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Roteiro de Estudos de Direito Civil 2 - Global

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Roteiro de Estudos de Direito Civil 2 – Prova Global
- Extinção do contrato 
Extinção natural: a extinção do contrato se dá através de:
· Cumprimento do contrato ou exaustão do seu objeto;
· Verificação dos fatos eficaciais, que são eles – condição, termo e encargo, porém só trabalharemos neste caso, com condição e termo, tendo pois: condição se dá pelo implemento de uma condição resolutiva, bem como quando se tem a frustração da condição suspensiva; no caso do termo, se dá pela implementação do termo resolutivo que dará fim/extingue o contrato, ou seja quando se dá o termo, temos a extinção do contrato. 
Causas anteriores à formação do contrato: quando se temos fatores anteriores à formação dos contratos, bem como existem causas que aparecem na celebração do contrato (no seu momento). Assim, possui-se causas de nulidade do contrato, da anulabilidade do contrato, e os vícios redibitórios no caso da redibição, e por último, se tem o direito de arrependimento previstos no próprio contrato que são as “arras penitenciais”. (ART 420 CC e Código de Defesa do Consumidor – ART 49)
De acordo com o Código de Defesa do Consumidor em seu art. 49, se o consumidor arrepender-se os valores pagos serão devolvidos, monetariamente atualizados, mediante a restituição do produto, ainda trazendo a previsão que se a compra foi feita via telefone há o reembolso postal ou a domicílio. Uma vez que, o consumidor é vulnerável nas compras realizadas sem a verificação exata do que está adquirindo, portanto, pensando na harmonia nas relações de consumo o legislador trouxe a previsão legal do direito de arrependimento beneficiando o consumidor das “compras emocionais” e do marketing dos fornecedores. Se houver cláusula de arrependimento poderá conter também as arras penitencias que terá função unicamente indenizatória, pois esta substituirá as perdas e danos (art. 420 CC). O direito de arrependimento veio a reforçar o princípio da vulnerabilidade do consumidor e o princípio da harmonia nas relações de consumo. Portanto, a fim de salvaguardar o consumidor em determinadas compras ou contratação de prestação de serviços o CDC, traz a previsão do arrependimento por 07 dias, sendo esta uma forma de proteção ao consumidor para que este possa se desvincular da aquisição de produtos e serviços adquiridos em situação de vulnerabilidade contratual. Não sendo isto possível se for efetuado a transação em lojas físicas e que não tenha a previsibilidade da cláusula. 
Entretanto, os contratos são regulamentados pelo art. 420 do CC, e tem que estar expresso a possibilidade de extinção contratual pelo direito de arrependimento, sendo este cabível as arras penitenciais como forma de indenização se o contrato for rescindido pelo contratante, já se o arrependimento partir por parte do contratado este deverá que devolver em dobro o que já recebeu. O Instituto do Direito do Arrependimento, previsto pelo CDC, e pelo CC, traz uma proteção tanto nas relações de consumo como aquelas advindas dos contratos unilaterais e bilaterais.
Causas Supervenientes à formação do contrato:aqui, temos a resilição – vontade dos contratantes de sair do contrato. O distrato é a extinção do contrato por vontade das 2 partes, e o unilateral é a vontade unilateral de sair. 
O distrato (uma espécie de contrato celebrado segundamente)tem que se dar na mesma forma do contrato, negócio jurídico bilateral, que irá extinguir um contrato originário. 
Porquanto, há determinados contratos, como o unilateral, que por sua natureza, a pessoa (uni) pode sair, mas deve avisar previamente a outra parte, devendo ainda ficar por um tempo vinculado a esta parte avisada, até que esta resolva a pendência/substitua o que o contrato estipula. 
OBS: O aviso significa que uma parte em prazo futuro sairá do contrato em data futura, para que a outra parte não fique surpreendida. 
Resilição # Direito de Arrependimento:O primeiro significa vontade de sair, devendo avisar a outra parte, o segundo por sua vez, é previsto no contrato, com “aras penitenciais”. 
OBS: Quando a lei exige denúncia, temos a denúncia cheia que é necessária uma justificativa para se extinguir o contrato por vontade da parte, ou denúncia vazia que não é necessáriaa justificação para sair do contrato
Formas especiais de resilição unilateral: Nós temos as seguintes formas, por revogação, renúncia ou resgate. 
