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FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO CRISTÃ

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Teologia da Educação
Cristã
A Natureza e Desenvolvimento de uma
Nova Abordagem à Educação Cristã
A – O Contexto Intelectual da Educação Cristã
1 – Introdução:
Diz Freeman Butts em sua História da Cultura da Civilização
Ocidental: “Nós pensamos da maneira como fazemos em
grande parte porque os gregos pensaram como o fizeram”.
Que esta afirmativa é em grande parte verdadeira parece
evidente. Mesmo nos chamados círculos cristãos prevalece
esta condição. De fato ainda temos que ver a genuína filosofia
cristã da educação elaborada e praticada em nossas escolas e
colégios cristãos.
É importante para educadores cristãos encararem esta questão
com exatidão por várias razões:
a) O intelectualismo grego, com seu conseqüente naturalismo
científico.
b) Este assunto é relevante porque a educação cristã tem tido a
tendência de se comprometer com este contexto.
c) Muitos de nossos professores cristãos, embora concordando
claramente com posições teológicas ortodoxas e
experimentando genuína experiência cristã, têm estado
embebidos neste contexto, que lhes é difícil romper com sas
premissas na sala de aula.
2 – Pensamento Grego:
Os gregos não estavam somente interessados em registrar a
existência da realidade, como também procuraram explicá-la.
Em adição à filosofia normal conforme apresentada pelos
eminentes filósofos gregos, este povo ajudou a pautar a vida
ocidental através daquilo que se tornou conhecido como
cultura clássica.
Características da cultura grega que chegaram a afetar 
nossa era:
a) Esta vida, não a vida além, é que é preeminente.
b) A satisfação de desejos e necessidades humanas naturais é 
a motivação primária para a vida.
2 – Pensamento Grego:
c) “Nada em excesso” estabelecia o princípio da disciplina e
controle do processo vital, o meio termo de ouro de
Aristóteles.
d) Competição inteligente provia boa motivação para fazer o
seu melhor em qualquer coisa que valesse a pena fazê-lo.
3 – O Pensamento Romano:
A grosso modo, o Império Romano veio à existência no início da
era Cristã. Durante cerca de quatro séculos, a sociedade ocidental
foi uma simples unidade política. Roma transformou-se no grande
transmissor da cultura grega. Sabemo-lo parcialmente através dos
grandes escritos de Virgílio, Cícero, Tácito, Catulo, Sêneca,
Horácio e outros. Roma, porém, notabilizou-se pela ênfase dada à
prática e utilitarismo, sua ênfase sobre a lei e a ordem, seus
talentos para a organização, suas instituições, sua cidadania.
Muitos crêem que a maior contribuição de Roma foi o conceito
democrático de lei. Em última análise, porém, meramente
perpetuou a cultura grega num contexto social de democracia.
B – As Evidências de uma Nova Abordagem à Educação
Cristã
1 – Dos Críticos
A educação moderna está debaixo de fogo e tem estado
agora pelos vários anos passados. Muita gente está
exigindo uma nova abordagem à educação. A questão
surge sempre quando se procura saber como os advogados
da educação cristã se colocam à luz do presente (criticismo
pesquisador).
Evidência de insatisfação está vindo de um bom número de
fontes. Principalmente entre estes estão os pais. Estão
claramente insatisfeitos com o calibre de instrução que seus
filhos estão recebendo nestes dias. Mesmo em escolas
cristãs, os pais estão cansados de seguirem padrões
antigos.
Muitos livres atiradores também têm atacado a educação em
geral. Entre estes podem ser encontrados os editores de
jornais e revistas, repórteres e autores de artigos de revistas e
livros.
Particularmente, porém, está o fato de que educadores
cristãos que têm operado sob as premissas da antiga
abordagem Hebraico-greco-romana à educação, estão agora
começando a questionar as próprias bases desta abordagem.
Estão começando a ver que fazer uma síntese de
pensamentos de tais fontes é inadequado para enfrentar os
problemas e necessidades do presente.
Entre estes há um grupo que crê que as pressuposições para um
sistema educacional que seja verdadeiramente cristão precisa ser
encontrado na Bíblia como Palavra de Deus. Não hesitam em fazer
a exigência de que a educação não pode ser verdadeiramente
cristã a não ser que seja assim fundamentada.
2 – Da Cultura
Em adição aos fatores acima, a própria natureza da situação
cultural na qual agora vivemos, exige uma nova abordagem à
educação. Um mundo necessitado exige e precisa ter uma
filosofia de vida satisfatória e uma filosofia da educação
adequada. Vivemos no meio de uma mudança constante e
crise, e esta época está em necessidade da espécie de
educação que proveja um lugar estável em que se
permanecer. Necessitamos da espécie de filosofia educacional
que posa represar a maré do criticismo pesquisador, enquanto
que ao mesmo tempo dê certeza no meio da confusão.
3 – Do Campo Educacional
As filosofias educacionais do naturalismo, pragmatismo e
idealismo dominam a cena presente. Filhos modernos destes
pontos de vista são o materialismo, cientificismo, secularismo e
relativismo. Contra estes pontos de vista se arregimenta o Teimo
Cristão.
Talvez seja mais próprio dizer que o naturalismo científico
prevalece hoje. A realidade é concebida em termos de
constituição atômica material. Aqui a natureza é a completa
totalidade do ser. O homem é um resultado evolutivo da natureza
e assim é essencialmente parte da natureza. A função da
educação neste ponto de vista é virtualmente nada mais do que
proporcionar ao homem um ajustamento a seu meio e tornar este
meio o melhor possível. O fim da educação é encontrado quer no
indivíduo, quer no grupo. Não se encontra lugar para o
sobrenatural.
O conhecimento, portanto, está confinado aos fenômenos
naturais. O método inevitável neste ponto de vista, ou nesta
posição, é o método científico.
O humanismo educacional está intimamente relacionado ao
naturalismo. A razão está no centro deste ponto de vista e o
método se torna uma maneira de desenvolvê-lo. As consecuções
do passado provêem o currículo para a educação. Valiosas como
sejam as boas experiências e consecuções do passado, este
ponto de vista também está amarrado a esta terra. A História
revela a falha deste tipo de filosofia para satisfazer as
necessidades humanas. Ela também subtrai o sobrenatural.
A segunda alternativa à Filosofia Cristã é o Idealismo. Sua
ênfase está no absoluto, na realidade do espiritual; sua ênfase
sobre as leis morais, sua fé na liberdade e na existência de
Deus, são recomendáveis. Mas sua negação da realidade do
mal, seu Deus infinito, sua concepção obscura de Deus, e sua
elevação de conceitos abstratos ao nível último acima de
Deus, todos servem para enfraquecer a posição do ponto de
vista Teísta Cristão.
Homem
Natureza
Ciências Naturais
Ciências Sociais
Filosofia e Religião
O desafio desta situação exige dos educadores cristãos uma
nova abordagem à educação. Em tal abordagem os
educadores precisam fazer mais do que apontar
negativamente as falhas dos outros sistemas. Precisam
demonstrar positivamente e qualitativamente que a
abordagem bibliocêntrica é adequada para nossos dias. Antes
de volver nossa atenção como isto seria feito, vejamos
rapidamente, em forma resumida, duas filosofias
representativas que tomam conta do campo no presente:
naturalismo e humanismo. Ao fazê-lo veremos algumas
exigências que nos vêm do próprio campo educacional.
