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LOGÍSTICA-E-GESTÃO-DE-MATERIAIS

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CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 
NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO E EXTENSÃO - FAVENI 
 
 
 
APOSTILA 
LOGÍSTICA E GESTÃO DE 
MATERIAIS. 
 
 
 
 
 
 
ESPÍRITO SANTO 
 
2 
 
GESTÃO DE COMPRAS 
 
As atividades de administração de materiais são bastante complexas e 
completamente inter-relacionadas, cada atividade é parte do processo. 
Segundo Martins e Alt. (2000) a administração dos recursos materiais engloba 
a sequência de operações que tem seu início na identificação do fornecedor, na 
compra do bem, em seu recebimento, transporte interno e acondicionamento, em 
seu transporte durante o processo produtivo, em sua armazenagem como produto 
acabado e, finalmente, em sua distribuição ao consumidor final. 
 
http://www.ynos.com.br/site/wp-content/uploads/2015/10/infografico-materiais-gestao-de-compras-e-estoque.png 
 
Assim relaciona-se abaixo a sequência de operações desde a identificação do 
fornecedor até o consumidor final: 
1. Cliente. 
2. Sinal de demanda 
3. Identificar fornecedor 
4. Comprar materiais 
5. Transportar 
6. Recebimento de armazenagem 
7. Movimentação interna 
 
3 
 
8. Armazenagem do produto acabado 
9. Expedição 
10. Transporte (MARTINS & ALT, 2000, p.5). 
 
Independente da área selecionada, o trabalho deve ser feito voltado para o lado 
de uma administração profissional a quem cabe o gerenciamento, o controle e a 
direção da organização de suas áreas específicas. Desta maneira o administrador 
prevê, planeja, organiza, comanda e controla o funcionamento, visando aumentar a 
produtividade, rentabilidade e controle dos resultados. 
 
ADMINISTRAÇÃO 
 
Dentre inúmeras mudanças nas empresas, de uma forma geral a administração 
surge com o intuito de fornecer informações que favoreçam as empresas inseridas em 
um mundo cada vez mais globalizado. Ao longo de toda história o homem sempre 
possuiu inteligência para inventar maneiras de melhor utilizar seus esforços e 
conseguir os melhores resultados para a sua vida pessoal e profissional. Como 
pessoa, um administrador tem seu dia-a-dia cheio de decisões que tem que ser 
tomadas, envolvendo assim todo o conteúdo do administrativo. Ressalta Maximiano 
(2000, p.22) que “a tarefa de tomar decisões sobre a definição de objetivos e a 
utilização dos recursos necessários para atingi-los chama-se administração”. 
 
 
http://cursosgratuitoscertificado.com/wp-content/uploads/2014/09/06ge-300x295.jpg 
 
4 
 
A administração pode ser considerada como sendo em primeiro lugar a ação 
para o desenvolvimento da empresa ou para a tomada de decisão. Segundo 
Maximiano (2000, p.26) “a administração é um processo de tomar decisões e realizar 
ações que compreende quatro processos principais interligados: planejamento, 
organização, execução e controle”. 
A administração também combina um objetivo determinado com a facilitação 
de sua utilização para atingir as metas da empresa. Alcançando ações de maneira 
coerente a utilizar seus recursos e realizando os objetivos pela empresa almejada, 
sendo que, o estudo da administração é propriamente o impacto sobre o desempenho 
das organizações. 
A administração é simplesmente fazer algo que possa ser inovador, flexível e 
criativo. 
Este setor foi dividido em grandes áreas: administração financeira, 
administração de recursos humanos, administração da produção, administração 
mercadológica, organização sistemas e métodos e administração de materiais. 
Todas as atividades empresariais envolvem recursos financeiros que se 
destinam para obtenção de lucros, a função financeira compreende um conjunto de 
atividades relacionadas com a gestão dos fundos movimentados por todas as áreas 
da empresa, sendo responsável pela obtenção dos recursos necessários e pela 
formulação de uma estratégia voltada para otimização do uso desses fundos, essa 
função também contribui significativamente para o sucesso do empreendimento 
(BRAGA, 1989). 
Gitmam (2001) define finanças como a arte e a ciência de administrar fundos. 
Onde quase todos os indivíduos e organizações obtêm receitas ou levantam fundos, 
gastam ou investem. Finanças abrangem processos, instituições, mercados e 
investimentos envolvidos na transferência de fundos entre pessoas, empresas e 
governos. 
Administração financeira ajuda a empresa a manterem seus negócios e 
funcionando de acordo com os padrões e as necessidades das mesmas. Manter o 
negócio em operação significa usar da melhor forma os fundos de recursos obtidos. 
De acordo com Kawasnicka (1987) o sistema global da administração 
financeira está baseado nas decisões de investimento e a decisão de distribuição, de 
lucros e de financiamentos. 
 
5 
 
A função de administração de pessoal está diretamente direcionada a área de 
departamento de recursos humanos que procura desenvolver a empresa e os 
funcionários que nela trabalham através de recursos, selecionando e desenvolvendo 
todo o potencial desses colaboradores. 
As pessoas trazem para a organização suas habilidades, conhecimentos, 
atitudes, comportamentos, percepções etc. Sejam diretores, gerentes, funcionários, 
operários ou técnicos, as pessoas desempenham papéis altamente diferentes, os 
cargos dentro de uma hierarquia da autoridade e de responsabilidade existente na 
organização. Ademais, as pessoas são extremamente diferentes entre si, constituindo 
um recurso altamente diversificado em face das diferenças individuais de 
personalidade, experiência, motivação etc. (CHIAVENATO, 1999, p. 141). 
A administração de produção é uma função muito importante na organização, 
porque se mal administrada afeta diretamente o nível pelo qual ela satisfaz a seus 
consumidores, tendo impacto sobre a produção de bens e serviços. (SLACK, 1997). 
Para Erdmann (2000), é a geração de produtos que podem variar desde 
ferramentas e maquinaria até a recreação ou informação, isto é, desde bens até 
serviços, é, portanto o resultado prático, material ou imaterial, gerado 
intencionalmente por um conjunto de fatores, para ter uma utilidade. 
A Administração mercadológica tem como objetivo gerir e sustentar a política 
da demanda do mercado em função da empresa, preocupando-se em desenvolver e 
analisar todas as suas áreas. Desenvolver planos relacionados aos setores de 
planejamento de vendas, projetos de novos produtos, plano de distribuição dos 
produtos, previsão dos recursos humanos necessários, pesquisa de mercado, análise 
das tendências do consumidor e plano de promoção e propaganda. 
Marketing é o processo de planejamento e execução desde a concepção, 
apressamento, promoção e distribuição de ideias, mercadorias e serviços para criar 
trocas que satisfaçam os objetivos individuais e organizacionais (COBRA, 1992, p. 
34). 
De acordo com Rocha (2001) assim define-se Organizações Sistemas e 
Métodos (OSM) como uma função mista das funções de organizar e planejar uma 
empresa, desenvolvendo uma estrutura de recursos e operações, para poder ser 
determinado os planos que a empresa traçou e, consecutivamente, seus métodos. 
A OSM definitivamente realiza um trabalho importante dentro das 
organizações, pontos específicos, localizados no interior das estruturas 
 
6 
 
organizacionais ajudando assim para uma melhor compreensão da estrutura da 
empresa. 
 
ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS 
 
A administração de materiais tem como responsabilidade o planejamento e o 
fluxo de materiais e seus objetivos principais são maximizar a utilização dos recursos 
da empresa e fornecer o nível requerido de serviço ao consumidor. 
Definindo de maneira mais ampla a administração de materiais, sabe-se que 
esta estabelece conceitos e aquisições sobre a compra de produtos desempenhando 
um papel de ajudar na parte de estocagem e na própria entrega do produto. 
A administração de materiais deve planejar as propriedades da empresa para 
atender a demanda. A capacidade é a habilidadedo sistema de produzir ou entregar 
bens. Prioridade e capacidade devem ser planejadas e controladas para atender a 
demanda de consumidores e custo mínimo. (ARNALD, 1999, p.31). 
 
 
http://s3.amazonaws.com/magoo/ABAAABiawAK-1.jpg 
 
 
7 
 
De acordo com análises essa definição acima, de administração de materiais, 
ainda pode ter incluído o planejamento da produção e dos tempos necessários para 
vários processos, o controle de estoques, inspeção de recebimento, entrada de 
produtos, estoques dos produtos acabados. De uma forma geral, as empresas, sem 
dúvida possuem ideias para maximizar mais ainda o lucro sobre o capital investido em 
sua empresa, sendo esses investimentos em fábricas, equipamentos, financiamentos 
de vendas e reserva de caixa ou em estoques. 
Os enfoques encontrados na administração de materiais são dirigidos a 
administração de recursos, sistemas de controle e de informações e processos. A 
administração de recursos é uma parte baseada em técnicas que integram os 
elementos de tecnologia e otimização na integração de pessoas e na utilização de 
materiais e instalação ou equipamentos. De acordo com Martins (2000), as principais 
técnicas ligadas à administração de materiais são: JIT (Just in Time), que é um 
sistema que os fornecedores devem mudar os suprimentos a medida que eles vão 
sendo necessários na produção; o fornecedor preferencial, que é a técnica de 
selecionar fornecedores e garantir qualidade, eliminando testes de recebimento e 
garantindo feedback e correção de defeitos na fábrica do fornecedor; dentre outras 
várias técnicas existentes na administração de matérias. 
Na administração de materiais, a política de estoque também é algo importante, 
principalmente no que diz respeito a estabelecer padrões para medir controles de 
performance dos produtos que são entregues aos clientes. Conforme Dias (1995) na 
política de estoques administração controle da empresa deverá determinar ao 
departamento de controle de estoques o programa de objetivos a serem atingidos, 
metas da empresa quanto ao tempo de entrega de produtos ao cliente, a definição da 
rotatividade dos estoques, a especulação com relação aos estoques. 
Na verdade todos são Administradores de Materiais, só que não se percebe. 
Pense no abastecimento da sua própria casa: comprar mantimentos, produtos 
de limpeza, de higiene pessoal, vestuário, etc. Para isso, é necessário: saber comprar, 
para garantir a qualidade e a quantidade do que será consumido, ao menor custo; 
controlar, para evitar consumo desnecessário e não correr risco de falta; armazenar 
adequadamente, para evitar perdas (VIANA, 2000, p. 41). 
O objetivo de materiais é maximizar o investimento em estoques, aumentando 
o uso eficiente dos meios internos da empresa, diminuindo assim o capital investido. 
De acordo com Dias (1995) os estoques de produtos acabados, para quaisquer que 
 
8 
 
sejam as decisões tomadas, terão influência sobre todos os tipos de estoques, é 
preciso repensar dentro da área de matérias, investir em produtos com maior 
rotatividade e que não fiquem parados no armazém. 
Pode-se dizer que administração de materiais é um conjunto de atividade que 
permite o planejamento e a operação de sistemas que envolvem as diversas etapas 
pelas quais passam tanto a matéria-prima como os produtos acabados, desde o 
fornecedor, as fases intermediárias, até o consumidor final. 
 
