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Aula 01 - Introdução à saúde e segurança do trabalho na agroindústria

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A evolução da agricultura e da pecuária – em pleno curso há mais de 10 mil anos – representa, 
em grande monta, as transformações ocorridas na humanidade. Nesse sentido, o surgimento e o 
aprimoramento de ferramentas e de técnicas de produção, as mais diversas, vêm contribuindo para 
o incremento da produção de alimentos, requisito essencial para a soberania dos povos e nações. 
Serve, então, podemos afirmar, como medida de evolução da própria sociedade em que estão 
inseridas. 
No Brasil, o trabalho rural é regulado pela Lei n. 5.889/1973, que, dentre outras 
particularidades, estabelece: 
Art. 3o Considera-se empregador rural, para efeitos desta Lei, a pessoa física ou 
jurídica, proprietário ou não, que explore atividade agroeconômica, em caráter 
permanente ou temporário, diretamente ou através de prepostos e com auxílio de 
empregados. 
§ 1o Inclui-se na atividade econômica, referida no “caput” deste artigo, a 
exploração industrial em estabelecimento agrário não compreendido na 
Consolidação das Leis do Trabalho. (grifo nosso) 
 
Essa diferenciação é fundamental no que concerne à compreensão do que é simplesmente 
indústria rural e exploração industrial em estabelecimento rural. A primeira promove a 
transformação do substrato, alterando-lhe a condição de matéria-prima (por exemplo, a usina de 
açúcar); a segunda, ainda que realize processamento primário para posterior industrialização, não 
lhe altera essa condição. Apenas a beneficia (prepara): limpeza, secagem, pasteurização, abate, 
resfriamento, descaroçamento etc. 
Em sentido amplo, consideramos como integrantes da agroindústria os segmentos dedicados 
à produção e ao processamento dos derivados e subprodutos da agricultura, pecuária, aquicultura, 
silvicultura e exploração florestal. Enfim, de todas as iniciativas baseadas em recursos naturais, 
excetuando-se desse contexto a extração mineral e a produção de carvão, que, por sua natureza, 
assumem feições de indústria simples. 
A amplitude de atividades requeridas se dá desde áreas para o cultivo, a semeadura e a 
colheita, transporte e armazenamento de grãos e outros produtos agrícolas, bem como a produção 
animal, a exemplo da avícola, a suína e a bovina – a formação de matrizes, os cuidados com as 
crias, a engorda até o seu desenvolvimento e abate, passando pelo processamento, porcionamento 
e embalagem – que culmina com a atividade frigorífica e, ainda, seu envio aos canais de 
distribuição que farão com que estes produtos alcancem seus mercados consumidores. 
Em nosso país, a agroindústria compreende vários elos da cadeia produtiva entre o campo e 
a industrialização do que nele se produz, sendo responsável por 30% da mão de obra ocupada, 
mais de 35% das exportações nacionais e algo como a terça parte ou mais do PIB, destacando-o 
nos cenários internacionais atinentes à temática: entre os maiores produtores mundiais de café, 
açúcar, laranja, etanol, alguns grãos e carnes bovina, suína e de frango. Nas últimas duas décadas, 
por exemplo, o incremento na produção de grãos foi da ordem de 150%, enquanto a área plantada 
cresceu em torno de um terço. Ou seja, houve grande incremento de produtividade, provido por 
novas tecnologias aplicadas. 
Entretanto, ao lado desses números impressionantes, há outro que carece de inadiável atenção: 
anualmente, centenas de milhares de trabalhadores do segmento sofrem algum tipo de acidente 
laboral. Originados nas mais diversas causas, resultam perdas humanas e produtivas que poderiam 
e deveriam ser evitadas, pois representam brutal custo humano, social e econômico. A 
Organização Internacional do Trabalho (OIT) reconhece que a agropecuária está entre as 
atividades com as maiores cifras de acidentes em todo o mundo. São frequentes os acidentes com 
tratores e equipamentos agrícolas. Há também a exposição ao ruído e à vibração no trato com 
estes, assim como às radiações solares por longos períodos, aos agrotóxicos, ao intenso trato 
manual de cargas, não raro em posturas inadequadas, em ritmos de trabalho intensos e sem se 
observar as pausas para descanso e a reposição hídrica e calórica necessárias, frente a jornadas 
laborais também excessivas, dentre outras exigências ou oportunidades de dano à integridade a 
que estes operários costumam ser rotineira e comumente submetidos. 
