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Bases da Oftalmologia I

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HM V – ESTAÇÃO OFTAMO- KATARINA ALMEIDA DIAS 
 
 
1 
 
Bases da Oftalmologia I 
ANATOMIA 
O olho é o órgão da visão, formado pelo bulbo do olho e pelo nervo óptico. A órbita contém o bulbo do 
olho e as estruturas acessórias da visão. A região orbital é a área da face sobre a órbita e o bulbo do olho 
que inclui as pálpebras superior e inferior, além do aparelho lacrimal. 
A capacidade da visão é promovida pelo sistema fotorreceptor, composto basicamente pelo globo ocular 
e pelas estruturas anexas, que são as pálpebras, glândulas lacrimais e a conjuntiva, além dos músculos 
extrínsecos do bulbo do olho. Já o globo ocular é composto por três camadas: camada externa, camada 
média e camada interna. Além disso, o olho possui o cristalino, que é mantido em posição pelo ligamento 
ciliar, e à frente do cristalino fica a íris, que é pigmentada e delimita a abertura da pupila, por onde passa 
os raios luminosos que chegam à retina. Além disso, o olho é dividido em três compartimentos: câmara 
anterior, câmara posterior e o espaço vítreo. 
GLOBO OCULAR 
O globo ocular é constituído por 3 túnicas: externa ou 
fibrosa (córnea e esclera), média ou vascular(íris, 
corpo ciliar e coroide) e interna ou neurossensorial 
(retina). Internamente, o olho é formado pelo 
cristalino, pelo humor aquoso e pelo corpo vítreo, 
compartimentos: câmara anterior, câmara posterior 
e espaço vítreo. É possível ainda separar o olho em 2 
segmentos: anterior e posterior, sendo o cristalino o 
marco anatômico para essa divisão. 
Túnica externa 
Esclera: É parte branca e opaca da camada externa do olho. È conhecida popularmente 
como “branco do olho”. A esclera tem função protetora e ajuda a manter a forma do 
olho. 
 
Córnea: É a parte transparente do olho. Adapta-se à esclera como 
um “vidro de relógio”. A córnea é a superfície de maior poder de 
refreção do olho, visando formar a imagem nítida na retina. É 
circular no seu contorno e de espessura uniforme. Sua superfície é 
lubrificada pela lágrima, secretada pelas glândulas lacrimais e 
drenada para a cavidade nasal através de um orifício existente no 
canto interno do olho 
 
 
HM V – ESTAÇÃO OFTAMO- KATARINA ALMEIDA DIAS 
 
 
2 
 
 
 
 
 
 
REVESTIMENTO OCULAR 
Diversas estruturas revestem o globo ocular. Dentre outras funções, elas funcionam como barreira de 
proteção e, no caso da córnea, como lente refrativa. 
Conjuntiva: É uma membrana mucosa que cobre as pálpebras posteriormente, reflete para o globo 
ocular, formando o fórnice (fundo de saco), e estende-se até o limbo. Inflamações podem causar edema 
(quemose) na região dos fórnices e da 
conjuntiva bulbar (globo ocular), por ter 
frouxa aderência nesses locais. Contém 
células caliciformes, responsáveis pela 
secreção de mucina , e outras glândulas, que 
contribuem na formação do filme lacrimal. 
A conjuntiva facilita o livre movimento do 
globo ocular e promove uma superfície lisa 
para que as pálpebras deslizem sobre a 
córnea. Tem um importante papel de 
barreira, servindo de proteção do contra 
microrganismos. Sua vascularização é 
predominantemente originada de ramos da 
artéria oftálmica . Sua inervação sensorial, mediada por ramos do nervo oftálmico, é reduzida em 
comparação à córnea. 
Cápsula de Tenon: Envolve a superfície externa da esclera. Continua com as fáscias dos músculos 
extraoculares, servindo de apoio e regulando a direção da ação. 
Episclera: Reveste a porção anterior da esclera, possuindo vasos sanguíneos que a nutrem. Próximo ao 
limbo funde-se à conjuntiva bulbar e à cápsula de Tenon. 
HM V – ESTAÇÃO OFTAMO- KATARINA ALMEIDA DIAS 
 
