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ODONTOPEDIATRIA - traumatismo dentário

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odontopediatria
	lara martins
TRAUMATISMO DENTÁRIO
É uma experiência trágica para o paciente jovem e um problema que exige da dentista experiência, bom senso e habilidade.
- Está entre as urgências de maior impacto psicológico nas crianças
Dados epidemiológicos:
Em relação a idade:
· Criança aprendendo a andar e correr – 1 a 3 anos (decíduo)
· Criança em idade escolar – 7 a 11 anos (permanente)
Em relação ao sexo:
· Decíduos – não existe diferença
· Permanente – meninos
Em relação a localização:
· Arco superior 
· E não tem diferença entre lado esquerdo e direito 
· Decíduo e permanente
Em relação ao tipo:
· Decíduo – luxação e intrusão ; fratura de esmalte 
· Permanente – fraturas coronárias 
Fatores etiológicos:
· Lesões por quedas
· Lesões por acidentes automobilísticos
· Lesões por maus tratos
· Lesões por perdas de consciência (convulsão e epilepsia)
Fatores predisponentes:
· Tipo de oclusão (classe II divisão 1ª)
· Selamento labial inadequado
· Respiração oral
· Hábitos de sucção 
Conduta 
· O que fazer?
· Como fazer?
· Com o que fazer?
1. Exame do paciente
· Limpeza bucal 
· Examinar: 
- Cabeça
- Lábios
- Mucosa
- Dentes 
· Nos dentes olhar se há:
- Fraturas
- Sensibilidade a percurssão
- Deslocamento 
- Mobilidade 
- Teste de vitalidade (NÃO FAZ EM DECIDUOS, e só faz em permanente depois de 3 meses do ocorrido)
2. Diagnostico 
Faz-se perguntas para fechar o diagnóstico, como:
· Quando ocorreu o trauma? (tempo) – quanto mais rápido o atendimento, melhor será o prognostico.
· Onde ocorreu o trauma? – se foi em área contaminada ou não, se o paciente está com a vacina antitetânica e se é necessário prescrever antibiótico 
· Como ocorreu o trauma? A criança que deve dizer o que aconteceu 
3. Exame radiográfico
Que pode ter objetivo:
IMEDIATO – tratamento a hora que o paciente chega (radiografia de diagnostico)
MEDIATO – radiografia para proservação
O que vê na radiografia:
· Fraturas radiculares e ósseas
· Estágio de desenvolvimento da raiz 
· Reabsorção interna e externa
· Presença de corpos estranhos 
CLASSIFICAÇÃO DA OMS 
LESOES DE TECIDO DURO DENTÁRIO E DA POLPA:
· Fratura incompleta ou trinca no esmalte
· Fratura em esmalte
· Fratura em esmalte + dentina
· Fratura em esmalte + dentina + polpa
· Fratura em esmalte + dentina + cemento
· Fratura em esmalte + dentina + polpa + cemento
· Fratura em cemento + dentina + polpa 
LESOES DE TECIDOS PERIODONTAIS:
· Concussão ou comossão
· Subluxação 
· Luxação intrusiva 
· Luxação extrusiva
· Luxação lateral 
· Avulsão ou desarticulação
TIPOS DE TRAUMAS 
1. Dilaceração da mucosa
Tratamento: sutura 
2. Fratura incompleta
- Usa a luz para melhor visualização
Tratamento: fluorterapia / controle ou resina fluida 
3. Fratura de esmalte 
Tratamento: depende do caso – grau de comprometimento ou estética.