· Revogação:contrato de mandato, revogado pelo mandante, quem faz a outorga de poderes, podendo “pedir de volta”estes poderes; contrato de doação, são revogáveis em caso de encargo ou ingratidão (graves). A revogação tem que ser feita por aquele que prestou algo, poderes. (ART 555, 557 e 558 do CC). Aqui se concede a outros determinados direitos, que se quer de volta.
· Renúncia:se trata de abdicação de direitos, como um ato administrativo/unilateral, exe.: Caso Jânio Quadros. Porquanto, dentro do Direito Contratual, no caso de credor/devedor, por exemplo, que abdica do direito de receber, já tendo cumprido sua parte do contrato, não exigindo a contraprestação do outro, renunciando-a. Exe.: mandatário no contrato de Mandato pode renunciar; caso de remissão de dívidas (perdão), importando na extinção do contrato em ambos os casos. 
· Resgate: aqui temos o direito de resgate, ou seja, uma espécie de “comprar de volta” – desfazer a venda de bem imóvel anterior, exercido pelo vendedor, sendo que, o contrato anterior de compra e venda (imóvel) deixa de existir. Só pode ser feito com o imóvel (ART 505 e 506, CC), são cláusulas previstas no contrato de compra e venda de imóvel, com prazo de decadência de 3 anos, depois disso o contrato originário se firma não podendo ter direito de resgate – direito assegurado ao vendedor, mas para ser exercido deverá pagar ao comprador as despesas geridas em função do contrato exercido anteriormente. OBS: é um tipo de contrato aleatório. Deve-se constar na escritura pública tal cláusula que prevê o direito de resgate, nos termos da lei. 
Conceito de Resolução: não é o mesmo de extinção; tem como causa o descumprimento de uma cláusulado contrato(pode ser culposo ou não o inadimplemento). Quando se tem o inadimplemento contratual, às vezes cabe multa ou pedido de danos morais (culpa) ou quando o objeto se torna impossível de ser cumprido, se pede apenas a resolução. É uma causa superveniente à formação do contrato, as coisas voltam ao estado anterior, podendo ser: resolução por excessiva onerosidade superveniente.
Inadimplemento culposo/não culposo – cláusula resolutiva ART 474, CC: este artigo, primeiro fala que a cláusula pode ser expressa (as partes no momento da celebração do contrato estabelecem uma cláusula sobre o não cumprimento contratual, mas isso só tem sentido em prestações para ambas as partes); ou tácita (não é expresso, mas dá o direito à uma parte, de extinção do contrato, através de interpelação judicial – devendo avisar a outra parte sobre tal). OBS: Às vezes a resolução do contrato não basta, é preciso indenização por perdas e danos, e ART 475,CC. 
Rescisão: é necessário que haja algum vício no contrato, que por si só gera a nulidade desse contrato. Mas é preciso ressaltar a diferença entre ação de rescisão x ação de nulidade. 
Morte da parte: não necessariamente gera a extinção contratual, com exceção de obrigações personalíssimas – que só é feito por determinada pessoa. 
OBS:morte de empregado gera extinção do contrato, e a morte do fiador em contrato de fiança, também.
- Responsabilidade Contratual
Situação: existe uma relação jurídica entre a vítima e o autor do dano, sendo esta relação um CONTRATO VÁLIDO; Para se ter responsabilidade contratual, tem que estar em uma situação de:
· Inexecução do contrato ou clausula de um contrato;
· Dano;
· Nexo Causal
Os autores falam de uma culpa presumida – vítima do dano tem que provar que foi celebrado o contrato e este foi descumprido; sendo que o dano pode ser muito mais que uma prestação não cumprida. 
A responsabilidade contratual se origina da inexecução contratual. Pode ser de um negócio jurídico bilateral ou unilateral. Resulta,portanto, de ilícito contratual, ou seja, de falta de adimplemento ou da mora no cumprimento de qualquer obrigação. É uma infração a um dever especial estabelecido pela vontade dos contratantes, por isso decorre de relação obrigacional preexistente e pressupõe capacidade para contratar. A responsabilidade contratual é o resultado da violação de uma obrigação anterior, logo, para que exista é imprescindível a preexistência de uma obrigação.	