DEFINIÇÃO DE LOGÍSTICA 
 
Dentre as várias definições dos autores, acredita-se que, Logística é a atividade 
que tem como objetivo, satisfazer as necessidades do cliente, entregando o produto 
no lugar certo, no tempo exigido, com a qualidade esperada, ao menor custo possível. 
Segundo a definição de Ballou (1993, p.24): 
A logística empresarial trata de todas as atividades de movimentação e 
armazenagem, que facilitam o fluxo de produtos, desde o ponto de aquisição da 
matéria-prima até o ponto de consumo final, assim como dos fluxos de informação, 
que colocam os produtos em movimento, com o propósito de providenciar níveis de 
serviço adequados aos clientes, a um custo razoável. 
Cristopher (1992), define a Logística como o processo de gerenciar 
estrategicamente a aquisição, movimentação e armazenagem de materiais, peças e 
produtos acabados (e os fluxos de informações correlatas) através da organização e 
seus canais de marketing, de modo a poder maximizar as lucratividades presente e 
futura através do atendimento dos pedidos a baixo custo. 
Em complementação, a Logística trata de todas as atividades de movimentação 
e armazenagem, do fluxo de produtos desde o ponto de aquisição da matéria-prima 
até o ponto de consumo final, e do fluxo de informações inerentes ao processo, 
almejando níveis de serviços adequados aos clientes a um custo razoável. 
Portanto, a Logística estuda como prover melhor o nível de rentabilidade nos 
serviços de distribuição aos clientes e consumidores. 
Consiste na missão principal da Logística de acordo com Ballou (1995) “colocar 
as mercadorias ou os serviços no lugar e no instante corretos e na condição desejada, 
ao menor custo possível” (BALLOU 1995, p.23) 
 
9 
 
De acordo com Kobayashi (2002), Logística, é a atividade que deve oferecer 
aos clientes, artigos comerciais, produtos e serviços com rapidez, a baixos custos e 
com satisfação. 
Para Martins e Caixeta-Filho (2001), a logística empresarial, tem como objetivo, 
garantir a disponibilidade de produtos e materiais nos mercados e pontos de consumo 
com a máxima eficiência, rapidez e qualidade, e a custos controlados. 
 
LOGÍSTICA ATUAL 
No cenário atual a logística é um fator essencial para a empresa se sobressair 
perante a concorrência. O mundo globalizado trouxe consigo as exigências cada vez 
maiores dos consumidores e em função disso as empresas de todos os segmentos 
buscam se destacar melhorando seu desempenho com a ajuda da logística. 
O ambiente atual de competitividade acirrada, decorrente da queda de 
barreiras alfandegárias e globalização da economia, somados a um maior 
grau de exigência dos clientes, faz crescer em empresas industriais e de 
serviços à busca por melhores desempenhos, através da melhoria e seus 
sistemas produtivos e gerenciais. (VIANA, 2000, p.01). 
 
Segundo expressa Viana (2000), para boa parte das empresas em todo o 
mundo, os recursos e os consumidores estão espalhados em uma ampla área 
geográfica. Esse é o problema enfrentado pela logística: diminuir o hiato entre a 
produção e a demanda, de modo que os consumidores tenham bens e serviços 
quando e onde quiserem, e na condição física que desejarem. 
A logística tomou grande importância frente ao mercado no final da segunda 
guerra mundial quando a economia verificou que a tecnologia crescia de forma 
acirrada e que os processos atuais não davam suporte ao que o consumidor exigia. 
Nessa fase a descoberta de novos materiais e a miniaturização dos produtos 
em conjunto com a tecnologia exigiam que a logística fosse o suporte desses 
processos. 
A importância da logística no atual estado da economia mundial é crescente 
na medida em que se toma consciência de seu grande valor, fenômeno 
notado principalmente a partir do final da segunda guerra mundial, havendo 
também um enorme progresso da tecnologia e da descoberta de novos 
materiais, com a consequente miniaturização dos produtos. (ROCHA, 2001, 
p.03). 
 
 
10 
 
Conforme Fleury, et al.(2000), a logística, até então restrita ao seu papel 
clássico de transportar, armazenar e disponibilizar bens para transformação e 
consumo, assumiu novo papel – o de Logística empresarial, implementada de forma 
integrada, sob o conceito de gestão da cadeia de suprimentos (supply chain 
management). Profissionais devem estar preparados para identificar e utilizar 
recursos e processos que contribuam para o enfrentamento da concorrência na 
sociedade capitalista. Para sobreviverem nesse mercadode acirrada competição, e 
serem bem-sucedidas, as organizações precisam desenvolver "vantagens 
competitivas" e implementar relações colaborativas na cadeia de suprimentos por 
meio de negociações produtivas. O resultado esperado deverá privilegiar o trinômio 
qualidade/produtividade/custos. 
 
ÁREAS DA LOGÍSTICA 
Com o passar do desenvolvimento da logística surgiram os setores fazendo 
uma divisão por áreas. É uma forma de organização dos processos logísticos. A 
logística serve áreas desde o fabrico, a produção estoque e armazenagem, a 
distribuição, planejamento e administração dos transportes, sistema de 
processamento de pedidos, marketing e serviço ao cliente. Dentre outras áreas de 
menor importância. 
De todas as áreas da logística existem três atividades que são de suma 
importância para atingir o nível de serviço ao consumidor, são elas o transporte, 
manutenção dos estoques e processamento de pedidos. 
O transporte é uma das atividades logísticas mais importantes por ser a que 
tem a maior parcela dos custos logísticos. A manutenção dos estoques, pois a 
empresa precisa manter seu centro de distribuição em um ponto estratégico para que 
o produto esteja o mais próximo possível do consumidor final e em contrapartida 
precisa manter o seu nível de estoque o mais baixo possível já que uma maior 
quantidade sem giro gera custos adicionais para a empresa. E por fim o 
processamento de pedidos onde os custos são irrisórios em relação aos anteriores 
citados, mas é de suma importância por ser ela quem dá o início ao ciclo do pedidos 
que é o princípio das áreas da logística. 
Conforme expressa Dias (2006, p. 01), 
Identificamos assim, três atividades que são de importância primária para 
atingir os objetivos logísticos de custo e nível de serviço, estas atividades 
chaves são: Transportes - Refere-se aos vários métodos para se movimentar 
 
11 
 
produtos. (...) Para a maioria das firmas, o transporte é a atividade logística 
mais importante simplesmente por que ela absorve, em média, de um a dois 
terços dos custos logísticos. Manutenção dos estoques - O estoque agrega 
valor de tempo. A administração de estoques envolve manter seus níveis tão 
baixos quanto possíveis, ao mesmo tempo em que provê a disponibilidade 
desejada pelos clientes. Processamento de Pedidos - Processamento de 
pedidos é uma atividade logística primária. Sua importância deriva do fato de 
ser um elemento critico em termos do tempo necessário para levar bens e 
serviços aos clientes. 
 
A escolha da estratégia para um sistema logístico fornece um esquema e um 
plano de decisões específicas sobre a matéria. Saber escolher a estratégia acertada 
é muitas vezes mais significante do "ponto de vista financeiro e do cliente, do que a 
otimização de questões menos pertinentes" (VALVET, 2002, p. 1). 
 
CONTROLE E PLANEJAMENTO DE ESTOQUES 
 
A palavra controle tem como finalidade garantir que os resultados do que foi 
planejado estejam de acordo com as metas estabelecidas anteriormente. Conforme o 
Dicionário Michaelis de língua portuguesa (2002), controle é o ato de dirigir qualquer 
serviço, fiscalizando-o e orientando-o do modo mais conveniente. Podemos dizer 
então, que para uma empresa, o modo mais conveniente de gerir um serviço é orientá-
lo para o sucesso financeiro da mesma. 
De acordo com Michaelis(2002) o planejamento é definido como sendo um 
plano de trabalho detalhado. 
Fica claro que, a partir dessas definições, o controle e o planejamento de 
estoque quando executados concomitantemente são o ponto de partida para que a 
administração de estoque seja concluída com sucesso, pois une uma estrutura 
planejada e orientada desde o seu início até sua conclusão. 
 
OBJETIVOS DA ADMINISTRAÇÃO DE ESTOQUES 
A administração de estoques é a responsável pelo planejamento e o controle 
dos estoques, onde o estoque deve fazer parte do planejamento de produção pelo 
fato dele ser resultado da produção ou apoiar a mesma (Arnold, 1999). 
De acordo com Arnold (1999), existem duas formas de administrar o estoque, 
através da Administração do Estoque Agregado que trata de administrar estoques 
conforme sua classificação ou com a função desempenhada por eles e a 
Administração de Estoques por Itens, que estabelece regras para cada tipo de item, 
 
12 
 
ou seja, leva em consideração a importância de cada item e como eles devem ser 
controlados individualmente. 
A classificação de estoques tem como objetivo manter um equilíbrio entre os 
custos e os benefícios da manutenção de produtos estocados, fornecendo uma melhor 
visão da importância do controle de estoques. 
Os objetivos da administração de estoque que deseja maximizar o lucro são: 
Excelência no atendimento do cliente 
Operação de fábrica de baixo custo. 
3- Investimento mínimo em estoque. Arnold (1999) lista alguns fatores que 
influenciam as decisões da administração de estoques: 
a. Tipos de estoque com base no fluxo de material; 
b. Padrões de suprimento e demanda; 
c. Funções desempenhadas pelo estoque; 
d. Objetivos da administração de estoques; 
e. Custos do Estoque. 
 