- Resina composta ou somente tiras de lixa
4. Fratura de esmalte e dentina:
Tratamento:
- Restauração somente se o paciente relatar sensibilidade, caso não, não será necessário restaurar
- Alisamento das bordas
- Proteção do complexo dentinho dentinário
- Colagem do fragmento
Para colagem:
· Anestesia
· Profilaxia
· Seleção de cor
· Isolamento 
· Confecção do bisel dente/fragmento
· Proteção dos canalículos dentinários
· Condicionamento dente/fragmento
· Aplicação do adesivo dente/fragmento
· Resina
· Desgaste na linha da fratura (só quando ela estiver visível)
5. Fratura de esmalte + dentina + polpa 
Tratamento:
DECIDUOS:
- Capeamento direto: indicação correta e quando for imediato
- Pulpotomia: indicação correta e quando já se passar algumas horas do trauma
- Pulpectomia: indicação correta e quando passar 1 dia ou mais do trauma, será com formocresol 1/5 
PERMANENTE:
- Capeamento direto: quando tiver pequena exposição
- Pulpotomia: quando tiver grande exposição
- Pulpectomia: quando tiver necrose
6. Fratura radicular
Tratamento:
PERMANENTES:
- Fratura vertical – exodontia 
- Fratura horizontal:
Apical: redução digital (coadaptar os fragmentos) e contenção rígida
Médio: redução digital (coadaptar os fragmentos) e contenção rígida
Cervical: remoção do fragmento coronário, endo, retentor intra-radicular e prótese (coroa)
· Aproximação dos fragmentos/posição da radiografia/imobilização rígida por 2 a 6 meses nas fraturas do terço médio e apical
· Remoção do fragmento coronário/endodontia/tracionamento ortodôntico/reconstrução coronária 
· Endodontia em dentes com necrose 
DECIDUOS:
- Apical: proservação 
- Cervical: exodontia/prótese (não faz endo)
- Médio: contenção rígida 
LESÃO DE TECIDOS PERIODONTAIS
1. Concussão ou comossão 
São lesões de tecidos de sustentação do dente, onde:
- Não tem mobilidade
- Não tem deslocamento 
- Tem evidente reação a percussão
Tratamento:
· Melhorar a higiene bucal – limpeza com clorexidina 0,12%
· Alivio da oclusão – retirar a chupeta/mamadeira/hábitos de sucção
· Evitar estímulos locais – dieta leve/temperatura tépida/ingestão de líquidos por 2 semanas/repouso mastigatório
· Controle trimestral
Pode aparecer alterações como: hemorragia pulpar (dente com aspecto rosado) – não precisa de tratamento porque é reversível 
2. Subluxação 
É lesão de tecido de sustentação com afrouxamento normal, que:
- Tem mobilidade
- Não tem deslocamento 
- Tem possibilidade de sangramento junto a margem gengival
- Nos permanentes, vai ter unha linha de sangramento na cervical do dente (um sinal patognomônico)
Tratamento:
· Melhorar a higiene 
· Evitar estímulos locais / repouso mastigatório
· Esplintagem semi-rigida por 10-15 dias
· Controle trimestral 
3. Luxação lateral
É uma lesão em tecido de sustentação, que:
- Tem mobilidade
- Tem deslocamento: vestibular ou lingual; mesial ou distal; com intrusão ou extrusão
- O tratamento vai depender do tempo entre o trauma e o atendimento
Tratamento:
DECÍDUOS:
· Tratamento imediato: reposicionamento + esplintagem semi-rigida por 15 dias ou desgaste 
· Tratamento mediato: exodontia (quando o deslocamento for para a palatina – atingindo o germe do permanente)
· Dieta leve e higienização
Alveolose – trauma sob trauma 
PERMANENTES:
· Reposicionamento + imobilização de 15 a 21 dias
· Alinhamento ortodôntico
· Proservação 
- Orientar os pais para o reposicionamento imediato do dente 
- Evitar estímulos locais
- Evitar uso de chupeta, polegar e mamadeira 
4. Extrusão 
É a saída parcial do dente do seu alvéolo em sentido apical 
Tratamento:
DECÍDUO:
· Imediato: reposicionamento + esplintagem por 15-21 dias
· Mediato: desgaste incisal + proservação
· Quando é uma extrusão acentuada: exodontia 
PERMANENTE:
· Imediato: reposicionamento +esplintagem por 15-21 dias
· Mediato: desgaste incisal ou alinhamento ortodôntico em casos mais severos 
5. Intrusão 
É o deslocamento do dente para dentro do alvéolo com fratura óssea parcial ou total
Tratamento:
DECÍDUOS:
· Radiografia oclusal anterior; lateral de face; técnica de Fazzi
· Reerupção em 2-6 meses 
· Exodontia/prótese caso o dente se desloque para palatina, afetando o germe do dente permanente 
Na oclusal anterior: 
- Se a imagem estiver encurtada do dente decíduo intruido – está distante do folículo do dente permanente 
- Se a imagem estiver alongada do dente decíduo intruido – está próximo ao folículo do dente permanente 
PERMANENTE:
· Raiz incompleta: controle / reerupção em 30 dias
· Raiz completa: tracionamento ortodôntico dentro de 2 a 3 semanas e proservação 
Obs: saber pela idade se o dente está com raiz completa ou não. (8 anos – incompleta; 11 anos – completa)
6. Avulsão 
É o deslocamento total do dente com saída do alvéolo. A conduta tem diferentes protocolos, de acordo com o tempo pós trauma. 
