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PRINCÍPIOS CIRÚRGICOS EM ODONTOLOGIA

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PRINCÍPIOS CIRÚRGICOS EM ODONTOLOGIA
Matheu� Dua�t� Guerr�
Desenvolvendo um diagnóstico
cirúrgico
A etapa inicial na avaliação
pré-cirúrgica é a coleta de dados
pertinentes e precisos. Essa etapa é
realizada por meio de entrevistas com o
paciente; exames de imagem,
laboratoriais e físicos. Entrevistas com o
paciente e exames físicos devem ser
realizados sem pressa e de forma
atenciosa. O cirurgião-dentista não deve
aceitar dados incompletos, tal como
radiografia de baixa qualidade,
especialmente quando é provável que
dados adicionais possam alterar decisões
relacionadas à cirurgia.
Necessidades básicos de para cirurgia
➔ Visibilidade adequada
○ acesso adequado
○ luz adequada
○ um campo cirúrgico livre
de excesso de sangue e
outros fluidos.
➔ Assessoramento
O assistente deve estar
suficientemente
familiarizado com os
procedimentos realizados
para antecipar a
necessidade do
cirurgião-dentista. A
realização de uma boa
cirurgia é extremamente
difícil sem ou com um
assistente ruim.
Incisões
PRINCÍPIO 1 :Deve ser usada
uma lâmina afiada de tamanho
apropriado. Uma lâmina afiada
permite que as incisões sejam
feitas de forma limpa, sem dano
desnecessário causado por golpes
repetidos.
PRINCÍPIO 2: Deve ser realizada
de forma firme e contínua
PRINCÍPIO 3: O cirurgião-dentista deve
cuidadosamente evitar cortar estruturas
vitais ao fazer uma incisão.Além disso,
quando usa um bisturi, o cirurgião-dentista
deve permanecer focado na lâmina para
evitar cortar estruturas acidentalmente,
tais como os lábios, ao mover o bisturi
para dentro e fora da boca.
PRINCÍPIO 4:O quarto princípio é que
incisões em superfícies epiteliais, que o
cirurgião-dentista planeja reaproximar,
devem ser feitas com a lâmina em
posição perpendicular à superfície
epitelial. Este ângulo produz bordas
quadradas no corte, que são mais fáceis
de reorientar propriamente durante a
sutura, e é menos suscetível a necrose
nas bordas do corte como resultado da
isquemia das mesmas
PRINCÍPIO 5: Incisões na cavidade oral
devem ser devidamente aplicadas.
Incisões em gengivas inseridas e sobre
ossos saudáveis são mais desejáveis que
aquelas em gengivas não inseridas, e
ossos doentes e ausentes.Incisões
aplicadas propriamente permitem que as
margens do corte sejam suturadas
intactas, que o osso saudável esteja pelo
menos a alguns milímetros de distância
do osso danificado, oferecendo assim
suporte para a cicatrização do corte.
Planejamento do Retalho
Retalhos cirúrgicos são feitos para
conseguir acesso cirúrgico a uma área ou
para mover o tecido de um local para
outro. Vários princípios básicos de projeto
de retalho devem ser seguidos para
prevenir as complicações da cirurgia de
retalho: necrose, deiscência e
dilaceração.
● Prevenção de Necrose
PRINCÍPIO 1:O cume (ponta) do retalho
não deve nunca ser maior que a base, a
não ser que a artéria principal esteja
presente na base. Retalhos devem ter
lados paralelos um ao outro ou,
preferencialmente, convergir movendo da
base para o cume do retalho.
PRINCÍPIO 2:Geralmente, o comprimento
de um retalho deve ter não mais que duas
vezes a largura da base.
Preferencialmente, a largura da base
deve ser maior que o comprimento do
retalho
PRINCÍPIO 3:Quando possível, um
fornecimento de sangue axial deve ser
incluído na base do retalho. Por exemplo,
um retalho no palato deve ser feito em
relação à maior artéria palatina, quando
possível.