A IMPORTÂNCIA DO CONTROLE DE ESTOQUES E SUAS PRINCIPAIS 
FUNÇÕES 
Controlar o estoque é necessário para que o processo de vendas da empresa 
opere com o mínimo de preocupações possível, a manutenção dos estoques serve 
para balancear os custos de manutenção, aquisição e de faltas de materiais (Ballou, 
1993), para que os objetivos da empresa sejam atendidos e não haja falta de produto 
para o cliente, o que poderá provocar a perda do cliente, visto que ele provavelmente 
procurará outro estabelecimento para efetuar a compra. Slack et al. (2009) citam 
algumas desvantagens com relação à manutenção de estoques: estoque congela 
dinheiro, imobilizando uma porcentagem do capital de giro da empresa, acarreta custo 
com armazenamentos, os produtos estocados podem se tornar obsoletos ou podem 
deteriorar-se, consome espaço e envolve custos administrativos. 
Em contrapartida, para Ballou (1993) o estoque é importante para melhorar o 
serviço prestado ao cliente, para manter uma economia de escala, proteção contra os 
aumentos de preços dos produtos pelos fornecedores, proteção a riscos decorrentes 
do mercado devido às incertezas quanto ao tempo de entrega e incertezas de 
demanda. Um controle de estoque bem planejado minimiza a necessidade de capital 
 
13 
 
investido e aperfeiçoa o investimento por parte da empresa, pois acaba por aumentar 
o uso eficiente dos recursos financeiros. 
Segundo Dias (2005), a primeira coisa a se fazer em relação ao controle de 
estoque é definir seus principais objetivos, que ele define como sendo inicialmente a 
determinação do número de itens a serem estocado; qual a periodicidade com que o 
estoque deve ser reabastecido; qual a quantidade de compra necessária; quando 
solicitar material ao departamento de compras; os recebimentos e armazenagens de 
acordo com as necessidades; controle do estoque que indique quantidade e valor; 
manutenção periódica de inventário do estoque e as retiradas de itens obsoletos e 
danificados do estoque. 
Martins et al. (2009) justifica a existência de departamentos nas empresas 
voltados para o controle de estoque de materiais por estes fazerem parte do ativo 
imobilizado da empresa, ou seja, pode ser considerado como um bem diretamente 
necessário para manutenção das atividades da empresa. 
 
CLASSIFICAÇÃO E TIPOS DE ESTOQUE 
Conforme Martins et al. (2009) existem duas classificações para estoque: por 
demanda dependente ou por demanda independente, onde a demanda independente 
ocorre devido aos pedidos de materiais acabados pelos clientes externos e a demanda 
dependente se dá pela quantidade de produto acabado solicitada, ou seja, submetido 
à demanda independente. 
Como o presente estudo refere-se ao comércio de medicamentos, ou seja, um 
produto acabado, será dada prioridade, mais adiante, aos tipos de demandaindependente. 
 
CLASSIFICAÇÃO CONFORME AS FUNÇÕES QUE DESEMPENHAM 
Segundo Slack et al. (2009) há cinco tipos de estoques, de acordo com as 
funções que desempenham. 
 Estoque de segurança: como uma operação de varejo não consegue 
prever a demanda, ela deve encomendar produtos dos fornecedores 
para sempre manter certa quantidade de mercadoria disponível, o 
estoque de segurança serve também para cobrir imprevistos 
relacionados com suprimento e demanda. 
 
14 
 
 Estoque de ciclo: mesmo quando a demanda é estabelecida e previsível, 
haverá sempre algum estoque para compensar o fornecimento irregular 
de cada tipo de produto, o estoque é abastecido ciclicamente conforme 
a demanda. Itens comprados em grande quantidade podem obter 
algumas vantagens conforme o tamanho do lote pedido, como por 
exemplo, descontos sobre quantidade, redução de despesas com 
transportes. 
 Estoque de desacoplamento: cria oportunidade para programação e 
velocidades de processos independentes entre estágios de processos. 
 Estoque de antecipação: criados quando há antecipação da demanda 
futura. É ideal para ser utilizado com demanda sazonal, podendo ser 
usado quando as variações de fornecimento são significativas. 
 Estoque de distribuição: existe pelo fato de o produto não poder ser 
transportado instantaneamente entre o ponto de fornecimento e o ponto 
de demanda. 
 
 
http://blog.zettabrasil.com.br/wp-content/uploads/2014/10/Fluxograma-Controle-de-Estoque.jpg 
 
15 
 
CLASSIFICAÇÃO CONFORME O FLUXO DE MATERIAIS: 
Martins et al. (2009) e Arnold (1999) classificam em cinco os tipos de estoques 
relacionados com o fluxo de materiais: 
 Estoques de materiais / matérias- primas; 
 Estoques de produtos em processo; 
 Estoques de produtos acabados; 
 Estoques em trânsito ou de distribuição; 
 Estoques em consignação -Citado apenas por Martins et al. (2009), pois 
Arnold (1999) utiliza, ao invés desse conceito, o de suprimentos de 
manutenção, de reparo e de operação, referente aos itens utilizados na 
produção que não fazem parte do produto final. 
Dias (2005) chama essa classificação de tipos de estoque, e também os 
denomina como sendo estoques de matéria- prima, produto em processo, produtos 
acaba dos, mas diferencia um pouco da classificação dos outros autores citados acima 
ao incluir tipos de estoque por peças em manutenção e materiais auxiliares. 
O conceito de fluxo de estoque que mais se adequada esse estudo é o de 
produtos acabados, ou seja, prontos para chegarem ao consumidor final, que Dias 
(2005) define como itens já produzidos, mas que ainda não foram vendidos. E é essa 
definição que deve ser a aplicada aos medicamentos contidos no estoque de uma 
farmácia. 
 
CLASSIFICAÇÃO CONFORME OS TIPOS DE DEMANDA 
Moreira (2008) classifica as demandas como sendo padrões básicos de 
consumo de um item ao longo do tempo: “Existem dois padrões básicos de consumo 
de um item ao longo do tempo. Esses padrões são chamados de Demanda 
dependente e Demanda independente. É importante entender a dinâmica desses 
padrões, já que conduzem a estratégias diferenciadas de controle de estoque”. 
A demanda independente não está sobre o controle imediato da empresa, só 
depende das condições do mercado, como exemplo, os produtos acabados e os 
materiais de reposição. 
Já a demanda dependente tem seu consumo programado dentro da empresa, 
de acordo com a demanda de produtos com demanda independente. Com isso, 
podemos concluir que uma empresa que se dedique à venda de produtos acabados, 
 
16 
 
como no caso de uma farmácia de varejo, onde os medicamentos são considerados 
produtos de demanda independente, como já mencionado anteriormente. 
A abordagem para repor os estoques de itens de demanda independente é a 
de reposição, ou seja, o item será reposto conforme ele é demandado, para que 
sempre haja material disponível para o consumidor. Através dessas demandas, 
devemos fazer uma previsão de demanda futura, para que fique mais nítido o 
momento em que devemos repor o material e a quantidade a pedir. Uma das maneiras 
de controlar o estoque desse material é usando um sistema de controle adequado de 
reposição de mercadorias. 
Ballou (1993) divide o estoque em tipos de acordo com a natureza da sua 
demanda, que pode ser: 
 Demanda permanente: para estoques que necessitam ressuprimento 
contínuo ou periódico. 
 Demanda sazonal: para estoques de produtos que necessitam além de 
previsão da quantidade a ser vendida, da época em que ocorrerá o pico 
de vendas (exemplo: antigripais, no qual demanda é maior no inverno). 
 Demanda irregular: para estoques cujo produto tem comportamento 
irregular, o que dificulta a projeção de vendas. 
 Demanda em declínio: para estoques de produtos que estão deixando 
de ser fabricados, sendo substituídos por outros produtos. 
 Demanda derivada: para estoques de produtos que são adquiridos 
conforme demanda de outros produtos acabados. 
Para Dias (2005), a previsão da demanda estabelece que, quanto s e quando 
os produtos provavelmente serão comprados pelos clientes, considerando, assim, que 
essa previsão é o ponto de partida de todo planejamento empresarial. 
 
CUSTOS DE ESTOQUE 
“Custo é a soma dos gastos incorridos e necessários para aquisição, conversão 
e outros procedimentos necessários para trazer os estoques à sua condição e 
localização atuais, e compreende todos os gastos incorridos em sua aquisição, de 
modo que os coloque em condições de serem vendidos”. (CRC-SP/IBRACON, 2000) 
Para Ballou (1993), os custos do estoque podem ser divididos em três 
categorias: 
 
17 
 
 Custo de manutenção, custos de aquisição ou compras e custos de falta 
de estoque. A soma dos três tipos de custos é considerada custo total 
da estocagem. 
Dentro dos custos de manutenção ele faz referência ao custo de oportunidade, 
onde considera que o estoque imobiliza capital que poderia estar sendo aplicado de 
forma diferente. Para Ballou (1993) o principal objetivo do controle de estoques é o de 
fazer um balanço entre os custos das três categorias, pois elas agem de maneira 
conflitante, por exemplo: quanto maior a quantidade de itens estocados, maior será o 
custo com manutenção. 
Arnold (1999) e Moreira (2008) citam os seguintes custos com estoque: 
 Custo por item: é o preço pago pelo item associado com os custos 
diretamente relacionados com a entrega do mesmo. 
 Custo de manutenção ou de estocagem: é relacionado com todas as 
despesas que a empresa tem decorrente do volume dos itens estocados 
(custos de capital, custos de armazenamento e custos de risco); 
 Custo de pedido ou de compra: são os associados com a emissão de 
um pedido, esse custo é independente da quantidade pedida. 
 Custo de esvaziamento de estoque ou falta de estoque: são os custos 
gerados pela falta de estoque, como, por exemplo, custos de pedidos 
não atendidos, de vendas perdidas e, possivelmente, de clientes 
perdidos. 
Arnold (1999) ainda cita o custo relacionado à capacidade, que é quando se faz 
necessário alterar os níveis de produção para atender a demanda em períodos de 
pico, o que pode ocasionar aumento nos custos devido, por exemplo, horas extras, 
contratações, treinamentos, etc. 
 