OBS:Não precisa o contratante provar a culpa do inadimplente, para obter reparação das perdas e danos, basta provar o inadimplemento. O ônus da prova, na responsabilidade contratual, competirá ao devedor, que deverá provar, ante o inadimplemento, a inexistência de sua culpa ou presença de qualquer excludente do dever de indenizar ( ART. 1056 CC ). Para que o devedor não seja obrigado a indenizar, o mesmo deverá provar que o fato ocorreu devido a caso fortuito ou força maior (ART. 1058 CC).
OBS: No Código de Defesa do Consumidor teremos a inversão do ônus da prova. 
Natureza do contrato: A diferenciação entre uma celebração de obrigação de meio/ou de resultado interferirá na responsabilidade, é contratado o que? Um serviço que visa uma garantia (defesa) e outro visa o resultado. 
Cláusula de não indenizar: numa relação de consumo, é considerada abusiva, mas de natureza civil/interempresarial é considerada válida, desde que não seja abusiva se tenha um contrato paritário entre as partes. No Brasil, estamos na teoria do meio termo, em que alguns casos admitem e em outros não. 
Cláusula Penal: Indenização pré-fixada uma vez que não cumprido o contrato. É uma multa que uma vez paga nada mais pode ser cobrado. OBS: Jurisprudência entende que mesmo com pagamento da multa, há ainda de se garantir todos os prejuízos sofridos pela vítima. 
Responsabilidade Pré-contratual: Para se falar, o contrato deve-se lembrar da liberdade de contratar – pode ser gerado um dever de contratar? Sim, que gera dever de indenizar, por exemplo quando uma parte se retira da negociação no momento em que se esperava celebrar o contrato.
Responsabilidade Aquiliana # Responsabilidade Contratual: há doutrinas que entende que a primeira é só intensificada pelo regime protetivo naturais dos contratos – a responsabilidade é pré-contratual. Elementos genéricos: 
· Consentimento nas negociações; 
· Dano;
· Relação de causalidade; 
· Inobservância do princípio da boa fé-objetiva – prestar informações falsas/não prestar informações. 
Elementos Específicos: 
· Confiança;
· Enganosidade da informação 
Responsabilidade Pós-Contratual: Qual norma jurídica/ fundamentação dogmática que o rege? Princípio da Boa-fé objetiva. 
Se o contrato já foi executado e cumprido como se falar em responsabilidade? 
· Pós-eficácia aparente:trata-se do dever jurídico previsto em norma jurídica específica, mesmo que o contrato já foi exaurido – ART 10, parágrafo primeiro CDC e ART 32, CC: existe direitos para contratantes preservados pela norma.
· Pós-eficácia virtual: decorrente do contrato que o dever só pode ser cumprido após o cumprimento do contrato. Exe.:Advogado devolver documentos ao Estabelecimento Empresarial que prestou serviço; Dar baixa na carteira após extinção contratual. Trata-se da própria dinâmica da relação contratual, podendo gerar perdas e danos.
· Pós-eficácia continuada: cláusula após o cumprimento do contrato, por exemplo, sigilo entre advogado-cliente, segredo de fórmula industrial se o empregado sair do estabelecimento empresarial, não pode passar para seu outro emprego. Trata-se de um dever de confidencialidade.
· Pós eficácia “strictu-sensu”: trata-se de deveres colaterais jurídicos criados, respaldados pela boa-fé objetiva, na qual esperado um comportamento e dado outro, já suficiente para caracterização – é uma expectativa. Exe.: dever de assistência, dever de lealdade – a responsabilidade é ligada aos seguintes elementos:
· Uma conduta;
· Dano Indenizável;
· Pós-extinção do contrato. 
