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DOENÇA DO REFLUXO GASTROESOFÁFICO (DRGE)

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DOENÇA DO REFLUXO GASTROESOFÁGICO
(DRGE)
DRGE: é o retorno do conteúdo gástrico para o esôfago, considera-
se DRGE quando o paciente tem sinais sugestivos de refluxo, mas
sem uma inflamação esofágica comprovada por exames
Esofagite de refluxo: paciente com DRGE e com evidências
endoscópicas de alterações inflamatórias no esôfago
 
OBS: DRGE é um conceito clínico, esofagite é quando há evidência
histológica
OBS: paciente com sintomas no mínimo 2vezes por semana, há
cerca de 4-8 semanas = considera-se um possível portador de
DRGE
Obesidade
Gestação
Medicamentos (bloqueadores do
canal de Cálcio, nitratos,
antidepressivos)
Alimentos (cafeína, álcool, gordura,
chocolate, hortelã)
Tabagista
Manifestações típicas: pirose retroesternal
(sensação de queimação retroesternal que irradia
do manúbrio do esterno até a base do pescoço,
podendo atingir a garganta - em geral ocorre 30-
60 min após refeições copiosas)
Manifestações atípicas: rouquidão, pigarro,
laringite posterior crônica, sinusite crônica,
otalgia, desgaste do esmalte dentário, halitose,
aftas, globus (sensação de corpo estranho na
garganta), asma, tosse crônica, hemoptise,
b it
A pirose é uma manifestação inicial, então se o paciente chega
com pirose, disfagia, odinofagia, anemia e hemorragia
digestiva, nós consideramos isso como sinais de alarme e está
indicado endoscopia digestiva alta precoce
Ana Maria
DEFINIÇÃO
FATORES DE RISCO
QUADRO CLÍNICO
DOENÇA DO REFLUXO GASTROESOFÁGICO
(DRGE)
Ana Maria
EXAMES DIAGNÓSTICOS
Endoscopia digestiva alta (EDA): método de escolha para
diagnóstico de alterações causadas pela DRGE
CLASSIFICAÇÃO SAVARY-MILLER
0 = normal
1 = erosão em uma única prega
longitudinal
2 = erosão em mais de uma prega
longitudinal
3 = erosões confluentes em toda
circunferência do esôfago
4 = lesões crônicas (úlcera e estenose
isoladas ou associadas a lesões 1-3
5 = epitélio colunar em continuidade com
a linha Z (perdeu a diferença entre os
epitélios)
linha Z marca a mudança entre a
mucosa esofágica e a mucosa
gástrica
CLASSIFICAÇÃO DE LOS
ANGELES
A = 1 ou mais erosões <
5mm
B = 1 ou mais erosões >
5mm
C = ruptura contínua da
mucosa não é
circunferencial
D = ruptura ocupando 75%
da circunferência do órgão
Manometria: é padrão-ouro para avaliar a
função motora do corpo esofágico e do
esfincter esofágico inferior
indicações para realização de manometria
-investigar a eficiência da peristalse esofáfica nos
pacientes com indicação de cirurgia
-determinar exatamente a localização do esfincter
esofágico inferior
-investigar apropriadamente a presença de distúrbio 
 motor associado (como doenças do colágeno)
DOENÇA DO REFLUXO GASTROESOFÁGICO
(DRGE)
PHmetria: consiste em colocar um sensor de ph em 24h - se
der ph < 4 em 4% do tempo total é sinal de que se trata de
refluxo patológico
lembrar que não existe só refluxo
ácido
Impedânciophmetria esofágica: serve para identificar se não
é refluxo ácido/é o mais sensível e específico
OBS: se o paciente tem menos de
40 anos e manifestações típicas de
DRGE pode dar IBP (inibidor da
bomba de prórons) e, caso melhore,
infere-se que é DRGE
tratamento clínico
comportamental
tratamento clínico
farmacológico
tratamento cirúrgico
- elevação da cabeceira da cama
- redução de peso
- moderar ingestão de: café, gordura, cítricos, álcool, bebidas gaseificadas,
menta, hortelã, produtos de tomate, chocolate
- evitar medicamentos de risco, como anticolinérgicos, bloqueadores do
canal de cálcio antidepressivos tricíclicos, alendronato ...
-evitar deitar-se 2h após as refeições
- evitar refeições copiosas
-reduzir tabagismo
Ana Maria
EXAMES DIAGNÓSTICOS
TRATAMENTO
baseia-se em 3 pilares
tratamento clínico
comportamental
DOENÇA DO REFLUXO GASTROESOFÁGICO
(DRGE)
tratamento clínico
farmacológico
tratamento cirúrgico
Ana Maria
TRATAMENTO
IBP (Inibidor da bomba de prótons) - em pacientes típicos
usa por 4-8 semanas
Bloqueador H2 - usa em gestantes
Procinéticos 
Antiácidos
Sucralfato
 
a cirurgia ocorre em dois tempos: primeiro faz uma
hiatoplastia, que consiste no reforço do hiato esôfágico por
meio da aproximação dos pilares diafragmáticos, depois é
realizada uma valvuloplastia (pega o fundo do estômago e
envolve no esfincter inferior do esôfago, formando uma
válvula)
fundoaplicatura Nissen = forma uma
válvula de 360°
fundoaplicatura Toupet-Lind = válvula de
180-270°
fundoaplicatura Belsey Mark = válvula de
270° - por acesso torácico esquerdo
DOENÇA DO REFLUXO GASTROESOFÁGICO
(DRGE)
tratamento 
cirúrgico
Ana Maria
TRATAMENTO Quando indicar o tratamento cirúrgico??
1) em DRGE não complicado nos seguintes casos = paciente que
não consegue fazer o tratamento clínico (independente do
motivo); paciente com menos de 40 anos em que é possível se
fazer a cirurgia e necessita de IBP contínuo; paciente refratário ao
IBP
2) em DRGE complicado (quando tem estenose e
adenocarcinoma)
ESÔFAGO DE BARRET:
é a substituição do epitélio escamoso estratificado do esôfago
distal por um epitélio colunar com metaplasia intestinal; sem
displasia = biópsia a cada 24 meses; displasia de baixo grau =
acompanha com biópsia a cada 6 meses; displasia alto grau =
caso cirúrgico.
um dos critérios para definir qual
fundoaplicatura usar é a força do esfincter
esofágico inferior do paciente, pois se ele
está com um esfincter fraco, não da pra
usar a Nissen, corre o risco de colabar, daí
teria que usar a Toupet-Lind

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