Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
Internato de Clínica Médica Interno: Breno Vasco Gonçalves Zenha Orientador: Prof. Dr. Maurício Raposo HiPERTENSÃO PULMONAR Introdução Baixa Pressão Arterial Baixa Resistência Vascular Capacidade de acomodar grandes fluxos com elevações mínimas da PAP CVC(art. Pulmonar) verifica as PAP e DC 2 Definição Aumento patológico na PAP Normal PSAP: 15-30 mmHg PMAP: 10-20 mmHg Hipertensão Pulmonar: PMAP ≥ 25mmHg “Compreende um conjunto de doenças que têm achados patológicos comuns, porém, apresentam diferenças fisiopatológicas e prognósticas” Td débito passa pela circulação pulmonar, oriundo do VD (5 L/min) Alguns falam 20mmHg; PSAP não é mais valorizada; PMAP >25 em repouso, aferida de maneira invasiva 3 Classificação da OMS 4 Classificação da OMS Grupo 1 Doenças das ARTÉRIAS pulmonares Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4 Doenças do Coração Esquerdo Doenças Pulmonares/ Hipoxemia Doença Tromboembólica Crônica Grupo 5 Mecanismos multifatoriais (anemia) Esclerose Sistêmica Agrupa por semelhanças fisiopatológicas HAP (primária) forma rara 1-2/milhão de pessoas Grupo 1: doenças do colágeno (acometimento pp das art. Pulmonares), algumas drogas como as anfetaminas, cocaína) e a forma primária da HAP, pode ser a idiopática (rara) (de exclusão), vasculites Grupo2: IC DIAST. OU SIST. AUMENTA a pressão venocapilar refletindo sobre a PAP Gr3: fibrose intersticial, outras pneumopatias, DPOC (c/ enfisema importante), bronquiectasia Gr. 4:- Gr.5: sarcoidose, 5 Epidemiologia 15 casos para cada 1 milhão de habitantes F:M (1,7:1) 3° e 4° décadas Ainda não existem dados nacionais sobre a prevalência de HAP HAP Grupo 1 prevalência na Europa 15-26 casos por milhão PCDT: Hipertensão Pulmonar, 2014 6 Drogas associadas a HP Risco já estabelecido Risco muito provável Risco provável Aminorex Fenfluramina Dexflenfuramina Óleo de colza Anfetaminas Triptofano Metanfetaminas Cocaína Quimioterápicos 7 HAP x Esclerose Sistêmica Das doenças do tecido conectivo é a que tem maior relação com a HAP 7 a 12%; HAP torna o prognóstico da ES pior mortalidade de 30% em 1 ano; A suspeição de HAP em ES deve ser sempre alta diagnóstico precoce; A prevalência de HAP em pacientes com LES, AR e DMTC não é bem estabelecida, e tem incidência menor compara a ES. vasculopatia pulmonar isolada ; indução de intcrsticiopatia, disfunção diastólica de ventrículo esquerdo (VE) e até mesmo acometimento direto do coração 8 Fisiopatologia da HAP idiopática ↓ Canais de K+ voltagem-sensíveis Mutações no receptor de TFG-beta (BMP-2) Predisposição Genética Resistência à apoptose (íntima e média) Remodelamento Vascular (Hiperplasia/ Fibrose íntima; Hipertrofia Média) Vasoconstricção, Proliferação, Trombose, Inflamação Vasculopatia Obliterativa- Grupo 1 Canais de K permitem a saída de K pro extracelular repolarizam a célula isso garante o relaxamento da musculatura lisa dos vasos constantemente despolarizada (+ mais CA++ entra na célula, fazendo mais vasoconstrição) Mutação BMP justificam as alterações patológicas encontradas nas artérias doentes Camada íntima células endoteliais; média células musculares lisas Pequenas artérias pulmonares vão sofrendo obstrução progressivo 9 