Já em 1700, Bernardino Ramazzini, no célebre As doenças dos trabalhadores, alertava quanto 
às doenças dos obreiros dedicados a essa produção. Dentre outros, a obra – cuja leitura 
recomendamos – traz capítulos dedicados aos “azeiteiros, curtidores, queijeiros e de outros ofícios 
imundos”, assim como aos “fabricantes de amido”, “pescadores” e “agricultores”, expressa em 
certo capítulo (p. 195-200): 
Podem atribuir-se esses males a duas causas ocasionais: o ar e a má 
alimentação; expostos à inclemência do tempo, enquanto realizavam as fainas 
campestres, açoitados pelos ventos quer do norte, quer do sul, molhados pelas 
chuvas e pelos orvalhos noturnos, ou tostados pelo sol estival, ainda que sejam 
fortes, rijos de natureza, não podem suportar tão grandes variações, ora gelados, 
ora derretidos em suor. 
O autor fazia a si mesmo, assim como aos seus leitores, uma pergunta crucial: “Como a arte 
médica protegerá a esses lavradores que são tão necessários?”. 
Mais de três séculos se passaram desde então e a pergunta continua não somente válida, como 
deve ser estendida a todos os demais profissionais voltados à preservação da integridade laboral. 
Nesse sentido, o presente livro se insere no esforço de ofertar informações compatíveis com 
as medidas necessárias para a preservação da integridade desses trabalhadores, que, de modo 
ímpar, cumprem um papel essencial para a sobrevivência dos demais habitantes em todas as 
sociedades. 
No mesmo universo da produção originada no campo e daquelas imediata e 
diretamente derivadas, encontramos o que se convencionou chamar de agronegócio, 
intensivo em tecnologia aplicada, por um lado oriunda dos laboratórios especializados 
(genética, química fina e outros) e, de outro, pela utilização da mais recente mecanização; 
ao que se soma a agricultura familiar, em sua concepção mais tradicional: com poucas e 
arcaicas ferramentas, assim como mecanização, quando disponível, com ainda restrito 
acesso, quando não ausência, de informações ou de domínio técnico quanto aos riscos 
associados a estas produções, dependente do estado como provedor desse conteúdo, 
assistência e técnica rural. E, não raro, também dependente, para o seu sustento e 
satisfação de todas as tarefas necessárias para o cotidiano da unidade produtiva, da força 
de trabalho de todos os membros dessa família, incluindo jovens e crianças que enfrentam 
jornadas e condições de trabalho inadequadas, até mesmo, para trabalhadores adultos. 
Reconhecendo-se que este é um fenômeno pertinente a toda a humanidade, que em todo o 
mundo, pelas mais diversas razões, trabalhadores muito – e cada vez mais – jovens se submetem 
a condições laborais que podem causar severos danos à sua integridade ao desenvolverem um 
sem-número de atividades, a OIT instituiu a Convenção 182 e a Recomendação 190, que versam 
sobre a “Proibição das piores formas de trabalho infantil e a Ação imediata para a sua 
eliminação”. Estas foram trazidas ao ordenamento jurídico brasileiro pelos Decretos n. 3.597, de 
12/09/2000, e n. 6.481, de 12/06/2008. O anexo deste último, do qual reproduzimos excerto ao 
final deste capítulo, traz a “Lista das piores formas de trabalho infantil”: aquelas cujas atividades 
são descritas como prejudiciais à saúde e segurança, dentre as quais ganham destaque os 
relacionados à agricultura, pecuária, silvicultura e exploração florestal, ademais de algumas 
relacionadas à indústria de transformação derivadas das anteriores, como a fabricação de farinha 
de mandioca, processamento de carnes e seus derivados, assim como no beneficiamento da 
madeira, segundo a descrição de prováveisriscos ocupacionais decorrentes desse labor e das 
repercussões associadas. 
A leitura atenta deste excerto, muito além do afastamento desses trabalhadores das atividades 
requeridas para o seu próprio sustento e de sua família, nos fornece indicativos a respeito de que 
medidas de saúde e segurança ocupacional devem ser levadas a termo para evitar tais infortúnios 
para todo e qualquer trabalhador. 
