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A evolução da agricultura e da pecuária – em pleno curso há mais de 10 mil anos – representa, em grande monta, as transformações ocorridas na humanidade. Nesse sentido, o surgimento e o aprimoramento de ferramentas e de técnicas de produção, as mais diversas, vêm contribuindo para o incremento da produção de alimentos, requisito essencial para a soberania dos povos e nações. Serve, então, podemos afirmar, como medida de evolução da própria sociedade em que estão inseridas. No Brasil, o trabalho rural é regulado pela Lei n. 5.889/1973, que, dentre outras particularidades, estabelece: Art. 3o Considera-se empregador rural, para efeitos desta Lei, a pessoa física ou jurídica, proprietário ou não, que explore atividade agroeconômica, em caráter permanente ou temporário, diretamente ou através de prepostos e com auxílio de empregados. § 1o Inclui-se na atividade econômica, referida no “caput” deste artigo, a exploração industrial em estabelecimento agrário não compreendido na Consolidação das Leis do Trabalho. (grifo nosso) Essa diferenciação é fundamental no que concerne à compreensão do que é simplesmente indústria rural e exploração industrial em estabelecimento rural. A primeira promove a transformação do substrato, alterando-lhe a condição de matéria-prima (por exemplo, a usina de açúcar); a segunda, ainda que realize processamento primário para posterior industrialização, não lhe altera essa condição. Apenas a beneficia (prepara): limpeza, secagem, pasteurização, abate, resfriamento, descaroçamento etc. Em sentido amplo, consideramos como integrantes da agroindústria os segmentos dedicados à produção e ao processamento dos derivados e subprodutos da agricultura, pecuária, aquicultura, silvicultura e exploração florestal. Enfim, de todas as iniciativas baseadas em recursos naturais, excetuando-se desse contexto a extração mineral e a produção de carvão, que, por sua natureza, assumem feições de indústria simples. A amplitude de atividades requeridas se dá desde áreas para o cultivo, a semeadura e a colheita, transporte e armazenamento de grãos e outros produtos agrícolas, bem como a produção animal, a exemplo da avícola, a suína e a bovina – a formação de matrizes, os cuidados com as crias, a engorda até o seu desenvolvimento e abate, passando pelo processamento, porcionamento e embalagem – que culmina com a atividade frigorífica e, ainda, seu envio aos canais de distribuição que farão com que estes produtos alcancem seus mercados consumidores. Em nosso país, a agroindústria compreende vários elos da cadeia produtiva entre o campo e a industrialização do que nele se produz, sendo responsável por 30% da mão de obra ocupada, mais de 35% das exportações nacionais e algo como a terça parte ou mais do PIB, destacando-o nos cenários internacionais atinentes à temática: entre os maiores produtores mundiais de café, açúcar, laranja, etanol, alguns grãos e carnes bovina, suína e de frango. Nas últimas duas décadas, por exemplo, o incremento na produção de grãos foi da ordem de 150%, enquanto a área plantada cresceu em torno de um terço. Ou seja, houve grande incremento de produtividade, provido por novas tecnologias aplicadas. Entretanto, ao lado desses números impressionantes, há outro que carece de inadiável atenção: anualmente, centenas de milhares de trabalhadores do segmento sofrem algum tipo de acidente laboral. Originados nas mais diversas causas, resultam perdas humanas e produtivas que poderiam e deveriam ser evitadas, pois representam brutal custo humano, social e econômico. A Organização Internacional do Trabalho (OIT) reconhece que a agropecuária está entre as atividades com as maiores cifras de acidentes em todo o mundo. São frequentes os acidentes com tratores e equipamentos agrícolas. Há também a exposição ao ruído e à vibração no trato com estes, assim como às radiações solares por longos períodos, aos agrotóxicos, ao intenso trato manual de cargas, não raro em posturas inadequadas, em ritmos de trabalho intensos e sem se observar as pausas para descanso e a reposição hídrica e calórica necessárias, frente a jornadas laborais também excessivas, dentre outras exigências ou oportunidades de dano à integridade a que estes operários costumam ser rotineira e comumente submetidos. Já em 1700, Bernardino Ramazzini, no célebre As doenças dos