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Psicopatia prova 2018

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Nome Marinalva Silva dos Santos
Tutor Diego Portella
Psicopatia
A psicopatia se desvela como um tipo de comportamento social em que os sujeitos são desprovidos de consciência moral, ética e humana, possuem atitudes descompromissadas com o outro e com as regras sociais, caracterizam-se por uma deficiência significativa de empatia. 
Ao pensarmos em psicopatia, temos a idéia de que os indivíduos que possuem esse perfil apresentam comportamentos, traços e atitudes característicos e que seria muito fácil reconhecê-los na prática. Entretanto, os psicopatas enganam e representam situações de forma muito bem articulada, passando despercebidos aos olhos da sociedade.
A psicopatia é um tema muito significativo no campo da psicologia forense, já que seus portadores estão quase sempre envolvidos em atos criminosos ou em processos judiciais. Essa terminologia é a mais usual e conhecida no senso comum, mas pode receber outras denominações, bem como sociopatia, personalidade antissocial, personalidade psicopática, personalidade dissocial, dentre outras.
Os indivíduos que desenvolvem esse comportamento são desprovidos de culpa, remorso, sensibilidade e senso de responsabilidade ética, são pessoas de todos os extratos sociais, homens, mulheres que estão infiltrados nos mais diversos contextos culturais e sociais.
Os psicopatas possuem níveis de gravidade, dentre eles: leve, moderado e grave. Podem praticar desde atos menos danosos, pequenos golpes ou roubos, até um perfil que utiliza métodos mais brutais e violentos, podendo cometer crimes hediondos de alta complexidade.
Àqueles sujeitos com tendência psicopática possuem uma deficiência significante de empatia, isto é, não têm habilidade de se colocar no lugar do outro; são indiferentes aos sentimentos e sofrimentos de outrem, não se sentem constrangidos ao mentir e não sentem nenhum remorso ao serem desmascarados.
Francisco de Assis é um “boa-praça”. Tem o rosto sardento como a mãe, Maria Helena, o que lhe dá um ar de garotão. Veste roupas joviais. É o tipo que passa despercebido na rua ou no elevador, mas que, quando puxa assunto atrai simpatias. É conversador, gosta de falar, responde atenciosamente às perguntas que lhe são feitas. As pessoas que o conhecem o descrevem como gente fina. É o que dizem seus chefes, seus pais e algumas ex-namoradas. O interessante é que até mesmo a simpatia excessiva pode ser usada contra um assassino em série. Os assassinos em série aparentam ser os homens mais normais do mundo quando não estão tomados pela pulsão destruidora e sádica. Um grande número deles é hiper-religioso, o que lhes confere a aparência de virtuosos cidadãos. No caso de Francisco de Assis, foram encontrados com ele papeizinhos com orações e outros panfletos de igrejas evangélicas.
No caso do motoboy, evidenciou-se um dos traços marcantes de um perfil psicopata de um assassino em série. Especialistas tentam entender os mecanismos de suas mentes mostrando que estabelecem comportamentos que se repetem com impressionante regularidade e que aparentam ser seres humanos comuns, quando não são tomados pela pulsão destruidora e sádica. Em geral, um grande número deles é formado por hiper-religiosos, o que lhes confere a aparência de virtuosos cidadãos.
Apesar de mostrar-se, por um lado, na busca permanente de um comportamento virtuoso, encontrado no caminho da fé e devoção religiosas, por outro, o motoboy reconhece em si uma face obscura, satânica e incontrolável. Além disso, diz ser um psicopata e fala sobre fatos de sua
história que poderiam ter-lhe provocado traumas e problemas psíquicos.
Francisco de Assis Pereira cometeu os crimes de estupro, roubo, atentado violento ao pudor, homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. Ele encontrava moças em supermercados, pontos de ônibus, filas de cartórios e apresentava-se como caça-talentos, aquele sujeito que descobre beldades para agências de modelos. O pretexto de tirar fotografias levava-as para o parque. Durante o interrogatório, o maníaco falou que convencê-las era muito simples. Bastava falar aquilo que elas queriam ouvir. Francisco cobria todas de elogios, oferecia um bom cachê e convidava as moças para uma sessão de fotos em um ambiente ecológico. Dizia que era uma oportunidade única, algo predestinado, que não poderia ser desperdiçado. Os assassinatos também parecem obedecer a uma lógica matemática. Os oito corpos foram encontrados aos pares, o que indica que algumas mulheres viram vítimas anteriores. Os cadáveres estavam num raio de 200 metros, em trilhas pouco conhecida do Parque do Estado.
Os Serial Killers são para a psicopatia pessoas de personalidade psicótica, que matam três ou mais pessoas num período determinado, com intervalo entre um assassinato e o outro. Raramente conhecem as vítimas, pois eles as escolhem por um motivo simbólico já que elas representam algo para o assassino, quer seja uma ingênua criança, uma prostituta ou mulheres de biótipos parecidos.
Um serial killers psicopata comete assassinato com bastante sadismo e tenta esconder os corpos de suas vítimas a qualquer preço, por isso muitas vezes as esquarteja ou joga em lugares ermos. A falta de motivo para o crime é um dos fatores mais importantes para a definição de assassinos seriais, pois raríssimas são as vezes em que o assassino conhece a vítima; na maioria das vezes, ela representa apenas um símbolo.
O serial killer tem uma natureza psicopata e não sabe sentir compaixão ou remorso. Costuma imitar pessoas normais, mas apresenta incapacidade plena de sentir empatia por alguém, usando a arte da manipulação para colocar suas vítimas em armadilha. Uma coisa comum aos assassinos seriais é que todos tiveram uma infância cheia de abusos e maus tratos. Isso faz com que eles não saibam lidar tão facilmente com a frustração.
Com Selma, como com as demais vítimas, o terror começou de repente. Francisco diz que foi tomado por um "lado ruim", descontrolado, independente de sua vontade. O promotor diz que isso é desculpa de advogado, para caracterizar a insanidade. Pode ser. O maníaco, conforme sua própria descrição, agarrou Selma de frente e, gaguejando de nervoso, disse a ela para não reagir, não fazer nada. "Eu olhava firme nos olhos dela e via crescer o terror nela, enquanto eu a acariciava e beijava na boca. Isso me causava muito prazer", disse Francisco. Ele mandou a moça tirar a roupa e deitar no chão, de bruços. Violentada, Selma foi enforcada com um barbante. Depois, num impulso canibal, ele passou a mordê-la, queria arrancar nacos dos braços, pernas e partes íntimas. Alternava isso a carícias lânguidas no cadáver, deitado ao lado do corpo. A narração inclui uma menção — a mais chocante de todo o depoimento —, mas que ajuda a explicar por que foram encontrados tão poucos resquícios de sêmen no corpo de Selma, a ponto de inviabilizar o teste de DNA que a polícia pretendia fazer, antes da confissão, para provar que era Francisco o assassino: "[No momento da violência,] o interrogando detinha uma ereção completamente anormal ao seu padrão e não queria ejacular em virtude de só querer dominar, tomar para si, não dar nada em troca. Ao seu ver, ejacular seria dar algo de si para Selma. Mas ele só queria tirar dela".
Raramente se percebe algum ganho material com o assassinato, visto que a finalidade é ter prazer com a conduta ilícita. O assassino procura exercer seu poder sobre a vítima e sua motivação é ódio, desejo, vingança ou humilhação da vítima.

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