 
3 
Túnica media e segmentos anteriores 
 Íris: É a parte colorida do olho. Fica atrás da córnea e é vista porque a córnea é transparente. A Íris possui 
em seu centro um orifício chamado pupila. Possui um orifício central denominado pupila, cujo diâmetro 
é de 2-4 mm, podendo variar de 0,5mm (quando em miose) a 8 mm (quando em midríase). Dois músculos 
lisos são responsáveis por essa variação do diâmetro. O músculo esfíncter da pupila, inervado por fibras 
parassimpáticas do nervo oculomotor (N.C. III) e responsável por movimento de miose e o músculo 
dilatador da pupila , inervado por fibras simpáticas 
provenientes do gânglio cervical superior. 
Corpo ciliar: Subdividido em duas porções, sendo a 
mais anterior (pars plicata) está em contato com o 
limbo e a mais posterior(pars plana) forma a ora 
serrata.Os processos ciliares são os responsáveis pela 
formação do humor aquoso. Contém ainda o mús 
culo ciliar, composto de fibras longitudinais, circulares e radiais que controlam a acomodação visual . 
Humor aquoso:Produzido nos processos ciliares por ultrafiltração e secreção ativa, preenche as câmaras 
anterior e posterior. É composto glicose, oxigênio e aminoácidos que servem de nutrientes para a córnea 
e o cristalino. Flui para a câmara anterior pela pupila, seguindo para o ângulo iridocorneano, onde penetra 
na rede trabecular para alcançar o seio venoso da esclera , que se comunica com veias episclerais. Essa 
via (via convencional) é responsável pela drenagem de ≈85% da produção do humor aquoso. O restante 
difunde-se pelos vasos da íris e do corpo ciliar (via alternativa). 
 Pupila: Estrutura cujo diâmetro sofre variação de acordo com a iluminação do ambiente. Em ambientes 
mal iluminados, por ação do sistema nervoso simpático, o diâmetro da pupila aumenta e permite a 
entrada de maior quantidade de luz. Em locais muito claros, a ação do sistema nervoso parassimpátic o 
acarreta diminuição do diâmetro da pupila e da entrada de luz. Esse mecanismo evita o ofuscamento e 
impede que a luz em excesso lese as delicadas células fotossensíveis da retina. 
Cristalino: É uma lente transparente situada atrás da íris. Modifica sua forma para dar maior nitidez à 
visão (acomodação visual). O cristalino age juntamente com a córnea, fazendo a refração dos raios 
luminosos. 
O epitélio subcapsular encontra-se exclusivamente na face anterior. É formado por uma única camada 
de células cúbicas que dão origem às fibras do cristalino. 
A massa interna é formada pelo córtex e pelo núcleo. A região cortical contém as fibras do cristalino, e o 
núcleo células antigas impactadas com o envelhecimento. 
SEGMENTO POSTERIOR 
Compreende os 2/3 posteriores do olho, delimitado anteriormente pelo cristalino e envolvendo hu mor 
vítreo, retina, coroide e nervo óptico. 
Corpo vítreo: É composto 99% por água, contendo ainda fibras de colágeno e de ácido hialurônico, que 
promovem coesão e dão uma consistência gelatinosa ao meio. Compreende 2/3 do volume e do peso do 
olho, ocupando toda a cavidade posterior ao cristalino – espaço vítreo –, tendo papel importante no 
amortecimento do globo ocular. Sua superfície externa – membrana hialoide – é firmemente aderida à 
retina em certos pontos, particularmente no nervo óptico e na ora serrata, tornando os locais propícios 
a maior tração e consequente descolamento da retina. As células do corpo vítreo – hialócitos – são 
pouco numerosas, apresentando função fagocitária e de síntese do material extracelular . 
HM V – ESTAÇÃO OFTAMO- KATARINA ALMEIDA DIAS 
 
 
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Retina: Reveste os 2/3 posteriores da porção interna do globo ocular, terminando ao nível do corpo ciliar, 
na ora serrata. É compreendida pelas 9 camadas neurossensoriais (fotorreceptora, membrana limitante 
externa, nuclear externa, plexiforme externa, nuclear interna, 
plexiforme interna, de células ganglionares, de fibras nervosas e 
membrana limitante interna) e pelo epitélio pigmentar da retina. 
A retina recebe seu fornecimento de sangue de 2 fontes: camada 
coriocapilar da coroide (supre o terço externo da retina e a 
fóvea) e ramificações da artéria central da retina (suprem os 2/3 
internos).O endotélio dos vasos retinianos não possui 
fenestrações, característica importante para a manutenção da 
barreira hemato-retiniana.Coróide: É formada por vasos sanguíneos e responsável por 
parte da nutrição da retina. Está situada abaixo da esclerótica e 
é intensamente pigmentada. Esses pigmentos absorvem a luz 
que chega à retina, evitando sua reflexão. A coróide une-se na 
parte anterior do olho ao corpo ciliar. É a camada vascular do 
globo ocular. 
 