trabalhadores, alertava quanto às doenças dos obreiros dedicados a essa produção. Dentre outros, a obra – cuja leitura recomendamos – traz capítulos dedicados aos “azeiteiros, curtidores, queijeiros e de outros ofícios imundos”, assim como aos “fabricantes de amido”, “pescadores” e “agricultores”, expressa em certo capítulo (p. 195-200): Podem atribuir-se esses males a duas causas ocasionais: o ar e a má alimentação; expostos à inclemência do tempo, enquanto realizavam as fainas campestres, açoitados pelos ventos quer do norte, quer do sul, molhados pelas chuvas e pelos orvalhos noturnos, ou tostados pelo sol estival, ainda que sejam fortes, rijos de natureza, não podem suportar tão grandes variações, ora gelados, ora derretidos em suor. O autor fazia a si mesmo, assim como aos seus leitores, uma pergunta crucial: “Como a arte médica protegerá a esses lavradores que são tão necessários?”. Mais de três séculos se passaram desde então e a pergunta continua não somente válida, como deve ser estendida a todos os demais profissionais voltados à preservação da integridade laboral. Nesse sentido, o presente livro se insere no esforço de ofertar informações compatíveis com as medidas necessárias para a preservação da integridade desses trabalhadores, que, de modo ímpar, cumprem um papel essencial para a sobrevivência dos demais habitantes em todas as sociedades. No mesmo universo da produção originada no campo e daquelas imediata e diretamente derivadas, encontramos o que se convencionou chamar de agronegócio, intensivo em tecnologia aplicada, por um lado oriunda dos laboratórios especializados (genética, química fina e outros) e, de outro, pela utilização da mais recente mecanização; ao que se soma a agricultura familiar, em sua concepção mais tradicional: com poucas e arcaicas ferramentas, assim como mecanização, quando disponível, com ainda restrito acesso, quando não ausência, de informações ou de domínio técnico quanto aos riscos associados a estas produções, dependente do estado como provedor desse conteúdo, assistência e técnica rural. E, não raro, também dependente, para o seu sustento e satisfação de todas as tarefas necessárias para o cotidiano da unidade produtiva, da força de trabalho de todos os membros dessa família, incluindo jovens e crianças que enfrentam jornadas e condições de trabalho inadequadas, até mesmo, para trabalhadores adultos. Reconhecendo-se que este é um fenômeno pertinente a toda a humanidade, que em todo o mundo, pelas mais diversas razões, trabalhadores muito – e cada vez mais – jovens se submetem a condições laborais que podem causar severos danos à sua integridade ao desenvolverem um sem-número de atividades, a OIT instituiu a Convenção 182 e a Recomendação 190, que versam sobre a “Proibição das piores formas de trabalho infantil e a Ação imediata para a sua eliminação”. Estas foram trazidas ao ordenamento jurídico brasileiro pelos Decretos n. 3.597, de 12/09/2000, e n. 6.481, de 12/06/2008. O anexo deste último, do qual reproduzimos excerto ao final deste capítulo, traz a “Lista das piores formas de trabalho infantil”: aquelas cujas atividades são descritas como prejudiciais à saúde e segurança, dentre as quais ganham destaque os relacionados à agricultura, pecuária, silvicultura e exploração florestal, ademais de algumas relacionadas à indústria de transformação derivadas das anteriores, como a fabricação de farinha de mandioca, processamento de carnes e seus derivados, assim como no beneficiamento da madeira, segundo a descrição de prováveisriscos ocupacionais decorrentes desse labor e das repercussões associadas. A leitura atenta deste excerto, muito além do afastamento desses trabalhadores das atividades requeridas para o seu próprio sustento e de sua família, nos fornece indicativos a respeito de que medidas de saúde e segurança ocupacional devem ser levadas a termo para evitar tais infortúnios para todo e qualquer trabalhador. No intuito de prover o acesso regular dos filhos dos trabalhadores rurais à educação e à escolarização, a Lei n. 5.889/1973 determina: Art. 16. Toda propriedade rural, que mantenha a seu serviço ou trabalhando em seus limites mais de cinquenta famílias de trabalhadores de qualquer natureza, é obrigada a possuir e conservar em funcionamento escola primária, inteiramente gratuita, para os filhos destes, com tantas classes quantos sejam os