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Thaís Pires 1 Habilidades ll Discussão 5 – Pneumologia 1. O que é pleura? Membrana serosa que reveste os pulmões. É subdividida em pleura visceral (em contato direto com o pulmão) e pleura parietal (em contato direto com a caixa torácica). Entre as duas pleuras há uma cavidade virtual, a cavidade pleural, que contém líquido de origem serosa, permitindo que ambas as pleuras realizem um movimento suave e com o atrito diminuído durante a inspiração e expiração. 2. Como se subdivide, ou quais são os segmentos broncopulmonares? Adendo: Lembrar da divisão CONDUTOR – TRANSIÇÃO – RESPIRATÓRIO → até a laringe configura o sistema condutor de ar, com funções de umedecer, filtrar e umidificar o ar, preparando-o para a difusão mais a frente - ainda nessa região condutora possui paredes espessas que não permitem a difusão de gases para o parênquima adjacente = TRAQUEIA, BRÔNQUIOS e BRONQUÍOLOS associados a irrigação sanguínea e linfática / a região de TRANSIÇÃO compreende os BRONQUÍOLOS RESPIRATÓRIOS E DUCTOS ALVEOLARES que realizam atividades condutoras e respiratórias / a região RESPIRATÓRIA é aquela dos ALVÉOLOS que realiza difusão gasosa... O brônquio DIREITO é mais VERTICAL (broncoaspiração), CALIBROSO e CURTO – a partir dele, aprx a 2 cm DA TRAQUEIA emerge o BRONQUIO DO LOBO SUBERIOR que trifurca-se para frente (ramo anterior), cima (apical) e trás (posterior) / seguindo o brônquio chamado INTERMEDIÁRIO (aquele após 2cm da traqueia) se trifurca para frente e para dentro (ramo médio – 4 e 5); para baixo a pirâmide basal (7 a 10) e para trás o ramo apical do lobo inferior (6) O brônquio ESQUERDO a 5cm da traqueia se bifurca originando o BRONQUIO DO LOBO SUPERIOR E DO INFERIOR / O SUPERIOR se divide em ascendente (direção cima-fora) e descendente – o ascendente se bifurca em anterior e apical posterior / o descendente segue para baixo/frente/lado, formando o brônquio da língula, que divide-se em superior e inferior / o INFERIOR segue para baixo/trás formando o apical do lobo inferior, o basal medial, basal lateral e basal posterior 3. Como é a circulação pulmonar? Divide-se em grande e pequena, i.e., a geral e a própria/ artéria pulmonar e artérias brônquicas Thaís Pires 2 Habilidades ll Artéria pulmonar – conduz sangue venoso do VD para os capilares alveolares – se bifurca para o pulmão D e E – o ramo ESQ passa pelo brônquio do lobo superior fornecendo ramos para ele segmento – o ramo DIR se divide rapidamente para acompanhar os ramos do lóbulo superior – os ramos mais periféricos das artérias pulmonares se dividem para suprir os septos alveolares onde haverá ANASTOMOSE ARTERIAL-VENOSA → formação distal das VEIAS PULMONARES DIREITAS E ESQUERDAS que caem no AE Artérias Bronquicas – são ramos diretos da aorta torácica que fazem a NUTRIÇÃO DO PARÊNQUIMA PULMONAR A base é tanto MAIS PERFUNDIDA como MAIS VENTILADA → efeito shunt (perfundido mas não ventilado) espaço morto (ventilado mas não perfundido) 4. Quais os processos que a respiração compreende? 