 
https://encrypted-tbn2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcRYeE731WdmUH_PE78nYYHTNCxwybaHMRoj5gi5scYrcz630_Qu 
 
18 
 
Quando acontece de os níveis de estoque subirem, a rentabilidade da empresa 
poderá ser prejudicada pelo acúmulo de material estocado, mas, por outro lado, é 
necessário manter certo nível de estoque para contornar os problemas com possível 
atraso da entrega pelos fornecedores, deterioração de materiais e considerar, 
também, a possibilidade de alguns produtos estarem indisponíveis para pronta 
entrega. Produtos disponíveis a pronta entrega podem ser vistos como um poderoso 
argumento de venda (Braga, 1989) e satisfação do cliente. 
Caso ocorram com frequênciaatrasos na produção e na entrega dos produtos, 
deverá ser mantido um nível mais elevado de estoque, pois as consequências da falta 
dos produtos podem acarretar na perda do lucro bruto das vendas devido a 
cancelamento de pedidos dos clientes, assim como a perda do próprio cliente, que 
muitas vezes fica com uma imagem distorcida da empresa, dirigindo-se a empresa 
concorrente. 
 
MÉTODOS PARA CONTROLAR ESTOQUE 
Conforme vimos anteriormente, os estoques provocam custos financeiros e 
despesas operacionais. Esforços despendidos com vendas e cobranças evidenciam 
o tempo e os riscos inerentes ao processo de transformar os itens estocados em 
numerário. 
Geralmente existe um conflito entre disponibilidade de estoque e a vinculação 
de capital, pois, para o departamento de vendas da empresa, o pedido do cliente deve 
ser entregue o mais rápido possível, enquanto o departamento financeiro prioriza a 
importância do capital investido, onde uma maior estocagem necessita de um maior 
investimento em armazenagem. 
A minimização do estoque é considerada uma das metas prioritárias para a 
gerência financeira, buscando o equilíbrio entre os aspectos operacionais e 
financeiros. 
Para uma interação maior entre os departamentos, há a necessidade de que 
as atividades que envolvam estoque sejam interligadas e controladas, e, para isso, 
faz-se necessário um sistema de informática, ou, ainda, um sistema de informação 
que informe no mínimo, quantidade e valores dos itens estocados através de relatórios 
histórico s e atuais e, assim, descobrir formas para controlar os estoques sem afetar 
o crescimento de custos. 
 
19 
 
Pela teoria que já foi vista, a manutenção de estoque tem custos e riscos 
proporcionais ao volume e aos valores dos itens estocados, como os custos de capital, 
custos de instalações, custos de serviços, custos de falta de estoque, custos de 
obsolescência, riscos de estocagem, etc. O ideal seria calcular o giro para cada linha 
de produtos e atuar sobre os itens que acusam baixa rotação, pois alguns itens 
possuem rotações muito diferentes dos outros. Se os itens que têm baixa rotação não 
apresentarem grande expressão no valor total do estoque, o giro total de todo estoque 
apresentará uma medida adequada para fins de gestão financeira (Braga, 1989). 
 
NÍVEIS DE ESTOQUE 
Os níveis de estocagem podem ter suas movimentações (giro de estoque) 
representadas graficamente, onde é mostrada a relação do tempo decorrido para o 
consumo e a quantidade do item estocado no mesmo intervalo de tempo. 
Representando a movimentação do estoque através de um gráfico, podemos 
ver claramente o fluxo de entrada (reposição) e saída (consumo) dos itens estocados 
em relação a um intervalo de tempo. 
 
 
http://s3.amazonaws.com/magoo/ABAAAAHJcAD-8.jpg 
 
Uma das maneiras de garantirmos o pronto-atendimento ao cliente é 
mantermos sempre certa quantidade de itens estocados além da previsão da 
demanda, ou seja, uma quantidade mínima de estoque, com o objetivo de superar 
algum possível imprevisto como falhas no suprimento ou quando a demanda é maior 
que o previsto. 
 
20 
 
O estoque mínimo pode ser determinado através de projeção estimada de 
consumo ou através de cálculos estatísticos (Dias, 2005). 
Ainda temos dentro do conceito de níveis de estoque, o chamado Giro de 
estoque, ou Rotatividade, que é a relação entre a quantidade média consumida em 
um determinado tempo e a média do estoque desse produto. 
Conforme (Martins et al., 2009), o giro de estoques mede quantas vezes em 
um determinado tempo o estoque se renovou. 
 
GESTÃO DE ESTOQUES - PARÂMETROS 
Conjunto de atividades do Sistema de Suprimentos que requer meios, métodos 
e técnicas adequadas, definição de parâmetros de estoque, bem como instalações 
apropriadas e que tem como propósito o recebimento, a estocagem, o controle, o 
manuseio e a distribuição do material, a partir do planejamento das aquisições e das 
necessidades dos usuários. 
Dentro da gestão de estoques, o consumo médio é a mola mestra inicial do 
estudo do dimensionamento e controle de estoques. É a quantidade referente a média 
aritmética da retiradas mensais de estoque de um determinado período, 
 
GIRO DE ESTOQUE 
Indicador contábil que permite verificar a eficiência de um setor de compras e 
suprimentos. É a relação entre os itens consumidos (por quantidade ou custo) em um 
determinado período e o estoque médio mantido naquele período. Também chamado 
de rotatividade do estoque, alcance ou turnover. 
 
O ideal é que este índice seja 1 (um), o que nos permitiria verificar um equilíbrio 
entre o capital investido é o valor consumido de um determinado item de estoque, não 
havendo sobra ou faltas em seu estoque. 
Cálculo: 
 
Onde: 
IRE = Índice de Rotatividade do Estoque 
 IRE = MC 
EM 
 
21 
 
MC = Material Consumido no período (em unidades de material) 
EM = Estoque Médio no período considerado (em unidades de material) 
Exemplo: Calcular o IRE de um material em um Hospital que consome 2.000 
seringas de 10ml por mês e tem um estoque médio de 4.000 seringas. 
IRE = = 0,5 (giro de meia vez ao mês) 
 
ESTOQUE MÁXIMO 
Quantitativo máximo de material desejável de se manter em estoque, 
considerando-se as condições para sua estocagem e a justificativa financeira para o 
investimento. 
 
ESTOQUE MÍNIMO 
Quantitativo mínimo de material necessário para se ter em estoque à época da 
efetivação do ressuprimento. É calculado com base no consumo histórico ou 
estimado, levando-se em consideração a folga para o ressuprimento e eventual atraso 
de fornecedores. 
Cálculo: 
 
 
Onde: 
Emin = Estoque mínimo 
CMM = Consumo Médio Mensal (unidades consumidas no período de um mês) 
TR = Tempo de Reposição (ou ressuprimento, medido em mês) 
Exemplo: Calcular o Estoque mínimo de um material em um Hospital que 
consome 2.000 seringas por mês e o tempo de reposição são de 03 (três) meses. 
Emin = 2000 x 3 = 6000 
 
ESTOQUE DE SEGURANÇA 
Também chamado de estoque mínimo de segurança, é o quantitativo 
indispensável para evitar a ruptura do estoque e a consequente interrupção da 
atividade dependente daquele material. É a previsão da reserva necessária mais a 
quantidade de materiais que cobre possíveis variações do sistema de suprimentos, 
Emin = CMM x TR 
 
22 
 
tais como rejeição do produto no recebimento, atrasos do fornecedor, aumento da 
demanda interna, entre outros, possibilitando que medidas corretivas sejam tomadas. 
 
PONTO DE RESSUPRIMENTO 
É o momento em que deve ser providenciada a aquisição de determinado 
material, a fim de que haja concomitância entre seu recebimento e a ocorrência de 
estoque mínimo. Seu cálculo leva em conta o tempo necessário para o processamento 
da aquisição, que deverá incluir folga e atentar para as particularidades do material 
(tempo de fabricação, prazo de entrega, tempo devido ao tipo de modalidade de 
aquisição, etc.). 
Cálculo: 
 
 
Onde: 
PR = Ponto de Ressuprimento 
Exemplo: Calcular o ponto de ressuprimento de um material em um Hospital 
que consome 2.000 seringas por mês e o tempo de reposição são 03 (três) meses. 
PR = 2000 x 3 + 6000 = 12000 
 
CLASSIFICAÇÃO ABC 
No final do século XIX, o economista italiano Vilfredo Pareto constatou que a 
maioria da riqueza dos países é controlada por uma minoria de pessoas. 
Posteriormente, verificou-se que esse mesmo princípio aplicava-se a uma série 
de outros aspectos da atividade empresarial e passou a ser conhecido como Curva 
de Pareto, Curva 80-20 ou Curva ABC. Trata-se de classificação estatística de 
materiais, baseada no Princípio de Pareto, em que se considera a importância dos 
materiais, baseada nas quantidades utilizadas e no seu valor. 
É o método de gestão de estoques que consiste na classificação em três 
grupos, de acordo com seus valores, dando-se maior importância ao controle dos 
materiais demaior valor monetário. 
Os itens classificados no grupo A geralmente correspondem a cerca de 75% do 
valor total dos itens estocados. 
Os demais itens são classificados nos grupos B e C e geralmente 
correspondem a 20 e 5% respectivamente. 
PR = CMM x TR + Emin 
 
23 
 
 
 
 
ACURÁCIA DO INVENTÁRIO FÍSICO 
A acurácia do inventário físico deverá ser avaliada através do cálculo da 
quantidade de itens com saldo correto em relação ao total de itens em estoques, não 
só nas épocas de inventário físico, mas em períodos determinados. Em síntese, é um 
índice que permite verificar a correta movimentação do estoque de uma UAM. 
Cálculo: 
 
 
 
 
Onde: 
IAc = Índice de Acurácia 
Exemplo: Calcular o Índice de Acurácia do Inventário Físico de um Hospital que 
possui 300 tipos diferentes de matérias em estoque é que apresentou 258 com saldo 
correto. 
IAc
 
= x 100 = 86% 
 
Obs.: O ideal seria Índice igual a 100%. 
 
SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇOS (SRP) 
É um procedimento especial de licitação, que se efetiva por meio de uma 
concorrência ou pregão, para futura contratação através da Ata de Registro de Preços. 
Destina-se à aquisição de bens de uso geral e de contratação de serviços 
continuados. 
O Sistema de Registro de Preços reduz o volume dos estoques, o número de 
licitações e o tempo de aquisição. O “nosso estoque” passa a ser virtual, pois fica no 
Almoxarifado do Fornecedor. 
 IAc = n.º itens com saldo correto x 100 
 n.º itens em estoque 
 
24 
 
Recebimento 
É a execução de um conjunto de operações que envolve a identificação do 
material recebido, o confronto do documento fiscal com o especificado na Proposta-
Detalhe, a inspeção qualitativa e quantitativa e a aceitação formal do material, desde 
que o mesmo esteja de acordo com as normas estabelecidas no Código de Defesa do 
Consumidor. 
 
Manuseio 
É a execução de um conjunto de métodos e técnicas recomendadas visando à 
movimentação e o manejo correto e seguro de materiais, desde o recebimento até às 
áreas de estocagem e quando de sua separação para distribuição às outras Unidades 
Armazenadoras de Materiais ou Unidades Consumidoras e que envolvem 
trabalhadores, equipamentos e utensílios, manuais e motorizados, buscando 
agilidade, redução de custos e tempos, segurança patrimonial e física dos 
trabalhadores, com a eliminação de acidentes e perdas. 
 
 
Estocagem 
É a execução de um conjunto de métodos e técnicas de guarda, preservação e 
disposição racional do material nos setores e unidades de estocagem. 
 
 
Distribuição 
É a execução de um conjunto de operações relacionado com a expedição do 
material, que envolve o seu recebimento no setor de estocagem, a embalagem e a 
entrega ao requisitante. 
 
 
Unidade Armazenadora de Materiais 
É o local onde ocorre a guarda de material para consumo em geral, em função 
da natureza dos mesmos e do volume do estoque existente, independente da 
formalização institucional do setor de guarda de material na respectiva estrutura do 
órgão. 
 
 
25 
 
Unidade Consumidora de Materiais 
São Unidades Administrativas vinculadas as Unidades Armazenadoras de 
Matérias dentro de um determinado Órgão, que solicitará os materiais para serem 
consumidos. 
 
UNIDADES ARMAZENADORAS DE MATERIAIS - UAM 
 
São as áreas de controle e responsabilidade de um ou mais órgãos, destinadas 
aos serviços inerentes à estocagem de material. São constituídas de áreas de 
armazenagem e de serviço, que deverão ser de fácil acesso, se possível em andares 
térreos e próximas à entrada principal. 
As Unidades Armazenadoras de Materiais - UAM podem atender a um ou mais 
órgãos e mesmo duas ou mais UAMs podem funcionar num mesmo espaço físico 
condominiado, visando redução de custos, equipamentos, vigilância, redes 
informatizadas, e outros serviços. 
As Unidades Armazenadoras de Materiais podem ser hierarquizados usando 
diversos critérios, entre eles a de localização das áreas a serem abastecidas, por 
volume de estoque, hierarquia administrativa, etc. 
As UAMs podem ser hierarquizadas da seguinte maneira: 
 Almoxarifados Centrais; 
 Farmácia Central; 
 Almoxarifados Regionais; 
 Almoxarifados Locais; 
 Farmácia Local; 
 Centros de Distribuição. 
As Unidades Consumidoras deverão estar vinculadas às Unidades 
Armazenadoras de Materiais de sua área e servirão como Centro de Custos para 
apuração, controle e análise dos bens fornecidos, bem como ao planejamento de 
novas aquisições. 
 
Projeto e Planejamento 
O projeto e a construção da UAM implicarão no levantamento preliminar das 
necessidades dos órgãos interessados, obedecidos os fatores de planejamento, 
aplicáveis de acordo com o tipo de instalação de unidade armazenadora desejada: 
 
26 
 
 Quantidade e dimensões dos materiais; 
 Capacidade e dimensões dos equipamentos para movimentação de 
carga; 
 Peso, dimensões e quantidades das unidades de estocagem 
 (ex.: estantes, armações, engradados, etc.); 
 Localização e dimensões das áreas de serviço e de armazenagem, 
prevendo acessos de veículos, e a circulação de equipamentos nas 
rampas, plataformas e corredores externos e internos; 
 Localização e dimensões de locais destinados a estufas, câmaras 
frigoríficas, materiais cirúrgicos/hospitalares e farmacêuticos, materiais 
inflamáveis, ferramentas e outros recintos fechados; 
 Quantitativo de pessoal lotado na unidade armazenadora; 
 Esquematização do sistema de comunicação e de prevenção contra 
incêndio, de acordo com a orientação dos órgãos competentes; 
 Projeção de pé direito (altura do chão ao teto) de acordo com as 
unidades de estocagem e com os equipamentos de movimentação de 
cargas existentes ou previstos; 
 Piso de concreto, tipo industrial, antiderrapante; 
 Sistema de ventilação adequada à preservação dos materiais 
estocados; 
 Iluminação com níveis de luminosidade adequados à atividade do local. 
 
TIPOS DE INSTALAÇÃO 
 
Área Coberta e Fechada 
Espaço dotado de piso, cobertura e paredes frontais e laterais, com espaço útil 
dividido em área de serviço e de armazenagem, dispondo de iluminação e ventilação 
adequadas. 
 
27 
 
 
Galpão 
Estrutura dotada de piso, cobertura e, quando necessário, de cercas de 
fechamento em no máximo três de suas faces na altura total ou em parte, com 
espaço útil dividido em área de serviço e de armazenagem. 
 
Área Descoberta 
Pátio dotado de piso nivelado compactado, drenado e pavimentado, com 
cercas de fechamento frontal e lateral, e com todo o seu espaço constituído em área 
de armazenagem. 
 
Área de Armazenagem 
É parte das instalações da Unidade Armazenadora destinada ao recebimento, 
estocagem e distribuição do material, que deverá ser dotada de exaustores ou 
sistema de ar condicionado que proporcione uma ventilação adequada à 
preservação do estoque, bem como melhores condições de trabalho aos 
funcionários lotados no setor. 
Subdivide-se em: 
 
 
Setor de Recebimento 
Parte da área de armazenagem destinada ao recebimento, conferência e 
identificação do material. Sua localização deverá ser, preferencialmente, próxima à 
porta principal da instalação da unidade armazenadora e separada fisicamente dos 
demais setores através de painéis/divisórias/paredes e etc., devendo ser dotado de 
estrados para acomodação do material até a sua remoção para o setor de 
estocagem. 
 
 
28 
 
Setor de Estocagem 
Parte da área de armazenagem destinada exclusivamente ao estoque, 
arrumação e localização do material, compreendendo: circulação principal, 
corredores de acesso e de segurança, zonas de estoque e áreas livres. 
 
Circulação Principal 
Tem início na frente da instalação da unidade armazenadora, atravessando-a 
em linha reta até a porta, parede ou cerca oposta. Sua largura é estabelecida em 
função das necessidades de movimentação do material, sendo limitada ao mínimo 
indispensável, sem prejuízoda circulação dos equipamentos. 
 
Corredores de Acesso 
Áreas de circulação localizadas entre as unidades de estocagem e/ou áreas 
livres, destinadas à movimentação do material e ao trânsito de pessoas. 
 
Corredores de Segurança 
Áreas de circulação localizadas entre as paredes ou cercas da instalação de 
unidade armazenadora e as unidades de estocagem ou áreas livres, destinadas, 
basicamente, a atender às necessidades de segurança. 
 
Zonas de Estoque 
Espaços decorrentes da divisão de um setor de estocagem, destinados a 
definir a localização do material nas unidades de estocagem e/ou áreas livres, 
podendo ser: abertos, para material de alta rotatividade ou que não requeira 
condições especiais de segurança e /ou preservação e, fechados, delimitados por 
paredes e teto, destinados à segurança e/ou preservação de materiais, tais como: 
eletrodos, produtos perecíveis, ferramentas, instrumentos de precisão, material 
radioativo, produtos químicos, hospitalares, cirúrgicos, farmacêuticos, etc. 
 
Áreas Livres 
Espaços de uma zona de estoque destinados à estocagem de material, cujo 
peso, dimensão, tipo de embalagem, quantidade ou outro fator impeça a utilização 
de estantes ou armações. Deverão ser localizadas ao longo da circulação principal, 
 
29 
 
ao fundo do setor de estocagem e em continuação as estantes e armações 
existentes. 
 
Setor de Distribuição 
Parte da área de armazenagem destinada à acumulação, embalagem e 
expedição do material. Sua localização deverá ser, de preferência, próxima à porta 
principal e afastada do setor de recebimento e separada fisicamente dos demais 
setores através de painéis, divisórias, paredes, etc. 
 
 
 
Área de Serviço 
Parte de um galpão ou área coberta e fechada distinta da área de 
armazenagem, porém próxima, composta de uma Área Administrativa, de vestiários, 
copas, sanitários, rampas, escadas, etc. 
 
Disposição Típica de Unidade Armazenadora de Materiais 
A instalação típica de uma UAM tem fluxo de circulação que inicia pelo setor 
de recebimento, passando pela estocagem, área administrativa e um setor de 
distribuição. 
 