grupos de quarenta crianças em idade escolar. Parágrafo único. A matrícula da população em idade escolar será obrigatória, sem qualquer outra exigência, além da certidão de nascimento, para cuja obtenção o empregador proporcionará todas as facilidades aos responsáveis pelas crianças. As ações visando preservar a integridade dos trabalhadores na agroindústria devem se estender, inclusive, àqueles contratados por tempo determinado, por safra, uma vez que estes também contam com o direito à estabilidade decorrente do acidente de trabalho previsto no art. 118 da Lei n. 8.213/1991 (Lei de Benefícios da Previdência Social), conforme o entendimento consolidado no item II da Súmula 378 do Tribunal Superior do Trabalho (TST). Ou seja, ainda que safrista, o trabalhador deve receber as orientações e os treinamentos necessários para o exercício seguro das atividades a seu encargo, bem como ter à sua disposição as medidas protetivas indispensáveis para tanto. Tal direito não distingue as modalidades do contrato de trabalho, se a termo ou por prazo determinado, para fins de garantia provisória de emprego em decorrência de acidente laboral. A definição de contrato de safra está estabelecida no parágrafo único do art. 14 da Lei n. 5.889/1973, que assim expressa: “Considera-se contrato de safra o que tenha sua duração dependente de variações estacionais da atividade agrária”. Porém, cabe atentar quanto ao contido no art. 14-A: O produtor rural pessoa física poderá realizar contratação de trabalhador rural por pequeno prazo para o exercício de atividades de natureza temporária. (grifo nosso) § 1o A contratação de trabalhador rural por pequeno prazo que, dentro do período de 1 (um) ano, superar 2 (dois) meses fica convertida em contrato de trabalho por prazo indeterminado, observando-se os termos da legislação aplicável. [...] § 8o São assegurados ao trabalhador rural contratado por pequeno prazo, além de remuneração equivalente à do trabalhador rural permanente, os demais direitos de natureza trabalhista. Se ao empregador, pessoa física, é facultado contratar outrem em caráter temporário, sendo obrigação preservar-lhe a integridade, tal como direito dos demais trabalhadores, cabe questionar: Têm estes, em nosso país, acesso e à sua disposição as informações necessárias para tanto? Aos assuntos até aqui abordados, convém acrescer olhares em outras direções. Dentre estas, destacar: Em se tratando de unidades produtivas via de regra situadas na zona rural dos municípios e, por vezes, de difícil acesso e não servidas de transporte público regular, não é incomum que a empresa providencie o transporte para os trabalhadores a seu serviço, desde um ponto de encontro na sede deste município e ao longo de paradas predefinidas no roteiro até as suas instalações. As bases em que esse transporte de pessoas é executado, bem como as responsabilidades decorrentes, se inserem nas condições de trabalho, pois ele deve ser exercido de modo apropriado, digno. Veja-se, nesse sentido, a decisão proferida no processo TST/AIRR 801-48.2010.5.05.0341, em consonância com o estabelecido no item NR 31.16. ii.Ademais, temos que ter sempre em mente que as condições de trabalho por meio das quais se executam atividades produtivas neste segmento têm estreitas ligações com o estado em que o produto resultante em geral destinado ao consumo humano, será obtido. Logo, podemos inferir que condições de trabalho propícias favorecem não apenas aos seus executantes diretos, mas, sobretudo, aos destinatários, uma vez que contribuem para a obtenção segura e saudável de alimentos. iii.Nesse sentido, convém ressaltar o conceito de “segurança alimentar”, que, de modo abrangente, estabelece que o alimento não causará dano aos consumidores e, em razão disso, não poderá oferecer perigos à saúde destes, em particular no que concerne à contaminação em sua preparação, notadamente em decorrência de sua manipulação. iv.Assim, dentre outros cuidados requeridos, se faz necessário rigoroso controle da qualidade da água utilizada no processo, das contaminações cruzadas, das pragas (em especial insetos e roedores), bem como das práticas e do comportamento do manipulador, treinado e executando, de modo consciente, procedimentos operacionais padronizados. A este conjunto de cuidados denomina-se “boas práticas de fabricação (BPF)”, fundamentais para se assegurar a qualidade e a