O centro do naturalismo é a ênfase colocada em a natureza
como realidade última. Espera-se, portanto, que a natureza e
as ciências naturais estejam no centro de qualquer definição de
educação proposta por este ponto de vista. A educação
assume a forma de treinamento social e vocacional. O homem
é um produto da natureza e Deus Se encontra na periferia da
escala de valores educacionais. O diagrama abaixo ilustra esta
posição com suas implicações para o currículo educacional.
As filosofias do Realismo e Pragmatismo estão intimamente
relacionadas a esta posição. O Realismo define a educação
como o condicionamento dosistema nervoso por meios físicos,
de tal modo que o homem possa viver harmonicamente com as
leis da natureza. O pragmatismo define a educação como um
processo de reconstrução da experiência com ênfase primária
nos fatores biológicos e sociais, em vez de fatores físicos. Aqui
o propósito da educação é ajudar o aluno a viver numa
comunidade industrial em mudança e tornar-se mais eficiente
nas técnicas científicas que levam à solução dos problemas de
hoje.
Intimamente ligado à posição do naturalismo está o humanismo.
Os valores humanos são centrais neste ponto de vista. Talvez este
ponto de vista se ache melhor representado nas obras de Robert
Hutchins. A ênfase é colocada sobre os clássicos com seu
corolário, o movimento intelectual. Os humanistas crêem que a
combinação da aquisição da herança cultural com o espírito
científico moderna resulta na espécie correta de liderança. Para
eles a educação torna-se virtualmente a aquisição de
conhecimento e disciplina mental. Aqui, também, Deus é visto na
circunferência da educação. As implicações são vistas a seguir:
Natureza
Homem
Ciências Sociais
Ciências Naturais
Filosofia e Religião
Deus
Torna-se evidente que as filosofias acima colocam ou o
homem ou a natureza no centro da educação. O propósito
em qualquer caso é sociabilidade ou um indivíduo
eficientemente preparado para a sociedade. Para o cristão
estes pontos de vista são fragmentários.
C – Desenvolvimento de uma Nova Abordagem à
Educação Cristã
1 – Educação, para o cristão, é um resultado da
interpretação de Deus.
“... o conhecimento de Deus é o fundamento de toda
verdadeira educação”. (Patriarcas e Profetas).
2 – Educação é um resultado da cosmo-visão cristã. (vide
cosmo-visão cristã).
Cosmo-Visão Cristã
Definição:
Todos têm uma cosmo-visão, estejam ou não conscientes
disto. Um filósofo, um político, um teólogo, um professor, um
pregador – cada um tem uma maneira de olhar o mundo que o
cerca, e, desde sua perspectiva, orienta sua profissão e
realiza suas funções. Cada um tem suas pressuposições, e
estas determinam a maneira que ele considera básica de sua
cosmo-visão.
Holmes define como-visão em termo de 4 necessidades:
a) A necessidade de unificar pensamento e vida;
b) A necessidade de definir a vida ideal e encontrar
esperança e significado na vida;
c) A necessidade de orientar o pensamento; e
d) A necessidade de orientar a ação.
Componentes de uma Cosmo-Visão Cristã
1 – Deus é a Realidade Última
“No princípio Deus” (Gn.1:1). Aqui reside o ponto de partida
cristão para qualquer atividade na qual queira se engajar.
Porque Deus é, eu sou. Sem Ele nada é. “Nele vivemos,
movemos e existimos” (Atos 17:28). Na perspectiva cristã,
Deus é o centro e ponto de referência para todas as
formulações.
2 – Deus Se Revelou
Deus, a realidade última, por causa de Sua personalidade,
também escolheu revelar-Se.
A cosmo-visão cristã aceita que Deus tem Se revelado na
natureza. “Os céus proclamam a glória do Senhor” (Salmo
19:1).
O cristão também considera a Bíblia como um meio da auto-
revelação de Deus.
3 – Deus Criou o Homem à Sua Própria Imagem
A cosmo-visão bíblica assegura que o homem não é um
acidente cósmico nem um paradigma em evolução. O homem
é o resultado direto da vontade e propósito de Deus. A
imagem de Deus é a mais poderosa expressão da dignidade e
unicidade do homem. Ela confere ao homem uma semelhança
com Deus e torna-o particularmente na atividade criativa de
Deus.
4 – O Pecado tem Manchado a Criação de Deus
O problema do mal é crítico para a construção de uma
cosmo-visão cristã. Dor e morte espreita-nos por todos os
lados. Estão eles aqui por causa de uma dualismo
irreconciliável? A resposta bíblica é NÃO! A posição bíblica
é que o pecado é um interlúdio na ordem de Deus, como
conseqüência do desejo da criatura de ser independente
do desígnio e vontade de Deus; desejo de fazer-se Deus.
5 – Deus Tomou a Iniciativa para Restaurar o Homem
Através da Atividade Redentora de Cristo
Para a cosmo-visão cristã, Cristo é a última revelação de
realidade, verdade e ética. Ele é o caminho, verdade e vida. A
encarnação de Deus na pessoa de Jesus acrescenta novas
dimensões para a maneira do cristão considerar a vida e o
mundo:
5.1 – Tanto a ontologia (parte da filosofia que trata do ser
enquanto ser) como a epistemologia se tornam
Cristocêntricas.A realidade de Deus se torna imediata e
encarnacional – isto é, Cristo Se identificou com a situação
humana, a fim de que Deus pudesse ser conhecido e
experimentado aqui e pessoalmente.
5.2 – A experiência redentiva torna possível para o
homem ter uma mente transformada que pode olhar a vida e seu
ambiente desde a perspectiva de conformidade holística com o
plano original de Deus.
5.3 – As atividades éticas e estéticas do homem
transformado ficam sujeitas a uma perspectiva redentiva e
encarnacional. A primeira exige um estilo de vida de amor, como
expresso no Decálogo, a base do caráter de Deus. A última exige
que o cristão estenda a sua identificação encarnacional em todas
as atividades, situações e relacionamentos humanos.
5.4 – A atividade redentiva de Deus também cria uma
comunidade que deve absoluta obediência a Seu chamado,
cumprindo Sua missão, vivendo Seus propósitos, e aguardando
a restauração final. A comunidade de fé, assim, se torna, sem
assumir uma atitude arrogante, tanto um catalisador para uma
cosmo-visão teística em um ambiente materialista ou humanista,
e uma segurança em uma atmosfera de fluidez.
6 – Deus Trará a Restauração Final
A cosmo-visão cristã encara o presente como um ínterim, e que
ele não está sem esperança ou destino. A ontologia de Deus
clama pela restauração final: “Eis que crio novos céus e nova
terra” (Isa. 65:17). A perspectiva cristã é assim escatológica. O
cristão está neste mundo, e ainda aguarda um novo cosmos. A
esperança de restauração final dá ao cristão direção e
propósito. A antecipação ordena a cosmo-visão cristã a olhar
para além do presente, ser otimista em meio à oposição, nunca
desesperar quando as respostas não estão prontamente
disponíveis, e cuidar que as portas do aprendizado nunca sejam
fechadas.
