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Sãmya Magalhães: Roteiro de estudos 1 O que é o seio maxilar? É um espaço pneumático de grande volume: contem ar no seu interior, é o maior dos 4 seios da face Centro da maxila: no centro de cada maxila Cavidade revestida por epitélio ciliar Limites: cavidade nasal, cavidade orbitária e processo alveolar da maxila: Assoalho em íntimo contato com os dentes (afecções dentárias): dentes superiores posteriores. Imagem representando um corte coronal do seio maxilar normal, expondo o íntimo contato dele. Obs: dentro da cavidade do seio, o ideal é que dentro do seio seja radiolúcido. Características importantes: Formação 12a semana intrauterina; Nascimento: forma arredondada (3-4mm) 13 anos forma piramidal c/ ápice inferior Aumento de volume até 18 anos Assimetrias frequentes, hipoplasias ou agenesia Imagem em corte coronal, expondo uma agenesia de seio maxilar Tamanho e espessura: raça, sexo, idade, patologias (tudo varia) Obs: quanto menor a idade, maior as chances de se ter uma sinusite, justamente pelo tamanho do seio ser pequeno Obs: a manobra de valsava, utilizada antigamente, aumentava o tamanho e as chances de se ter uma comunicação buco- sinusal. (Não utilizada hoje em dia). Em alguns casos quando há uma pequena comunicação, basta irrigar bem e fazer uma sutura em x interno que resolve a situação. Diferença anatômica entre seio maxilar em criança e em adulto: Patologia Obs: afecção significa alteração patológica. Crianças Adultos Assoalho da cavidade nasal Assoalho da cavidade nasal Afecção dental dor sinusal Afecção sinusal dor de dente Patologia Sãmya Magalhães: Roteiro de estudos 2 Obs: As vezes um dente próximo ao seio dói, mas a origem é sinusal ou as vezes a dor de ouvido pode ter se originado do dente Cirurgias que podem ser realizadas no seio maxilar: Levantamento de seio maxilar Fechamento de fistula buco-sinusal Remoção de corpo estranho: dente ou objeto Remoção de cistos e TU (biópsias) Remoção de pólipos (cirurgia mais comumente do otorrino) Tratamento de sinusite crônica Exames de imagem: Radiografia mento-naso: sem limites exatos do seio maxilar, podendo confundir o diagnóstico (2a opção, se não tiver a TC) Panorâmica: imagem bidimensional, com uma resolução ruim e sobreposição de imagem e difícil diagnóstico Tomografia Computadorizada: padrão ouro para diagnostico, com mais nitidez de imagem e tamanho de estrutura, com 3 dimensões. Sinusite aguda: Menos frequente Exo, implante, lesão periapical/ou periodontia Obstrução nasal: hiperemia ou edema de mucosa nasal Rinorréia purulenta unilateral: sair pus do nariz Cacosmia: sensação de odor desagradável Infecção bacteriana mista: ATB de amplo espectro+corticoide: Amoxicinlia+Clavulanato ou Amoxicilina+Metronidazol e Dexametasona. Lavagem nasal: podendo ser o sorine ou soro fisiológico Punção, cirurgia endoscópica ou convencional: cirurgia com câmera e vídeo (cirurgia endoscópica) Sinusite crônica: Mais frequente Desconforto unilateral Rinorréia anterior e posterior (sai secreção purulenta) Períodos de melhora e piora Imagem: acometimento de vários seios Contaminação bacteriana e/ou fúngica Metaplasia de mucosa: mudança de histológica de tecidos Sinusectomia: remover mucosa, permitir ventilação e drenagem Fechamento de fístula e remoção de corpo estranho (se necessário) Na imagem abaixo: uma tomografia com um corte sagital e um corte coronal, essa tc é um caso de um pólipo. O pólipo é um crescimento do muco epitelial dentro do seio, é um crescimento benigno, por isso o organismo mesmo elimina ele Aqui na imagem 2, é o mesmo caso clínico, porém em uma radiografia panorâmica Cirurgia de levantamento de seio maxilar: Também é chamada de Sinus Lift Técnica simples Reabilitar áreas edêntulas Região posterior de maxila Reabsorções ósseas: no lugar do osso, o seio expande Instalação de implantes: para ganhar mais osso para a instalação de implantes. Justamente pela lei do uso de desuso quando há perda dentária e o seio começa a crescer... Si nu si te o do nt og ên ic a Aguda Crônica Sãmya Magalhães: