxt22Seg_Trab_I_A03_RF_PBB_281009.indd CpTxt22 28/10/09 11:0228/10/09 11:02 23 Segurança do trabalho I A03 BRASIL. Ministério do Trabalho. Secretaria de Segurança e Medicina do Trabalho. Portaria n.° 33, de 27 de outubro de 1983. Brasília, 1983. Disponível em: <http://www.mte. gov.br/legislacao/portarias/1983/p_19831027_33a.pdf>. Acesso em: 20 ago. 2008. BRASIL. Ministério da Economia e da Inovação. Decreto-Lei n. 362/93, de 15 de Outubro de 1993. Regula a informação estatística sobre acidentes de trabalho e doenças profi ssionais. Brasília, 1993. Disponível em: <http://www.iapmei.pt/iapmei- leg-03.php?lei=2260>. Acesso em: 13 jul. 2008. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 14280/99: cadastro de acidentes de trabalho: procedimentos e classifi cação. Rio de Janeiro, 2001. Disponível em: <http://www.segurancaetrabalho.com.br/download/nbr14280-cadastro.doc>. Acesso em: 29 jan. 2009. ______. Ministério do Trabalho e Emprego. Normas regulamentadoras. Disponível em: <http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/default.asp>. Acesso em: 13 jul. 2008. COSTA NETO, Ângelo da; FERNANDES, Francisco das Chagas de Mariz. Segurança do trabalho: defenda essa causa. Natal: Setor gráfi co da ETFRN, 1989. DEPARTAMENTO INTERSINDICAL DE ESTATÍSTICA E ESTUDOS SOCIOECONÔMICOS – DIEESE. Anuário dos trabalhadores 2008. 9. ed. São Paulo: DIEESE, 2008. Disponível em: <http://www.mte.gov.br/dados_estatisticos/anuario_2008/arquivos/pdf/anuario_ trabalhadores_2008.pdf>. Acesso em: 20 ago. 2009. ESTATÍSTICAS de acidentes. Disponível em: <http://www.geocities.com/Athens/ Troy/8084/Estatist.html>. Acesso em: 12 jul. 2008. INSTRUÇÃO normativa INSS/PRES nº 20, de 11 de outubro de 2007. Diário Ofi cial da União, 10 out. 2007. Disponível em: <http://www81.dataprev.gov.br/sislex/ paginas/38/INSS-PRES/2007/20.HTM>. Acesso em: 12 jul. 2008. MILONE, Giuseppe. Estatística: geral e aplicada. São Paulo: Pioneira Thompson Learning, 2004. p. 483. PANTALEÃO, Sérgio Ferreira. Comunicação de acidente de trabalho. In: SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS DE S.J. DE UBÁ: blog. 27 set. 2007. Disponível em: <http:// sisepuba.spaceblog.com.br/53630/COMUNICACAO-DE-ACIDENTE-DE-TRABALHO/>. Acesso em: 12 jul. 2008. PROTEÇÃO: informação de fonte segura. Anuário brasileiro de proteção 2008. Disponível em: <http://www.protecao.com.br/novo/template/page.asp?menu=962&CodMenu=9 62&Lbt=0>. Acesso em: 20 ago. 2009. Seg_Trab_I_A03_RF_PBB_281009.indd CpTxt23Seg_Trab_I_A03_RF_PBB_281009.indd CpTxt23 28/10/09 11:0228/10/09 11:02 24 Segurança do trabalho I A03 Anexo 1 Termos estatísticos Vamos apresentar alguns termos utilizados em relação a estatísticas de acidente, conforme a NBR 14280/1999, para podermos compreender os dados estatísticos de acidentes de trabalho: 1. Lesão com afastamento (Lesão com perda de tempo ou incapacitante): Lesão pessoal que impede o acidentado de voltar ao trabalho no dia imediato ao do acidente ou de que resulte incapacidade permanente. Essa lesão pode provocar incapacidade permanente total, incapacidade permanente parcial, incapacidade temporária total ou morte. 2. Lesão sem afastamento (Lesão não incapacitante ou lesão sem perda de tempo): Lesão pessoal que não impede o acidentado de voltar ao trabalho no dia imediato ao do acidente, desde que não haja incapacidade permanente. Essa lesão não provoca a morte, incapacidade permanente total ou parcial ou incapacidade temporária total; exige, no entanto, primeiros socorros ou socorros médicos de urgência. Devem ser evitadas as expressões “acidente com afastamento” e “acidente sem afastamento”, usadas impropriamente para signifi car, respectivamente, “lesão com afastamento” e “lesão sem afastamento”. 3. Incapacidade permanente total: Perda total da capacidade de trabalho, em caráter permanente, sem morte. Ex.: ambos os olhos, um olho e uma das mãos ou um olho e um pé, ambas as mãos ou ambos os pés ou uma das mãos e um pé. 4. Incapacidade permanente parcial: Redução parcial da capacidade de trabalho, em caráter permanente que, não provocando morte ou incapacidade permanente total, é a causa de perda de qualquer membro ou parte do corpo ou qualquer redução permanente de função orgânica. 5. Incapacidade temporária total: Perda total da capacidade de trabalho de que resulte um ou mais dias perdidos, excetuados a morte, a incapacidade permanente parcial e a incapacidade permanente total. 6. Análise do acidente: Estudo do acidente para a pesquisa de causas, circunstâncias e consequências. 7. Estatísticas de acidentes, causas e consequências: Números relativos à ocorrência de acidentes, causas e consequências devidamente classifi cados. Seg_Trab_I_A03_RF_PBB_281009.indd CpTxt24Seg_Trab_I_A03_RF_PBB_281009.indd CpTxt24 28/10/09 11:0228/10/09 11:02 25 Segurança do trabalho I A03 8. Comunicação de acidente: Informação que se dá aos órgãos interessados, em formulário próprio, quando da ocorrência de acidente. 9. Comunicação de acidentes para fi ns legais: Qualquer comunicação de acidente emitida para atender a exigências da legislação em vigor como, por exemplo, a destinada à previdência social. 10. Comunicação interna de acidentes para fi ns de registro: Comunicação que se faz com a fi nalidade precípua de possibilitar o registrode acidente. 