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muscular direta (imunidade celular – linf TCD8) - Dermatomiosite: agressão vascular por Ac (imunidade humoral) – ataca vasos que ir- rigam músculos - Cutâneas (dermatomiosite!!): - Pápulas de Gottron (placas eritematosas em proeminências ósseas da mão) – Patog- nomônico!! - Heliótropo: mancha violácea em pálpebra superior – Patognomônico - Sinal do manto (V torácico) - Rash malar (pega sulco nasolabial ≠ LES): piora com sol - Mão do mecânico (descamação na região lateral dos dedos) * Dermatomiosite tem risco muito aumentado para malignidade (risco 3x maior). Especialmente câncer mama, ovário, cólon, melanoma e pulmão. - Diagnóstico: - Clínica: fraqueza muscular - ↑CPK, ↑aldolase: há necrose muscular MEDCURSO – Reumatologia 11 - Anticorpos: - Anti-Jo1 (pulmão) - Anti-Mi2 (dermatomiosite) – bom prognóstico - Anti-SRP (polimiosite rápida e severa) - Eletroneuromiografia: mostra miopatia - Biópsia muscular (lesão celular direta ou lesão humoral vascular periférica) * Descartar hipotireoidismo, porque também faz clínica de fraqueza muscular (pode ter ↑CPK). * Biópsia e rash específico (gottron, heliótropo) confirmam a doença - Tratamento: - Fotoproteção (dermatomiosite) - Corticóide (dose imunossupressora) + azatioprina, metotrexate - Imunoglobulina (refratários) * Miopatia por corticóide: não aumenta CPK. Se for progressão ou refratariedade da doença, CPK aumenta - Outras: - Dermatomiosite juvenil: dermatomiosite + pessoa jovem + calcinose - Miosite por corpúsculos de inclusão: homem > 50 anos + fraqueza distal e assimétrica + CPK pouco elevada + baixa resposta ao corticóide Doença mista do tecido conjuntivo (DMTC): - Mistura de doenças reumatológicas, sem fechar critérios (superposição de doenças: LES, AR, miosite, esclerodermia) - NÃO faz acometimento grave de rim e SNC - Anti-RNP REUMATO 3 VASCULITES São doenças causadas por inflamação dos vasos sanguíneos do organismo, com dano nas estru- turas murais. Nestas doenças, a parede dos vasos sanguíneos é invadida por células do sistema imunológi- co, o que pode provocar estenose (estreitamento), oclusão (fechamento), formação de aneurismas e/ou hemorragias. O comprometimento luminal com oclusão leva à isquemia e à necrose tecidual. A perda na integridade do vaso cursa com aneurisma, que pode romper levando a hemorragias. As vasculites podem ser classificadas em primárias e secundárias. É uma inflamação vascular que acontece num contexto de inflamação sistêmica. - Clínica: - Sistêmica: febre, anorexia, astenia, emagrecimento, mialgi - Vascular: a clínica depende do calibre do vaso inflamado - Grande calibre: isquemia tecidual seletiva (claudicação) - Médio calibre (vasos que nutrem vísceras): anginas, aneurismas - Pequeno calibre (extravasa conteúdo do vaso): púrpura palpável - Exames: - Sistêmica:↑VHS, ↑PCR, anemia normo normo, leucocitose, ↑plaqueta. ANCA (+: síndrome pulmão- rim) - Vascular: biópsia, imagem (angiografia, US) * C-ANCA: pedir exame anti-proteinase 3 – Granulomatose de Wegener * P-ANCA: pedir exame anti-mieloperoxidase – PAM e Síndrome de Churg-Strauss Classificação: Grandes Vasos ♀ Médios Vasos ♂ Pequenos Vasos Arterite Takayasu (aorta e seus ramos) Poliartrite Nodosa (PAN) Síndrome de Churg-Strauss (asma + eosinofilia + neu- ropatia + GEFS branda) MEDCURSO – Reumatologia 12 Arterite de Células Gigantes (Arterite Temporal) Doença de Kawasaki (aneurisma na criança) Granulomatose Wegener (sinusite crônica, destrói sep- to nasal, acomete pulmão e rim, nariz em cela) Vasculite Primária do SNC Poliarterite Microscópica (pulmão e rim = doença pneumorenal → Anca p) Doença de Buerger (tromboangeíte obliterante) Púrpura de Henoch-Schonlein (púrpura da nádega para baixo, em pessoas jovens: artralgia ou artrite, dor abdominal, alteração renal com proteinúria, alteração na pele e plaquetas estão NORMAIS; pós-amigdalite ou