No intuito de prover o acesso regular dos filhos dos trabalhadores rurais à educação e à 
escolarização, a Lei n. 5.889/1973 determina: 
Art. 16. Toda propriedade rural, que mantenha a seu serviço ou trabalhando em 
seus limites mais de cinquenta famílias de trabalhadores de qualquer natureza, é 
obrigada a possuir e conservar em funcionamento escola primária, inteiramente 
gratuita, para os filhos destes, com tantas classes quantos sejam os grupos de 
quarenta crianças em idade escolar. 
Parágrafo único. A matrícula da população em idade escolar será obrigatória, 
sem qualquer outra exigência, além da certidão de nascimento, para cuja 
obtenção o empregador proporcionará todas as facilidades aos responsáveis 
pelas crianças. 
As ações visando preservar a integridade dos trabalhadores na agroindústria devem se 
estender, inclusive, àqueles contratados por tempo determinado, por safra, uma vez que estes 
também contam com o direito à estabilidade decorrente do acidente de trabalho previsto no art. 
118 da Lei n. 8.213/1991 (Lei de Benefícios da Previdência Social), conforme o entendimento 
consolidado no item II da Súmula 378 do Tribunal Superior do Trabalho (TST). Ou seja, ainda 
que safrista, o trabalhador deve receber as orientações e os treinamentos necessários para o 
exercício seguro das atividades a seu encargo, bem como ter à sua disposição as medidas 
protetivas indispensáveis para tanto. Tal direito não distingue as modalidades do contrato de 
trabalho, se a termo ou por prazo determinado, para fins de garantia provisória de emprego em 
decorrência de acidente laboral. 
A definição de contrato de safra está estabelecida no parágrafo único do art. 14 da Lei n. 
5.889/1973, que assim expressa: “Considera-se contrato de safra o que tenha sua duração 
dependente de variações estacionais da atividade agrária”. 
Porém, cabe atentar quanto ao contido no art. 14-A: 
O produtor rural pessoa física poderá realizar contratação de trabalhador rural 
por pequeno prazo para o exercício de atividades de natureza temporária. (grifo 
nosso) 
§ 1o A contratação de trabalhador rural por pequeno prazo que, dentro do 
período de 1 (um) ano, superar 2 (dois) meses fica convertida em contrato de 
trabalho por prazo indeterminado, observando-se os termos da legislação 
aplicável. 
[...] 
§ 8o São assegurados ao trabalhador rural contratado por pequeno prazo, além 
de remuneração equivalente à do trabalhador rural permanente, os demais 
direitos de natureza trabalhista. 
Se ao empregador, pessoa física, é facultado contratar outrem em caráter temporário, sendo 
obrigação preservar-lhe a integridade, tal como direito dos demais trabalhadores, cabe questionar: 
Têm estes, em nosso país, acesso e à sua disposição as informações necessárias para tanto? 
Aos assuntos até aqui abordados, convém acrescer olhares em outras direções. Dentre estas, 
destacar: 
Em se tratando de unidades produtivas via de regra situadas na zona rural dos municípios 
e, por vezes, de difícil acesso e não servidas de transporte público regular, não é incomum 
que a empresa providencie o transporte para os trabalhadores a seu serviço, desde um ponto 
de encontro na sede deste município e ao longo de paradas predefinidas no roteiro até as 
suas instalações. As bases em que esse transporte de pessoas é executado, bem como as 
responsabilidades decorrentes, se inserem nas condições de trabalho, pois ele deve ser 
exercido de modo apropriado, digno. Veja-se, nesse sentido, a decisão proferida no 
processo TST/AIRR 801-48.2010.5.05.0341, em consonância com o estabelecido no item 
NR 31.16. 
ii.Ademais, temos que ter sempre em mente que as condições de trabalho por meio das 
quais se executam atividades produtivas neste segmento têm estreitas ligações com o estado 
em que o produto resultante em geral destinado ao consumo humano, será obtido. Logo, 
podemos inferir que condições de trabalho propícias favorecem não apenas aos seus 
executantes diretos, mas, sobretudo, aos destinatários, uma vez que contribuem para a 
obtenção segura e saudável de alimentos. 
iii.Nesse sentido, convém ressaltar o conceito de “segurança alimentar”, que, de modo 
abrangente, estabelece que o alimento não causará dano aos consumidores e, em razão 
disso, não poderá oferecer perigos à saúde destes, em particular no que concerne à 
contaminação em sua preparação, notadamente em decorrência de sua manipulação. 