11. Registro de acidente: Registro metódico e pormenorizado, em formulário próprio, de informações e de dados de um acidente, necessários ao estudo e à análise de suas causas, circunstâncias e consequências. 12. Registro de acidentado: Registro metódico e pormenorizado, em formulário individual, de informações e de dados relativos a um acidentado, necessários ao estudo e à análise das causas, circunstâncias e consequências do acidente. 13. Formulários para registro, estatísticas e análise de acidente: Formulários destinados ao registro individual ou coletivo de dados relativos a acidentes e respectivos acidentados, preparados de modo a permitir a elaboração de estatísticas e análise dos acidentes, com vistas à sua prevenção. 14. Cadastro de acidentes: Conjunto de informações e de dados relativos aos acidentes ocorridos. 15. Acidente típico: é aquele decorrente da característica da atividade profi ssional que o indivíduo exerce. 16. Acidente de trajeto: é aquele que ocorre no trajeto entre a residência do trabalhador e o local de trabalho e vice-versa. 17. Doença profi ssional ou do trabalho: é a doença produzida ou desencadeada pelo exercício de determinada função, característica de um emprego específi co. 18. Morte: Cessação da capacidade de trabalho pela perda da vida, independentemente do tempo decorrido desde a lesão. 19. Estatísticas por setor de atividade: Além das estatísticas globais da empresa, entidade ou estabelecimento, é de toda conveniência que sejam elaboradas estatísticas por setor de atividade, o que permite evitar que a baixa incidência de acidentes em áreas de menor risco venha a infl uir nos resultados de quaisquer das demais, excluindo, também, das áreas de atividade específi ca os acidentes não diretamente a elas relacionadas. Seg_Trab_I_A03_RF_PBB_281009.indd CpTxt25Seg_Trab_I_A03_RF_PBB_281009.indd CpTxt25 28/10/09 11:0228/10/09 11:02 Anotações 26 Segurança do trabalho I A03 Seg_Trab_I_A03_RF_PBB_281009.indd CpTxt26Seg_Trab_I_A03_RF_PBB_281009.indd CpTxt26 28/10/09 11:0228/10/09 11:02 Anotações 27 Segurança do trabalho I A03 Seg_Trab_I_A03_RF_PBB_281009.indd CpTxt27Seg_Trab_I_A03_RF_PBB_281009.indd CpTxt27 28/10/09 11:0228/10/09 11:02 Anotações 28 Segurança do trabalho I A03 Seg_Trab_I_A03_RF_PBB_281009.indd CpTxt28Seg_Trab_I_A03_RF_PBB_281009.indd CpTxt28 28/10/09 11:0228/10/09 11:02 Seg_Trab_I_A03_RF_PBB_281009.indd CpTxt29Seg_Trab_I_A03_RF_PBB_281009.indd CpTxt29 28/10/09 11:0228/10/09 11:02 Seg_Trab_I_A03_RF_PBB_281009.indd CpTxt30Seg_Trab_I_A03_RF_PBB_281009.indd CpTxt30 28/10/09 11:0228/10/09 11:02 AVALIAÇÃO 1 (ESTATÍSTICA APLICADA) CURSO TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO PROFESSOR: ENG. MARCÍLIO LIMA ALUNO: QUESTÃO 01: Em uma empresa onde trabalham 1700 empregados, com regime de trabalho de 200h mensais, ocorreram, em um ano, 5 acidentes com lesão e afastamento. Calcular a Taxa de frequência desta empresa. QUESTÃO 02: Em uma empresa onde trabalham 500 funcionários, com regime de trabalho em escala de turno sendo que: O turno A = 200 Funcionários; Turno B = 160 Funcionários; Turno C = 140 Funcionários, em um ano aconteceu cinco acidentes sendo que: 02 com lesão e afastamento, 02 de trajeto e 01 sem afastamento. Considerar a NBR 14280 para os cálculos de horas homens trabalhadas. Total de dias perdidos 400 e dos acidentes que ocorreram afastamento um provocou a perda do primeiro quirodátilo e o outro a perda de do primeiro pododátilo. Calcular a Taxa de frequência e de gravidade desta empresa. TAXA DE FREQUENCIA TAXA DE GRAVIDADE TF= 3 x 1.000.000 TF = 3.000.000 500 x 2.000 1.000.000 TF = 3 QUESTÃO 03: Calcular a Taxa de Gravidade da empresa, sabendo-se que a mesma registrou no primeiro trimestre de 2015 os seguintes dados: O número de horas-homens trabalhadas foi 800.000, número de dias perdidos foi de 600 e de dias debitados igual a 9.000. G = 9.000 + 600 x 1.000.000 800.000 G = 12.000 QUESTÃO 04: Na empresa “A”, ocorreram, em cinco meses, oito acidentes dos quais apenas 3 registraram perda de tempo com um total de 700 dias perdidos. Dentre os acidentados, houve dois casos mais graves: um operário perdeu um braço acima do cotovelo e o outro perdeu a visão de um olho. HHT= 1700 x 200 x 12 HHT= 4080000 TF= 5 x 1.000.000 = 5.000.000 TF=1,22 4.080.000 4.080.000 G = 400 + 600 + 300 x 1.000.000 G = 1.300 1.000.000 (Quirodátilo 600 DIAS) e (Pododátilo 300 DIAS) Calcular as Taxas de frequência e de Gravidade respectivamente dessa empresa, sabendo-se que a mesma tem 450 empregados trabalhando 08 horas diárias e 26 dias por mês. TAXA DE FRENQUÊNCIA TAXA DE GRAVIDADE TF = 8 x 1.000.000 TF = 8.000.000 450 x 26 x 8 x 5 468.000 TF = 17,09 G = 4500 + 1800 +700 x 1.000.000 468.000 G= 7.000.000.000 / 468.000 G=14.957,26 (Perda de um braço acima do cotovelo 4500 DIAS) (Perda da visão de um olho 1800 DIAS) QUESTÃO 05: Considere o gráfico com os dados estatísticos e as informações abaixo para responder às questões. Em uma refinaria de petróleo, onde se trabalha mensalmente com 400.000 horas-homem de exposição aos riscos, no ano passado, ocorreram 45 acidentes do trabalho. Desses acidentes, 15 foram com lesão com afastamento e 30, com lesão sem afastamento, sendo que nos meses de fevereiro e de novembro ocorreram, respectivamente, uma incapacidade total permanente e a perda de uma perna abaixo do joelho. A soma acumulada dos dias perdidos no ano, decorrentes dos outros acidentes foi de 600 dias. Pede-se: A taxa de frequência acumulada no mês de Maio; TF= (18x1.000.000) / (2.000.000) TF = 9,00 A taxa de gravidade acumulada no mês de Novembro; Dias perdidos = 600 Dias debitados (6.000 + 3.000) G= Tempo computado x 1.000.000 / Horas-Homens de exposição ao risco G = (600+6.000+3.000) x 1.000.000 / 11 x 400.000 G = 9.600 x 1.000.000 / 4.400.000 G = 2.181 Tutor tentei fazer do jeito que entendi, pois não vi exemplos resolvidos nos PDF´s do curso, gostaria que tivesse tudo certo, porém essas 2 últimas, fiz mas não tive certeza e confiança dos cálculos. Desde já muito obrigado. “Já vi o fim do mundo algumas vezes e na manhã seguinte estava tudo bem!” Boa Prova! 