integridade do alimento produzido. v.Outra medida pertinente diz respeito à prevenção de doenças infecciosas ou parasitárias junto aos trabalhadores. Algumas destas podem ser adquiridas pelo contato com animais, assunto que trataremos em capítulo específico deste livro. De outro lado, há também aquelas com possibilidade de serem transmitidas aos alimentos, que podem incapacitar esses trabalhadores para atuarem nas áreas de BPF. Neste sentido, uma verificação preliminar nas recomendações constantes do Calendário de Vacinação Ocupacional da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBI), segundo a área de atuação profissional,1 sem dúvida, será um bom ponto de partida. 31.16 TRANSPORTE DE TRABALHADORES https://jigsaw.minhabiblioteca.com.br/books/9788597010183/epub/OEBPS/Text/chapter01.html?create=true#fn1 31.16.1 O veículo de transporte coletivo de passageiros deve observar os seguintes requisitos: a) possuir autorização emitida pela autoridade de trânsito competente; b) transportar todos os passageiros sentados; c) ser conduzido por motorista habilitado e devidamente identificado; d) possuir compartimento resistente e fixo para a guarda das ferramentas e materiais, separado dos passageiros. 31.16.2 O transporte de trabalhadores em veículos adaptados somente ocorrerá em situações excepcionais, mediante autorização prévia da autoridade competente em matéria de trânsito, devendo o veículo apresentar as seguintes condições mínimas de segurança: a) escada para acesso, com corrimão, posicionada em local de fácil visualização pelo motorista; b) carroceria com cobertura, barras de apoio para as mãos, proteção lateral rígida, com dois metros e dez centímetros de altura livre, de material de boa qualidade e resistência estrutural que evite o esmagamento e a projeção de pessoas em caso de acidente com o veículo; c) cabina e carroceria com sistemas de ventilação, garantida a comunicação entre o motorista e os passageiros; d) assentos revestidos de espuma, com encosto e cinto de segurança; e) compartimento para materiais e ferramentas, mantido fechado e separado dos passageiros. LISTA DAS PIORES FORMAS DE TRABALHO INFANTIL (LISTA TIP) – Anexo do Decreto n. 6.481/2008 I. TRABALHOS PREJUDICIAIS À SAÚDE E À SEGURANÇA (Excerto) Descrição dos trabalhos Prováveis riscos ocupacionais Prováveis repercussões à saúde 1. Na direção e operação de tratores, máquinas agrícolas e esmeris, quando motorizados e em movimento. Acidentes com máquinas, instrumentos ou ferramentas perigosas. Afecções musculoesqueléticas (bursites, tendinites, dorsalgias, sinovites, tenossinovites), mutilações,esmagamentos, fraturas. 2. No processo produtivo do fumo, algodão, sisal, cana- de-açúcar e abacaxi. Esforço físico e posturas viciosas; exposição a poeiras orgânicas e seus contaminantes, como fungos e agrotóxicos; contato com substâncias tóxicas da própria planta; acidentes com animais peçonhentos; exposição, Afecções musculoesqueléticas (bursites, tendinites, dorsalgias, sinovites, tenossinovites); pneumoconioses; intoxicações exógenas; cânceres; bissinoses; hantaviroses; urticárias; sem proteção adequada, à radiação solar, calor, umidade, chuva e frio; acidentes com instrumentos perfurocortantes. envenenamentos; intermações; queimaduras na pele; envelhecimento precoce; câncer de pele; desidratação; doenças respiratórias; ceratoses actínicas; ferimentos e mutilações; apagamento de digitais. 3. Na colheita de cítricos, pimenta- malagueta e semelhantes. Esforço físico, levantamento e transporte manual de peso; posturas viciosas; exposição, sem proteção adequada, à radiação solar, calor, umidade, chuva e frio; contato com ácido da casca; acidentes com instrumentos perfurocortantes. Afecções musculoesqueléticas (bursites, tendinites, dorsalgias, sinovites, tenossinovites); intermações; queimaduras na pele; envelhecimento precoce; câncer de pele; desidratação; doenças respiratórias; ceratoses actínicas; apagamento de digitais; ferimentos; mutilações. 4. No beneficiamento do fumo, sisal, castanha- de-caju e cana-de- açúcar. Esforço físico, levantamento e transporte de peso; exposição a poeiras orgânicas, ácidos e substâncias tóxicas. Fadiga física; afecções musculoesqueléticas (bursites, tendinites, dorsalgias, sinovites, tenossinovites); intoxicações agudas e crônicas; rinite; bronquite; vômitos; dermatites ocupacionais; apagamento das digitais. 