iv.Assim, dentre outros cuidados requeridos, se faz necessário rigoroso controle da 
qualidade da água utilizada no processo, das contaminações cruzadas, das pragas (em 
especial insetos e roedores), bem como das práticas e do comportamento do manipulador, 
treinado e executando, de modo consciente, procedimentos operacionais padronizados. A 
este conjunto de cuidados denomina-se “boas práticas de fabricação (BPF)”, fundamentais 
para se assegurar a qualidade e a integridade do alimento produzido. 
v.Outra medida pertinente diz respeito à prevenção de doenças infecciosas ou parasitárias 
junto aos trabalhadores. Algumas destas podem ser adquiridas pelo contato com animais, 
assunto que trataremos em capítulo específico deste livro. De outro lado, há também 
aquelas com possibilidade de serem transmitidas aos alimentos, que podem incapacitar 
esses trabalhadores para atuarem nas áreas de BPF. Neste sentido, uma verificação 
preliminar nas recomendações constantes do Calendário de Vacinação Ocupacional da 
Sociedade Brasileira de Imunizações (SBI), segundo a área de atuação profissional,1 sem 
dúvida, será um bom ponto de partida. 
31.16 TRANSPORTE DE TRABALHADORES 
https://jigsaw.minhabiblioteca.com.br/books/9788597010183/epub/OEBPS/Text/chapter01.html?create=true#fn1
31.16.1 O veículo de transporte coletivo de passageiros deve observar os seguintes 
requisitos: 
a) possuir autorização emitida pela autoridade de trânsito competente; 
b) transportar todos os passageiros sentados; 
c) ser conduzido por motorista habilitado e devidamente identificado; 
d) possuir compartimento resistente e fixo para a guarda das ferramentas e materiais, 
separado dos passageiros. 
31.16.2 O transporte de trabalhadores em veículos adaptados somente ocorrerá em 
situações excepcionais, mediante autorização prévia da autoridade competente em 
matéria de trânsito, devendo o veículo apresentar as seguintes condições mínimas de 
segurança: 
a) escada para acesso, com corrimão, posicionada em local de fácil visualização pelo 
motorista; 
b) carroceria com cobertura, barras de apoio para as mãos, proteção lateral rígida, com 
dois metros e dez centímetros de altura livre, de material de boa qualidade e resistência 
estrutural que evite o esmagamento e a projeção de pessoas em caso de acidente com 
o veículo; 
c) cabina e carroceria com sistemas de ventilação, garantida a comunicação entre o 
motorista e os passageiros; 
d) assentos revestidos de espuma, com encosto e cinto de segurança; 
e) compartimento para materiais e ferramentas, mantido fechado e separado dos 
passageiros. 
 
 
LISTA DAS PIORES FORMAS DE TRABALHO INFANTIL (LISTA TIP) – Anexo do 
Decreto n. 6.481/2008 
I. TRABALHOS PREJUDICIAIS À SAÚDE E À SEGURANÇA (Excerto) 
 Descrição dos 
trabalhos 
Prováveis riscos 
ocupacionais 
Prováveis repercussões 
à saúde 
1. Na direção e 
operação de tratores, 
máquinas agrícolas e 
esmeris, quando 
motorizados e em 
movimento. 
Acidentes com 
máquinas, instrumentos 
ou ferramentas 
perigosas. 
Afecções 
musculoesqueléticas 
(bursites, tendinites, 
dorsalgias, sinovites, 
tenossinovites), 
mutilações,esmagamentos, fraturas. 
2. No processo 
produtivo do fumo, 
algodão, sisal, cana-
de-açúcar e abacaxi. 
Esforço físico e posturas 
viciosas; exposição a 
poeiras orgânicas e seus 
contaminantes, como 
fungos e agrotóxicos; 
contato com substâncias 
tóxicas da própria planta; 
acidentes com animais 
peçonhentos; exposição, 
Afecções 
musculoesqueléticas 
(bursites, tendinites, 
dorsalgias, sinovites, 
tenossinovites); 
pneumoconioses; 
intoxicações exógenas; 
cânceres; bissinoses; 
hantaviroses; urticárias; 
sem proteção adequada, 
à radiação solar, calor, 
umidade, chuva e frio; 
acidentes com 
instrumentos 
perfurocortantes. 
envenenamentos; 
intermações; queimaduras 
na pele; envelhecimento 
precoce; câncer de pele; 
desidratação; doenças 
respiratórias; ceratoses 
actínicas; ferimentos e 
mutilações; apagamento 
de digitais. 