PRINCÍPIO 4 :A base dos retalhos não
deve ser excessivamente torcida, esticada
ou apertada com qualquer coisa que
possa danificar os vasos, pois essas
manobras podem comprometer a
alimentação de suprimento de sangue e
drenar o retalho, assim como os delicados
linfáticos.
Prevenção de Deiscência do Retalho
A deiscência (separação) da margem do
retalho é prevenida pela aproximação das
bordas do retalho sobre o osso saudável,
ao manusear gentilmente as bordas do
retalho, e não colocando o retalho sobre
pressão. Não deverá ser necessário usar
nenhuma força significativa para unir os
tecidos enquanto se sutura um corte. A
deiscência expõe o osso subjacente e
outros tecidos, produzindo dor, perda
óssea e aumento da cicatriz.
Prevenção da dilaceração do retalho
Uma incisão longa devidamente reparada
cicatriza tão rápido quanto uma incisão
curta, é preferível criar um retalho no
começo da cirurgia que seja grande o
suficiente para o cirurgião-dentista evitar
rompimento forçado ou interromper a
cirurgia para estender a incisão.
Retalhos de envelope são aqueles
criados por incisões que produzem um
retalho de uma face. Um exemplo é uma
incisão feita ao redor do colo de vários
dentes para expor o osso alveolar sem
quaisquer incisões de liberação verticais.
No entanto, se um retalho de envelope
não oferecer acesso suficiente, outra
incisão (relaxante) deve ser feita para
prevenir a dilaceração do retalho.Incisões
de liberação verticais (oblíquas) devem
geralmente ser colocadas no espaço de
um dente inteiro anterior à área de
qualquer remoção óssea antecipada. A
incisão é geralmente iniciada no ângulo
da linha de um dente ou na papila
interdental adjacente e é realizada
obliquamente apical na gengiva retirada.
A necessidade por mais de uma incisão
de liberação é incomum quando se usa
um retalho para ganhar acesso cirúrgico
oral de rotina.
Manipulação de tecido
O tecido deve ser manuseado
cuidadosamente, puxar ou esmagar
excessivamente, temperaturas extremas,
dissecção ou o uso de produtos químicos
não fisiológicos danifica o tecido
facilmente. Portanto, o cirurgião-dentista
deve tomar cuidado sempre que tocar no
tecido.Quando os fórceps são usados,
não devem ser comprimidos com muita
força, mas de preferência usados
delicadamente para segurar o tecido.
Quando possível, devem ser usados
fórceps dentados ou ganchos de tecido
para segurar o tecido.
. Quando um osso é cortado, uma
quantidade abundante de irrigação deve
ser usada para diminuir a quantidade de
dano ósseo devido ao calor da fricção. O
tecido mole também deve ser protegido
do calor da fricção ou trauma direto do
equipamento de perfuração. Não deve
permitir que os tecidos sejam
desidratados.
Hemostasia
Razões importantes para a manutenção
da hemostasia:
1. preservar a capacidade de
armazenar oxigênio do paciente
2. diminuição da visibilidade criada
por sangramento incontrolável
3. a formação de hematomas.
Meios para promover hemostasia do
corte
1. Mecanismos hemostáticos naturais
Utilizando esponjas de tecidos
para colocar pressão nos vasos
que estão sangrando ou colocando
um hemostático no vaso. Os vasos
maiores precisam de
aproximadamente de 5 a 10
minutos de pressão contínua.
2. Uso do calor para fundir a ponta
dos vasos (coagulação térmica)
O calor é formado através de uma
corrente elétrica através de um
instrumento de metal, tal como, um
hemostato ou um bisturi elétrico.
Para isso o paciente deve estar
aterrado, a ponta do cautério deve
tocar apenas o sangramento para
evitar queimaduras e deve
acontecer a remoção de sangue e
fluidos da superfície a ser
cauterizada.
3. Ligadura
Se um vaso de tamanho
considerável for cortado, cada
ponta é segurada com um
hemostato. O cirurgião-dentista
então amarra suturas não
absorvíveis ao redor do vaso.