04/02/2021 Avaliação 02 https://ava.politecnicabr.com.br/mod/quiz/review.php?attempt=1050797 1/12 Painel / Minhas Disciplinas / 35A105 / Avaliação 2 / Avaliação 02 Estatística Aplicada a Segurança do Trabalho Iniciado em quinta, 4 Fev 2021, 09:24 Estado Finalizada Concluída em quinta, 4 Fev 2021, 09:42 Tempo empregado 17 minutos 55 segundos Avaliar 10,00 de um máximo de 10,00(100%) 04/02/2021 Avaliação 02 https://ava.politecnicabr.com.br/mod/quiz/review.php?attempt=1050797 2/12 Questão 1 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 Uma empresa no ano de 2016 teve 60 Acidentes de Trabalho (AT) e possui 100 trabalhadores. Calcule o IRA - Índice Relativo de Acidente. Escolha uma opção: a. 60 b. 40 c. 70 d. 50 e. 30 04/02/2021 Avaliação 02 https://ava.politecnicabr.com.br/mod/quiz/review.php?attempt=1050797 3/12 Questão 2 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 É um indicador da intensidade com que acontecem os acidentes do trabalho: Escolha uma opção: a. A taxa de desemprego b. A taxa de consciência c. A taxa de trabalhadores d. A taxa de incidência 04/02/2021 Avaliação 02 https://ava.politecnicabr.com.br/mod/quiz/review.php?attempt=1050797 4/12 Questão 3 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 Dias corridos de afastamento do trabalho em virtude de lesão pessoal, excetuados o dia do acidentee o dia da volta ao trabalho. Escolha uma opção: a. tempo perdido b. dias perdidos c. dias debitados d. tempo computado 04/02/2021 Avaliação 02 https://ava.politecnicabr.com.br/mod/quiz/review.php?attempt=1050797 5/12 Questão 4 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 É o tempo computado por milhão de horas-homem de exposição ao risco, em determinado período. Escolha uma opção: a. Taxa de Gravidade b. Índice de Acidentes c. Índice Relativo d. Taxa de Frequência 04/02/2021 Avaliação 02 https://ava.politecnicabr.com.br/mod/quiz/review.php?attempt=1050797 6/12 Questão 5 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 Uma empresa com 100.000 Homens Horas Trabalhadas em março de 2012. Neste mês teve 15 Acidentes de Trabalho que renderam a perda de 30 dias e 1 destes Acidentes de Trabalho teve perda de visão direita e como tempo perdido um valor de 1.800. Portanto, calcule a Taxa de Gravidade? Escolha uma opção: a. 10.300 b. 8.300 c. 20.300 d. 18.300 04/02/2021 Avaliação 02 https://ava.politecnicabr.com.br/mod/quiz/review.php?attempt=1050797 7/12 Questão 6 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 A avaliação da freqüência e da gravidade deve ser feita em função de, exceto a opção: Escolha uma opção: a. tempo computado b. número de acidentes ou de acidentados c. horas-homem de exposição ao risco d. fonte da lesão 04/02/2021 Avaliação 02 https://ava.politecnicabr.com.br/mod/quiz/review.php?attempt=1050797 8/12 Questão 7 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 É o número de Acidentes por milhão de horas-homem de exposição ao risco, em determinado período. Escolha uma opção: a. Taxa de frequência de acidentes b. Estatística de Acidentes c. Taxa de Gravidade d. Índice de Acidentes 04/02/2021 Avaliação 02 https://ava.politecnicabr.com.br/mod/quiz/review.php?attempt=1050797 9/12 Questão 8 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 O cadastro de acidentes é o conjunto de informações das ocorrências dos acidentes de uma empresa. Sua organização tem por base qual Norma NBR? Escolha uma opção: a. 16480 b. 14280 c. 9001 d. 18001 e. 14176 04/02/2021 Avaliação 02 https://ava.politecnicabr.com.br/mod/quiz/review.php?attempt=1050797 10/12 Questão 9 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 Podemos a�rmar que a Segurança do Trabalho lança mão de estatística para estudar o comportamento dos acidentes nas empresas e, a partir daí, averiguar o nível das condições de segurança desenvolvidas nas diversas atividades. Escolha uma opção: Verdadeiro Falso 04/02/2021 Avaliação 02 https://ava.politecnicabr.com.br/mod/quiz/review.php?attempt=1050797 11/12 Questão 10 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 Acidente cuja caracterização independe de existir acidentado, não podendo ser considerado como causador direto da lesão pessoal. Escolha uma opção: a. Acidente Impessoal b. Acidente de Trajeto c. Acidente Pessoal d. Acidente sem Lesão Entre em Contato https://www.politecnicabr.com.br 0800 084 2627 indisponível devido a pandemia de COVID-19, use outro canal! 