30 
 
 
 
MÓDULOS OU UNIDADES DE ESTOCAGEM 
 
Denominação genérica de estruturas metálicas, plásticas ou de madeira 
destinadas à estocagem, arrumação, localização e segurança do material em 
estoque, compreendendo os seguintes tipos básicos: estante, armação, estrado, 
porta-estrados, engradado, porta-engradados e caixa. 
Servem para: 
 Conseguir melhor aproveitamento do espaço útil de armazenamento, 
tanto no sentido horizontal (espaçamento entre colunas e espaço 
disponível) quanto e principalmente no vertical (altura livre); 
 Propiciar condições satisfatórias para melhor preservação e 
manutenção dos materiais; 
 Facilitar as operações de inventário, movimentação e circulação de 
material; 
 Tornar a localização de material mais fácil e rápida; 
 Fornecer maior concentração possível de material, sem prejuízo da 
arrumação e da eficiência de funcionamento do almoxarifado. 
 
 
 
 
 
31 
 
TIPOS BÁSICOS 
Estante 
Conjunto estrutural desmontável ou não, metálico ou de madeira tratada 
contra fogo e insetos, formando prateleiras ou verticalmente formando escaninhos e 
subescaninhos, podendo ainda comportar gavetas. Deverá sempre que possível ser 
disposta perpendicularmente à circulação principal. Destina-se à estocagem de 
material com peso e/ou volume relativamente pequenos. 
 
 
Armação ou Estrutura Cantilever 
Estrutura metálica ou de madeira tratada, desmontável ou não. Deverá ser 
disposta perpendicularmente a circulação principal e destinada à estocagem do 
material desprovido de embalagem, tais como: chapa, tubo, barra, perfilados e 
outros que tenham dimensões muito grandes que impeçam a utilização de estantes, 
estrados, porta-estrados, caixas ou engradados. 
 
 
 
 
 
32 
 
Estrado 
 Estrutura metálica, plástica ou de madeira tratada, sem elementos de 
fechamento lateral, destinada à estocagem de material que, em face de suas 
características físicas e/ou quantidade, não pode ser estocado em estante ou 
armação. Seu uso evita o contato direto do material com o piso e facilita a 
movimentação e o aproveitamento vertical, desde que obedecidas às normas 
específicas de armazenagem. 
 
Porta - Estrado 
Estrutura metálica, plástica ou de madeira tratada. Deverá ser disposta 
perpendicularmente à circulação principal. 
 
 
Engradado ou Caixa de Estocagem 
Estrutura metálica, plástica ou de madeira tratada. Destina-se à estocagem de 
material que em face das suas características físicas, quantidade, fragilidade de 
embalagem e ou irregularidade do formato, não deva ser estocado em estante, 
armação ou estrado. 
 
33 
 
 
Engradado Caixa de Estocagem 
 
NORMAS DE ESTOCAGEM 
 
Visam o máximo aproveitamento dos espaços úteis nas unidades de 
estocagem e espaços livres, bem como a distribuição e arrumação racional, a 
preservação e a segurança do material. Dividem-se: 
Normas Gerais 
São as aplicáveis de forma genérica a todo tipo de material: 
 Concentração do material de mesma classificação em locais adjacentes, 
a fim de facilitar as atividades de movimentação, inspeção, inventário, 
etc.; 
 Arrumação dos estoques de material idêntico, de acordo com a data de 
recebimento de cada um, de modo a permitir que os itens estocados há 
mais tempo sejam fornecidos prioritariamente (PRIMEIRO A ENTRAR, 
PRIMEIRO A SAIR) combinando este critério com o da validade do lote, 
assim o material com prazo de validade mais curto deve sair primeiro, 
visando minimizar produtos vencidos no estoque; 
 Estocagem de material isolada do piso e afastada das paredes, para 
facilitar a limpeza e a higiene e, consequentemente, favorecer sua 
conservação; 
 Estocagem de material de movimentação constante em locais de fácil e 
rápido acesso, proporcionando economia de tempo e de mão-de-obra; 
 Estocagem de materiais volumosos nas partes inferiores das unidades 
de estocagem e dos pesados sobre estrados, porta-estrados, 
 
34 
 
engradados e porta-engradados, eliminando-se riscos de acidentes ou 
avarias e facilitando as atividades de movimentação; 
 Uniformização do empilhamento do material, observando-se que as 
pilhas devem ser formadas sempre do fundo para frente e da esquerda 
para a direita do setor de estocagem, respeitando o limite máximo 
permitido; 
 Conservação do material nas embalagens originais, que somente 
deverão ser abertas ou removidas em ocasiões de fornecimento, 
inspeção e preservação em caso de vazamento; 
 Determinação das quantidades mínimas de material do estoque ativo, 
limitando-se às necessidades de movimentação dos estoques de 
reserva; 
 Observância rigorosa da capacidade de carga dos pisos e das unidades 
de estocagem; 
 Posicionamento correto do material, de modo a permitir fácil e rápida 
leitura das informações registradas em Etiqueta de Identificação de 
Material; 
 Estocagem do material, exclusivamente, nos espaços úteis das 
unidades de estocagem e áreas livres, mantendo livres a circulação, os 
corredores de Estocagem do material, exclusivamente, nos espaços 
úteis das unidades de estocagem e áreas livres, mantendo livres a 
circulação, os corredores de segurança, bem como os corredores de 
acesso às portas, unidades de estocagem e extintores de incêndio; 
 Estocagem adequada do material solto em escaninhos, por meio de 
empacotamento ou amarração uniforme, com marcação externa dos 
dados de identificação. 
 
Normas Especiais 
São as aplicáveis ao material que, por suas características, requer condições 
especiais de estocagem: 
 A estocagem de entorpecentes, psicotrópicos e demais medicamentos 
sob severo controle deverá ser em locais separados, trancados e com 
acesso restrito; 
 
35 
 
 A estocagem de material explosivo e inflamável deve ser sempre em 
áreas e instalações próprias, observando-seas normas técnicas 
específicas; 
 Os setores de estocagem de explosivos devem ser secos, ventilados e 
completamente isolados das demais áreas ou instalações destinadas à 
estocagem de outros materiais; 
 Os locais de estocagem de inflamáveis, quando situados em áreas 
cobertas e fechadas, deverão ser bem arejados, com paredes laterais e 
frontais, pisos, portas e tetos constituídos de material não combustível; 
quando situados em áreas descobertas, deverão ser delimitados e 
isolados completamente de outros setores de estocagem; 
 Os recipientes de líquidos inflamáveis deverão ser estocados sobre 
estrados. 
 
Normas De Localização Do Material 
Tem por finalidade indicar de forma detalhada a correta posição do material no 
setor de estocagem, através de informações referentes à identificação e localização, 
bem como da disponibilidade de espaços nas zonas de estoque, unidades de 
estocagem e/ou áreas livres, compreendendo: 
 
 
http://galpaoeficiente.parquetorino.com.br/wp-content/uploads/2014/12/erros_estoque-858x400.jpg 
 
Plano Esquemático 
 
36 
 
Representado por coleção de desenhos, um para cada instalação de unidade 
armazenadora de material, indicando detalhadamente a posição e a situação dos 
espaços das zonas de estoque, das unidades de estocagem e/ou das áreas livres. 
 
Códigos de Localização 
São representados por letras e/ou números utilizados para identificar cada 
instalação de unidade armazenadora até a menor subdivisão de uma unidade de 
estocagem ou compartimento de área livre. 
 
 
 
 
37 
 
 
 
 Zona de estoque 
Espaço formado pelo funcionamento do setor de estocagem em que as 
unidades de estocagem distribuem-se de forma retangular. Sua identificação se fará 
por letras cuja sequência será aplicada simultaneamente no sentido frente/fundo e 
esquerda/direita e, no caso de piso superior, seguir-se-á a aplicação do piso inferior. 
 
 
Estantes 
Serão identificadas por números, que serão colocados no topo do primeiro 
montante e com projeção para a circulação principal, cuja sequência será aplicada no 
sentido frente/fundo do setor de estocagem, ficando os números ímpares à esquerda 
e os pares à direita. 
 
38 
 
As prateleiras serão identificadas por letras, cuja sequência será aplicada do 
solo para cima e os códigos serão colocados ao centro dos espaços formados por 
duas divisões consecutivas. 
 
Estantes com escaninhos 
Os escaninhos serão identificados por números, e a sequência será aplicada 
da esquerda para a direita. Os códigos serão colocados no topo da estante, ao centro 
dos espaços formados por duas divisões consecutivas. 
 
 
http://blog.webmaissistemas.com.br/wp-content/uploads/2016/06/deposito-de-estoque.jpg 
 
Estantes com subescaninhos 
Os subescaninhos e gavetas serão identificados por letras, cuja sequência será 
aplicada de acordo com o posicionamento efetuado: vertical (circulação principal/ 
parede lateral) ou horizontal (baixo/cima), sendo os códigos afixados ao centro. 
 
39 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Armações e Porta-estrados 
Serão identificados por números, que serão colocados no topo do 1 º montante 
e com projeção para a circulação principal, cuja sequência será aplicada no sentido 
 
40 
 
frente/fundo do setor de estocagem, ficando os números pares à direita e os ímpares 
à esquerda. 
 
 
 
 
Armação Porta-estrado 
ÁREAS LIVRES E COMPARTIMENTOS 
 
Áreas Livres 
Serão identificadas por números, cuja sequência será aplicada no sentido 
frente/fundo do setor de estocagem e de modo que, invariavelmente, fiquem os 
números ímpares à esquerda e os pares à direita. Os códigos deverão ser marcados 
do lado externo, ao centro e sobre a linha demarcatória da circulação principal. 
 
Compartimentos 
 
41 
 
Os compartimentos de áreas livres serão identificados pelas letras A, B, C e D, 
respectivamente para os 1º, 2º, 3º e 4º planos, seguidas de um número cuja sequência 
iniciada em 1, corresponda a cada compartimento. 
 
 
Estrados, Engradados e Caixas 
Serão identificados de acordo com seu posicionamento nos compartimentos, 
representado por fileiras e colunas. 
 
Fileiras 
Serão identificadas por letras, de modo que a primeira série seja codificada 
pela letra A, correspondente à do piso da área livre. 
 
Colunas 
Serão identificadas por números, cuja sequência corresponde a dos 
compartimentos e deverão ser aplicados no sentido circulação principal/parede 
lateral. 
 