Fisiopatologia da HAP idiopática Endotelina PXA2 Prostaciclina (PGI2) Óxido Nítrico Modificou a história natural da HAP idiopática PGI e NO importantes vasodilatadores endógenos, exercem efeitos anti-proliferativos e anti-trombóticos Endotelina e Tromboxano A2 fazem vasoconstricção, estimulam a mitose, hemostasia 1°(pró trombótica) Pcts estão tendo diminuição da PMAP, e ganhando qualidade de vida, prolonga a sobrevida está sendo usado para as outras formas de Hipertensão Pulmonar 10 Manifestações Clínicas Dispneia Fadiga Dor torácica Síncope Hemoptise Queixas Inespecíficas Sinais de Sobrecarga do VD TJP VD palpável Hiperfonese de B2, choque valvar Sopro de regurgitação tricúspide B4 e B3 de VD Hepatomegalia, edema e ascite Cianose ? Pneumopatia avançada ou Forame oval patente (hipoxemia refratária ao O2) Na HAP é + intenso, pq tem + aumento da pressão e é mais progressivo O dx clínico de ctz da HP é tardio, estima-se demora de 2 anos após iniício p/ dx quadro inespecífico porém perde janela terapêutica Tentar fazer o dx antes de falência de VD (dx tardio) Pq dispneia na medida q a HP limita o DC do VD, limita o DC carência de sangue para musculatura respiratória (aos esforços e progressivo) DÉBITO CARDÍACO LIMITADO Dor torácica dilatação do tronco da art. Pulmonar comprime a origem a art. Coronária esquerda limita sangue para VE tbm Hemoptise HP grave ruptura de vasos sanguíneos (arteriais) p/ dentro da árvore respitaróriavolumosa Sopro de regurgitação tricúspide holossitólico (dilatação do anel valvar) Onda V onda de contração ventricular B4 sobrecarga de pressão; B3 sobrecarga de volume Cor pulmonale sobrecarga e congestão sistêmica Forame oval patente pode passar desapercebido mas não quando em vigência de HP shunt intracardíaco 11 Estágios 12 Estágios 13 Estadiamento Clínico Classificação NYHA modificada pela OMS Classe 1 Classe 2 Classe 3 Classe 4 HP s/ limitação física. Assintomático no esforço HP c/ limitação moderada. Sintomas com esforço ordinário HP c/ limitação importante. Sintomas com qualquer esforço HP c/ sintomas em repouso. Falência VD Classificação funcional da OMS Sobrevida 2 e 3 3,5 anos Est. 4 6 meses 14 Investigação diagnóstica Principal exame de rastreamento; Considera-se PSAP >35 mmHg pelo ECO como indicativas de hipertensão pulmonar; Pode afastar causas cardiogênicas de HP secundária (doença cardíaca congênita, valvopatia mitral e disfunção ventricular esquerda). Ecocardiograma PSAP velocidade do jato regurgitante tricúspide; 15 Investigação diagnóstica E: 70% e S: 55%; Desvio do Eixo para Direito; Detecção de onda P pulmonale (alta e apiculada); Aumento da relação R/S em V1 (>1); Aumento da relação S/R em V6; Complexo qR em V1 (HVD grave). Eletrocardiograma 16 Investigação diagnóstica Pode ser útil na identificação de doenças do parênquima; Abaulamento correspondente a tronco pulmonar; Dilatação da artéria pulmonar direita; Diminuição do espaço retroesternal; Pode ser normal no início dos sintomas. Radiografia de Tórax Ex: DPOC e dçs intersticiais 17 Investigação Etiológica Provas de Função Pulmonar TC de Tórax Cintilogradia V/Q Polissonografia Laboratoriaiss Anti-HIV 1 e 2 Função hepática Hepatites Virais FAN, FR, Scl-70, anti-RO e anti-LA BNP ou