0800 084 2627 comercial@politecnicabr.com.br Links Úteis Dicas da nossa Diretora Acadêmica Planner de Estudos Declaração de Matrícula Orientações do AVA Abertura de Ticket Fale com o Tutor Cronograma de Estudos Solicitação de Diploma Manual de Estágio Manual de Competência PROFESSOR: Eng. MARCÍLIO LIMA marcilioplimatst@yahoo.com.br ESTATÍSTICA APLICADA À SEGURANÇA NO TRABALHO O QUE É ESTATÍSTICA? A estatística trata-se de um ramo da Matemática Aplicada que coleta informações (dados) e expressa estes dados de forma mais resumida e eficiente para o seu entendimento e interpretações. A média aritmética dos valores x1, x2, x3, ..., xn é dada pelo quociente entre a soma desses valores e a quantidade de valores. Exemplo: Calcule a média aritmética dos números 10, 4 e 7. Portanto, a média aritmética é igual a 7. A média aritmética ponderada dos valores x1, x2, x3, ..., xn com pesos p1, p2, p3, ..., pn, respectivamente, é dada por: Exemplo: Considere um grupo de 6 pessoas. Calcule a média das idades dessas pessoas sabendo que três delas tem 18 anos, duas tem 20 anos e uma tem 26 anos. Portanto, a média das idades é 20 anos. Observação: Os pesos correspondem às frequências (quantidade). MÉDIA GEOMÉTRICA (MG) A média geométrica dos valores x1, x2, x3, ..., xn é dada pela raiz n-ésima do produto dos n valores. Exemplo: Calcule a média geométrica dos números 1, 2 e 4. Logo, a média geométrica é igual a 2. MÉDIA HARMÔNICA (MH) A média harmônica dos valores x1, x2, x3, ..., xn é dada pelo inverso da média aritmética dos seus inversos. Exemplo: Calcule a média harmônica dos números 2 e 3. CONCEITOS PRELIMINARES População – é o conjunto de todos os elementos que podem ser envolvidos em um determinado estudo estatístico; Amostra – é qualquer parte de uma população (ou do conjunto total de dados objeto de um estudo estatístico em questão); Variável – é cada uma das características da população ou amostra envolvidas em um estudo estatístico. Censo – é o estudo que envolve dados de todos os elementos de uma população; GRÁFICOS GRÁFICOS GRÁFICOS GRÁFICOS Um diagrama de dispersão serve para saber se existe alguma correlação entre duas ou mais variáveis (produtividade e qualidade de vida no trabalho, por exemplo) GRÁFICOS popularmente chamado de gráfico de pizza, os dados são representados por setores angulares e, geralmente, associados a valores percentuais. SÉRIE TEMPORAL Série temporal (também chamada de histórica ou cronológica): é toda série cujos dados indicam uma variação do tempo, permanecendo constante o fato e o local. SÉRIE GEOGRÁFICA Série geográfica (também chamada de territorial): é toda série cujos dados indicam a variação do local, permanecendo fixos a época e o fato. SÉRIE GEOGRÁFICA Série específica (também chamada de categórica ou qualitativa): é toda série cujos dados indicam a variação da espécie (ou qualidade) referente ao fenômeno, permanecendo fixos a época e o local. SÉRIE MISTA Série de dupla entrada (mista ou composta): a combinação entre duas ou mais séries constituem novas séries denominadas mistas ou compostas e apresentadas em tabelas de dupla entrada. O nome da série de dupla entrada surge de acordo com a combinação de pelo menos dois elementos. SÉRIE MISTA SÉRIE MISTA Até a próxima!!! Bons estudos!!! PROFESSOR: Eng. MARCÍLIO LIMA marcilioplimatst@yahoo.com.br ESTATÍSTICA APLICADA À SEGURANÇA NO TRABALHO ESTATÍSTICA DE ACIDENTES A segurança do trabalho é uma ciência multidisciplinar e se utiliza de outras ciências para atuar. Dessa forma, vamos discutir, nesta aula, a utilização de dados estatísticos usados pela segurança do trabalho no sentido de prevenir acidentes de trabalho. A ESTATÍSTICA E A SEGURANÇA DO TRABALHO Os acidentes de trabalho ocorridos na empresa devem ser comunicados ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) através da Comunicação de Acidentes de Trabalho (CAT). A emissão da CAT se destina ao controle estatístico e epidemiológico junto aos órgãos Federais e visa, principalmente, à garantia de assistência acidentária ao empregado junto ao INSS ou até mesmo de uma aposentadoria por invalidez. A ESTATÍSTICA E A SEGURANÇA DO TRABALHO Por sua vez, o Ministério do Trabalho e do Emprego (MTE), através da FUNDACENTRO, recebe, trata e divulga as fichas de acidentes com o objetivo de avaliar e comparar a eficácia da prevenção de acidentes nos setores da economia dos municípios, estados e do país. Os objetivos da Estatística de acidentes na Segurança do Trabalho são: a) Possibilitar avaliações sobre o desempenho do programa de Segurança do Trabalho da empresa, através de comparações de índices de acidentes ocorridos entre os seus diversos setores ou entre empresas de mesmoramo de atividades na mesma ou em diferentes regiões do país ou no mundo. b) Propiciar o desenvolvimento de estudos referentes ao custo de acidentes – quanto custa um acidente de trabalho? Financeiramente falando, vale à pena investir na prevenção de acidentes? Os objetivos da Estatística de acidentes na Segurança do Trabalho são: c) Fornecer aos órgãos públicos e particulares dados concretos e atualizados da estatística acidentária – nesse caso os interessados teriam parâmetros para avaliar a necessidade ou não de intervenção nos programas de segurança desenvolvido pelas empresas. d) Desenvolver programas que visem à redução de acidentes do trabalho e assim permitir que a empresa pague prêmios menores no tocante ao seguro de acidente do trabalho. Conceitos básicos que servirão para o estudo das Taxas de Frequência de Acidentes (FA) e Taxa de Gravidade de Acidentes (G) a) Empregado: Número de pessoas com compromisso de prestação de serviço na área de trabalho considerada, incluídos de estagiários a dirigentes, inclusive autônomos. b) Horas-homem de exposição ao risco: Somatório das horas durante as quais os empregados ficam à disposição do empregador, em determinado período – dias, semanas, meses, ano, etc. 1. As horas de exposição devem ser extraídas das folhas de pagamento ou quaisquer outros registros de ponto, consideradas apenas as horas trabalhadas, inclusive as extraordinárias. 