7 – Desde a Criação até a Restauração, a História é Linear
O conceito cíclico de história é estranho a cosmo-visão bíblica.
A Bíblia considera a história como linear, significativa, com
propósito, direcional, movendo em direção ao seu clímax
inevitável: a segunda vinda de Cristo. Além disto, a história é
dominada por um conflito de reinos – o reino de Cristo e o
reino do mal – e este conflito provê o ponto de vantagem a
partir do qual um cristão pode considerar estas questões de
ontologia, epistemologia e axiologia (estudo dos valores
morais).
Visto assim, os variados eventos da história – confusos e
caóticos, o mal prosperando e os justos sofrendo – adquirirão
um novo significado. A inevitável conclusão de tal posição é
que a história logo alcançará seu teleológico fim:
reconhecimento universal da vontade e soberania de Deus e o
estabelecimento de Seu reino. (cf. Fowler, J.M. “Building a
Christian World View”, in Christ in the Classroom, 2:64-69).
Conclusão:
Com estas afirmações básicas, um cristão pode construir sua
cosmo-visão, examinar as reivindicações da filosofia ou
qualquer outra disciplina, e aplicar uma mente distintivamente
cristã às grandes questões.
A cosmo-visão é todo-conclusiva, ou todo-abarcante, logo, a
educação precisa ser necessariamente uma parte dela. O
processo de educação, então, leva a uma interpretação desta
visão.
A função da educação é levar o aluno a um conhecimento da 
vontade de Deus e à execução desta vontade.
“Desde que Deus é a fonte de todo e verdadeiro conhecimento, 
é... o principal objetivo da educação dirigir a mente à revelação 
que Ele faz de Si próprio” (E.G. White, Educação, p. 16).
Conclusão:
A cosmo-visão cristã inclui uma definição de educação cristã.
O centro deste ponto de vista é o DeusTriúno.
Homem
Deus Triúno
Religião
Ciências Sociais
Ciências Naturais
Natureza
Conclusão:
O homem é um produto do poder criador de Deus e da
regeneração do Espírito Santo. Deus está no centro, não na
periferia. A natureza está na periferia.
Homem
Deus Triúno
Religião
Ciências Sociais
Ciências Naturais
Natureza
Implicações para o Currículo Educacional
1 – Embora Deus esteja no centro, o ponto em que o homem
O encontra é através do Mediador entre Deus e o homem, o
Deus-homem, Cristo Jesus.
2 – O homem não é suprimido neste ponto de vista. Trata-se
dele como um fim, não como um meio. O currículo é antes um
meio para um fim. O enfoque da educação teocêntrica é o
homem todo em seu ambiente.
Além do mais, o processo envolvido é o desenvolvimento
desta pessoa. Primeiro, o homem é salvo, então começa o
crescimento. O alvo é o “perfeito homem em Cristo”.
Sobre o Propósito Educacional
Os mitos sobre os propósitos da educação têm muitos aspectos.
Provavelmente os exemplos mais divulgados argumentam que a
verdadeira função das escolas é desenvolver habilidades
intelectuais e/ou preparar os jovens para o mercado de trabalho.
Estes mitos ocorrem amplamente, tanto dentro como fora da
comunidade cristã. Cristãos observadores, entretanto,
freqüentemente vêem além de tais mitos e afirma que o alvo
primário e mais fundamental da educação Cristã é desenvolver
o caráter e/ou preparar os jovens para o serviço. Estes pontos
de vista são também mitológicos. Eles são, entretanto, mais
sutis que os mitos sobre cultura intelectual e preparo para o
serviço, desde que possuem a aparência de Cristianismo.
O Papel do Propósito em Educação
Ellen White realçou a natureza crucial dos alvos e propósitos
educacionais quando escreveu que “por uma concepção falsa
da verdadeira natureza e objetivo da educação, muitos têm sido
levados a erros sérios e mesmo fatais” (CPPE, p.45). Sua
poderosa declaração implica que para muitas pessoas uma
noção errada dos alvos educacionais tem sido eternamente
fatal. “Tal engano é cometido”, ela adiciona, “quando a
ordenação do coração, ou seja, o estabelecimento dos
princípios, é negligenciado no esforço por conseguir a cultura
intelectual, ou quando interesses eternos ficam sem
consideração no ávido desejo de regalias temporais” (ibid.).
É fácil ver que ela desqualifica tanto a aprendizagem intelectual
como a preparação para o trabalho como os alvos primários da
educação. Por outro lado, parece indicar que o desenvolvimento do
caráter e a preparação para o serviço podem ser seus alvos
fundamentais.
O Alvo Primário da Educação Cristã
“Hoje”, escreveu G. C. Berkower, “mais que em qualquer
tempo, a questão, ‘Quem é o homem?’, está no centro da
preocupação teológica e filosófica”. Está questão também está
no centro do pensamento educacional. Talvez o melhor
caminho para se compreender o alvo fundamental da
educação seja examinar as necessidades e condições do
objetivo de tal educação – o homem. Qual é a sua natureza
essencial, sua razão de ser, seus aspectos positivos e seus
atributos negativos? É o homem bom, mau ou neutro? Quais
são suas necessidades, e como deveria a escola relacionar-se
com tais necessidades?
Na passagem que envolve toda a sua filosofia de
educação, Ellen White mostra que se nós desejamos
compreender o significado e alvo da educação,
precisamos compreender quatro coisas sobre o homem:
(1) sua natureza original,
(2) o propósito de Deus ao criá-lo,
(3) a mudança que ocorreu na condição humana após a
queda, e
(4) o plano de Deus para ainda cumprir Seu propósito na
educação da raça humana (Educação, pp. 14 e 15).
A seguir ela explica os quatro itens. O primeiro, o homem foi
criado à imagem de Deus. Segundo, a humanidade deveria
revelar cada vez mais plenamente a imagem de Deus por um
contínuo desenvolvimento por toda a eternidade. Terceiro, a
desobediência deslustrou, mas não destruiu, a imagem em
seus aspectos mental, físico e espiritual. A desobediência do
homem também trouxe a morte. Quarto, Deus não abandonou
o homem em sua desesperada condição; Ele ainda pode
cumprir Seu propósito para a raça humana pela restauração
de Sua imagem no homem através do plano da salvação.
O Alvo Primário da Educação Cristã
É a educação é uma das agências
redentivas e restauradoras de Deus. Ellen
White indicou, portanto, que o propósito
primário da educação é levar os estudantes
a Deus para redenção (Ibid, pp 15 e 16).
A Restauração da Imagem e o Papel Redentivo da
Educação
A perda do homem provê o propósito da educação
cristã. A maior necessidade do homem é se tornar
“imperdido”. Assim Jesus disse que ele veio para
“buscar e salvar o que estava perdido” (Lc. 19:10). Tal
busca e salvação é o tema da Bíblia desde a Queda à
restauração do Éden em Apocalipse 21 é a história de
como Deus, através de mestres, profetas, patriarcas,
pregadores, serviços simbólicos, e uma hoste de
outros meios, tem tentado resgatar o homem de sua
perdição.
Nós devemos ver a educação cristã neste contexto. “No mais
alto sentido”, escreveu Ellen White, “a obra da educação e da
redenção são uma” porque ambas constroem diretamente
sobre Jesus Cristo. Levar o estudante a um relacionamento
salvífico com Jesus Cristo “deve ser o primeiro esforço do
professor e seu constante objetivo” (Educação, p. 30). Aqui
está o alvo mais elevado e primário da educação.
