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GESSOS ODONTOLOGICOS

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Bianca Coradello Marchezi 2019/1
GESSOS ODONTOLOGICOS
MODELO: reprodução da forma e da superfície de uma estrutura construída a partir de um molde da superfície; cópia positiva de um objeto. Ou seja, réplica ou cópia de estruturas dentais e detalhes anatômicos.
MODELO DE TRABALHO:
· Maior fidelidade à estrutura dentária
· Maior resistência
· Deve apresentar maior estabilidade das propriedades do material
MODELO DE ESTUDO:
· Modelo para confecção de aparelho ortodôntico
· Pouco resistente
· Baixa estabilidade das propriedades do material
· Menor fidelidade à estrutura dentária
TROQUEL:
· Reprodução de um dente preparado feito com gesso, resina epóxi, metal ou material refratário, geralmente para confeccionar coroas cerâmicas.
MOLDE:
· Cópia em negativo de estruturas e detalhes anatômicos obtidas através de materiais de imprecisão.
MATERIAIS PARA MODELO
· Resina epóxica e resina de metacrilato. Materiais hidrofóbicos utilizados na impressão 3D.
· Silicones mais rígidos, pois no mercado o silicone para molde é mais rígido, enquanto o silicone para moldagem é mais maleável.
· Gesso odontológico
· Facilidade de uso
· Compatibilidade com muitos materiais de moldagem e com o meio bucal (hidrofílicos)
· Boa precisão
· Discreta alteração dimensional
PRINCIPAIS APLICAÇÕES DE GESSO NA ODONTOLOGIA
· Construção de modelos de estudo para estruturas orais e maxilofaciais
· Material acessório em laboratório dentário no processo de produção de próteses dentárias
· Construção de modelos e troqueis, sobre os quais a próteses e restaurações em cera são construídas.
Obs: quando o gesso é misturado com cargas refratárias, tais como diferentes formas cristalinas ou sílica, ele se torna mais resistente ao calor, tornando-se útil para a formação de modelos usados na confecção de metais fundidos para restaurações dentárias.
PRODUÇÃO DE GESSO
	O gesso é obtido pela calcinação do sulfato de cálcio di-hidratado (gipsita – CaSO4 – 2H2O)
· 1ª etapa da reação: a gipsita é moída e submetida a temperaturas entre 110º e 130º para eliminar partes da água de cristalização. O principal constituinte dos gessos é o sulfato de cálcio hemi-hidratado [(CaSO4)2 . H2O)]. A partícula resultante é um agregado fibroso de cristais finos com poros capilares conhecido como gesso de Paris ou gesso comum.
· 2ª etapa da reação: a medida que a temperatura é elevada, ele se torna uma anidrita.
	H2O
CaSO4 . 2H2O CaSO4 – ½ H2O caSO4 CaSO4
 110- 130º C 130- 20ºC 200- 1000ºC 
 Gipsita Gesso comum/pedra anidrita hexagonal - A. ortomomerica
	Devido a diferenças no tamanho do cristal, na área de superfície e no nível de perfeição da grade. Os pós resultantes são frequentemente chamados de alfa-hemi-hidrato para o gesso pedra e beta-hemi-hidrato para o gesso comum.
· CARACTERISTICAS
1. ALFA-HEMI-HIDRATO
· Cristais mais densos e com formatos prismáticos
· Mais resistente e duro que o beta
· Necessitam de menos água para molhar as partículas de pó
2. BETA-HEMI-HIDRATO
· Cristais esponjosos (maior porosidade) e irregulares
· Os cristais de beta-hemi-hidrato são mais irregulares e porosos e por esse motivo necessitam de mais água para molhar as partículas do pó para que possam ser misturadas e vazados e, por isso, são menos resistentes do que os alfa-hemi-hidratos.
Obs: quando as partículas do hemi-hidrato são misturadas com água, a reação de calcinação é invertida
Obs2: se o processo de calcinação ocorrer em uma solução de cloreto de cálcio de 30% ou na presença de mais que 1% de succinato de sódio, os cristais de hemi-hidratos serão mais curtos e grossos. O cloreto de cálcio ou succinato de sódio residual é removido lavando-se o pó em água quente, formando assim, o gesso especial ou alfa-hemi-hidrato modificado. Esses cristais necessitam de uma quantidade ainda menor de água para manipulação.
CLASSIFICAÇÃO – A.D.A
· TIPO I: gesso para moldagem (gesso Paris ou gesso comum) – não é mais usado na odontologia
· TIPO II: gesso comum – pouco resistente; indicado para preenchimento de muflas ( estrutura para prensagem de próteses totais).