Roteiro de estudos 3 Obs: se o osso próximo ao seio maxilar tiver menos que 5mm, realizar a cirurgia de levantamento de seio para posterior instalação de implantes dentários. A cirurgia de levantamento de seio com fins de instalação de implantes pode ser feita no mesmo momento ou primeiro levantamento de seio maxilar e depois os implantes... Passo a passo da técnica cirúrgica: Incisão de Newman ou Newman modificado Perfurações e demarcação do osso Criação da janela óssea, remover a janela cirúrgica Colocar a membrana Aguardar um tempo para o osso neoformar Geralmente é utilizado como enxerto um enxerto xenógeno como o by oss, por ter menos chances de reabsorção do que o autógeno. Fechamento de fistula buco-sinusal: Ocorre por algum erro na extração ou no pós-operatório quando o paciente prende o espirro ou tosse, ou quando faz bochecho forte... A comunicação buco-sinusal dura em média 48h, depois desse período, que há uma formação do epitélio nessa região, deixa de ser COMUNICAÇÃO BUCO-SINUSAL E PASSA A SE CHAMAR FISTULA BUCO-SINUSAL. Se durante algum procedimento cirurgia haver uma comunicação buco-sinusal de até 2mm e não tem infecção= fechamento espontâneo, não vai necessitar de nenhum tratamento. A manobra de valsava não é mais indicada, porque pode causar a comunicação. Atualmente irrigamos em direção ao ápice do nariz e perguntamos se está saindo água pelo nariz, ou pegar uma sonda e ver se acha o fundo, se não achar, pode ser uma comunicação buco-sinusal. Causas de uma comunicação ou fistula buco- sinusal: Por exodontias Por corpos estranhos Ferimentos por arma de fogo Sinusopatias graves Processos de osteomielite ou osteorradionecrose Ferimentos por arma branca: facada, garrafada.... Exame clínico Secreção pela fistula Rinorréia anterior e posterior: pus pelo nariz Obstrução nasal unilateral: um lado que teve a comunicação Escape de ar: voz anasalada Sai ar pela região Discreta dor maxilar Hiperemia e edema da mucosa nasal Tempo de evolução: dias a anos Abertura clínica defeito ósseo TC: planejamento e reconstrução Princípios básicos Confecção de retalhos (evitar pressão) Selamento da abertura óssea: se puder colocar enxerto ou membrana Tratar infecção local previamente (sinusite): com ATB antes do fechamento, um corticoide para a mucosa nasal ou um descongestionante nasal Área cruenta no local de contato: remover osso esponjoso, para ter somente tecido ósseo sadio Remover tecido ósseo contaminado Instalar placa oclusiva (Se necessário): uma placa para estabilizar, parecido com uma placa de bruxismo para os alimentos não tocarem. Opções de fechamento: Fechamento com retalho vestibular: Depois manter essa sutura por pelo menos 10 dias para manter a neoformação óssea Fechamento com retalho palatino Não é muito indicado por ser desconfortável ao paciente, causando um pós-operatório ruim Sãmya Magalhães: Roteiro de estudos 4 Tem a artéria maxilar: tem grandes chances de ter hemorragia. Não tem fibras elásticas Retalho com a bola de bichat A bola de bichat pode se transformar em vários tipos de tecido, em tecido conjuntivo, epitelial.... Tem alto índice de sucesso Pós-operatório Evitar trauma, soar nariz, bochechos Evitar infecção (ATB de amplo espectro) Administrar ATB de amplo espectro, corticoide e descongestionante nasal, clorexidina para limpeza da cavidade Dieta leve 48h Retiradade corpo estranho Iatrogenias Implantes Dentes Traumatismos de face É uma cirurgia rara, mas é o seio mais acometido da face Difícil diagnóstico 1/3 dos corpos estranhos não são identificados Acesso pela técnica Caldwell-Luc Imagem acima representando a presença de um corpo estranho, com a imagem hiperdensa na região do seio maxilar, lado esquerdo Imagem após remoção do corpo estranho no interior do seio maxilar. Oriundo de garrafada ou acidente de carro. Técnica cirúrgica Anestesia Alveolar superior médio e posterior Acesso Caldwell Luc ou trapezoidal (Newman Modificado ou Wassmund) Descolamento do retalho Abertura de loja óssea (Piezo ou broca esférica ou nova IM3)
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