 
42 
 
SEGURANÇA DA ARMAZENAGEM 
 
É o conjunto de operações e procedimentos promovidos sistematicamente 
pelos grupos de armazenagem e grupos específicos de segurança e limpeza, que 
envolve medidas para prevenir incêndios, furtos, roubos e acidentes pessoais, bem 
como medidas que assegurem o patrimônio. 
 
 
Principais Medidas: 
 O acesso ao setor de estocagem somente deverá ser permitido a 
pessoas autorizadas pela chefia; 
 Os locais proibidos ao fumo deverão possuir letreiros informativos, 
posicionados em local de fácil visualização; 
 As instalações da unidade armazenadora deverão ser dotadas de porta 
com trancas e cadeados, e se tratando de áreas descobertas e galpões, 
de sistema de vigilância; 
 As instalações que possuírem áreas de ventilação deverão ser 
protegidas com telas metálicas de malha fina, para impedir a entrada de 
roedores, aves e outros animais; 
 Os corredores, escadas, bem como saídas de emergência deverão 
possuir sinalização de advertência de fácil visualização e leitura; 
 Equipamentos de proteção individual, calçados de segurança, 
capacetes, luvas, etc. devem ser empregados quando houver 
possibilidade de acidente; 
 As instalações e os equipamentos elétricos deverão ter inspeção e 
manutenção periódicas; 
 
43 
 
 A limpeza e arrumação são aspectos importantes na prevenção contra 
o fogo, pois o lixo e os detritos de combustível são causas frequentes de 
incêndio; 
 Os equipamentos de proteção contra incêndio deverão estar dentro do 
prazo de validade e serem inspecionados periodicamente para teste de 
sua eficiência; 
 Os servidores deverão ser treinados quanto ao manuseio dos extintores 
e outros equipamentos correlatos; 
 Quando da retirada dos extintores para recarga, deverá a empresa 
responsável efetuar a sua substituição, evitando que o setor fique 
desprotegido em caso de sinistro; 
 Os equipamentos de segurança, as áreas de perigo e as instalações de 
proteção contra incêndio deverão obedecer ao CÓDIGO DE 
SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO, estabelecido pelo 
Decreto-Lei nº 247 de 21-07-75, regulamentado pelo Decreto nº 897 de 
21-09-76. 
Classes de Incêndio, Tipos de Extintores e Indicação 
Para fins de combate, os incêndios se classificam em três classes: A, B e C, 
segundo o material a proteger. Muitas vezes o incêndio apresenta-se com duas ou 
mais classes combinadas, por exemplo: A e B, etc. Nestes casos, deve-se apagar, 
em primeiro lugar, o fogo mais perigoso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 GÁS PÓ 
CLASSE 
AGENTE 
ÁGUA CARBÔNICO QUÍMICO 
DO FOGO 
EXTINTOR 
PRESSURIZADA ESPUMA (CO2) ( PO ) 
CLASSE “A” 
Fogo em material comum de fácil 
 
combustão: borracha, madeira, 
papel, têxtil, algodão e similares. 
SIM NÃO NÃO NÃO 
CLASSE “B” 
Fogo em líquido inflamável: 
gasolina, graxa, querosene, óleo, 
e similares. 
NÃO SIM SIM SIM 
CLASSE “C” 
Fogo em tudo que se relacionar 
com 
 
 
44 
 
 
 
 
Localização e Sinalização dos Extintores 
Sua localização dever ser visível e de fácil acesso, sendo fixados de maneira 
que nenhuma de suas partes fique acima de 1,80m (um metro e oitenta centímetros) 
do piso. Será também pintada em vermelho a área localizada a 1 m2 (um metro 
quadrado) do piso embaixo do extintor e, em hipótese alguma, poderá ser ocupada. 
Somente serão aceitos os extintores que possuam a Marca Nacionalde Conformidade 
do INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial). 
Cores de segurança 
São as empregadas para a identificação de equipamentos e delimitação de 
áreas de advertência contra perigos. As mais utilizadas são: 
VERMELHA - adotada para indicar fogo, perigo, pare e assinalar indicações de 
equipamento e aparelho de proteção e combate ao incêndio, excepcionalmente em 
luzes e botões interruptores; 
AMARELA - adotada para indicar cuidado, usada também em combinação com 
listras e quadrados pretos, quando houver necessidade de melhor visibilidade de 
sinalização, e de marcar indicações em escada, corrimão, entrada de elevador, borda 
de plataforma, viga, poste, colunas, para-choque, equipamentos de transporte e 
manuseio; 
VERDE - adotada para indicar segurança e assinalar caixas de equipamentos 
de urgência, caixas de máscaras contra gases, chuveiros de segurança, macas, 
padiolas e quadros de avisos; 
AZUL - adotada para indicar cuidado, ficando o seu emprego limitado a avisos 
contra uso e movimentação de equipamentos que deverão permanecer fora de uso, 
eletricidade: motor, 
transformador, gerador e 
similares. 
NÃO NÃO SIM SIM 
 
45 
 
tais como: estufas, fornos caldeiras, tanques e válvulas, elevadores, escadas, 
andaimes, etc.; 
BRANCA - é a cor adotada para indicar limites de passadiços, corredores, áreas 
de equipamento e armazenagem, localização dos bebedouros e coletores de lixo; 
PRETA - é a cor adotada para indicar resíduos e que poderá ser usada em 
substituição à branca ou combinada a esta, sendo empregada para identificar 
coletores de resíduos. 
MANUSEIO DE MATERIAIS 
A metodologia de manuseio dos materiais de uma UAM, conforme as 
orientações: 
Cuidados Básicos e Fundamentais: 
 Especificar corretamente os tipos de equipamentos para cada tipo de 
carga a ser movimentada; 
 Observar os limites de carga de cada equipamento e das unidades de 
estocagem, com a regra básica de materiais mais pesados nas partes 
baixas; 
 Utilizar equipamentos e ferramentais adequados para movimentação, e; 
 Cuidados no levantamento de pesos, observar posicionamento correto. 
1 
Antes de levantar qualquer peso, pense sobre o peso. Devo 
pedir ajuda? Serei capaz de colocar o peso no lugar com 
segurança? 
 
 
2 
Separe os seus pés numa distância equivalente à largura 
dos seus ombros, com um pé levemente na frente do outro. 
 
 
 
 
 
46 
 
3 
Mantenha seus joelhos levemente dobrados e contraia os 
músculos de seu abdome ao começar. 
 
4 
Mantenha suas costas retas e o queixo levemente para 
cima; mantenha o peso próximo ao corpo. 
 
5 
Deixe as pernas e braços executarem o trabalho. Nunca 
gire sem, ao mesmo tempo, mover os pés. 
 
 
 
6 
Sempre tenha certeza de que o chão está livre e que tenha 
um lugar seguro para colocar a carga. 
 
 
 
Principais Equipamentos Recomendados: 
 Carrinhos; 
 Guinchos; 
 
 
Guincho de arraste 
 
 
 
 
 
 
 
47 
 
Talhas manuais e elétricas; 
 
 Manual Elétrica com botoeira Elétrica com deslocamento de comando 
motorizado e botoeira de comando 
Talhas de arraste; 
 
 Transportador de paletes - equipamentos com garfos utilizados para 
movimentação no próprio piso do armazém; 
 Com acionamento hidráulico 
 Transportadores de esteira e de roletes; 
Empilhadeiras manuais; 
 
 
48 
 
Elétrica manual Manual 
 Empilhadeiras motorizadas (elétricas, a gás); 
 Carrinho para transporte de tambor; 
 Carrinho comum; 
 Equipamentos de Proteção Individual: luvas, capacetes, botas de 
segurança, etc.; 
 Transportador de bobina; 
 
Distribuição de Materiais 
É a parte do sistema logístico que se encarrega da movimentação física dos 
itens de materiais, no sentido fornecedor ou vendedor para o cliente ou consumidor 
final. 
Cabe ao Responsável pela Unidade Armazenadora a criação de um ou mais 
roteiros de entrega de materiais, buscando a racionalidade e economia de recursos 
públicos. 
A Unidade Logística é um item de qualquer natureza estabelecido para 
transporte e/ou armazenagem, se aplica às caixas, fardos, paletes, etc. que contém 
os materiais a serem distribuídos para atender às requisições de materiais e às 
transferências entre Unidades Armazenadoras de Materiais. 
Aplica-se o conceito de unidade logística para os materiais que estão sendo 
entregues que deverão ser relacionados com os conteúdos dos vários volumes ou 
caixas 1/3, 2/3 e 3/3, por exemplo. 
 
49 
 
A unidade logística poderá conter materiais de um ou mais documentos de 
movimentação de materiais ou documentos equivalentes. 
Cuidados Básicos na Distribuição de Materiais: 
 Separar os pedidos agrupando-os em materiais da mesma família; 
 Embalar produtos sujeitos a danos no transporte; 
 Observar os limites de carga de cada equipamento e das caixas; 
 Agrupar os volumes de acordo com a capacidade de quem vai receber; 
 Atentar para a criação de unidades logísticas com relação do seu 
conteúdo para facilitar a conferência na entrega; 
 Utilizar lacre plástico de segurança para garantir a inviolabilidade dos 
volumes distribuídos. 
Equipamentos e Utensílios Recomendados: 
 Caixas abertas; 
 Caixas fechadas com lacre de segurança; 
 Paletes retornáveis; 
 Engradados; 
 Equipamentos de Proteção Individual: luvas, capacetes, botas de 
segurança, etc. 
 