4 processos para transferir O2 do exterior para o nível celular e eliminar CO2 no sentido inverso Ventilação – chegada de ar até os alvéolos – ação dos MUSCULOS RESPIRATÓRIOS para aumentar o volume da caixa torácica – Inspiração → diafragma + acessórios (intercostais externos, paraesternais, escaleno, ECOM, músculos abdm) – Expiração passiva em condições fisiológicas → retração elástica dos pulmões e relaxamentos músculos Trocas Gasosas – pela diferença de pressão parcial, há difusão dos gases pela membrana alveolocapilar – entrada de O2 e saída de CO2 Transporte sanguíneo dos gases Respiração Celular 5. Qual a diferença entre ventilação, perfusão e difusão? Ventilação – chegada de ar – movimento de expansão pulmonar Perfusão – chegada de sangue para determinada região pulmonar Difusão – processo dependente de área da membrana, espessura da membrana, coeficiente de difusão do gás, e diferença de pressão parcial 6. Linhas e regiões torácicas Face Anterior Linha Medioesternal – coincide com o plano mediano, divide o tórax em hemitórax direito e esquerdo Linha esternal lateral – ao longo da margem lateral do esterno Linha Paraesternal – equidistante da meioesternal e hemiclavicular Linha Hemiclavicular – desce verticalmente do ponto médio da clavícula Thaís Pires 3 Habilidades ll Face Lateral Linha Axilar Anterior – desce verticalmente a partir da prega axilar anterior (margem do peitoral maior) Linha Axilar Posterior – desce verticalmente a partir da prega axilar posterior (margem do grande dorsal) Linha Axilar Média – desce do ápice da axila em direção ao tubérculo da crista ilíaca Linha Vertebral – passa sobre os processos espinhosos Linha Escapular – passa pelo ângulo inferior da escápula na posição anatômica Região Esternal – superfície do esterno Região Infraclavicular – limitada inferiormente pela borda anterior do músculo deltoide e lateralmente pela linha paraesternal Região Mamária – lateralmente pela linha axilar anterior, superiormente pela 3 articulação condroesternal e inferiormente pela 6 articulação condroesternal Região inframamária ou hipocondríaca - é limitada superiormente pela linha da sexta articulação condroesternal, inferomedialmente pela margem costal e lateralmente pela linha axilar anterior Thaís Pires 4 Habilidades ll Regiões axilar e infra-axilar - pela linha da sexta articulação condroesternal Região supraescapular - limitada medialmente pela linha vertebral, superolateralmente pela borda superior do músculo trapézio e inferiormente pela linha escapular superior Regiões supraespinal e infraespinal - respectivamente, à projeção da escápula superiormente e inferiormente à sua espinha Região interescapulovertebral – limitada medialmente pela linha vertebral, superiormente pela linha escapular superior, lateralmente pela borda mediai da escápula e inferiormente pela linha escapular inferior. Região infraescapular - limitada superiormente pela linha escapular inferior, medialmente pela linha vertebral, lateralmente pela linha axilar posterior e inferiormente pela borda inferior do tórax 7. Quais os principais sinais e sintomas do aparelho respiratório? • Dor torácica: Diversas causas – isquemia miocárdio (causando angina), pleurite, disfunções do esôfago, afecções pericárdicas - As pleurites ou pleurisias são importantes causas de dor torácica. A dor costuma ser aguda, intensa e em pontada ("dor pleurítica’'). O paciente a localiza com precisão e facilidade. Sua área é pequena, bem delimitada, e ela não se irradia, podendo o paciente cobri-la com a polpa de um dedo, ou fazer menção de agarrá- la sob as costelas com os dedos semifletidos. • Tosse: Consiste em uma inspiração rápida e profunda, seguida de fechamento da glote, contração dos músculos expiratórios, principalmente o diafragma, terminando com uma expiração forçada, após abertura súbita da glote. A última parte da tosse - a expiração forçada- constitui um mecanismo expulsivo de