A maior necessidade do estudante, então, é um renascimento 
espiritual que coloca a Deus no centro de sua experiência. 
Paulo notou que tal renovação é uma experiência diária, e 
Jesus ensinou que o Santo Espírito realiza a transformação 
(1Co. 15:31; João 3:5). A educação cristã nunca pode ocorrer 
– isto deve ser enfatizado – sem o poder dinâmico do Espírito 
Santo.
Ellen White escreveu que “a coisa de maior importância”
em educação “deve ser a conversão” dos estudantes
(FEC, p. 436). É sobre o fundamento da experiência do
novo nascimento que a educação cristã pode prosseguir
com seus outros alvos e propósitos. Se ela falha neste
ponto primário e fundamental tem falhado completamente.
Algumas Considerações Educacionais Relativas à
Natureza do Estudante
Além da posição central da imago Dei (imagem de Deus) na
humanidade, há vários outros pontos sobre o estudante que o
educador cristão deveria notar.
1 – A Bíblia trata o homem como uma unidade holística. O
homem na Bíblia não é visto de forma dualística ou
pluralística.
2 – Se as pessoas pretendem ser plenamente humanas, elas
devem ser controladas por suas mentes antes que por seus
apetites e propensões animais.
3 – O educador cristão deve reconhecer e respeitar a
individualidade, singularidade e dignidade pessoal de cada
pessoa.
4 – Desde a Queda os problemas da raça humana não
mudaram. A humanidade, desde aquele tempo, encontra-se
sujeita à luta das forças do bem e do mal.
Os estudantes, na perspectiva cristã, devem ser vistos como
filhos de Deus. Cada um é um depositário da imagem de Deus
e alguém por quem Cristo morreu. Cada um, portanto, tem
possibilidades infinitas e eternas. O valor de cada estudante
individual pode somente ser equilibrado em termos do preço
pago por sua restauração na Cruz do Calvário. O educador
cristão vê cada estudante como um candidato para o reino de
Deus e lhe oferece a melhor educação possível. No mais
pleno sentido da palavra, a educação cristã é redenção.
Alguns Alvos Secundários da Educação Cristã
O papel da educação é ajudar a trazer o homem de volta a
harmonia com Deus, seus semelhantes, consigo mesmo e
o mundo natural.
Desenvolvimento do caráter;
Aquisição de conhecimento e competência profissional (ou
no trabalho).
Ellen White notou que o caráter determina o destino tanto
para esta vida como para a vida porvir e que “a formação do
caráter é a obra mais importante já confiada aos seres
humanos” (Educação, pp. 109 e 225). C. B. Eavey relacionou
o desenvolvimento do caráter ao propósito fundamental daeducação quando declarou que “o alvo fundamental em
educação cristã é trazer o individuo a Cristo para salvação”.
Lembramos que o conceito cristão de desenvolvimento do
caráter é completamente oposto à visão humanística, que
implica meramente no refinamento do homem natural, não
renovado. O desenvolvimento do caráter cristão nunca ocorre
fora da experiência da conversão ou à parte de Cristo e da
agência do Espírito Santo (Fp. 2:12-13; João 15). Somente o
poder dinâmico do Espírito Santo desenvolve a imagem de
Deus no indivíduo. A essência do elemento espiritual desta
imagem é a reprodução dos frutos do Espírito – amor, alegria,
paz, paciência, bondade, fidelidade, mansidão e domínio
próprio – na vida de cada estudante (Gal. 5:22-24).
Hans LaRondelle tem mostrado que pelo menos parte do
processo de restauração ocorre quando contemplamos a
“beleza atrativa do caráter de Cristo”. Através deste ato nós
assimilamos Sua imagem. Assim é imperativo que cada fase
da educação cristã – o caráter do mestre, o currículo, os
métodos de disciplina, e qualquer outro aspecto – reflita o
caráter de Cristo.
Jesus Cristo é o começo, o meio e o fim da educação cristã.
O Espírito Santo procura implantar a semelhança de Seu
caráter em cada um de nós e em nossos filhos e estudantes.
Devemos sempre ver a aquisição de conhecimento na
educação cristã dentro do contexto mais amplo do
cristianismo. O educador cristão não está tão preocupado
em passar massas de informação como ele está com o
desenvolvimento da mente cristã – uma maneira cristã de
ver a realidade e organizar o conhecimento dentro da
estrutura da cosmo-visão cristã. Gene Garrick demonstrou a
natureza secundária da aquisição de conhecimento quando
escreveu que “não pode haver uma mente verdadeiramente
cristã sem o novo nascimento, desde que a verdade
espiritual é aprendida e aplicada espiritualmente (1Co. 2:1-
16)”.
O cristão nunca vê a aquisição de conhecimento –
mesmo o conhecimento cristão – como o fim em si mesmo.
Em sua aquisição de conhecimento e no desenvolvimento
de uma mente cristã, ele nunca perde de vista o fato de que
o seu alvo último é um melhor serviço tanto para Deus como
para o próximo.
Preparação para o mercado de trabalho é também um
propósito definido pela educação cristã. Todo estudante que
conclui um programa educacional cristão deveria ter no
mínimo uma ocupação que lhe permita “ganhar a
subsistência” (Educação, p. 218). Preparação ocupacional,
entretanto, como cada outro aspecto da vida cristã, não
pode ser separada dos assuntos do novo nascimento,
desenvolvimento do caráter e o desenvolvimento de uma
mente cristã. A vida cristã é uma unidade, e cada aspecto
dela interage com os outros e o homem total. O cristão
sempre verá uma ocupação dentro do contexto de uma mais
ampla vocação individual como um servo de Deus. Isto leva-
nos ao que podemos considerar o resultado último e final da
educação cristã.
O Alvo Último da Educação Cristã
Ellen White escreveu que a “verdadeira educação é a
preparação dos poderes metal, moral e físico para a
realização de cada dever, agradável ou não, o treinamento
de cada hábito e prática, de coração, mente, e alma para o
serviço divino” (3SM, p. 228; cf. CT, p. 493; Ed. P. 13). Nesta
mesma linha Herbert Welch concluiu que “o caráter cristão
que não se expressa em serviço não é digno do nome”.
A figura 1 indica que a conversão, o desenvolvimento do
caráter, a aquisição de uma mente cristã amadurecida e
preparação ocupacional não são um fim em si mesmos. Antes,
cada um é um elemento essencial em uma preparação
individual para o serviço ao próximo e é como Deus procura
curar a alienação que se desenvolveu após a queda entre o
homem e seus semelhantes. A essência do amor cristão e um
caráter semelhante ao de Cristo é serviço ao semelhante. O
segundo grande mandamento, portanto, construído sobre o
nosso supremo amor a Deus, convida-nos a amar o nosso
próximo como a nós mesmos (Mt. 22:39).
Alvos
Primários
Alvos
Secundários
Alvo
Último ou
Resultado
Final
Levar os jovens a 
um relacionamento 
salvífico com 
Jesus.