Princípios da Movimentação de Materiais: 
Do planejamento – É necessário determinar o melhor método, do ponto de vista 
econômico, para a movimentação de materiais, considerando-se as condições 
particulares de cada operação; 
Do sistema integrado – Devemos planejar um sistema que integre o maior 
número de atividades de movimentação, coordendo todo o conjunto de operação; 
 
50 
 
Do fluxo de materiais – É fundamental planejar o fluxo contínuo e progressivo 
dos materiais; 
Da simplificação – Devemos procurar sempre reduzir, combinar ou eliminar 
movimentação e/ou equipamentos desnecessários; 
Da gravidade – A força motora mais econômica é a gravidade. Ao armazenar, 
lembre-se de usá-la para evitar empilhadeiras, esteiras etc.; 
Da utilização dos espaços (Princípio da Verticalização) – O aproveitamento 
dos espaços verticais contribui para o descongestionamento das áreas de 
movimentação e para a redução dos custos da armazenagem; 
Do tamanho da carga (Unitização) – A economia em movimentação de 
materiais é diretamente proporcional ao tamanho da carga movimentada; 
Da segurança – A produtividade aumenta conforme as condições de trabalho 
tornando-se mais seguras; 
Da mecanização – automação – Usar equipamento de movimentação 
mecanizado a ou automático sempre que possível e viável; • Da seleção de 
equipamento – Na seleção do equipamento de movimentação, considerar todos os 
aspectos do material a ser movimentado, o movimento a ser realizado e o(s) método(s) 
a ser(em) utilizado(s); 
Da padronização – Padronizar métodos, bem como tipos e tamanhos dos 
equipamentos de movimentação e das cargas utilizadas; 
Da flexibilidade – Procurar sempre equipamentos versáteis, pois o seu valor é 
diretamente proporcional à sua flexibilidade; 
Do peso morto – Quando menor for o peso próprio do equipamento móvel em 
relação à sua capacidade de carga, mais econômica serão as condições operacionais; 
 
51 
 
Do tempo ocioso – Reduzir tempo ocioso ou improdutivo, tanto do equipamento 
quanto da mão-de-obra empregada na movimentação de materiais; 
Da movimentação – O equipamento projetado para movimentar materiais deve 
ser mantido em movimento; 
Da manutenção – Planejar a manutenção preventiva e corretiva de todos os 
equipamentos de movimentação; 
De obsolescência – Substituir os métodos e equipamentos de movimentação 
obsoletos sempre que métodos e equipamentos mais eficientes vierem a melhorar as 
operações; 
Do controle – Empregar o equipamento de movimentação de materiais paramelhorar o controle de produção, controle de estoques e preparação de pedidos; 
Princípio da capacidade – Usar equipamentos de movimentação para auxiliar 
a atingir a plena capacidade de produção; 
De desempenho – Determinar a eficiência da movimentação de materiais em 
termos de custo por unidade movimentada. 
 
Responsável pela Unidade Armazenadora 
É a pessoa, devidamente indicada pelo titular de cada órgão, que tem a 
importante missão de estocar e controlar os bens existentes na Unidade. 
Pré-requisitos 
O responsável pela Unidade Armazenadora deverá ter nível médio (segundo 
grau) completo, curso de material e de almoxarifado, a fim de desempenhar as 
 
52 
 
atribuições inerentes ao cargo, como recebimento, estocagem, conferência, 
distribuição, registro e inventário do material adquirido ou fabricado, observando as 
normas de instrução e dando orientações a respeito do desenvolvimento desses 
trabalhos, para manter o estoque em condições de atender às unidades consumidoras 
ou à demanda. 
Ato de Designação 
O responsável pela Unidade Armazenadora, Almoxarifado de Consumo ou 
Farmácia, deverá ser designado em ato próprio de acordo com o definido no artigo 16 
do Capítulo VII da Resolução CGM nº 840 de 27 de junho de 2008, segue: 
“...Compete ao titular de cada unidade administrativa o ato de designação dos 
responsáveis pela guarda de materiais nos almoxarifados, devendo manter controle 
atualizado e consolidado deste ato, o qual deverá ficar à disposição dos Controles 
Interno e Externo... “ 
O ato acima mencionado deverá seguir o modelo constante do Anexo I desta 
norma, e ser publicado no Diário Oficial do Município. 
A data de validade informada no ato deverá ser a mesma indicada no termo de 
transferência. 
 
Atribuições 
Manter o estoque em condições de atender à demanda, verificando 
periodicamente o volume de mercadorias e calculando as necessidades futuras, para 
preparar pedidos de reposição; 
Determinar o “que” deva permanecer em estoque - número de itens; 
 
53 
 
Determinar “quando” se deva reabastecer o estoque periodicidade; 
Determinar “quanto” de estoque será necessário para um período 
predeterminado - previsão; 
Controlar o recebimento do material comprado ou produzido, confrontando as 
notas de pedido e as especificações com o material entregue; 
Organizar o armazenamento do material, identificando-o e determinando sua 
acomodação de forma adequada, para garantir uma estocagem racional e ordenada; 
Zelar pela conservação do material estocado, pela segurança contra 
arrombamento, desvio, estrago e extravio, providenciando as condições necessárias 
para evitar deterioramento e perda; 
Cuidar para que sejam efetuadas a manutenção e a limpeza periódicas das 
instalações da unidade armazenadora; 
Efetuar o registro do material estocado e das atividades realizadas, lançando os 
dados em fichas ou no sistema informatizado, para facilitar consultas e a elaboração 
dos inventários; 
Promover o arrolamento do material estocado ou em movimento, verificando 
periodicamente os registros e outros dados pertinentes, para obter informações exatas 
sobre a situação real da unidade armazenadora; 
Elaborar listagem periódica do material existente no estoque e distribuí-la às 
unidades consumidoras, visando à movimentação do mesmo e evitando solicitações 
indevidas; 
Obedecer às normas de segurança para prevenir incêndios, furtos, roubos e 
acidentes pessoais; 
 
54 
 
Identificar e retirar do estoque, através de Comissão de Baixa, os materiais 
obsoletos, danificados, em estado de imprestabilidade, com prazo de validade vencido 
e sem movimentação há mais de seis meses. 
Recebimento, Registro e Controle de Material 
Recebimento 
Quando do recebimento do material, é necessária a execução de um conjunto 
de procedimentos que visa a perfeita recepção e conferência do material adquirido, 
através do confronto físico com o documental. 
 
Registro e Controle 
Constituem na execução de um conjunto de operações com o objetivo de manter 
o controle da existência e movimentação do material, com observância à legislação 
vigente. 
Documentação 
A documentação necessária para recebimento, controle, estocagem e 
distribuição do material na unidade armazenadora, obedecerá à Resolução CGM nº 
840 de 27/06/2008, publicada no DOM de 30/06/2008, a saber: 
Fatura discriminativa, nota de empenho ou nota de débito, que deverão estar 
juntos com a Proposta-Detalhe; 
Nota fiscal em 2 vias, sendo a 1ª via para o fornecedor e a 2ª via para a unidade 
armazenadora; 
Documento de alteração de nota fiscal; 
 
55 
 
Nota de requisição de material em duas vias, sendo a 1ª para a unidade 
armazenadora e a 2ª para o requisitante; 
Documento de movimentação de material em 2 vias; • Escrituração através de 
registro informatizado ou de fichas de controle de estoque e conter a codificação 
constante do Catálogo de Material da SMA. 
 
Conferência 
Todo material recebido deverá ser conferido na sua totalidade ou por 
amostragem, podendo ser usada a Tabela de Amostragem da ABNT/NBR 5.426/85 
(anexo II), isto é, de um lote pegar por acaso alguns materiais e proceder à conferência 
quanto: 
 Ao especificado na Proposta-Detalhe; 
Ao atendimento das exigências mínimas do CÓDIGO DE DEFESA DO 
CONSUMIDOR - Lei nº 8078 de 11-09-90, quais sejam: 
→ Marca do produto; 
→ Data em que foi colocado em circulação; 
→ Composição química; 
→ Data de validade do material; 
→ Número de lote; 
→ Peso, volume líquido ou quantidade de unidade, conforme o caso; 
 
56 
 
→ Garantia do produto; 
→ Identificação do fabricante ou importador (nome, endereço e CGC); 
→ Risco que pode causar à saúde; 
→ Estar em condições de consumo sem causar danos à saúde e à segurança 
dos consumidores. 
Ao REGISTRO NO MINISTÉRIO DA SAÚDE - Lei nº 6.360 /76 regulamenta pelo 
Decreto 79.094/77 ou ao REGISTRO NO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA e 
ABASTECIMENTO, em conformidade as normas instituídas pelo Decreto Lei nº 
986/69, conforme o caso; 
Observar nas embalagens e conteúdos se: 
→ Tem boa apresentação; 
→ Não possuem rasgos, fissuras, amassados, vazamentos; 
→ São originais do fabricante; 
→ Possuem lacres, quando for o caso; 
→ Apresentam quaisquer anomalias que possam vir a comprometer seu uso 
futuro, sua estocagem ou até mesmo sua qualidade. 
Escrituração - Estando todo o material de acordo com os itens acima, poderá 
ser atestada a Nota Fiscal e iniciada a escrituração; 
A atestação das Notas Fiscais deverá atender ao que preceitua o Decreto 25938 de 
08 de novembro de 2005 e suas alterações, devendo o responsável pelo Almoxarifado 
de Consumo ou Farmácia naqueles termos ser designado para tanto. 
 
57 
 
PREVISÃO DE DEMANDA 
Demanda Perpétua 
A natureza da demanda ao longo do tempo exerce um papel significativo em 
determinar como tratamos o controle dos níveis de estoque. Talvez a características 
mais comum da demanda seja a de que continue no futuro indefinido. O padrão de 
demanda é chamado, então de “perpetuo”. Embora a demanda para a maioria dos 
produtos aumente e diminua através do seus ciclos de vida, muitos produtos têm uma 
vida de fornecimento suficientemente longa para que seja considerada infinita para 
fins de planejamento. Mesmo que as marcas sejam renovadas a uma taxa de 20% ao 
ano, um ciclo de vida de três a cinco anos para uma marca pode ser suficientemente 
longo para justificar um tratamento de padrão de demanda perpétuo. 
 
Demanda de Pico 
Por outro lado, alguns produtos são altamente sazonais ou têm padrão de 
demanda de um período ou “pico”. Os estoques que são mantidos para satisfazer esse 
tipo de padrão de demanda geralmente não podem ser comprados sem um grande 
desconto no preço. Um único pedido para estoques deve ser colocado com quase 
nenhuma oportunidade de repedido ou retorno de mercadorias se a demanda for 
projetada de forma inexata. Roupas de moda, árvores

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