5. Na pulverização, manuseio e aplicação de agrotóxicos, adjuvantes e produtos afins, incluindo limpeza de equipamentos, descontaminação, disposição e retorno de recipientes vazios. Exposição a substâncias químicas, tais como pesticidas e fertilizantes, absorvidos por via oral, cutânea e respiratória. Intoxicações agudas e crônicas; polineuropatias; dermatites de contato; dermatites alérgicas; osteomalácias do adulto induzidas por drogas; cânceres; arritmias cardíacas; leucemias e episódios depressivos. 6. Em locais de armazenamento ou de beneficiamento em que haja livre desprendimento de poeiras de cereais e de vegetais. Exposição a poeiras e seus contaminantes. Bissinoses; asma; bronquite; rinite alérgica; enfizema; pneumonia e irritação das vias aéreas superiores. 7. Em estábulos, cavalariças, currais, estrebarias ou pocilgas, sem condições adequadas de higienização. Acidentes com animais e contato permanente com vírus, bactérias, parasitas, bacilos e fungos. Afecções musculoesqueléticas (bursites, tendinites, dorsalgias, sinovites, tenossinovites); contusões; tuberculose; carbúnculo; brucelose; leptospirose; tétano; psitacose; dengue; hepatites virais; dermatofitoses; candidíases; leishmanioses cutâneas e cutâneo-mucosas e blastomicoses. 8. No interior ou junto a silos de estocagem de forragem ou grãos com atmosferas tóxicas, explosivas ou com deficiência de oxigênio. Exposição a poeiras e seus contaminantes; queda de nível; explosões; baixa pressão parcial de oxigênio. Asfixia; dificuldade respiratória; asma ocupacional; pneumonia; bronquite; rinite; traumatismos; contusões e queimaduras. 9. Como sinalizador na aplicação aérea de produtos ou defensivos agrícolas. Exposição a substâncias químicas, tais como pesticidas e fertilizantes, absorvidos por via oral, cutânea e respiratória. Intoxicações exógenas agudas e crônicas; polineuropatias; dermatites; rinite; bronquite; leucemias; arritmia cardíaca; cânceres; leucemias; neurastenia e episódios depressivos. 10. Na extração e corte de madeira. Acidentes com queda de árvores, serra de corte, máquinas e ofidismo. Afecções musculoesqueléticas (bursites, tendinites, dorsalgias, sinovites, tenossinovites); esmagamentos; amputações; lacerações; mutilações; contusões; fraturas; envenenamento e blastomicose. 32. Na produção de carvão vegetal. Exposição à radiação solar, chuva; contato com amianto; picadas de insetos e animais peçonhentos; levantamento e transporte de peso excessivo; posturas inadequadas e Queimaduras na pele; envelhecimento precoce; câncer de pele; desidratação; doenças respiratórias; hipertemia; reações na pele ou generalizadas; fadiga física; dores musculares nos membros e coluna movimentos repetitivos; acidentes com instrumentos perfurocortantes; queda de toras; exposição à vibração, explosões e desabamentos; combustão espontânea do carvão; monotonia; estresse da tensão da vigília do forno; fumaça contendo subprodutos da pirólise e combustão incompleta: ácido pirolenhoso, alcatrão, metanol, acetona, acetato, monóxido de carbono, dióxido de carbono e metano. vertebral; lesões e deformidades osteomusculares; comprometimento do desenvolvimento psicomotor; DORT/LER; ferimentos; mutilações; traumatismos; lesões osteomusculares; síndromes vasculares; queimaduras; sofrimento psíquico; intoxicações agudas e crônicas. 33. Em contato com resíduos de animais deteriorados, glândulas, vísceras, sangue, ossos, couros, pelos ou dejetos de animais. Exposição a vírus, bactérias, bacilos, fungos e parasitas. Tuberculose; carbúnculo; brucelose; hepatites virais; tétano; psitacose; ornitose; dermatoses ocupacionais e dermatites de contato. 37. Em curtumes, industrialização de couros e fabricação de peles e peliças. Esforços físicos intensos; exposição a corantes, alvejantes, álcalis, desengordurantes, ácidos, alumínio, branqueadores, vírus, bactérias, bacilos, fungos e calor. Afecções musculoesqueléticas (bursites, tendinites, dorsalgias, sinovites, tenossinovites); tuberculose; carbúnculo; brucelose; antrax; cânceres; rinite crônica; conjuntivite; pneumonite; dermatites de contato; dermatose ocupacional e queimaduras. 38. Em matadouros ou abatedouros em geral. Esforços físicos intensos; riscos de acidentes com animais e ferramentas perfurocortantes e exposição a agentes biológicos. Afecções musculoesqueléticas (bursites, tendinites, dorsalgias, sinovites, tenossinovites); contusões; ferimentos; tuberculose; carbúnculo; brucelose e psitacose; antrax. 