4. Substâncias Vasoconstritoras
Exemplos dessas substâncias
seriam a epinefrina e
pró-coagulantes.A epinefrina
funciona como um vasoconstritor
mais efetivamente quando
colocada no local em que deseja a
vasoconstrição por pelo menos 7
minutos antes da cirurgia começar.
Manejo do Espaço Morto
Espaço morto em um corte é qualquer
área que permanece desprovida de tecido
após o fechamento do corte.O espaço
morto é criado ao remover tecido na
profundidade do corte ou quando não se
reaproximam todos os planos teciduais
durante o fechamento. O espaço morto
em um corte geralmente preenche com
sangue, o que cria um hematoma com
grande potencial para infecção.
Formas de eliminar o espaço morto
1. suturar os planos teciduais juntos
para minimizar o vácuo
pós-operatório
2. colocar um curativo compressivo
sobre o corte reparado.
3. colocar uma vedação no vácuo até
que o sangramentopare e então
remover a vedação.O material de
vedação está impregnado com
medicação antibacteriana para
diminuir a chance de infecção.
4. uso de drenagem, por eles
mesmos, ou com adição de
curativos compressivos.
Na maioria dos procedimentos cirúrgicos
orais de rotina realizados por
cirurgiões-dentistas, a criação de um
espaço morto não é um grande problema.
Descontaminação e Debridamento
Bactérias invariavelmente contaminam
todos os corte abertos, portanto um meio
de diminuir a chance de infecção do corte
é reduzir o número de bactérias. Isso é
facilmente realizado ao irrigar
repetidamente o corte durante a cirurgia e
o fechamento do corte. Embora soluções
contendo antibióticos possam ser usadas,
a maioria dos cirurgiões usam
simplesmente soro fisiológico esterilizado
ou água esterilizada.
Debridamento do corte é a remoção
cuidadosa de tecido severamente
isquêmico e necrosado, e material externo
do tecido lesado que impediria o corte de
cicatrizar. Em geral, o debridamento é
usado somente durante tratamento de
cortes ocorridas traumaticamente ou para
dano severo no tecido causado por uma
condição patológica.
Controle de Edema
O edema acontece como resposta a lesão
tecidual, ele ocorre como um acúmulo de
fluido no espaço intersticial devido à
transudação de vasos danificados e
obstrução linfática pela fibrina.
O grau de edema pode estar relacionado
a 2 variáveis
1. Quanto maior a quantidade de
lesão tecidual maior a quantidade
de edema
2. Quanto mais solto o tecido
conjuntivo contido na região
lesionada, maior o edema.
Para o controle do edema pós operatório
1. Reduzir as lesões teciduais
2. Alguns acreditam que aplicação
de gelo em uma área recém-ferida
reduz a vascularidade e assim
diminui a transudação e o edema.
3. Paciente tente manter a cabeça
elevada acima do resto do corpo
tanto quanto possível durante os
primeiros dias pós-operatórios
4. O uso de corticóides, no entanto,
os corticosteroides são úteis para
controle de edema somente se a
administração for iniciada antes
que o tecido seja lesionado.
Estado geral da saúde e cicatrização de
paciente
A cicatrização apropriada do corte
depende da capacidade do paciente de
resistir a infecções, de fornecer nutrientes
essenciais para usar como materiais de
construção, e executar processos
celulares reparadores. Inúmeras
condições médicas prejudicam a
capacidade do paciente de resistir a
infecções e cicatrizar cortes.
Doenças que induzem um estado
metabólico catabólico
● tipo I de diabetes melito mal
controlada.
● doença hepática ou renal em
estágio final.
● doenças malignas.
Condições que interferem na entrega de
oxigênio ou nutrientes a tecidos
lesionados
● doença pulmonar obstrutiva
crônica (DPOC) grave
● insuficiência cardíaca congestiva
(ICC) descompensado
● toxicodependências tais como
alcoolismo
Além disso, doenças que requerem a
administração de medicamentos que
interferem com as defesas do hospedeiro
ou capacidade de cicatrizar cortes incluem
doenças autoimunes para as quais é dada
uma terapia de corticosteroides a longo
prazo e malignidades para as quais são
usados agentes citotóxicos e irradiação

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