pós-antibiótico) Vasculite Crioglobulinêmica Essencial (proteínas que sensibilizam/precipitam com o frio) Vasculite Hipersensibilidade (Leucocitocrácica, por exemplo) * Macetes: * Grandes vasos: TETA = Temporal + Takayasu; acometem mais mulher * Médios vasos: “O japonês pegou sua moto Kawasaki, bateu (PAN) e machucou a cabeça (SNC)" * Pequenos vasos: o que restou * Behçet: qualquer calibre Arterite temporal: - Mulher ≥50 (75 anos) - Cefaléia, espessamento da a.temporal (visível e palpável), hipersensibilidade do escalpo (pode fazer necrose), claudicação mandibular - 40% dos casos: associação com polimialgia reumática (dor e rigidez matinais em cinturas escapular e pélvica) - Vasos: temporal e mandibular. Pode pegar a a.oftalmica e central da retina → AMAUROSE - Dicas: febre de origem indeterminada (FOI) e resposta dramática ao tratamento (melhora em 48 a 72hs) - Laboratório: inflamação sistêmica, ↑VHS > 40-50 - Diagnóstico: biópsia da a.temporal - Tratamento: prednisona (resposta DRAMÁTICA) e AAS (prevenção de amaurose) * Em vigência de tratamento, com a pessoa melhorando, a biópsia da a.temporal permanece positiva por até 14 dias. Ou seja, na suspeita, começar a tratar e solicitar a biópsia em até 14 dias (apesar do trata- mento e da melhora sintomática) * Causas de FOI: neoplasia, inflamação, polifarmácia e arterite temporal Arterite de Takayasu: - Mulher < 40 anos - Vaso mais acometido: subclávia - Clínica: claudicação do MS, pulsos e pressões assimétricos em MMSS, sopros em subclávia, carótida e aorta - Complicações: HAS renovascular - Laboratório: inflamação sistêmica - Diagnóstico: angiografia - Tratamento: prednisona, metotrexato, angioplastia pós remissão (VHS e PCR normais) Doença de Kawasaki: - Critérios ****: ≥ 4critérios + febre ou aneurisma coronário (principal complicação) - Febre alta e prolongada (>38,9ºC por ≥5 dias) → OBRIGATÓRIO - Congestão conjuntival bilateral - Alterações em lábios e cavidade oral (língua em framboesa) - Linfonodomegalia cervical não supurativa - Exantema polimorfo - Eritema e edema endurado palmo plantar (evolui com descamação periungueal) - Laboratório: inflamação sistêmica e ↑C3 - Diagnóstico: ecocardiograma (ao diagnóstico, entre 2 a 3 semanas e 6 a 8 semanas – ao encontrar o aneurisma, fazer eco semanal) e angiografia MEDCURSO – Reumatologia 13 - Tratamento: visa prevenir o aneurisma. Imunoglobulina venosa em dose única e AAS (dose alta antiifla- matória - 80 a 100mg/kg dividido em 6/6hs) → quando a criança ficar 2 dias sem febre, fazer dose antipla- quetária de AAS (5mg/kg) * O complemento NÃO é afetado nas vasculites, exceto na doença de Kawasaki e crioglobulinemia * O aneurisma coronário regride com o tratamento (quanto maior, menor a chance de não deixar seque- las). É a principal complicação – ocorre em 25% dos casos Doença de Buerger (tromboangeíte obliterante): - Homem jovem tabagista que começa a perder as extremidades (oclusão arterial aguda) - Clínica: necrose de extremidade, claudicação, Raynaud, tromboflebite migratória, pulsos DISTAIS ausen- tes - Laboratório: inflamação sistêmica - Diagnóstico: angiografia (lesão em saca rolha – aneurismas em contas de rosário) - Tratamento: cessar tabagismo * As principais causas de perda de extremidades são DM e aterosclerose, mas nesses casos, perde pulsos distas e proximais! Buerger é distal Poliartrite Nodosa (PAN): - Homem de 40 a 60 anos - Clínica: HAS renovascular, retenção azotêmica (ureía e creatinina), angina mesentérica (sintomas gas- trointestinais), angina testicular, mononeurite múltipla (lesões de nervos em nervos diferentes), livedo reticular - Laboratório: inflamação sistêmica, hepatite B em 10 a 30% (HBs-Ag e HBe-Ag) - Diagnóstico: biópsia da pele/testículo, angiografia mesentérica (múltiplos aneurismas mesentéricos) - Tratamento: corticóide + ciclofosfamida. Tratar a hepatite B * A PAN poupa pulmão. Se pegar pulmão, é PAM