- Revisão Contratual
Há determinadas situações que permitem alteração de contrato, está ligado ao princípio da justiça contratual: 
Flexibilização do princípio da obrigatoriedade – força obrigatória do contrato 
Princípio da Justiça Contratual – equilíbrio contratual
Teoria da Imprevisão (França):é pautada em equilíbrio das prestações. Entra quando estas estão em desproporcionalidade. Possui como elementos: 
· Evento imprevisível;
· Excepcionalidade da alea (sorte/azar);
· Desproporção/desequilíbrio entre as prestações de um contrato 
· Revisão Judicial: o judiciário que antes exigia apenas o cumprimento, agora tem dirigismo contratual. Estado intervém, na parte econômica dos contratos. 
Teoria da Alteração da Base Negocial (Karl Larenz, Alemã): base era o conjunto de elementos que influenciavam o contrato. Tem que haver justiça. Trata-se também de acontecimentos supervenientes, não imprevisíveis.
O ART 6, inciso quinto do CDC: modifica cláusulas contratuais, sendo essa modificação a favor do consumidor. 
No Código Civil, a modificação pode partir de qualquer das partes. 
Teoria da Onerosidade Excessiva Superveniente (Itália): Foi a base do nosso Código Civil (2002).
· Contrato de Duração – por exemplo o aluguel, compra a prazo. Celebro em uma data e seu cumprimento se prolonga pelo tempo. 
		Contrato de Execução Diferida e Contrato de Execução Continuada/Sucessiva. 
· Excessiva Onerosidade Superveniente: se ele já nasce desequilibrado é vício da lesão. 
· Extraordinariedade e Imprevisibilidade do Evento. 
No Código Civil de 2002: ART 478, CC, (Itália)nos contratos de duração diferida, que possua extrema vantagem para o credor, gera extinção do contrato, não a revisão.
ART 479, prevê (Itália): redução equitativa das prestações, buscando evitar a extinção do contrato, se concordar com o equilíbrio. Se não, vai para o entendimento do juiz. 
ART 317, CC (teoria da imprevisão, França):não possui extinção, há revisão; 
ART 480,CC;
ART 770, CC: é um contrato aleatório – contrato de seguro.
Revisão Judicial: O Código Civil de 2002 inovou ao introduzir no ordenamento jurídico o instituto da revisão judicial do contrato por onerosidade excessiva. Este dispositivo se mostra de acordo com o princípio da continuidade do contrato e do adágio “pacta sund servanda”(pactos devem ser cumpridos). Em resumo, o principal interesse do direito é o cumprimento do contrato atendendo às necessidades das partes e, sempre que possível, deve ser buscado (extinção do contrato sem cumprimento é exceção).
As teorias que fundamentam e contribuíram para a formação do instituto da revisão judicial são as seguintes:
· Cláusula “Rebus Sic Standibus”:A cláusula “rebus sic stantibus” tem origem no direito romano e tratava-se de uma cláusula costumeira nos contratos firmados a esta época, apesar de não possuir previsão legal expressa. Sua tradução aproximada é “enquanto as coisas estão assim”Esta cláusula determinava que o contrato faria lei entre as partes e obrigaria os contratantes a seu cumprimento “enquanto as coisas estão assim” (ou “rebus sic standibus”). Assim, caso algum evento externo tornasse a prestação impossível de ser cumprida ou exigisse um sacrifício exorbitante de uma das partes, se permitia uma revisão para devolver o equilíbrio da relação contratual.
Destaca-se que a cláusula “rebus sic stantibus”não operava em casos fortuitos ou de força maior.
· Teoria da Imprevisão: A cláusula “rebus sic stantibus” fundamentou o desenvolvimento posterior da Teoria da Imprevisão. Sua maior contribuição foi ainclusão dos casos fortuitos e de força maior como situações que ensejam uma revisão contratual.
· Teoria da Onerosidade Excessiva: a Teoria da Imprevisão evoluiu ao que hoje é conhecida como Teoria da Onerosidade Excessiva. Sua previsão legal está nos arts. 478, 479 e 480 CCe6º CDC.
Esta teoria originou novas figuras jurídicas, como: o contrato de execução continuada, conceitos de evento extraordinário e imprevisível; e a revisão judicial do contrato por onerosidade excessiva.
A revisão por onerosidade excessiva não caberá nos contratosaleatórios se a onerosidade tiver relação com o risco que baseia o contrato.
O Direito prefere a revisão judicial do contrato, visando seu cumprimento satisfatório do que a resolução sem cumprimento
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