3. Na colheita de 
cítricos, pimenta-
malagueta e 
semelhantes. 
Esforço físico, 
levantamento e 
transporte manual de 
peso; posturas viciosas; 
exposição, sem proteção 
adequada, à radiação 
solar, calor, umidade, 
chuva e frio; contato com 
ácido da casca; 
acidentes com 
instrumentos 
perfurocortantes. 
Afecções 
musculoesqueléticas 
(bursites, tendinites, 
dorsalgias, sinovites, 
tenossinovites); 
intermações; queimaduras 
na pele; envelhecimento 
precoce; câncer de pele; 
desidratação; doenças 
respiratórias; ceratoses 
actínicas; apagamento de 
digitais; ferimentos; 
mutilações. 
4. No beneficiamento do 
fumo, sisal, castanha-
de-caju e cana-de-
açúcar. 
Esforço físico, 
levantamento e 
transporte de peso; 
exposição a poeiras 
orgânicas, ácidos e 
substâncias tóxicas. 
Fadiga física; afecções 
musculoesqueléticas 
(bursites, tendinites, 
dorsalgias, sinovites, 
tenossinovites); 
intoxicações agudas e 
crônicas; rinite; bronquite; 
vômitos; dermatites 
ocupacionais; apagamento 
das digitais. 
5. Na pulverização, 
manuseio e aplicação 
de agrotóxicos, 
adjuvantes e produtos 
afins, incluindo 
limpeza de 
equipamentos, 
descontaminação, 
disposição e retorno 
de recipientes vazios. 
Exposição a substâncias 
químicas, tais como 
pesticidas e fertilizantes, 
absorvidos por via oral, 
cutânea e respiratória. 
Intoxicações agudas e 
crônicas; polineuropatias; 
dermatites de contato; 
dermatites alérgicas; 
osteomalácias do adulto 
induzidas por drogas; 
cânceres; arritmias 
cardíacas; leucemias e 
episódios depressivos. 
6. Em locais de 
armazenamento ou 
de beneficiamento em 
que haja livre 
desprendimento de 
poeiras de cereais e 
de vegetais. 
Exposição a poeiras e 
seus contaminantes. 
Bissinoses; asma; 
bronquite; rinite alérgica; 
enfizema; pneumonia e 
irritação das vias aéreas 
superiores. 
7. Em estábulos, 
cavalariças, currais, 
estrebarias ou 
pocilgas, sem 
condições adequadas 
de higienização. 
Acidentes com animais e 
contato permanente com 
vírus, bactérias, 
parasitas, bacilos e 
fungos. 
Afecções 
musculoesqueléticas 
(bursites, tendinites, 
dorsalgias, sinovites, 
tenossinovites); contusões; 
tuberculose; carbúnculo; 
brucelose; leptospirose; 
tétano; psitacose; dengue; 
hepatites virais; 
dermatofitoses; 
candidíases; 
leishmanioses cutâneas e 
cutâneo-mucosas e 
blastomicoses. 
8. No interior ou junto a 
silos de estocagem de 
forragem ou grãos 
com atmosferas 
tóxicas, explosivas ou 
com deficiência de 
oxigênio. 
Exposição a poeiras e 
seus contaminantes; 
queda de nível; 
explosões; baixa 
pressão parcial de 
oxigênio. 
Asfixia; dificuldade 
respiratória; asma 
ocupacional; pneumonia; 
bronquite; rinite; 
traumatismos; contusões e 
queimaduras. 
9. Como sinalizador na 
aplicação aérea de 
produtos ou 
defensivos agrícolas. 
Exposição a substâncias 
químicas, tais como 
pesticidas e fertilizantes, 
absorvidos por via oral, 
cutânea e respiratória. 
Intoxicações exógenas 
agudas e crônicas; 
polineuropatias; 
dermatites; rinite; 
bronquite; leucemias; 
arritmia cardíaca; 
cânceres; leucemias; 
neurastenia e episódios 
depressivos. 
10. Na extração e corte 
de madeira. 
Acidentes com queda de 
árvores, serra de corte, 
máquinas e ofidismo. 
