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Fichamento - A hora do jogo diagnóstica

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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
FICHAMENTO DE LEITURA
A hora do jogo diagnóstica – Ana María Efron, Esther Fainberg, Yolanda Kleiner, Ana María Sigal e Pola Woscoboinik 
A hora do jogo diagnóstica é um recurso ou instrumento técnico utilizado pelos psicólogos como um método de conhecer a realidade da criança e possibilitar a ela maneiras lúdicas de se comunicar em um local estruturado. Cabe ressaltar que existe um diferença entre a hora do jogo diagnóstica e a hora do jogo terapêutica, sendo a primeira um processo com começo, meio e fim e a segunda são aspectos e modificações estruturais contínuas que surgem pela intervenção do terapeuta.
 Durante a atividade lúdica o mediador não é o terapeuta e sim o brinquedo oferecido e, é durante o brincar que a criança expressa suas fantasias. Esta hora é posterior a entrevista realizada com os pais onde os dois, em conjunto elaboram as instruções que serão dadas a criança. Apesar disso, é necessário reformular essas instruções de forma clara para a criança. Como cada hora de jogo é uma experiencia diferente é importante estabelecer um vínculo transferencial para uma melhor compreensão da criança.
 A sala de jogos deve ser um quarto não muito pequeno com pouca mobília para que a criança possa ter uma maior liberdade de movimentos. Os elementos devem ser expostos sobre a mesa sem corresponder a nenhum agrupamento específico, mas, também deve-se evitar um local caótico e amontoado de brinquedos. Em relação a funcionalidade dos brinquedos é preferível oferecer materiais de diferentes tipos, estruturados e não estruturados possibilitando a expressão da criança e cuidando para que esta experiencia não seja invasiva. É importante que o psicólogo esclareça para a criança que ela pode utilizar o material que está na mesa da maneira que quiser e, que iremos observar sua brincadeira com o intuito de conhecê-la e compreender suas dificuldades para ajudá-la futuramente.
 O psicólogo durante esse processo cumpre um papel passivo de observador e, só desempenha outro papel se a criança quiser sua participação na brincadeira a fim de criar ótimas condições para que a criança possa brincar de maneira espontânea. Durante esse processo é importante estabelecer um vínculo transferencial e contratransferencial entre paciente e terapeuta.
 É importante se atentar a alguns indicadores durante a hora do jogo diagnóstica como uma maneira de padronizar este processo. Em relação a escolha de brinquedos e brincadeiras é importante observar aos tipos de brinquedos que a criança se dirige e aos tipos de jogos que ela escolhe baseando-se nos marcos do desenvolvimento propostos por Piaget.
 As modalidades de brincadeiras se referem a como a criança estrutura sua brincadeira, se é de uma maneira plástica onde a criança tem a capacidade de se reestruturar de acordo com o ambiente que está, se é de uma maneira rígida onde ela se limita a brincar de apenas uma maneira, ou se apresenta estereotipia e perseverança onde a criança apresenta apenar uma repetição na brincadeira sem uma função real.
 A personificação se atenta na capacidade da criança em assumir diferentes papeis dramáticos também levando em consideração os marcos do desenvolvimento, possibilita que ela elabore situações traumáticas e aprenda papeis sociais. A motricidade por outro lado nos permite analisar a adequação motora da criança a sua etapa evolutiva levando em conta o estágio evolutivo da criança.
 A criatividade tem a finalidade de descobrir se a criança consegue se organizar de maneira bem-sucedida, gratificante e enriquecedora sabendo equilibrar a fantasia da realidade, isto exige uma plasticidade mental e uma abertura para experiencias novas. Concomitante a isso está a tolerância à frustração, onde a criança aceita as instruções impostas e suas limitações.
 A capacidade simbólica é a via de acesso para as fantasias inconscientes da criança, é valorizado não apenas a capacidade da criança de elaborar símbolos, mas também seus significados. Por último a adequação a realidade é o momento em que se analisa se a criança é capaz de se desprender da mãe e, se ela aceita as limitações do espaço e a possibilidade de se colocar em seu papel e aceitar o papel do outro.
 É importante também analisar o brincar da criança psicótica, neurótica e normal. A primeira apresenta dificuldade na brincadeira, inibição total ou parcial e uma desorganização de conduta e, não tem a possibilidade de simbolizar. Em uma criança neurótica há o reconhecimento parcial da realidade e uma capacidade simbólica desenvolvida e possui uma baixa tolerância a frustração. Já na criança normal existe uma boa capacidade de adaptação, boa atividade simbólica, boa tolerância a frustração e maior fluidez na brincadeira.
REFERÊNCIAS 
EFRON, A. M. FAINBERG, E. KLEINER, Y. SIGAL, A. M. WOCOSBOINIK, P. A Hora do jogo diagnóstica. In: ARZENO, M. E. G. OCAMPO, M. L. S. PICCOLO, E. G. de. O processo psicodiagnóstico e as técnicas projetivas. 11ª ed. São Paulo:WMF Martíns Fontes, 2009. p. 207 – 237.

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