NT-pro-BNP Prova de função pulmonar determinar padrão obstrutivo x restritivo (fibrose pulmonar idiopática) 6MWT avaliar progressão ou melhora Polissonografia dessaturação noturna? indica O2 noturno Esclerodermia cutânea limitada (sd. Crest) que mais se associa a// HP BNP tem valor prognóstico/ melhora Prova de função pulmonar teste de difusão do Monóxido de Carbono Função hepática sd. Porto-pulmonar 18 Investigação diagnóstica Teste de rastreio: Ecocardiograma-Doppler Dilatação+ Hipertrofia AD e VD ↑PSAP estimada Baixo limiar de suspeição clínica ECO (+) para HP Cateterismo Cardíaco Direito Padrão-ouro diagnóstico de HP Dx precoce +qualidade de vida CATE= é útil p/ dx, etiologia e estratificação Exame obrigatório; somente ele pode descartar doenças do coração esquerdo. 19 CATE Direito PMAP PCAP GTP RVPu DC Diagnóstico e seleção do tratamento PCAP pressão de oclusão da art. Pulmonar (pressão de sangue pós oclusão) (pressão capilar art. Pulmonar) se tiver aumento tem componente do grupo 2 GTP gradiente trans-pulmonar 20 CATE Direito PMAP ≥25 mmHg PCAP ≤15mmHg (pré) ou >15 (pós-capilar) GTP <12mmHg (passivo) ou >12 (reativo) RVPu >3 Wood DC Normal ou ↓ Pre-capilar intrínseco aos vasos(arteríolas) pulmonares; pos relacionado ao coração esquerdo Passivo apenas por acúmulo de sangue retrogradamente; Reativo tbm há vasoespamo intrínseco as arteríolas pulmonares 21 CATE Direito Teste da Vasorreatividade NO inalatório ↓PMAP ≥ 10mmHg PMAP final ≤ 40mmHhg Prevê resposta aos Ant. canais de Ca++ Apenas 25 a 35% repondem aos BCC O teste não deve ser feito em pcts instáveis ou com IC D grave Sobrevida de 94% em 5 anos x 36% em 5 anos Administra subst. Vasodilatadora de curta meia vida (pode ser até adenosina ou epoprosterenol EV) ACC são + baratos q a terapia avançada (alguns não tem resposta, ou não toleram os ACC) Deve manter o DC e s/ redução da PA sistêmica 22 Investigação Etiológica 6MWT avaliar progressão ou melhora Polissonografia dessaturação noturna? indica O2 noturno Esclerodermia cutânea limitada (sd. Crest) que mais se associa a HP BNP tem valor prognóstico/ melhora Prova de função pulmonar teste de difusão do Monóxido de Carbono 23 Investigação Etiológica Polissonografia dessaturação noturna? indica O2 noturno Esclerodermia cutânea limitada (sd. Crest) que mais se associa a HP BNP tem valor prognóstico/ melhora Prova de função pulmonar teste de difusão do Monóxido de Carbono 24 Investigação Etiológica 6MWT avaliar progressão ou melhora Polissonografia dessaturação noturna? indica O2 noturno Esclerodermia cutânea limitada (sd. Crest) que mais se associa a HP BNP tem valor prognóstico/ melhora Prova de função pulmonar teste de difusão do Monóxido de Carbono 25 Tratamento- Terapia 1° Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4 Grupo 5 Geralmente NÃO HÁ Controle da IC Oxigenioterapia Anticoagulação/ Cirurgia Variável Tratar causa básica 26 Tratamento Geral Evitar grandes esforços físicos Contracepção Prevenção de infecção Reabilitação funcional Restrição de sódio (<2,4g/d) Oxigenioterapia PaO2<55mmHg ou SatO2 <88% Diuréticos Se sintomas de Insuficiência de VD Risco: ↓DC, hipocalemia e alcalose metabólica Risco de síncope e eventos cardíacos risco aumentado de baixo débito pela grande dependência de uma pré-carga adequada para o trabalho do VD 27 Anticoagulação Recomendado para o grupo 1 e 4; Recomendável para HAP pelo alto risco de TEP; Utiliza-se warfarin em doses baixas; Visa-se um INR entre 2 e 2,5. 