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Iury Magalhães NMC ● Doenças clonais caracterizadas pelo aumento da produção de células do sangue e aumento do risco de evolução para leucemia aguda (baixas) ou mielofibrose o Risco trombótico é mais evidente ● Causas mielóides: aumento de qualquer uma das células da linhagem mielóide ● WHO classification of myeloid malignancies Policitemia vera ● Doença clonal caracterizada por aumento da massa eritrocitária devido à proliferação independente de estimulo – comumente está associado com leucocitose e trombocitose ● Eritropoetina! ● Única que cursa com pancitose ● Fisiopatologia o NORMAL: EPO → fosforilação → receptor de citocinas (JAK1 e 2) → estimula a STAT5 → chegam no núcleo → proliferação ▪ JAK 2 estimula a JAK 1 a estimular as STAT5 o Mutação do JAK2 → gene V617F o Alteração e sinalização independente de EPO ▪ EPO baixo o Quase todos os pacientes com PV apresentam mutação no JAK2 ▪ 96% V617F ▪ 3% mutação no éxon 12 ● Quadro clínico o Pode ser assintomática, sendo diagnosticada durante exames realizados com outra finalidade o Fenômenos tromboembólicos – principalmente arteriais o 30 a 40% dos pacientes podem apresentar cefaléia fraqueza prurido tontura sudorese ▪ Aquagênico quente (gatilho) o Eritromelalgia (vermelhidão nas extremidades) esta presente em raros casos ● Critérios diagnósticos ● Diagnóstico diferencial o Policitemia secundária ▪ Cardiopatias congênitas cianóticas ● Não efetivo se sangria o Tudo que se causa hipoxemia crônica ▪ Embolia pulmonar, Apneia obstrutiva do sono, DPOC o Pós transplante renal o Congênitas: ▪ Mutações da eritropoetina ● Estratificação de risco o JAK2 mutado = maior risco de trombose ● Tratamento o Sangria terapia = doação forçada de sangue ▪ Objetivo de reduzir o Hct < 45%, independente da idade o AAS, independente da idade – melhoras dos fenômenos vasomotores o Hidroxiureia – aumenta a EPO fetal – para pacientes de alto risco (> 60 anos ou fenômeno trombótico prévio) o OBS.: Não se deve repor ferritina, mesmo que baixa Iury Magalhães Mielofibrose primária ● Neoplasia clonal geralmente acompanhada por uma das seguintes mutações JAK2, CALR, MPL, expressão anormal de citocinas, fibrose na medula óssea, anemia, esplenomegalia e hematopoese extramedular ● Quadro clínico o Fadiga, por vezes, muito limitante o Febre, sudorese noturna, perda de peso o Sintomas relacionados à esplenomegalia volumosa o Astenia, dispnéia aos esforços, dor muscular, palpitações o Sangramentos (raro) o Mais sintomático! ● Critérios diagnósticos o Megacariocitos + atipia o Focar nos critérios menores o Afastar anemia ferropriva ● Tratamento o Não possui tratamento definido certo o Hidroxiureia o Talidomida + prednisolona o EPO – aumenta o tamanho do baço ▪ Melhora da anemia o Interfon – causa algumas reações o Irradiação esplênica – ponte para transplante o Esplenectomia – somente em casos de graves o Novas perspectivas ▪ Inibidores de JAK – melhora sintomática e redução do tamanho do baço – inibe JAK1 e 2 o Transplante de medula óssea para os pacientes que têm doadores disponíveis, DIPSS intermediário 2 ou alto risco Mielofibrose pré-fibrótica ● Diagnóstico diferencial importante com trombocitopenia essencial ● Critérios diagnósticos ● ET ≠ PMF o ET: ▪ Megacariócitos não formam clusters ▪ Hemácias formam clusters o PMF: ▪ Micromegacariócitos presentes e formação de clusters – megacariócitos displásicos ▪ Hipoplasia do setor eritróide ▪ Hiperplasia do setor granulocítico Iury Magalhães Trombocitemia essencial ● Doença mieloproliferativas bcr-abl negativa caracterizada por trombocitose sem estímulo ● São reacionais, não clonais ● Abordagem o Se triplo negativo = pior prognóstico possível ● Critérios diagnósticos o Plaqueta > 450.000 (principalmente) o Hiperplasia do setor megacariocítico sem atipia (biopsia medular) ● Mutações mais frequentes o Mutação do JAK2 o Mutação do CALR (fator protetor para trombose) – muita plaqueta – maior risco para sangramentos o Mutação do MPL o Triplo negativo (maior risco de transformação para leucemias) ● Principais complicações o Fenômenos tromboembólicos o Transformação para mielofibrose o Transformação para leucemia aguda o Sangramento – atividade reduzida – DVW adquirida - plaquetas acima de 1 milhão ● Tratamento o Reduzir o risco de fenômenos tromboembólicos o AAS – apenas em pacientes de alto risco o Hidroxiureia – somente em alto risco ou trombocitose extrema ou sintomatologia sem melhora com AAS o Interferon, anegreline o Não tratar o pacientes de baixo risco, observar evolução
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