Desenvolvimento do 
Caráter
Serviço a Deus e 
ao homem tanto 
aqui como no 
futuro
Desenvolvimento de 
uma mente cristã
Preparo para o 
trabalho
Um ponto final que deve ficar explícito é o fato de que a
escola cristã é uma agência evangelística, desde que seu
propósito primário envolve levar seus estudantes a um
relacionamento salvífico com Jesus Cristo. Ela difere de
outras agências evangelísticas, entretanto, porque seu
principal papel centraliza-se sobre a conversão,
desenvolvimento e preparação de jovens provenientes de
lares cristãos, antes que pessoas do público em geral. A
escola cristã funciona como um ambiente protetor no qual a
educação cristã pode ocorrer no contexto da cosmo-visão
cristã e longe das pressões não-cristãs.
Tem tanto um papel conservador, ao prover uma atmosfera
protetora para o crescimento cristão, como um papel
revolucionário, desde que ela procura desenvolver agentes
evangelísticos de vários tipos para a igreja. Muitas comunidades
cristãs têm cometido o triste erro de ver a escola como uma
agência evangelística geral antes que uma empresa evangelística
seletiva. O resultado trágico tem geralmente sido que os valores do
grupo não-cristão têm influenciado indevidamente muitos de seus
filhos, antes que o contrário. Enquanto a escola cristã pode servir
vitoriosamente como uma cunha de penetração evangelística em
áreas onde a igreja não está ainda estabelecida, tem provado ser
mais eficiente como um ambiente protetor para a conversão e
desenvolvimento dos jovens de famílias cristãs em lugares onde
comunidades a igreja, bem estabelecidas, já existem.
O Papel do Educador
Ensinar é Uma Forma de Ministério
Se a educação é vista desta maneira, então o papel do educador é
ministerial e pastoral no sentido de que o educador está
conduzindo os jovens a um relacionamento salvífico com Jesus
Cristo.
O Novo Testamento: Ef. 4:11; 1Co. 12:28; Rom. 12:6-8
As Escrituras não procuram separar as funções de ensinar e
pastorear. (1Tm. 3:2).
Os pastores devem não somente cuidar das almas do seu rebanho,
mas devem ser pessoas que ensinem por preceito e exemplo aos
indivíduos e à igreja como um corpo.
Os educadores, semelhantemente, não são meramente
expositores de verdades, mas indivíduos que tenham permanente
cuidado por aqueles sob a sua tutela.
Um educador cristão é um pastor ou ministro do evangelho. A
principal diferença entre os títulos de pastor e educador, como
usados na sociedade moderna, baseia-se na corrente divisão de
tarefas.
A mais clara e plena integração do dom de educador-pastor é vista
no ministério de Cristo. Um dos termos pelos quais Ele era
freqüentemente tratado era “Mestre”.
No texto grego esta palavra é quase sempre didáskalos, que é
mais acuradamente traduzida como “professor” (teacher). Cristo
pode ser visto como o melhor exemplo de ensino em termos de
metodologia e significativos relacionamentos interpessoais. Um
estudo dos evangelhos da perspectiva de Cristo como educador
contribuirá grandemente para o nosso conhecimento de como atuar
em classe. Adicionalmente, tal estudo colocar-nos-á em contato
direto com os objetivos e alvos da educação cristã.
O Educador Cristão Como Um Agente da Salvação
Lucas 15, registra as parábolas da ovelha perdida, da dracma
perdida, e do filho pródigo, é especialmente pertinente para o papel
do educador cristão. O educador é alguém que procura alguém e
tenta ajudar aqueles que estão perdidos e presos nos domínios do
pecado, sejam eles:
1 – Como a ovelha – que sabe que está perdida, mas não sabe
como voltar ao lar;
2 – Como a dracma e o filho mais velho – que não têm suficiente
senso espiritual para compreender sua própria perdição;
3 – Como o filho pródigo – sabe que está perdido, sabe como voltar
ao lar, mas não que voltar até que tenha gasto sua rebelião.Primazia do Ensino
Educar jovens é não somente um ato ministerial, mas é uma das
mais efetivas formas de ministério.(Gn. 18:19; Dt. 4:9-10; 6:6-7; Ef.
6:4).
É o professor – e não o diretor acadêmico, o orientador, o
coordenador, etc. – que permanece no lugar onde o mundo adulto
e o mundo da criança se encontram.
Talvez a melhor maneira para destruir o potencial do sistema
educacional como um agente para restaurar a imagem de Deus
nos estudantes é primeiro solapar o papel da mãe-dona-de-casa, e
então fazer do ensino – especialmente o ensino complementar –
uma atividade profissional de segunda classe. Com estes dois
golpes a verdadeira função da educação pode ser bloqueada. O
desafio na educação cristã é valorizar o ensino por seu verdadeiro
potencial como uma poderosa e crucial forma de ministério.
Qualificações do Educador Cristão
1 - Qualificação Espiritual.
2 - Qualificações Literárias.
3 - Qualificações Sociais.
4 - Qualificação Física.
O esforço dos educadores cristãos no contínuo aperfeiçoamento de
suas qualificações pessoais é o mesmo alvo que eles procuram
para seus estudantes – uma restauração da imagem de Deus
física, mental, espiritual e socialmente. Este equilíbrio, encontrado
na vida de Cristo, formará a base para sua atividade profissional.
Educadores, seja no lar ou na escola, verificarão que sua tarefa é
desafiadora, exigente e recompensadora.
A Bíblia Como Livro de Texto Onisciente
Um dos princípios educacionais mais fortemente enfatizados
por Ellen White era a posição primária da Bíblia nas escolas
cristãs.
Ela disse que a atenção dos estudantes “deveria ser chamada,
não para as afirmações dos homens, mas para a Palavra de
Deus. Sobre todos os outros livros, a Palavra de Deus deve
ser nosso estudo, o grande livro de texto, a base de toda
educação” (6T p.131).
Tais declarações formam a base para um dos mais
persistentes mitos em certos círculos educacionais adventistas
– que a Bíblia deveria ser o livro de texto em todo assunto.
História Adventista e Bíblia como o Único Livro de Texto
1890 – Nem a Bíblia nem a cosmo-visão bíblica tinham
ocupado o papel central na educação adventista.
1897 – O elemento de reforma, liderado por Edward A.
Sutherland, Percy T. Magan, A. T. Jones, e J. H. Kellog
assumiram o controle do Battle Creek College.
Entre 1897 a 1900 – A igreja experimentou uma grande
confusão sobre o real significado da afirmação de que a Bíblia
deveria ser o livro de texto em cada linha de estudo.
Outubro de 1899 – Jones tinha chegado a uma interessante
distinção entre o “livro de texto” (a Bíblia), do qual o professor
tomaria o “texto” para o estudo do tópico desejado, e o “livro
de estudo”, o qual lançaria luz sobre o significado dos textos
bíblicos que formavam o fundamento para cada linha de
estudo.
A Função da Bíblia na Educação
O Problema: Descobrindo o Padrão da Unidade Curricular
Os Adventistas não eram os únicos na confusão educacional
da virada do século. Os clássicos estavam em seu leito de
morte tanto na educação pública quanto na particular,
enquanto a Cosmo-Visão Cristã, que tinha dado algum
significado ao curso de estudo na educação Americana estava
perdendo sua influência na educação Americana. Frederik
Rudolf, um proeminente historiador da educação superior
americana, caracterizou o período de 1875 a 1914 como de
“desordem curricular”.