grande importância para as vias respiratórias – defesa Sua investigação clínica inclui as seguintes características: frequência, intensidade, tonalidade, existência ou não de expectoração, relações com o decúbito, período do dia em que é maior sua intensidade. A tosse pode ser produtiva ou úmida, acompanhada de secreção, não devendo nesses casos ser combatida; ou seca, quando é inútil, causando apenas irritação das vias respiratórias ➢ Tosse Quintosa – aparece em acessos, com intervalos curtos de acalmia, acompanhada de vômitos e sensação de asfixia – característica da COQUELUCHE ➢ Tosse-síncope - aquela que, após crise intensa, resulta na perda de consciência ➢ Tosse bitonal - deve-se a paresia ou paralisia de uma das cordas vocais, que pode significar comprometimentodo nervo laríngeo inferior (recorrente), situado à esquerda no mediastino médio inferior Thaís Pires 5 Habilidades ll ➢ Tosse rouca - é própria da laringite crônica, comum nos tabagistas ➢ Tosse reprimida - é aquela que o paciente evita, em razão da dor torácica ou abdominal que ela provoca, como acontece no início das pleuropneumopatias, no pneumotórax espontâneo, nas neuralgias intercostais, nos traumatismos toracoabdominais e nas fraturas de costela. • Expectoração: Na maioria das vezes, a expectoração costuma ser consequência da tosse - características semiológicas da expectoração compreendem o volume, a cor, o odor, a transparência e a consistência. Não se deve esquecer que as mulheres e as crianças têm o costume de deglutir a expectoração As características do escarro dependem de sua composição: o ESCARRO SEROSO contém água, eletrólitos, proteínas e é pobre em células; o MUCOIDE, embora contenha muita água, proteínas, inclusive mucoproteínas, eletrólitos, apresenta celularidade baixa; o PURULENTO é rico em piócitos e tem celularidade alta; no HEMOPTOICO, observam-se "rajas de sangue''. • Hemoptise: eliminação de sangue pela boca, passando através da glote. As hemoptises podem ser devidas a HEMORRAGIAS BRÔNQUICAS OU ALVEOLARES. Nas hemoptises de origem brônquica, o mecanismo é a RUPTURA DE VASOS PREVIAMENTE SÃOS, como ocorre no carcinoma brônquico, ou de vasos anormais, dilatados, neoformados, como sucede nas bronquiectasias e na tuberculose. Nas hemorragias de origem alveolar, a causa é a RUPTURA DE CAPILARES OU TRANSUDAÇÃO DE SANGUE, SEM QUE HAJA SOLUÇÃO DE CONTINUIDADE NO ENDOTÉLIO / as hemoptises originadas nas artérias brônquicas são em geral maciças, o sangue pode ser recente ou não, saturado ou não, com ou sem catarro. Quando o sangue provém de ramos da artéria pulmonar, seu volume costuma ser menor. • Vômica: eliminação mais ou menos brusca, através da glote, de uma quantidade abundante de pus ou líquido de outra natureza. Na maioria das vezes, origina-se de abscessos ou cistos nem sempre localizados no tórax, mas que drenam para os brônquios. • Dispneia: é a dificuldade para respirar, podendo o paciente ter ou não consciência desse estado. Será subjetiva quando só for percebida pelo paciente, e objetiva quando se fizer acompanhar de manifestações que a evidenciam ao exame físico. A dispneia pode acompanhar-se de taquipneia (frequência aumentada) ou hiperpneia (amplitude aumentada). Dispneia aos grandes, médios e pequenos esforços. Dispneia de repouso é a dificuldade respiratória mesmo em repouso. ➢ Ortopneia é a dispneia que impede o paciente de ficar deitado e o obriga a sentar-se ou a ficar de pé para obter algum alívio. ➢ Trepopneia é a dispneia