28 Terapia Vasodilatadora Vasorreatividade (+) ACC Grupo 1- G3,4,5 (individualizar) (-) ou falha Não fazer ACC “Faca de dois gumes” Dilatam os vasos pulmonares Dilatam os vasos sistêmicos Antagonistas dos canais de cálcio: Nifedipino 120-240 mg/dia Anlodipino 20-40 mg/dia Diltiazem 120-900 mg/dia Controlar a HP Grupo 2 não se indica (s/ evidência) ACC diidro (vasodilatadores) e não diidro, doses altas verapamil e diltiazem Não fazer ACC pode causar hipotensão (malefícios >) e hipoperfusão coronariana 29 Terapia Avançada Vasorreatividade (+) ACC Grupo 1- G3,4,5 (individualizar) (-) ou falha Não fazer ACC Classe Func. II e III: Antagonista ET +- Inibidor PDE-5. Ex: Bosentan, Ambrisetan +/- Sildenafil, Tadalafil Classe Func. IV ou falência terapêutica : Prostanoides Ex: Epoprostenol (EV contínuo), Treprostinil (SC/INL), iloprost (INL) Classe 1 não indica uso da terapia avançada 30 Antagonistas da Endotelina A endotelina-1 é um potente vasoconstritor, indutor mitogênico de céls. Da musculatura lisa vascular e fibrogênico; Está nos pacientes com HAP; A Bonsentana (inibidor não seletivo) antagoniza a ação da endotelina; Inibidores seletivos: Ambrisentan e sitaxsextan; Dose: 125 a 250 mg de 12/12 horas; Efeitos colaterais: Hepatotóxico e edema periférico. Ant. ET bloqueiam o efeito vasoconstrictor e pró-trombótico da endotelina 31 Inibidores da Fosfodiesterase 5 As fosfodiesterases são enzimas envolvidas na degradação de um metabólito do NO, responsável pelo relaxamento dos músculos lisos das artérias pulmonares; Sua inibição leva à redução da hipertensão pulmonar; Ex: Sildenafil (Viagra), Tadalafil; Dose: 25 a 75 mg 3x/dia. PDE5 é uma enzima intracitoplasmática 32 Análogos da Prostaciclina Potentes vasodilatadores, inibem a agregação plaquetária e reduzem a proliferação das células musculares lisas vasculares; Alto custo e dificuldade de administração: Epoprostenol (infusão contínua) Teprostinil (subcutâneo) Iloprost (inalatório) Efeitos colaterais: diarreia e artralgia; Utilizados em classe funcional IV ou falência terapêutica. Aumento da sobrevida em 5 anos: De 25% para 50% Epoprostenol (meia vida curta-4/6min) portocath (c/ bomba infusora) (cateter de Hickman) o que tem de melhor análogo da prostaciclina 33 Tratamento Cirúrgico Transplante de pulmão Indicação: Falência do Tratamento Clínico; A taxa de sobrevida após transplante por HP, em 3 anos, é de aprox. 65-70%. Septostomia Atrial Criação de um shunt direita esquerda entre os átrios; Realizada nos casos com sinais de intenso baixo débito ponte até o transplante. 34 Tratamento Tempo para determinar falha 3 meses 35 Perspectivas 36 Perspectivas 37 Referências Ministério da Saúde. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas- Hipertensão Arterial Pulmonar. 2014. MARTINS, M. A. et. al. Clínica Médica- USP. Volume 2. 2 ed. Barueri, SP: Manole, 2016. SALAME, F. Hipertensão Pulmonar. UEA-Disciplina de Tisiologia e Pneumologia. 2013. Tratado Brasileiro de Reumatologia. 38
Compartilhar