2. Quando não se puder determinar o total de horas realmente trabalhadas, elas deverão ser estimadas multiplicando- se o total de dias de trabalho pela média do número de horas trabalhadas por dia. 3. Na impossibilidade absoluta de se conseguir o total de homem-hora de exposição ao risco, arbitra-se em 2000 horas- homem anuais a exposição do risco para cada empregado. 4. As horas pagas, porém não realmente trabalhadas, sejam reais ou estimadas, tais como as relativas a férias, licença para tratamento de saúde, feriados, dias de folga, luto, convocações oficiais não devem ser incluídas no total de horas trabalhadas, isto é, horas de exposição ao risco. 5. Só devem ser computadas as horas durante as quais o empregado estiver realmente a serviço do empregador. 6. Para dirigente, viajante ou qualquer outro empregado sujeito a horário de trabalho não definido, deve ser considerado no cômputo das horas de exposição, a média diária de 8 horas. 7. Para empregados de plantão nas instalações do empregador, devem ser consideradas as horas de plantão. c) Dias perdidos: Dias corridos de afastamento do trabalho em virtude de lesão pessoal, exceto o dia do acidente e o dia de volta ao trabalho. d) Dias debitados: Dias que se debitam, por incapacidade permanente ou morte, para o cálculo do tempo computado. e) Tempo computado: Tempo contado em “dias perdidos, pelos acidentados, com incapacidade temporária total” mais os “dias debitados pelos acidentados vítimas de morte ou incapacidade permanente, total ou parcial”. f) Número de acidentes, com e sem perda de tempo ocorrido no mês. Praticando!!! Calcule o que se pede: 1. José sofreu um acidente no dia 11 de abril e voltou ao trabalho no dia 30 de maio. Calcule os dias perdidos desse trabalhador. 2. João acidentou-se no dia 25/04/2007 e voltou a trabalhar no dia 07/05/2007. Calcule os dias perdidos desse trabalhador. Até a próxima!!! Bons estudos!!! PROFESSOR: Eng. MARCÍLIO LIMA marcilioplimatst@yahoo.com.br ESTATÍSTICA APLICADA À SEGURANÇA NO TRABALHO MEDIDAS DE AVALIAÇÃO DE FREQUÊNCIA E GRAVIDADE O cálculo das taxas deve ser realizado por períodos mensais e anuais, podendo-se usar outros períodos quando houver conveniência. Os acidentes de trajeto devem ser tratados à parte, não sendo incluído no cálculo usual das taxas de frequência e de gravidade. TAXAS DE FREQUÊNCIA Taxa de frequência de acidentes É o número de Acidentes por milhão de horas- homem de exposição ao risco, em determinado período. Deve ser expressa com aproximação de centésimos e calculada pela seguinte expressão: FA = (N × 1.000.000) / H Em que: FA → taxa de frequência de acidentes N → número de acidentes H → horas-homem de exposição ao risco Taxa de frequência de acidentados com lesão com afastamento É o número de acidentados com lesão com afastamento por milhão de horas-homem de exposição ao risco, em determinado período. Deve ser expressa com aproximação de centésimos e calculada pela seguinte expressão: FL = (N × 1.000.000) / H Em que: FL → taxa de frequência de acidentados com lesão com afastamento N → número de acidentados com lesão com afastamento H → horas-homem de exposição ao risco O cálculo deve ser feito da mesma forma que para os acidentados vítimas de lesão com afastamento. Auxilia os serviços de prevenção, possibilitando a comparação existente entre acidentes com afastamento e sem afastamento. FL(sem / afastamento) = (N × 1.000.000) / H FL → taxa de frequência de acidentados com lesão sem afastamento N → número de acidentados com lesão sem afastamento H → horas-homem de exposição ao risco Taxa de frequência de acidentados com lesão sem afastamento É o número de acidentados com lesão sem afastamento por milhão de horas-homem de exposição ao risco, em determinado período. Deve-se fazer o levantamento do número de acidentados vítimas de lesão, sem afastamento, calculando a respectiva taxa de frequência. Apresenta a vantagem de alertar a empresa para acidentes que concorram para o aumento do número de acidentes com afastamento. PRATICANDO!!!! Calcule o que se pede: 1. Em uma empresa onde trabalham 500 empregados, com regime de trabalho de 8h diárias, ocorreram, em dois meses, 5 acidentes com lesão e afastamento. Calcular a Taxa de frequência desta empresa. PRATICANDO!!!! A tabela abaixo apresenta dados estatísticos de três grandes empresas. A taxa de frequência de acidentes para as empresas A, B e C é, respectivamente, de? TAXAS DE GRAVIDADE É o tempo computado por milhão de horas-homem de exposição ao risco, em determinado período. Deve ser expressa em números inteiros e calculada pela seguinte expressão: G = (T × 1.000.000) /H Em que: G → taxa de gravidade T → tempo computado (Dias perdidos + Dias debitados) H → horas-homem de exposição ao risco PRATICANDO!!! 