Um desafio maior para a educação no século vinte tem sido
encontrar o padrão que mantenha o currículo junto (together)
e lhe dê unidade e significação.
O ponto crucial do problema, entretanto, não tem sido
reconhecer a necessidade de algum padrão global no qual se
ajustem mutuamente os vários assuntos do currículo de tal
maneira que eles façam sentido, mas descobrir tal padrão.
A busca por significado no currículo e na experiência
educacional total é um grande desafio do século vinte. Alguns
vêem o centro integrador na unidade dos clássicos, enquanto
outros vêem nas necessidades da sociedade, vocacionalismo
ou ciência. Nenhuma destas abordagens, entretanto, são
amplas suficientes, e suas pretensões são usualmente
divisivas antes que unificantes.
O homem secular moderno descartou o cristianismo como uma
força unificante e tende a se concentrar sobre as partes de seu
conhecimento antes que sobre o todo. Como resultado, a
fragmentação intelectual continua a ser um grande problema
enquanto os indivíduos procuram determinar que
conhecimento é de mais valor.
Considerações Curriculares
Que Conhecimento é de Maior Valor?
A probante questão de Herbert Spencer “que
conhecimento é de maior valor?” recebeu ampla atenção
no final do século dezenove. Para Spencer esta era a
“questão das questões” no reino da educação. “Antes que
haja um currículo racional, devemos definir quais as coisas
de maior interesse para conhecer; ...devemos determinar o
valor relativo dos conhecimentos”.
Spencer, ao procurar responder a sua questão, classificou as
principais espécies de atividades humanas em uma ordem
hierárquica baseada em sua importância:
1) as atividades relativas diretamente a autopreservação;
2) as atividades que indiretamente promovem a autopreservação;
3) as atividades que têm a ver com educação da descendência;
4) as atividades pertinentes às relações políticas e sociais;
5) as atividades que compõem a parte ociosa da vida e são
devotadas aos gostos e apetites.
A explanação de Spencer relaciona a Ciência (amplamente
concebida para incluir as ciências práticas e sociais bem como as
ciências físicas e biológicas) a sua hierarquia de cinco pontos das
atividades mais importantes da vida.
Sua resposta está construída sobre o princípio de que as
atividades que ocupam os aspectos periféricos da vida
deveriam também ocupar lugares marginais no currículo,
enquanto as atividades que são mais importantes na vida
deveriam ter o lugar mais importante no curso de estudos.
Outros educadores respondiam que o conhecimento de maior
valor devia ser encontrado nas necessidades da sociedade ou
nas vocações.
Os cristãos que se fundamentam na Bíblia rejeitarão as
conclusões de Spencer, que são construídas sobre uma
metafísica e epistemologia naturalista, contudo, eles não
devem deixar de perceber o amplo assunto subjacente a seu
argumento.
O educador cristão deve, com Spencer, definir a questão de
“que as coisas são mais importantes para conhecer”. A
resposta a esta questão, como Spencer observou, leva
diretamente a um entendimento dos valores relativos do
conhecimento do currículo.
Ellen White repetidamente responde à questão de Spencer
em seus próprios escritos. Para ela um entendimento da
Bíblia era o estudo essencial que era de “maior valor” (cf. CT,
11-24, 427; FEC, 368-380).
Descobrir o conhecimento que é mais essencial, entretanto, é
um problema totalmente diferente de entender como um
curso de estudo pode ser desenvolvido a partir de tal
compreensão.
Os educadores cristãos sabem que conhecimento é de maior 
valor, porque eles compreendem as maiores necessidades 
da humanidade. Eles sabem que a Bíblia é uma revelação 
cósmica que transcende o limitado reino da humanidade, e 
que não somente revela a condição da humanidade, mas 
também o remédio para tal condição. 
O problema não é introduzir elementos cristãos em um
currículo existente, mas antes a cristianização do inteiro
programa escolar.
O desafio que confronta o desenvolvimento do currículo em
uma escola cristã é ir além de um ponto de vista focalizado
sobre as partes (pedaços), a uma posição que claramente e
propositadamente integre os detalhes do conhecimento em
uma estrutura bíblica. Somente isto fará uma educação
verdadeiramente cristã.
A Solução: A Integração de todo Conhecimento
Um postulado básico subjacente ao currículo cristão é que
“toda verdade é verdade de Deus”. Desde o ponto de vista
bíblico, Deus é o Criador de todas as coisas. Portanto, a
verdade em todos os campos se origina dEle. A falha em
compreender este pontode vista tem levado claramente muitos
a desenvolver uma falsa dicotomia entre o secular e o religioso.
Tal dicotomia implica que o religioso tem a ver com Deus,
enquanto o secular está divorciado dEle. Desde este ponto de
vista, o estudo da ciência, história e matemática é visto como
basicamente secular, enquanto o estudo da religião, história da
igreja e ética é visto como religioso.
Esta não é a perspectiva bíblica. Na Bíblia, Deus é visto como
Criador dos objetos da ciência e matemática e o Diretor dos
eventos históricos. Em essência, não há tais coisas como aspectos
“seculares” no currículo.
Toda verdade no currículo cristão, se lidando com a natureza,
humanidade, sociedade ou artes, deve ser vista no relacionamento
apropriado a Jesus Cristo como Criador e Redentor.
Nós não poderíamos possivelmente usar a Bíblia como livro
de texto para cada tópico do currículo, desde que ela nem
mesmo discute muitos assuntos. A Escritura não explica:
-Os modernos contratos de bens imóveis, mas o estudo e
prática de bens imóveis têm uma íntima conexão com a ética
e princípios morais bíblicos.
-A física nuclear também não é explicada na Bíblia. Isto,
entretanto, não significa que a física nuclear não esteja
conectada com as leis naturais de Deus e que não tenha
implicações éticas e morais quando suas aplicações afetam
as vidas das pessoas.
Cristo foi o Criador de todas as coisas – não somente aquelas
coisas que as pessoas escolhem chamar religiosas (Jo. 1:1-3;
Col. 1:16). O ponto importante é que nenhum tópico está fora
da cosmo-visão da Bíblia.
A Bíblia não é o todo do conhecimento, mas provê um
referencial dentro do qual podemos estudar e interpretar todos
os tópicos.
Toda verdade, se é realmente verdade, é verdade de Deus,
não importa onde ela é encontrada. Como resultado, o
currículo da escola cristã deve ser visto como um todo
unificado, antes que como um conjunto de tópicos
fragmentados e vagamente conectados.
O Papel Estratégico da Bíblia no Currículo
Um segundo postulado se segue ao da unidade da verdade: a
Bíblia é o documento fundamental e contextual para todos os
itens curriculares na escola cristã. Este postulado é um
resultado natural de uma epistemologia revelacional,
bibliocêntrica.
Elton Trueblood:
“a questão importante não é: ‘Ela [a Bíblia] oferece um curso de
religião?’ Tal curso pode ser oferecido por qualquer instituição. A
questão é: ‘Sua profissão religiosa faz uma diferença?’ ...Um
mero departamento de religião pode ser relativamente
insignificante. O ensino da Bíblia é bom, mas é somente o
começo. O que é muito mais importante é a penetração das
convicções Cristãs centrais no ensino de todos os assuntos”.