· TIPO III: gesso pedra – modelos de estudo; modelo acessório; modelo antagonista (modelo de arco oposto ao de trabalho)
· TIPO IV: gesso pedra de alta resistência – modelo antagonista; modelos de precisão e troqueis
· TIPO V: gesso pedra de alta resistência e alta expansão de presa – não é encontrado e utilizado no Brasil
REAÇÃO DE PRESA (CRISTALIZAÇÃO)
1. Quando o hemi-hidrato é misturado com água, forma-se uma suspensão fluida e e trabalhável
2. O hemi-hidrato se dissolve até formar uma solução saturada de Ca2+ e (SO4)2-
3. A solução saturada de hemi-hidrato é supersaturada em relação à solubilidade de di-hidrato; ocorre a precipitação do di-hidrato
4. A medida que o di-hidrato se precipita, o hemi-hidrato continua a se dissolver. O processo continua à medida que novos cristais se formam ou ocorre crescimento de cristais já presentes, até que a precipitação do di-hidrato não seja mais possível.
Obs: o gesso nunca atinge 100% da conversão após a presa, logo, existe o hemi-hidrato não reagido no material após a presa
(CaSO4)2 . H2O + 3H2O 2CaSO4 – 2H2O + (CaSO4)2 . H2O + calor 
Sulfato de cálcio hemi-hidratado s. de Ca di-hidratado não reagido
PROPORÇÃO ÁGUA –PÓ
	GESSO
	ÁGUA P/ MISTURAR (ML/100G)
	Gesso comum
	27-50
	Gesso pedra
	28-32
	Gesso pedra de alta resistência 
	19-24
TEMPO DE ESPATULAÇÃO
· Consiste no tempo entre a adição do pó a água e o término da mistura 
· Espatulação mecânica: 20 a 30 segundos
· Espatulação manual: 1 minuto
TEMPO DE TRABALHO
· Consiste no tempo transcorrido do início da mistura até o ponto do qual a consistência deixa de ser aceitável para uso pretendido do produto
· 3 minutos
TEMPO DE PRESA INICIAL
· Consiste no tempo transcorrido em que a mistura consegue resistir à penetração por uma agulha de gillmare com uma ponta de 2,12 mm de diâmetro e 113,4g de peso.
· Nesse ponto, a massa ainda não apresenta resistência à compressão mensurável e o modelo não pode ser removido do molde com segurança.
TEMPO DE PRESA FINAL
· Consiste no tempo transcorrido no qual uma agulha de gillmare mais pesada de 453,6g e ponta com 1,06mm de diâmetro deixa uma marca levemente perceptível na superfície.
Obs: os fabricantes fornecem as informações quanto aos tempos de presa
TEMPO DE PRESA
· Consiste no tempo transcorrido desde o início até o momento em que o material se solidifique.
· Medido através de agulhas de gillmore de diferentes pesos
FATORES QUE AFETAM O TEMPO DE PRESA
1. SOLUBILIDADE DO HEMI-HIDRATO: se a solubilidade do hemi-hidrato é aumentada, a supersaturação do di-hidrato é atingida mais rapidamente, o que acelera a taxa de deposição dos cristais de di-hidrato.
2. NÚMERO DE NÚCLEOS DE CRISTALIZAÇÃO: a nucleação é a primeira etapa no qual o Ca2+ e o SO4² em solução começam a se organizar em aglomerados de tamanho nanomerico, tornando-se estáveis nas condições de operação. Quanto maior o número de núcleos de cristalização, mais rapidamente os cristais de di-hidrato se formarão e mais rapidamente a massa irá endurecer.
3. TAXA DE CRESCIMENTO DOS CRISTAIS: o aumento ou a redução na taxa de crescimento dos cristais irá acelerar ou retardar o tempo de presa
4. IMPUREZAS: aumenta a quantidade de núcleos de cristalização; menor tempo de presa; deve sempre lavar a cuba antes de usar devido a impurezas.
5. GRANULOMETRIA: quanto mais finas as partículas de pó, maior a dissolução do hemi-hidrato e consequentemente, menor tempo de presa
O gesso pedra tipo IV apresenta partículas de pó mais finas do que o gesso tipo III
6. RELAÇÃO ÁGUA-PÓ: quanto mais água tiver, menor a densidade de núcleos de cristalização e consequentemente, maior tempo de presa; quanto mais água, mais irá para endurecer
7. ESPATULAÇÃO: quanto mais vigorosa e/ou prolongada, maior a quantidade de núcleos de cristalização, consequentemente, menor tempo de presa.