1. Calcular a Taxa de Gravidade da empresa “X”, sabendo-se que a mesma registrou no primeiro trimestre de 2006 os seguintes dados: O número de horas-homens trabalhadas foi 500.000 e o número de dias perdidos foi de 400. Números médios para efeito de estatística de acidentes para cada trabalhador: Quadro 01 – Números médios de dias trabalhados Números médios para efeito de estatística de acidentes para cada trabalhador: Exemplo 1 Analisaremos duas fábricas: uma a que chamaremos de T e a outra, de H. No ano passado, 10 trabalhadores se acidentaram na fábrica T e 20 na H. Qual das duas fábricas teve uma proporção mais alta de acidentados? T ou H? Observações: Mas suponhamos que na fábrica T trabalhem 100 pessoas e na H um número duas vezes maior. Cada fábrica, portanto, teve o mesmo número de acidentados para cada 100 trabalhadores. Mas, suponhamos agora que a fábrica T trabalhe 40 horas por semana e a fábrica H 44 horas. Isso nos faz concluir que, em termos de prevenção de acidentes, a H é melhor do que a T, já que na fábrica H o tempo de exposição ao risco é maior que em T, e H e T têm a mesma relação de acidentes para cada 100 trabalhadores. Na fábrica T ocorreram 10 acidentes com afastamento no ano passado e foram trabalhadas 200.000 horas-homens durante o ano. Assim, obtemos a taxa de frequência aplicandoa seguinte fórmula: a) Cálculo da Taxa de Frequência FL = (10 × 1.000.000) / 200.000 = 50 Isso significa que, durante o ano, os trabalhadores da fábrica T sofreram lesões que provocaram uma perda de tempo à razão de 50, por cada milhão de horas que trabalharam. b) Cálculo da Taxa de Gravidade No caso da fábrica T, as 10 lesões provocaram um total de 200 dias perdidos, assim, com a fórmula da Taxa de gravidade, obteremos o valor de dias perdidos com acidentes para cada 1.000.000 horas trabalhadas: G = (200 × 1.000.000) / 200.000 = 1000 Isto é, o tempo perdido devido aos acidentes ocorridos na fábrica T, no ano passado, foi de 1.000 dias para cada 1.000.000 horas-trabalhadas. Supondo-se que cada empregado trabalhou 2.000 horas por ano, a média de tempo perdido foi de 2 (dois) dias por homem, por ano. Aplicação da tabelas de Dias Debitados A tabela de dias debitados permite a comparação de redução de capacidade devido ao acidente. Representa uma perda econômica, tendo a vida média do trabalhador sido estimada em 20 anos ou 6.000 dias. Se no nosso exemplo incluirmos uma lesão da qual resultou a perda de 2 dedos da mão, a carga correspondente é de 750 dias, os quais, acrescidos à perda de tempo proveniente das 9 lesões restantes, que equivalem a 180 dias, nos dá um total de 930 dias, e a Taxa de gravidade será: Aplicação da tabelas de Dias Debitados G = (180 + 750) × 1.000.000 / 200.000 = 4.650 O tempo perdido devido aos acidentes foi de 4.650 para cada 1.000.000 de horas-homem trabalhadas, fato esse agravado pelo acréscimo dos dias debitados referentes à perda de dois dedos da mão. Tabelas de Dias Debitados A tabela de dias debitados é uma tabela utilizada com o fim exclusivo de permitir a comparação da redução da capacidade resultante dos acidentes entre departamentos de uma mesma empresa, entre diversas Empresas e entre empresas de países que adotem a mesma tabela. A perda de tempo constante da tabela representa uma perda econômica tendo por base a vida média ativa do trabalhador, estimada em 20 anos ou 6.000 dias. Clique Tabela Fonte: <http://www.geocities.com/Athens/Troy/8084/Estatist.html>. Acesso em: 18 jan. 2016. Como Calcular o IRA – Índice Relativo de Acidente Uma forma muito eficiente para calcular se a empresa está evoluindo ou está regredindo no que se refere à segurança do trabalho e na implantação de medidas preventivas é o uso de estatísticas. O IRA (Índice Relativo de Acidente) faz parte do quadro estatístico da NR 4. Como Calcular o IRA – Índice Relativo de Acidente O IRA (Índice Relativo de Acidente) é algo bem simples de ser aplicado e é utilisado especificamente para mostrar a porcentagem dos empregados que sofreram acidentes de trabalho em dado período. IRA = (Número de Acidentes)/(Número de Empregados) x 100 Como Calcular o IRA – Índice Relativo de Acidente Para os cálculos relativos a NR 4 só entram os acidentes de trabalho, qualquer outro tipo de afastamento não entra no cálculo. Vamos a um exemplo: A empresa de produtos alimentícios LTDA possui 60 empregados e teve no mês de março 6.000 HHT. Seguem os dados na próxima página... Como Calcular o IRA – Índice Relativo de Acidente Dados importantes: 3 empregados de férias durante o mês de março; 2 empregados afastados por acidentes de trabalho durante o mês de março; 1 empregado afastado por acidente de trabalho durante 15 dias no mês de março; 3 empregados afastados por acidente de trabalho no mês de março por 10 dias. 3 empregados afastados por acidente de trajeto no mês de março. Como Calcular o IRA – Índice Relativo de Acidente Dados importantes: 3 empregados de férias durante o mês de março; 2 empregados afastados por acidentes de trabalho durante o mês de março; 1 empregado afastado por acidente de trabalho durante 15 dias no mês de março; 3 empregados afastados por acidente de trajeto no mês de março. 3 empregados afastados por acidente de trabalho no mês de março por 10 dias. Como Calcular o IRA – Índice Relativo de Acidente 2 empregados afastados por acidentes de trabalho durante o mês de março; 1 empregado afastado por acidente de trabalho durante 15 dias no mês de março; 3 empregados afastados por acidente de trabalho no mês de março por 10 dias. Aplicando a fórmula: IRA = (Número de Acidentes)/(Número de Empregados) x 100 IRA = (6/60) x 100 = 10 IRA = 10 PRATICANDO!!! 