PERMANENTES:
Situação 1: reimplante do dente permanente com rizogênese completa, com período extra-alveolar inferior a 2 horas, em meio de conservação adequada
Tratamento:
- Irrigar o alvéolo com soro
- Lavar o dente
- Reimplantá-lo
- Esplintagem semi-rigida de 7-14 dias
- Medicação sistêmica – antibiótico e antitetânica 
Após isso:
- Tratamento endodôntico 7 dias após a reimplantação / extirpaçãoda polpa + hidróxido de cálcio
- 2ª sessão: instrumentação + hidróxido de cálcio / obturação definitiva
- Controle clinico e radiográfico 
Situação 2: dentes permanentes com rizogênese completa com período extra alveolar superior a 2 horas com meio de conservação inadequado
Tratamento:
- Abertura endodôntica e extirpação da polpa
- Mergulhar o dente em solução de fluoreto de sódio 2% por 20 min
- Instrumentação e obturação do canal
- Tratamento endodôntico do dente fora do alvéolo para depois reimplantar 
Depois disso:
- Reimplantação
- Esplintagem semi-rigida de 7-14 dias
- Medicação sistêmica – antibiótico e antitetânico
- Controle clinico e radiográfico 
Situação 3: dente permanente com rizogênese incompleta, com período extra-alveolar inferior a 2 horas em meio de conservação adequado:
Tratamento:
- Irrigar o alvéolo
- Lavar o dente 
- Reimplantá-lo
- Esplintagem semi-rigida de 7-14 dias
- Medicação sistêmica – antibiótico e antitetânica
Após isso:
- Monitorar semanalmente as condições clinicas e radiográficas
- Se houver degeneração pulpar ou reabsorção radicular evidente, deve extirpar a polpa e realizar apicificação 
DECIDUOS
NÃO reimplanta, para não atingir o germe do dente permanente 
Conduta:
- Colocar prótese
- Não coloca manetedor de espaço, porque se for anterior e o canino já estiver erupcionado, não vai ter perca de espaço 
Anquilose – acontece quando usa a contenção errada, principalmente quando usa contenção rígida.
Orientação aos pais:
· Dieta macia por 15 dias
· Informar possíveis complicações, como: fistula, mudança de cor do dente, abcesso
· Evitar o uso de chupeta e mamadeira 
Sequelas dos dentes decíduos e permanentes:
· Hiperemia pulpar
· Hemorragia pulpar
· Calcificação do canal 
· Reabsorção interna
· Necrose 
· Formação de abcesso
· Anquilose 
· Hipoplasia
· Dilaceração da coroa ou raiz
· Reabsorção do germe
· Parada parcial ou completa da formação radicular 
· Alteração na erupção
Quanto menor a idade, maior a possibilidade de sequelas na dentição permanente.

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