8. TEMPERATURA: 0-50ºC ligeiro aumento de temperatura, portanto, menor tempode presa; 50-100ºC aumento gradual do tempo de presa; 100ºC não ocorre reação de presa.
9. SISTEMAS COLOIDAIS: ex: água, alginato, sangue e saliva; impedem a hidratação do hemi-hidrato; impedem o crescimento dos núcleos de cristalização; aumenta o tempo de presa.
10. ACELERADORES E RETARDADORES: 
Aceleradores: diminuem o tempo de presa
Ex: K2SO4 a 2%; água gessada; sal de cozinha (NaCl) até 2%
Retardadores: aumentam o tempo de presa
Ex: acetatos e boratos
PROPRIEDADES DOS GESSOS
1. TEMPO DE PRESA
2. EXPANSÃO DE PRESA
· Independentemente do tipo de gesso selecionado, uma expansão da massa pode ser detectada durante a mudança de hemi-hidrato para di-hidrato.
· Os cristais que crescem dos núcleos podem se entrelaçar e destruir o crescimento de cristais adjacentes. Quando o processo se repete com milhares de cristais durante o crescimento cria-se uma tensão ou impulso do sentido externo, produzindo uma expansão da massa como um todo.
· Bastante aceitável quando o profissional utiliza a porporção correta de água/pó fornecida pelo fabricante. Só é exarcebada quando o gesso cristaliza em baixo d’água.
FATORES QUE ALTERAM O TEMPO DE PRESA
1. Para relações água-pó mais altas, menor núcleos de cristalização estão presentes por unidade de área e, consequentemente, menor será a expansão de presa.
Maior concentração de água na relação água/pó.
2. Tempo maior de espatulaçao irá aumentar a expansão de presa
O método mais efetivo para controlar a expansão da presa é através da adição de compostos químicos pelo fabricante.
3. Viscosidade 
A moldagem subgengival é mais difícil e por isso, o material deve ser mais fluido
A viscosidade do material depende da proporção água/pó, granulometria e outros.
4. Reprodução de detalhes: correlacionada à viscosidade do material
5. Resistência
A resistência úmida é a resistência determinada quando a água acima daquela necessária para a hidratação do hemi-hidrato permanece no corpo de prova
Quando esse excesso de água é removido pela secagem, a resistência obtida é a resistência seca. A resistência seca pode ser 2 ou mais vezes maior do que a resistência úmida.
Resistência à compressão
Resistência a tração
Resistência ao desgaste
Obs: o gesso possui uma resistência de compressão maior do que a resistência de tração. Permite que o trabalho seja realizado sem causar danos ao modelo.
FATORES QUE PREJUDICAM A RESISTENCIA MECANICA DOS MODELOS
· Alta proporção água-pó
· Tempo de espatulação longo
· Adição de acelerador e retardadores (diminui a resistência úmida e seca dos gessos).
6. MANIPULAÇÃO E VAZAMENTO
O aprisionamento de ar na mistura deve ser evitado, uma vez que a porosidade pode criar áreas de baixa resistência e falta de precisão na superfície
O hemi-hidrato e a água devem ser misturados uniformemente para garantir uma reação homogênea em toda a mistura
Seguir as recomendações do fabricante
7. CONTROLE DE INFECÇÃO
Limpeza e desinfecção do molde para evitar a contaminação cruzada
Lavagem do molde em água corrente
Podem ser utilizadas soluções desinfectantes que não prejudiquem a qualidade do modelo de gesso
MATERIAL NECESSÁRIO
· Espátula rígida
· Tigela de borracha
· Balança
· Medidor de água
PASSO A PASSO
1. Pesagem do pó (100g) e medição da água
- Moldagem de arcada superior – 100g de pó e 30 ml de água
- Moldagem de arcada inferior – 100g de pó e 30 ml de água
- Moldagem parcial – 50g
2. Mistura água/pó por pulverização
3. Espatulação 
- Manual – 1 min
- Mecanica – 20/30 seg
4. Preenchimento do molde por escoamento para que não haja incorporação de bolhas de ar
5. Vibração
6. Acréscimo em pequenas porções
CONSIDERAÇÕES TÉCNICAS
· Armazenar o pó em ambiente seco, pois o gesso é um material higroscópico (absorve a umidade do ar);
· Obedecer sempre as recomendações do fabricante
· Utilizar instrumentos limpos
· Não adicionar o pó a água após o início da mistura, devido a expansão e contração de presa ficarem desproporcionais
· Adicionar o pó a água e aguardar umedecimento para ser a comportação do pó
· Evitar a incorporação de bolhas.
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