que aparece em determinado decúbito lateral, como acontece nos pacientes com derrame pleural que se deitam sobre o lado são. • Sibilância: Chiado ou "chieira" é como o paciente se refere a um ruído que ele pode perceber, predominantemente na fase expiratória da respiração, quase sempre acompanhado de dispneia. Seu timbre é elevado e o tom é musical, podendo ser comparado ao miado de um gato. O chiado resulta da redução do calibre da árvore brônquica, devida principalmente a espasmo. Dependendo de seu grau, pode ser o prenúncio da crise asmática ou a própria crise • Rouquidão ou mudança do timbre da voz traduz alteração na dinâmica das cordas vocais - • Cornagem: a dificuldade inspiratória por redução do calibre das vias respiratórias superiores, na altura da laringe, e que se manifesta por um ruído (estridor) e tiragem Thaís Pires 6 Habilidades ll 8. Como se divide a inspeção do tórax? 9. Inspeção – divide-se em ESTÁTICA e DINÂMICA – tanto sentado como deitado a. Estática – avaliar a FORMA DO TÓRAX, presença ou não DE ABAULAMENTOS E DEPRESSÕES – mesmo sem patologias, o tórax varia de acordo com o biótipo, a idade, o sexo i. Tórax Chato – reduzido diâmetro ANTEROPOSTERIOR, por isso as escápulas são sobressalentes – mais frequente em LONGILÍNEOS ii. Tórax em Tonel ou Barril – aumento no diâmetro ANTEROPOSTERIOR, praticamente igual ao diâmetro transversal iii. Torax Infundibuliforme / Pectus excavatum / Tórax de Sapateiro – depressão no TERÇO INFERIOR DO ESTERNO, podendo ser muito ou pouco acentuada iv. Tórax Cariniforme / Pectus Carinatum / Peito de Pombo – aquele o qual há uma ELEVAÇÃO ao nível do esterno v. Tórax em Sino / Piriforme – possui a região INFERIOR dilatada – em visceromegalias nessa região vi. Tórax Cifótico – resultado do ENCURVAMENTO POSTERIOR da coluna torácica vii. Tórax Escoliótico – tórax assimétrico pelo DESVIO LATERAL do segmento torácico da coluna viii. Tórax Cifoescoliótico – combinação do desvio posterior e latero-lateral do segmento torácico da coluna vertebral ix. Tórax Instável Traumático – quando há fratura de costelas, observa-se movimentos RESPIRATÓRIOS PARADOXAIS, i. e., na inspiração o tórax diminui e na expiração ele aumenta de volume x. Abaulamentos + Depressões – são indicativos de lesões nesse local – derrame pleural cursa com abaulamento do hemitórax correspondente, aneurisma da aorta com abaulamento anterossuperior, hipertrofia do VD com abaulamento do precórdio b. Dinâmica – avaliar o TIPO RESPIRATÓRIO, RITMO RESPIRATÓRIO, FREQUÊNCIA, AMPLITUDE DOS MOVIMENTOS, EXPANSIBILIDADE E TIRAGEM i. Tipo Respiratório – para tal, observa-se a movimentação do TÓRAX E ABDOME, buscando reconhecer se o tipo respiratório é: 1. TORÁCICA – representada pela movimentação do gradil costal superior, sendo mais frequente em MULHERES 2. TORACO-ABDOMINAL – movimentação principalmente do abdome, com utilização do diafragma – HOMENS ii. Ritmo Respiratório – é necessária a observação por, no mínimo, 2 MINUTOS a SEQUÊNCIA, FORMA, E AMPLITUDE DAS INCURSÕES 1. Respiração Dispneica – sucessão de movimentos respiratórios AMPLOS e quase sempre DESCONFORTÁVEIS para o paciente 2. Platipneia – dificuldade de respiração na posição ERETA, aliviada no decúbito dorsal 3. Ortopneia – dificuldade de respiração até mesmo na posição DECÚBITO DORSAL – posicionamento em ortostase 4. Trepopneia – condição a qual a respiração é FACILITADA na posição de DECÚBITO LATERAL no hemitórax são do pct 5. Respiração de Cheyne-Stokes – incursões