Buscar

Responsabiliade civil e Dano

Prévia do material em texto

I. RESPONSABILIADE CIVIL:
1. INTRODUÇÃO: 
· Responsabilidade em sentido amplo: a responsabilidade é um ato/omissão que tem atribuição de efeitos.
· Responsabiliade jurídica
- Interessa ao mundo jurídico
- Diversos ramos do direito
- todo ato (previsto pela lei) que uma vez realizado produz efeitos no mundo jurídico
· Exemplo: Avançar o sinal vermelho
- Atribuições
- Consequências
2. CONCEITO: 
Responsabilidade civil é quando há uma violação de uma norma no âmbito do direito civil
3. ESPÉCIES
3.1 A responsabilidade Civil pode ser contratual e extracontratual.
3.1.1 Contratual = aquiliana: acontece quando a transgressão for a um acordo pactuado pelas partes.
3.1.2 Extracontratual: é aquela que a violação é direta de uma norma. Não há acordo de vontade formalizado como na contratual. Há uma violação legal.
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.
3.2 A responsabiliade civil também pode ser subejtiva ou objetiva:
3.2.1 RESPONSABILIDADE SUBJETIVA
A subjetiva vai ser aquela em que haverá, naquele ato ilítico, o elemento da culpa e do dolo.
· CULPA/DOLO: elemento volitivo/ vontade do agente.
A) CULPA: o agente não quer cometer aquele ato.
Negligência/ Imprudência / Imperícia – Um dos três elementos tem que estar presente para caracterizar a culpa.
(i) Imprudência: Ato comissivo/ação/ fazer. O agente não tem intenção de cometer o ato/transgridir a norma, mas ele será responsabilizado pois no momento do ato ele agiu com inobservância do dever de cuidado.
(ii) Imperícia: Ato comissivo/ação/fazer. O agir com inobservância do dever de cuidado tem haver com algo técnico. O Sistema espera que você haja de determinada maneira pois você possui técnica. Exemplo: médico que não se higieniza antes de operar – age com imperícia.
(iii) Negligência: Ato omissivo/é deixar de agir, que é um ato omissivo, que invade a esfera jurídica de ágüem e comete a transgressão a alguma norma. Exemplo: dono de fábrica de automóveis sabe que os mesmos estão com defeito no freio e não faz nada para reparar isso.
B) DOLO: o agente tem intenção.
(i) DOLO DIRETO: Aquele ato que o agente deseja o resultado. O agente é responsabilidade subjetivamente pelo dolo, que é uma modalidade muito gravosa.
(ii) DOLO INDIRETO: O agente não quer exatamente aquele resultado que produziu, o somente aquele resultado. Mas pelas circunstâncias que o dano ocorreu ele se mostra mais grave que na culpa.
· DOLO INDIRETO ALTERNATIVO: O agente quis um ou outro resultado
· DOLO INDIRETO EVENTUAL: É aquele que o agente pela forma que age, se presume que ele desejou aquilo. A pessoa assume o risco. Exemplo: motorista avança em alta velocidade na calçada.
3.2.2 RESPONSABILIDADE OBJETIVA
A objetiva, é aquela que decorra da teoria clássica, diz que não é necessário que haja dano e dolo para que o sujeito seja responsabilizado.
Não há necessidade da presença de dolo ou culpa. Independentemente da presença desses fatores, haverá a responsabilidade civil. Necessita a presença do nexo causal (liame subjetivo) e do dano.
Exemplo: Transportadora. Quando você contrata um serviço de transportadora e algo acontece com sua carga, independente da mesma ter culpa ou dolo, ela será responsabilizada por esse evento.
Nexo causal: firmação do contrato
Dano: perda da mercadoria
Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.
O ARTIGO 187 trata do ABUSO DE DIREITO. Ele quer impor alguns limites para o exercício do direito de maneira que não seja danosa para a sociedade
Art. 188. Não constituem atos ilícitos:
I - os praticados em legítima defesa ou no exercício regular de um direito reconhecido;
II - a deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de remover perigo iminente.
Parágrafo único. No caso do inciso II, o ato será legítimo somente quando as circunstâncias o tornarem absolutamente necessário, não excedendo os limites do indispensável para a remoção do perigo.
II. DANO 
1. CONCEITO: É uma lesão a um interesse juridicamente tutelado (aquilo que o ordenamento jurídico tornou relevante), esse interesse pode ser patrimonial ou moral. Ou seja, vai versar sobre algum prejuízo que pode ser patrimonial ou moral.
2. REQUISITOS DO DANO
Deve se tratar de uma lesão atua,l certa e real – ou seja, já consumada ou ocorrida
3. REPARAÇÃO: Indenizar, reparar o dano
a) In natura: reparar ao status quo antes – status anterior. Repor o bem.
b) In pecúnia: não tem como repor o bem, repõe no valor equivalente ou estimado (ou periódico: pensão). Pode ser que não se dê de uma única vez.
c) Atos complementares: não envolve pecúnia (ex: direito de resposta), nem devolução in natura. Exemplo: você viola o nome de alguém mas não tem como retornar ao status quo antes, mas a vítima quer uma retratação. Essa retratação é chamada de ato complementar. 
4. ESPÉCIES DE DANO
4.1 DANO MORAL: 
a) Evolução do dano moral: Antigamente só se entendia que havia dano moral quando ele viesse acompanhado de um dano material. Era um critério subsidiário que tornava o dano moral inferior ao dano material, e que foi, por meio da evolução legislativa, sendo posto de lado. Atualmente tanto o dano material quanto o dano moral podem vir independentemente da ocorrência de um ou outro.
b) CONCEITO: Ele é um prejuízo/lesão que incide sobre direitos que não são patrimoniais/pecuniários incide sobre direitos da personalidade. Exemplo: Violação ao nome de alguém.
(i) Direto: Quando violar diretamente um direito da personalidade, como no caso do direito do nome.
(ii) Indireto: Lesão patrimonial que reflete em direito não patrimonial. Ou SEJA o dano moral vem acompanhando um dano material. Exemplo: rouba de uma jóia herdada, de valor afetivo, com viés particular e emocional.
4.2 DANO PATRIMONIAL:
Dá-se quando há lesão patrimonial/material. Quando afeta bens ou direitos que são suscetíveis de apreciação econômica.
a) Dano emergente: É aquele que vai resultar daquele prejuízo imediato que vai ser observado por meio do ato lesivo. 
Exemplo: batida do carro – o dano é o carro danificado. A responsabilidade civil incide em tornar aquele carro como ele era antes da batida.
b) Lucro Cessante: é quando o dano interfere além da deformação patrimonial evidente, também implica na perda de dinheiro por parte daquele que sofreu o dano, além do dano emergente.
Exemplo: táxi. Quando batem no seu carro ele fica parado e sem trabalhar, ou seja, deixa de ganhar dinheiro. O taxista sofre dano emergente e lucro cessante. 
4

Outros materiais

Materiais relacionados

Perguntas relacionadas

Perguntas Recentes