Afecções 
musculoesqueléticas 
(bursites, tendinites, 
dorsalgias, sinovites, 
tenossinovites); 
esmagamentos; 
amputações; lacerações; 
mutilações; contusões; 
fraturas; envenenamento e 
blastomicose. 
32. Na produção de 
carvão vegetal. 
Exposição à radiação 
solar, chuva; contato 
com amianto; picadas de 
insetos e animais 
peçonhentos; 
levantamento e 
transporte de peso 
excessivo; posturas 
inadequadas e 
Queimaduras na pele; 
envelhecimento precoce; 
câncer de pele; 
desidratação; doenças 
respiratórias; hipertemia; 
reações na pele ou 
generalizadas; fadiga 
física; dores musculares 
nos membros e coluna 
movimentos repetitivos; 
acidentes com 
instrumentos 
perfurocortantes; queda 
de toras; exposição à 
vibração, explosões e 
desabamentos; 
combustão espontânea 
do carvão; monotonia; 
estresse da tensão da 
vigília do forno; fumaça 
contendo subprodutos 
da pirólise e combustão 
incompleta: ácido 
pirolenhoso, alcatrão, 
metanol, acetona, 
acetato, monóxido de 
carbono, dióxido de 
carbono e metano. 
vertebral; lesões e 
deformidades 
osteomusculares; 
comprometimento do 
desenvolvimento 
psicomotor; DORT/LER; 
ferimentos; mutilações; 
traumatismos; lesões 
osteomusculares; 
síndromes vasculares; 
queimaduras; sofrimento 
psíquico; intoxicações 
agudas e crônicas. 
33. Em contato com 
resíduos de animais 
deteriorados, 
glândulas, vísceras, 
sangue, ossos, 
couros, pelos ou 
dejetos de animais. 
Exposição a vírus, 
bactérias, bacilos, 
fungos e parasitas. 
Tuberculose; carbúnculo; 
brucelose; hepatites virais; 
tétano; psitacose; ornitose; 
dermatoses ocupacionais 
e dermatites de contato. 
37. Em curtumes, 
industrialização de 
couros e fabricação 
de peles e peliças. 
Esforços físicos 
intensos; exposição a 
corantes, alvejantes, 
álcalis, 
desengordurantes, 
ácidos, alumínio, 
branqueadores, vírus, 
bactérias, bacilos, 
fungos e calor. 
Afecções 
musculoesqueléticas 
(bursites, tendinites, 
dorsalgias, sinovites, 
tenossinovites); 
tuberculose; carbúnculo; 
brucelose; antrax; 
cânceres; rinite crônica; 
conjuntivite; pneumonite; 
dermatites de contato; 
dermatose ocupacional e 
queimaduras. 
38. Em matadouros ou 
abatedouros em 
geral. 
Esforços físicos 
intensos; riscos de 
acidentes com animais e 
ferramentas 
perfurocortantes e 
exposição a agentes 
biológicos. 
Afecções 
musculoesqueléticas 
(bursites, tendinites, 
dorsalgias, sinovites, 
tenossinovites); contusões; 
ferimentos; tuberculose; 
carbúnculo; brucelose e 
psitacose; antrax. 
40. Na fabricação de 
farinha de mandioca. 
Esforços físicos 
intensos; acidentes com 
instrumentos 
Afecções 
musculoesqueléticas 
(bursites, tendinites, 
perfurocortantes; 
posições inadequadas; 
movimentos repetitivos; 
altas temperaturas e 
poeiras. 
dorsalgias, sinovites, 
tenossinovites); contusão; 
amputações; cortes; 
queimaduras; DORT/LER; 
cifose; escoliose; afecções 
respiratórias e dermatoses 
ocupacionais. 
50. Na fabricação de 
bebidas alcoólicas. 
Exposição a vapores de 
etanol e a poeira de 
cereais; exposição a 
bebidas alcoólicas, ao 
calor, à formação de 
atmosferas explosivas; 
incêndios e outros 
acidentes. 
Queimaduras; asfixia; 
tonturas; intoxicação; 
irritação das vias aéreas 
superiores; irritação da 
pele e mucosas; cefaleia e 
embriaguez. 
51. No interior de 
resfriadores, casas de 
máquinas ou junto de 
aquecedores, fornos 
ou altos-fornos. 
Exposição a 
temperaturas extremas, 
frio e calor. 