40. Na fabricação de farinha de mandioca. Esforços físicos intensos; acidentes com instrumentos Afecções musculoesqueléticas (bursites, tendinites, perfurocortantes; posições inadequadas; movimentos repetitivos; altas temperaturas e poeiras. dorsalgias, sinovites, tenossinovites); contusão; amputações; cortes; queimaduras; DORT/LER; cifose; escoliose; afecções respiratórias e dermatoses ocupacionais. 50. Na fabricação de bebidas alcoólicas. Exposição a vapores de etanol e a poeira de cereais; exposição a bebidas alcoólicas, ao calor, à formação de atmosferas explosivas; incêndios e outros acidentes. Queimaduras; asfixia; tonturas; intoxicação; irritação das vias aéreas superiores; irritação da pele e mucosas; cefaleia e embriaguez. 51. No interior de resfriadores, casas de máquinas ou junto de aquecedores, fornos ou altos-fornos. Exposição a temperaturas extremas, frio e calor. Frio; hipotermia com diminuição da capacidade física e mental; calor, hipertermia; fadiga; desidratação; desequilíbrio hidroeletrolítico e estresse. 54. No beneficiamento de madeira. Esforços físicos intensos; exposição à poeira de madeiras; risco de acidentes com máquinas, serras, equipamentos e ferramentas perigosas. Afecções musculoesqueléticas (bursites, tendinites, dorsalgias, sinovites, tenossinovites); asma ocupacional; bronquite; pneumonite; edema pulmonaragudo; enfizema intersticial; asma ocupacional; dermatose ocupacional; esmagamentos; ferimentos; amputações; mutilações; fadiga; estresse e DORT/LER. 55. Com exposição a vibrações localizadas ou de corpo inteiro. Vibrações localizadas ou generalizadas. Síndrome cervicobraquial; dor articular; moléstia de Dupuytren; capsulite adesiva do ombro; bursites; epicondilite lateral; osteocondrose do adulto; doença de Kohler; hérnia de disco; artroses e aumento da pressão arterial. 60. No transporte e armazenagem de álcool, explosivos, Exposição a vapores tóxicos; risco de incêndio e explosões. Intoxicações; queimaduras; rinite e dermatites de contato. inflamáveis líquidos, gasosos e liquefeitos. 63. No manuseio ou aplicação de produtos químicos, incluindo limpeza de equipamentos, descontaminação, disposição e retorno de recipientes vazios. Exposição a quimioterápicos e outras substâncias químicas de uso terapêutico. Intoxicações agudas e crônicas; polineuropatia; dermatites de contato; dermatite alérgica; osteomalácia do adulto induzida por drogas; cânceres; arritmia cardíaca; leucemias; neurastenia e episódios depressivos. 64. Em contato com animais portadores de doenças infectocontagiosas e em postos de vacinação de animais. Exposição a vírus, bactérias, parasitas e bacilos. Tuberculose; carbúnculo; brucelose; psitacose; raiva; asma; rinite; conjuntivite; pneumonia; dermatite de contato e dermatose ocupacional. 78. Com utilização de instrumentos ou ferramentas perfurocortantes, sem proteção adequada capaz de controlar o risco. Perfurações e cortes. Ferimentos e mutilações. 79. Em câmaras frigoríficas. Exposição a baixas temperaturas e a variações súbitas. Hipotermia; eritema pérnio; geladura (Frostbite) com necrose de tecidos; bronquite; rinite; pneumonias. 80. Com levantamento, transporte, carga ou descarga manual de pesos. Esforço físico intenso; tracionamento da coluna vertebral; sobrecarga muscular. Afecções musculoesqueléticas (bursites, tendinites, dorsalgias, sinovites, tenossinovites); lombalgias; lombociatalgias; escolioses; cifoses; lordoses; maturação precoce das epífises. 81. Ao ar livre, sem proteção adequada contra exposição à radiação solar, chuva, frio. Exposição, sem proteção adequada, à radiação solar, chuva e frio. Intermações; queimaduras na pele; envelhecimento precoce; câncer de pele; desidratação; doenças respiratórias; ceratoses actínicas; hipertemia; dermatoses; dermatites; conjuntivite; queratite; pneumonite; fadiga; intermação. 83. Com exposição a ruído contínuo ou intermitente acima do nível previsto na legislação pertinente em vigor, ou a ruído de impacto. Exposição a níveis elevados de pressão sonora. Alteração temporária do limiar auditivo; hipoacusia; perda da audição; hipertensão arterial; ruptura traumática do tímpano; alterações emocionais; alterações mentais e estresse.
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