Gaebelein:
“uma vasta diferença entre a educação em que os exercícios
devocionais e o estudo da Escritura têm um lugar e a
educação em que o Cristianismo da Bíblia é a matriz de todo
o programa ou, mudando a figura, o leito no qual o rio do
ensino e aprendizado flui”.
Foi esta compreensão que Ellen White procurou implementar
na década de 1890. Ela advogou que as escolas Adventistas
removessem os clássicos Gregos e Romanos do centro do
currículo desde que eles “não apresentam o devido
fundamento para a educação verdadeira” (FEC, 381).
Em seu lugar ela exaltou a Bíblia, que “é a base de todo
verdadeiro conhecimento” (FEC, 393). Parte da genialidade do
ministério de ensino de Cristo foi que Ele “salvou a verdade da
penumbra em que se achava, dando-lhe o devido encaixe”
(CPPE, 27). Ellen White, em seus dias, tentava fazer o mesmo.
Isto foi e é uma preocupação primária para a educação
Adventista em cada geração, desde que a educação Cristã não
pode tomar lugar no contexto do humanismo secular ou
qualquer outro “ismo”. A educação Cristã somente é Cristã
quando vê toda verdade desde uma perspectiva Cristã.
Ellen White:
“a ciência da redenção é a ciência de todas as ciências”, e
a Bíblia é “o livro dos livros” (Educação, p. 126; CT, 442).
Somente um entendimento desta “ciência” e deste “Livro”
torna todas as coisas significantes no mais pleno sentido.
Vistos à luz do “grandioso pensamento central” da Bíblia,
“cada tópico tem novo significado” (Educação, 125).
Cada estudante, afirmou Ellen White, deveria obter um
conhecimento do “grandioso tema central” da Bíblia, “do
propósito original de Deus em relação a este mundo, da
origem do grande conflito, e da obra da redenção. Deve
compreender a natureza dos dois princípios que contendem
pela supremacia, e aprender a delinear sua operação através
dos atos da história e da profecia, até à grande consumação.
Deve enxergar como este conflito penetra em todos os
aspectos da experiência humana; como em cada ato de sua
vida ele próprio revela um ou outro daqueles dois princípios
antagônicos; e como, quer queira quer não, ele está mesmo
agora a decidir de que lado do conflito estará” (Educação, 189-
190).
O conflito entre o bem e o mal não deixou nenhuma área da
existência intocada. Do lado negativo vemos a controvérsia
na deterioração do mundo da natureza, guerra e sofrimento
no reino da história e ciência sociais, e nas preocupações
do homem com suas próprias perdas na humanidade. Do
lado positivo encontramos evidência da controvérsia na
maravilha de uma ordem natural que parece ser
propositadamente organizada, na habilidade do homem
para cuidar de seus companheiros na vida social, e em
suas profundas visões e desejos de inteireza e significação.
“Por que”, todo indivíduo deve finalmente perguntar-se, “existe
o mal em um mundo que parece tão bom? Por que há morte e
tristeza em uma existência que é tão delicadamente projetada
para a vida? Como é possível que a regularidade matemática
seja todo-pervasiva no mundo da natureza?”.
A revelação especial de Deus contém as respostas às “grandes
questões” da humanidade. É esta revelação, portanto, que
deve prover tanto o fundamento e o contexto para cada estudo
humano. Cada tópico dentro do currículo, e mesmo a vida
humana em imperativo, portanto, que as escolas cristãs
ensinem cada assunto desde a perspectiva bíblica.
Gaebelein, em sua clássica abordagem do assunto, sugeriu
que o que necessitamos é a “integração” de cada aspecto
do programa da escola com a cosmo-visão Bíblica.
Integração significa “unir as partes em um todo”. A Bíblia,
ele sugere, provê o padrão dentro do qual cada aspecto,
tanto do curso formal de estudos como do currículo
informal, encontra seu significado.
Hastings Rashdall, em seu monumental estudo das
universidades medievais, captou o mesmo quadro quando
notou a centralidade do estudo religioso.
O estudo religioso era a “ciência arquitetônica cujo ofício era
receber os resultados de todas as outras ciências e
combiná-los em um todo orgânico”. Que este é o lugar
correto da religião na educação, afirma Henry P. Van Dusen,
não é porque as igrejas o dizem ou porque é ditado pela
tradição, mas “por causa da natureza da realidade”. Deus é
o ser cuja existência traz unidade e significado ao universo e
significado ao currículo.
Para o cristianismo, a Bíblia é fundamental e contextual.
Ela provê um padrão para o pensamento em todas as
áreas. A Bíblia é o foco da integração para todo o
conhecimento, porque ela provê uma perspectiva
unificadora que vem de Deus, a fonte de toda verdade.
No mais comum desígnio curricular, a Bíblia ou religião é
somente um tópico entre muitos, como ilustrado na figura
2. Neste modelo cada tópico é estudado segundo sua
própria lógica e é considerado como sendo basicamente
independente dos outros.
O professor de história ou literatura não está preocupado
com religião, e o professor de religião não se envolve com
história ou literatura, desde que cada um é ensinado em sua
especialidade. Cada assunto tem seu próprio território bem
definido e abordagem “tradicional”. Este modelo não está
geralmente preocupado com a relação entre os campos de
estudo, deixando sozinho seu “significado último”. Em tal
modelo,religião é um tópico entre muitos.
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Os reformadores Adventistas, procurando escapar do
modelo acima, inicialmente foram ao extremo de fazer a
Bíblia e religião o todo do currículo, como ilustrado pela
Figura 3. Este modelo procurou fazer da Bíblia o todo e
também errou o alvo, desde que a Bíblia nunca reivindica
ser uma fonte exaustiva de verdade. Ela estabelece a
estrutura para o estudo da ciência e história e toca nesses
tópicos, mas ela não é um “livro de texto” em todas as
áreas que o estudante necessita conhecer. Ela é um “livro
de texto” na ciência da salvação e lança luz sobre a
anormalidade de nosso presente mundo em todas as
áreas de verdade possível.
Bíblia
e
Religião
Um terceiro modelo podemos definir como o modelo
fundamental e contextual (Figura 4). Ele implica que a
Bíblia e sua cosmo-visão provêem um fundamento e um
contexto para todo conhecimento humano, e que seu
significado global penetra em cada área e acrescenta
significado a cada tópico.
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PERSPECTIVA BÍBLICA
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Uma Ilustração do Papel da Bíblia no Currículo
Neste ponto será vista a integração da perspectiva Bíblia com
um aspecto “secular” do currículo.
O estudo literário mantém uma posição de centralidade na
estrutura curricular, e é talvez uma das mais poderosas
ferramentas para o ensino dos valores religiosos.
Uma questão principal nos estudo literário nas escolas cristãs
é “Que tipo de literatura deveríamos estudar?
Pode ser perguntado, desde que a Bíblia é nosso padrão
literário, por que histórias pecaminosas foram incluídas no
registro e às vezes enfatizadas.
É responsabilidade do professor de literatura em uma escola
cristã ajudar os jovens a aprenderem e ler criticamente, para
que eles possam perceber o significado do que eles lêem em
termos da grande controvérsia entre as forças do bem e do
mal.