Frio; hipotermia com 
diminuição da capacidade 
física e mental; calor, 
hipertermia; fadiga; 
desidratação; desequilíbrio 
hidroeletrolítico e estresse. 
54. No beneficiamento de 
madeira. 
Esforços físicos 
intensos; exposição à 
poeira de madeiras; risco 
de acidentes com 
máquinas, serras, 
equipamentos e 
ferramentas perigosas. 
Afecções 
musculoesqueléticas 
(bursites, tendinites, 
dorsalgias, sinovites, 
tenossinovites); asma 
ocupacional; bronquite; 
pneumonite; edema 
pulmonaragudo; enfizema 
intersticial; asma 
ocupacional; dermatose 
ocupacional; 
esmagamentos; 
ferimentos; amputações; 
mutilações; fadiga; 
estresse e DORT/LER. 
55. Com exposição a 
vibrações localizadas 
ou de corpo inteiro. 
Vibrações localizadas ou 
generalizadas. 
Síndrome cervicobraquial; 
dor articular; moléstia de 
Dupuytren; capsulite 
adesiva do ombro; 
bursites; epicondilite 
lateral; osteocondrose do 
adulto; doença de Kohler; 
hérnia de disco; artroses e 
aumento da pressão 
arterial. 
60. No transporte e 
armazenagem de 
álcool, explosivos, 
Exposição a vapores 
tóxicos; risco de incêndio 
e explosões. 
Intoxicações; 
queimaduras; rinite e 
dermatites de contato. 
inflamáveis líquidos, 
gasosos e liquefeitos. 
63. No manuseio ou 
aplicação de produtos 
químicos, incluindo 
limpeza de 
equipamentos, 
descontaminação, 
disposição e retorno 
de recipientes vazios. 
Exposição a 
quimioterápicos e outras 
substâncias químicas de 
uso terapêutico. 
Intoxicações agudas e 
crônicas; polineuropatia; 
dermatites de contato; 
dermatite alérgica; 
osteomalácia do adulto 
induzida por drogas; 
cânceres; arritmia 
cardíaca; leucemias; 
neurastenia e episódios 
depressivos. 
64. Em contato com 
animais portadores de 
doenças 
infectocontagiosas e 
em postos de 
vacinação de animais. 
Exposição a vírus, 
bactérias, parasitas e 
bacilos. 
Tuberculose; carbúnculo; 
brucelose; psitacose; raiva; 
asma; rinite; conjuntivite; 
pneumonia; dermatite de 
contato e dermatose 
ocupacional. 
78. Com utilização de 
instrumentos ou 
ferramentas 
perfurocortantes, sem 
proteção adequada 
capaz de controlar o 
risco. 
Perfurações e cortes. Ferimentos e mutilações. 
79. Em câmaras 
frigoríficas. 
Exposição a baixas 
temperaturas e a 
variações súbitas. 
Hipotermia; eritema pérnio; 
geladura (Frostbite) com 
necrose de tecidos; 
bronquite; rinite; 
pneumonias. 
80. Com levantamento, 
transporte, carga ou 
descarga manual de 
pesos. 
Esforço físico intenso; 
tracionamento da coluna 
vertebral; sobrecarga 
muscular. 
Afecções 
musculoesqueléticas 
(bursites, tendinites, 
dorsalgias, sinovites, 
tenossinovites); 
lombalgias; 
lombociatalgias; 
escolioses; cifoses; 
lordoses; maturação 
precoce das epífises. 
81. Ao ar livre, sem 
proteção adequada 
contra exposição à 
radiação solar, chuva, 
frio. 
Exposição, sem proteção 
adequada, à radiação 
solar, chuva e frio. 
Intermações; queimaduras 
na pele; envelhecimento 
precoce; câncer de pele; 
desidratação; doenças 
respiratórias; ceratoses 
actínicas; hipertemia; 
dermatoses; dermatites; 
conjuntivite; queratite; 
pneumonite; fadiga; 
intermação. 
83. Com exposição a 
ruído contínuo ou 
intermitente acima do 
nível previsto na 
legislação pertinente 
em vigor, ou a ruído 
de impacto. 
Exposição a níveis 
elevados de pressão 
sonora. 
Alteração temporária do 
limiar auditivo; hipoacusia; 
perda da audição; 
hipertensão arterial; 
ruptura traumática do 
tímpano; alterações 
emocionais; alterações 
mentais e estresse.

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