1. Calcular a Taxa de Gravidade da empresa “H”, sabendo-se que a mesma registrou no primeiro trimestre de 2016 os seguintes dados: O número de horas-homens trabalhadas foi 600.000 e o número de dias perdidos foi de 450. Sabe-se, também, que entre os operários acidentados, um deles perdeu a visão de um olho e outro perdeu a perna acima do joelho. PRATICANDO!!! 2. Em uma empresa onde trabalham 1.000 empregados ocorreram, em um mês, três acidentes com perda de tempo, nos dias 2, 15 e 20. Os acidentados voltaram a trabalhar, respectivamente, nos dias 26, 17 e 27 do mesmo mês. No primeiro acidente, o operário perdeu um dedo polegar. Pede-se calcular as Taxas de frequência e de Gravidade. PRATICANDO!!! 3. Na empresa “A”, ocorreram, em três meses, 10 acidentes dos quais apenas 8 registraram perda de tempo com um total de 600 dias perdidos. Dentre os acidentados, houve dois casos mais graves: um operário perdeu um dedo polegar e outro operário perdeu o dedo pequeno do pé. Calcular as Taxas de frequência e de Gravidade dessa empresa, sabendo-se que a mesma tem 400 empregados. Até a próxima!!! Bons estudos!!! PROFESSOR: Eng. MARCÍLIO LIMA marcilioplimatst@yahoo.com.br ESTATÍSTICA APLICADA À SEGURANÇA NO TRABALHO INTERPRETAÇÃO DE DADOS ESTATISTICOS Até agora sabemos como calcular as Taxas de Frequência de Acidentes (FA) e Taxa de Gravidade de Acidentes (G), cujo resultado nos fornece parâmetros para avaliar a eficácia das ações de segurança nos setores das empresas. Agora, vamos ler e interpretar as tabelas e quadros de estatísticas de acidentes divulgados no Brasil: INTERPRETAÇÃO DE DADOS ESTATISTICOS Os dados estatísticos de acidentes de trabalho registrados nos anos de 1996 a 2006 (tabela 2) indicam que: 1. no ano de 2006 ocorreu o maior número absoluto de acidentes (503.890 acidentes = típico + trajeto + doença); 2. o maior número absoluto de mortes no trabalho foi de 4.488 vítimas em 1996; 3. no ano de 1996 ocorreu o maior número absoluto de acidentes com incapacidade permanente (18.233 vítimas). PRATICANDO Uma certa empresa registrou, em um mês, 3 acidentes do trabalho sem afastamento. Essa empresa emprega 120 funcionários, dos quais 20 trabalham 160 horas mensais, 70 trabalham 200 horas mensais, e 30 trabalham 80 horas mensais. Quantas horas-homem devem ser consideradas para que se determine a taxa de frequência de acidentes? PRATICANDO No Quadro abaixo, encontram-se os dados estatísticos de acidentes do trabalho, ocorridos em três empresas da indústria da construção e reparação naval, em um determinado mês. PRATICANDO Em uma determinada empresa do setor da construção civil, com 200 funcionários, ocorreram 2 acidentes do trabalho no ano de 2012, sendo o primeiro acidente de trajeto e o segundo acidente típico de trabalho que provocou uma lesão no trabalhador afastando-o por 200 dias. Os dias debitados, de acordo com a NBR 14.280, equivalem a 1.800 dias. Sabendo-se que naquele ano os empregados trabalharam 250 dias úteis e a jornada de trabalho é de 8 horas diárias, a taxa de gravidade (Tg) e frequência (Tf), respectivamente, desta empresa são: PRATICANDO Considere uma empresa metalúrgica de estampagem de metais. Em 2011, ocorreram3 acidentes. O primeiro foi um acidente de trajeto. O segundo, um acidente com afastamento leve, que impediu o trabalhador de realizar suas atividades por meio período. O terceiro acidente provocou uma perda do membro acima do punho do trabalhador, afastando-o por 200 dias, com os dias debitados que, de acordo com a NBR 14280, equivalem a 3.600 dias. Naquele ano os 200 funcionários trabalharam 250 dias úteis e a jornada de trabalho foi de 8 horas diárias. A taxa de gravidade (Tg) e frequência (Tf), respectivamente, desta empresa, naquele ano, foram: PRATICANDO Em uma empresa em que trabalham 100 trabalhadores, ocorreram três acidentes com três acidentados no último ano, sendo debitados 100 dias para o primeiro acidente, 200 dias para o segundo e no último foram debitados 60 dias. De acordo com a legislação vigente, deve-se determinar e encaminhar ao INSS as taxas de frequência e gravidade. Baseado nos dados apresentados e, considerando a jornada mensal por trabalhador de 200 horas, a taxa de frequência e a taxa de gravidade anuais são, respectivamente: PRATICANDO Considere o gráfico com os dados estatísticos e as informações abaixo para responder às questões. Em uma refinaria de petróleo, onde se trabalha mensalmente com 400.000 horas-homem de exposição aos riscos, no ano passado, ocorreram 45 acidentes do trabalho. Desses acidentes, 15 foram com lesão com afastamento e 30, com lesão sem afastamento, sendo que nos meses de fevereiro e de novembro ocorreram, respectivamente, uma morte e uma amputação de mão, na altura do punho. A soma acumulada dos dias perdidos no ano, decorrentes dos outros acidentes foi de 600 dias. PRATICANDO a) Com base nos dados fornecidos, verifique a taxa de frequência acumulada no mês de março; b) A taxa de gravidade dos acidentes, acumulada em dezembro; Até a próxima!!! Bons estudos!!! PROFESSOR: Eng. MARCÍLIO LIMA marcilioplimatst@yahoo.com.br ESTATÍSTICA APLICADA À SEGURANÇA NO TRABALHO PROFESSOR: Eng. MARCÍLIO LIMA marcilioplimatst@yahoo.com.br REVISÃO DE CONTEÚDO TAXAS DE