Há no mínimo dois pontos básicos de responsabilidade na
apresentação e estudo da literatura na escola cristã – seleção
e interpretação.
A função interpretativa tem sido tradicionalmente abordada
de duas maneiras diferentes:
1 – A ênfase principal é sobre as qualidades literárias do
material, na qual a Bíblia ou idéias da Bíblia pode ser usada
de tempos em tempos como um aparte.
2 – A literatura pode ser estudada no contexto da perspectiva
bíblica e do que a mensagem significa em termos de dilema
universal e pessoal da humanidade.
O Currículo Radical
O ponto que os educadores Cristãos devem reconhecer é
que o ensino de qualquer assunto em uma escola Cristã não
é uma modificação da abordagem usada em escolas não-
cristãs. É antes uma radical reorientação daquele tópico
dentro da estrutura filosófica do cristianismo.
De um certo ponto de vista a integração da matemática e
ciências físicas com a crença cristã é o mesmo mais
importante que a integração da literatura e ciências sociais
com o cristianismo.
Os educadores cristãos em todas as áreas deveriam utilizar
criativamente os pontos naturais de integração entre seu tópico e
sua religião.
Em adição aos pontos naturais de integração, os educadores em
cada campo têm a oportunidade de integrar a sua fé com sua
especialidade acadêmica ao nível da personalidade como elas
se relacionam, no espírito de Jesus, aos seus estudantes e
responder suas questões concernentes ao assunto em pauta,
significado religiosos e dificuldades pessoais.
Algumas Observações :
1 - Se queremos assegurar implicações positivas da
integração, deveríamos notar o que ela não é.
2 - Holmes tem enfatizado que “integração está preocupada
não tanto com ataque e defesa como com as positivas
contribuições do aprendizado humano para um entendimento
da fé e para o desenvolvimento de uma cosmo-visão Cristã, e
com a positiva contribuição da fé Cristã para todas as artes e
ciências”.
3 - É de maior importância que os educadores cristãos e seus
alunos compreendam que a cosmo-visão cristã deve dominar
o currículo cristão se as escolas cristãs querem ser cristãs
em realidade e não apenas no nome.
O Currículo Equilibrado
Além da integração de assuntos específicos na escola cristã,
há um assunto maior, que é a integração do programa
curricular, que objetiva dar equilíbrios ao desenvolvimento
dos vários aspectos dos estudantes à medida que eles estão
sendo restaurados a sua posição original como indivíduos
criados à imagem e semelhança de Deus.
O currículo deve, portanto, ter um equilíbrio integrado que
facilitará tal restauração.
Se os indivíduos devem ser restaurados a sua totalidade, a
educação cristã não pode negligenciar o equilíbrio entre o
físico e o mental.
O Currículo Informal
A experiência educacional da escola cristã é obviamente
mais ampla que os assuntos (materiais) desenvolvidos no
currículo formal e ensinados pelos educadores em sala de
aula.
Da mesma forma como todas as outras atividades na vida
cristã se enquadram no domínio dos princípios cristãos,
assim deve cada aspecto da educação cristã estar em
harmonia com a mensagem bíblica.
A escola cristã tem duas tarefas principais concernentes ao
currículo informal:
1 – A seleção das atividades e;
2 – A criação de orientações para a implementação das
atividades selecionadas.
No âmbito do currículo informal, a tarefa tanto do corpo
docente como discente é pesquisar as Escrituras sincera e
responsavelmente em busca dos princípios orientadores e
então aplicá-los para a seleção e implementação de todos os
programas e atividades na escola cristã.
Mantendo um Foco Cristão
Se qualquer atividade na escola cristã ocupa o centro em
lugar de Cristo, podemos estar certos de que, segundo o
primeiro grande mandamento e os Dez Mandamentos,
perdemos nossa perspectiva cristã.
Há muitos pontos de falsa paz e integração, e é bom
reconhecê-los:
Entretenimento ... Se torna o meu ponto de integração... Eu
estou destruído.
Considerações Metodológicas
Um determinante principal das metodologias do ensino e
aprendizado de qualquer filosofia de educação é os alvos de tal
filosofia e estrutura epistemológico-metafísica na qual tais alvos
são expressos.
Os alvos da educação cristã vão além do acúmulo de
conhecimento cognitivo, preparação para o mercado de
trabalho, autoconsciência, e competir com sucesso com o
ambiente.
Educação, Pensamento e Autocontrole
Central para a questão do desenvolvimento do caráter cristã
é a compreensão de que os seres humanos não são
simplesmente animais altamente desenvolvidos que operam
num nível meramente reflexivo (refletir como um espelho) e
que são determinados pelo estímulo ambiental.
A essência da educação cristã é capacitar os estudantes a
pensar e agir reflexivamente por si mesmos, antes que
simplesmente responder à palavra ou vontade de uma figura
de autoridade.
Autocontrole é o alvo a ser alcançado para que, quando o 
jovem não mais tiver a orientação mediadora dos pais e 
professores, seja apto a viver a vida cristã porque internalizou 
os princípios, relacionamentos e valores do cristianismo. 
A Bíblia e a Metodologia Instrutiva
A fonte epistemológica central para o cristão, a Bíblia, provê
uma riqueza de informação no Velho Testamento com respeito
às metodologias usadas pelo Senhor no processo da
educação.
No centro da metodologia de ensino e aprendizado do Novo
testamento está a obra educacional de Jesus.
Métodos Usados por Jesus
1 – Ilustrações
a) Parábolas;
b) Lição Objetiva (Prática)
c) Perguntas para Pensar
2 – Utilizava a Teoria e Prática
Os educadores cristãos deveriam manter em mente vários
contextos enquanto selecionam suas próprias estratégias
de ensino:
1) A natureza redentiva da tarefa;
2) As necessidades de seus estudantes;
3)As forças e fraquezas de sua individualidade pessoal
como educadores.
A Função Social da Educação Cristã
A Centralidade da Educação na Transmissão Cultural
Central nas mensagens do Velho e Novo Testamentos é a
importância da Educação.
O Papel Conservador e Revolucionário da Educação Cristã
A Igreja Cristã, em sua forma bíblica, pode ser vista tanto como
uma força social conservadora como um agente de
transformação social.
A função conservadora da educação cristã é dupla:
1) Transmitir o legado da verdade cristã, e
2) Prover uma atmosfera protegida para o jovem, na qual esta
transmissão ocorre e na qual os valores cristãos possam
ser impartidos aos jovens em seus anos formativos através
do currículo formal e dos aspectos informais do contexto
educacional.
Além da função conservadora da educação cristã há seu
papel revolucionário. A grande comissão evangélica é:
“Ide por todo o mundo, fazei discípulos de todas as
nações, ensinando-os a guardar todas as coisas que
vos tenho ordenado” (Mt. 28:19-20).
A escola cristã tem um papel a desempenhar nesta tarefa
revolucionária. É preparar a juventude cristã para se
tornar obreira evangélica.
A função social da educação cristã é tanto conservadora
como revolucionária.
A função da escola cristã é educar os jovens da igreja para
o serviço de Deus e do próximo, antes que treiná-los
para o serviço de si mesmos mediante a conquista de
uma “boa posição” e um bom salário. Isto pode ser o
resultado da educação cristã, mas não ocupa um lugar
central em seus propósitos.

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