respiratórias progressivamente mais profundas até uma amplitude máxima, diminuindo progressivamente sua amplitude até uma apnéia (varia a apneia) Thaís Pires 7 Habilidades ll 6. Respiração de Biot – respiração de amplitude variável intercalada, de forma não periódica, por períodos de apnéia 7. Respiração de Kussmaul – amplas e rápidas inspirações interrompidas por curtos períodos de apneia 8. Respiração Suspirosa – é aquela a qual, interrompendo o ritmo respiratório normal, surgem inspiração demorada seguida de expiração demorada iii. Amplitude da Respiração – avaliar se a respiração é PROFUNDA ou SUPERFICIAL iv. Frequência Respiratória – varia de acordo com a idade, sexo 1. Taquipneia – frequência respiratória acima dos limites normais 2. Bradipneia – frequência respiratória abaixo dos limites normais 3. Apneia 4. Eupneia v. Tiragem – ligeiras depressões que aparecem na região axilar e infra-axilar durante a inspiração – ocorre pela existência de uma pressão subatmosférica na região vi. Expansibilidade dos pulmões – é analisada na inspeção e na palpação vii. Inspeção do Pescoço – avaliar se há a utilização da musculatura acessória para a respiração Forma do Tórax → Ângulo de Charpy Estática Abaulamentos ou Depressões Inspeção Tipo Respiratório Tiragem Amplitude dos MovimentosDinâmica Ritmo Respiratório Inspeção do Pescoço Frequência Resp. Expansibilidade Pulmonar IDADE FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA RN ??? Lactentes 22-37 irpm Pré-escolares 20-28 irpm Escolares 18-25 irpm Adultos 12-20 irpm Thaís Pires 8 Habilidades ll 10. Palpação – durante a palpação, procura-se por ESTRUTURA DA PAREDE TORÁCICA, EXPANSIBILIDADE E FRÊMITO TORACOVOCAL a. Estrutura da Parede Torácica – avaliar a pele, tecido celular subcutâneo, músculos, cartilagens e ossos b. Expansibilidade – é avaliado, isoladamente, a expansibilidade do ÁPICE e da BASE do pulmão – ÁPICE: para tal, o examinador posiciona-se atrás do paciente, pousando ambas as mãos sobre o ápice pulmonar, de modo que os polegares quase se toquem, formando ângulo reto com as vétebras – BASE: para tal, posiciona-se as mãos a altura das apófises espinhosas da 9ª e 10ª costelas, englobando o máximo possível da base, com os polegares próximos // achados semiológicos: diminuição da expansibilidade UNI E BILATERAL c. Frêmito Toracovocal – vibrações transmitidas a partir das cordas vocais pela parede torácida - repousar a mão sobre as regiões do tórax em que não haja contato direto com o esqueleto ósseo – repetir 33 – percorrer faces ANTERIOR, POSTERIOR E LATERAIS – nesse caso, avalia-se a INTENSIDADE DO FRÊMITO – em casos de anormalidades que impedem a transmissão do frêmito, essa intensidade é diminuída (derrame pleural, pneumotórax) 11. Percussão – percussão das faces ANTERIOR e LATERAL (tanto faz a posição – decúbito dorsal ou lateral) – percussão da face POSTERIOR (paciente SENTADO!!!) → na percussão lateral, é necessário que o pct coloque as MÃOS NA CABEÇA – percutir sempre nos ESPAÇOS INTERCOSTAIS a. Roteiro – Anterior (cima→baixo) → Laterais → Posterior / Sempre comparar lados homólogos b. Sons – Hemitórax D – ao nível da 4 costela, linha hemiclavicular, som submaciço → 5º e 6º som maciço // Hemitórax E – na borda esternal esquerda, depois paralelamente até atingir a Linha Hemiclavicular E Thaís Pires 9 Habilidades ll 12. Ausculta – nunca por cima da roupa – preferencialmente o pct SENTADO – induzir a INSPIRAÇÃO e EXPIRAÇÃO forçada → “Puxe o ar bem forte pelo