FREQUÊNCIA Taxa de frequência de acidentes É o número de Acidentes por milhão de horas- homem de exposição ao risco, em determinado período. Deve ser expressa com aproximação de centésimos e calculada pela seguinte expressão: FA = (N × 1.000.000) / H Em que: FA → taxa de frequência de acidentes N → número de acidentes H → horas-homem de exposição ao risco TAXAS DE GRAVIDADE É o tempo computado por milhão de horas-homem de exposição ao risco, em determinado período. Deve ser expressa em números inteiros e calculada pela seguinte expressão: G = (T × 1.000.000) /H Em que: G → taxa de gravidade T → tempo computado (Dias perdidos + Dias debitados) H → horas-homem de exposição ao risco Exercício Em uma empresa onde trabalham 1200 empregados, com regime de trabalho de 8h diárias, ocorreram, em um ano, 5 acidentes com lesão e afastamento. Calcular a Taxa de frequência desta empresa. Exercício Em uma empresa onde trabalham 700 funcionários, com regime de trabalho em escala de turno sendo que: O turno A = 250 Funcionários 6 dias por semana e 08 horas diárias; Turno B = 300 Funcionários 6 dias por semana e 7 horas diárias e o Turno C = 150 Funcionários 6 dias por semana e 6,5 horas diárias, em um ano, 5 acidentes com lesão e afastamento. Calcular a Taxa de frequência desta empresa. Exercício Calcular a Taxa de Gravidade da empresa, sabendo- se que a mesma registrou no primeiro trimestre de 2015 os seguintes dados: O número de horas-homens trabalhadas foi 400.000, número de dias perdidos foi de 400 e de dias debitados igual a 6.000. Exercício Calcular a Taxa de Gravidade da empresa “X”, sabendo-se que a mesma registrou no primeiro trimestre de 2016 os seguintes dados: O número de horas-homens trabalhadas foi 600.000 e o número de dias perdidos foi de 450. Sabe-se, também, que entre os operários acidentados, um deles perdeu o dedo polegar e o outro um pé. Perda do polegar – 600 dias Perda do pé – 2.400 dias Exercício Uma certa empresa registrou, em um mês, 5 acidentes do trabalho sendo 02 com afastamento e de trajeto totalizando 80 dias perdidos e 03 com afastamento e típico totalizando 120 dias perdidos . Essa empresa emprega 300 funcionários, dos quais 100 trabalham 180 horas mensais, 100 trabalham 200 horas mensais, e 100 trabalham 90 horas mensais. Determine a taxa de frequência e de gravidade. Exercício Na empresa “A”, ocorreram, em três meses, 10 acidentes dos quais apenas 8 registraram perda de tempo com um total de 600 dias perdidos. Dentre os acidentados, houve dois casos mais graves: um operário perdeu um dedo polegar e outro operário perdeu o dedo pequeno do pé. Calcular as Taxas de frequência e de Gravidade dessa empresa, sabendo-se que a mesma tem 400 empregados. Exercício Em uma empresa em que trabalham 100 trabalhadores, ocorreram 05 acidentes sendo que três acidentes foram de trajeto e dois típicos, sendo debitados 100 dias para o ultimo acidente, 200 dias para o penúltimo e no primeiro foram debitados 60 dias. Com Base nos dados apresentados e, considerando a jornada mensal por trabalhador de 240 horas, a taxa de frequência e a taxa de gravidade anuais são, respectivamente: PRATICANDO Considere o gráfico com os dados estatísticos e as informações abaixo para responder às questões. Em uma refinaria de petróleo, onde se trabalha mensalmente com 400.000 horas-homem de exposição aos riscos, no ano passado, ocorreram 45 acidentes do trabalho. Desses acidentes, 15 foram com lesão com afastamento e 30, com lesão sem afastamento, sendo que nos meses de fevereiro e de novembro ocorreram, respectivamente, uma morte e uma amputação de mão, na altura do punho. A soma acumulada dos dias perdidos no ano, decorrentes dos outros acidentes foi de 600 dias. PRATICANDO a) Com base nos dados fornecidos, verifique a taxa de frequência acumulada no mês de março; b) A taxa de gravidade dos acidentes, acumulada em dezembro; Até a próxima!!! Bons estudos!!! TAXA DE FREQUÊNCIA É o número de acidentados por milhão de horas de exposição ao risco, em determinado período. Essa taxa é expressa e calculada pela seguinte fórmula: F = N x 1.000.000 H Onde: F = Taxa de Freqüência de acidentados N= Número de acidentados H= Horas-Homem de exposição ao risco TAXA DE GRAVIDADE É o número que exprime a quantidade de dias computados nos acidentes com afastamentos por milhão de horas-homem de exposição ao risco. Essa taxa é expressa e calculada pela seguinte fórmula: G = T x 1.000.000 H Onde: G = Taxa de Gravidade T= Tempo computado H= Horas-Homem de exposição ao risco ÍNDICE DE ACIDENTADOS É o número que exprime a combinação da taxa de freqüência com a taxa de gravidade, usado para classificar o resultado da atividade de segurança. IA= F + G 100 Sendo : F= taxa de freqüência G= taxa de Gravidade Tempo Computado : É a soma de tempo de afastamento, contado em dias perdidos. Hora-Homem de exposição ao risco: É o somatório de tempo durante o qual cada empregado fica a disposição do empregador. A taxa de freqüência é costumeiramente calculada pelo SESMT para fins de arquivo e envio para o Ministério do Trabalho no final de cada ano, porém é interessante entender o que significa o número. A taxa de freqüência é calculada usando a fórmula: Nº. de acidentes x 1.000.000 / Horas Homens Trabalhadas (HHT). A interpretação da fórmula indica quantos acidentes
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