nariz e solte pela boca” a. Murmúrio Vesicular – resultante da turbulência do ar com as bifurcações brônquicas – não é CTE em todo o tórax b. Sons normais - Som traqueal; Som brônquico; Murmúrio vesicular e Som broncovesicular c. Sons anormais - Descontínuos: estertores finos e grossos; Contínuos: roncos, sibilos e estridor Atrito pleural d. Sons vocais - Broncofonia, egofonia, pectorilóquia fônica e afônica • Anormais Descontínuos ➢ Estertores: ruídos audíveis na insp ou exp, superpondo-se aos sons respiratórios normais – são divididos em FINOS e GROSSOS Finos ou Crepitantes: FINAL DA INSPIRAÇÃO – agudos e de duração curta – comparados ao ruído do atrito de um punhado de cabelo ou o descolar de um velcro – ouvidos principalmente nas ZONAS PULMONARES – são causados pela abertura de vias respiratórias que antes estavam fechadas por pressão de líquido ou exsudato Thaís Pires 10 Habilidades ll Grossos ou Bolhosos: INÍCIO INSPIRAÇÃO + TODA EXPIRAÇÃO – duração maior que os crepitantes – sofrem alteração com a tosse e são ouvidos em TODAS AS REGIÕES DO TÓRAX – abertura de vias respiratórias contendo secreção VISCOSA • Anormais Contínuos ➢ Roncos e Sibilos: roncos são sons graves e os sibilos sons agudos – são originados pela vibração das paredes brônquicas estreitadas (seja espasmo, seja edema) – aparecem tanto na INSP como na EXP, porém predominam na EXPIRAÇÃO! / ➢ Estridor: som produzido pela semiobstrução da laringe ou da traqueia ➢ Sopros: Quando auscultamos certas regiões do tórax (7ª vértebra cervical no dorso, traqueia, região interescapular), podemos perceber um sopro brando, mais longo na expiração que na inspiração. Essa é uma verificação normal – Patológico: quando o pulmão perde sua textura normal ➢ Atrito pleural: Nos casos de pleurite, por se recobrirem de exsudato, passam a produzir um ruído irregular, descontínuo, mais intenso na inspiração, com frequência comparado ao ranger de couro atritado. 13. O que é ressonância vocal? Para completar o exame físico dos pulmões, auscultam-se a voz nitidamente pronunciada e a voz cochichada. Para isso, o paciente vai pronunciando as palavras “trinta e três" enquanto o examinador percorre o tórax com o estetoscópio, comparando regiões homólogas. Em condições normais, tanto na voz falada como na cochichada, a RESSONÂNCIA VOCAL CONSTITUI-SE DE SONS INCOMPREENSÍVEIS, isto é, não se distinguem as sílabas que formam as palavras, porque o parênquima pulmonar normal absorve muitos componentes sonoros, mas, quando está consolidado (pneumonia, infarto pulmonar), a transmissão é facilitada. PECTORILOQUIA FÔNICA (quando se ouve com nitidez a voz falada) e PECTORILÓQUIA AFÔNICA (quando se ouve com nitidez a voz sussurrada) !! A ressonância vocal é MAIS INTENSA NO ÁPICE DO PULMÃO DIREITO, NAS REGIÕES INTERESCÁPULO-VERTEBRAL DIREITA E ESTERNAL SUPERIOR, ou seja, exatamente nas mesmas áreas onde se ausculta respiração broncovesicular !! • Ressonância vocal normal • Ressonância vocal diminuída • Ressonância vocal aumentada – consolidação pulmonar: o Broncofonia- ausculta-se a voz sem nitidez o Pectorilóquia fônica- ausculta-se a voz nitidamente o Pectorilóquia afônica - ausculta-se a voz mesmo se cochichada. Egofonia: É uma forma especial de broncofonia, ou seja, é uma BRONCOFONIA DE QUALIDADE NASALADA E METÁLICA, comparada ao balido de cabra. Aparece na parte superior dos derrames pleurais. Pode ser observada, também, na condensação pulmonar.
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