 
ESTRUTURAS ACESSÓRIAS OU ANEXOS 
Pálpebras: as duas pálpebras cobrem e 
protegem o globo ocular e são constituídas 
por vários planos ou camadas, das quais as 
mais importantes são: - revestimento 
externo, a pele; - camada muscular 
constituída pelo orbicular das pálpebras 
(músculo da expressão) e pelos músculos 
palpebrais superior e inferior; - revestimento 
interno, a mucosa. Quando o olho está 
fechado, a pele da pálpebra superior 
apresenta uma prega transversal 
denominada sulco órbito-palpebral, o qual 
precisa ser fielmente reproduzido quando da restauração protética das pálpebras. 
HM V – ESTAÇÃO OFTAMO- KATARINA ALMEIDA DIAS 
 
 
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A mucosa que reveste as pálpebras é formada pela conjuntiva, membrana que após forrar as pálpebras 
se dobra em direção ao segmento anterior do globo ocular, formando entre o olho e as pálpebras uma 
cavidade denominada conjuntival. Nesta cavidade circula a secreção lacrimal. A dobra da conjuntiva 
forma um fundo-de-saco, inferior e superior, detalhe esse muito importante para a fixação da prótese 
ocular. No fundo-de-saco, no ângulo interno do olho, situa-se uma pequena saliência avermelhada 
denominada carúncula lacrimal. A profundidade desse fórnix palpebral é maior na parte superior que na 
inferior. 
Cílios: Inserem-se obliquamente ao longo das bordas palpebrais livres, em duas a quatro fileiras. Têm 
como objetivos impedir a entrada de poeira nos olhos e a entrada de excesso de luz. 3. Sobrancelhas: 
Impedem a entrada de suor nos olhos. 
Glândulas lacrimais: Produzem lágrimas 
continuamente. Este líquido, espalhado pelos 
movimentos das pálpebras, lava e lubrifica o olho. 
Frente ao choro, o excesso de líquido desce pelo canal 
lacrimal e é despejado nas fossas nasais, em direção 
ao exterior do nariz. 
 
Músculos do olho: 
Situados na loja posterior da órbita e inserem-se diretamente na esclerótica. Têm como objetivo mover o 
globo ocular. São em número de 7 sendo que 6 deles – músculos retos (superior, inferior, interno e 
externo) e músculos oblíquos (superior e inferior) vão da esclerótica até o fundo da cavidade orbitária, 
onde têm uma inserção comum ao nível do buraco óptico, exceto o oblíquo inferior que se insere no 
rebordo externo do orifício do canal nasal. O 7 músculo que também se insere no 9 fundo da cavidade 
orbitária como os primeiros e também adiante, na face profunda da pele das pálpebras, é o músculo 
elevador da pálpebra superior. Esses músculos, após a enucleação ou evisceração do globo ocular, 
imprimem às pálpebras da cavidade remanescente, certos movimentos que per mitem dar à prótese 
ocular, movimentos que se aproximam dos naturais 
 
 
 
 
 
 
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EXAME OFTAL MOL ÓGICO 
 
 
PROBL EMAS E DOENÇAS OCUL ARES 
Defeitos Refractivos (miopia, hipermetropia, astigmatismo, presbiopia, retinopatia diabética). 
Os problemas visuais mais frequentes são os defeitos refractivos. Estes dizem respeito a um conjunto de 
alterações nos quais há uma focagem inadequada das imagens na retina. São, na grande maioria, 
facilmente corrigidos com óculos ou lentes de contacto. Em casos mais raros a cirurgia poderá ser uma 
opção. 
MIOPIA 
É uma situação em que a imagem é focada à frente da retina e traduz-se por uma dificuldade de visão ao 
longe. 
Um olho míope é normalmente maior 
que o normal e é mais propenso a 
algumas doenças (ex. glaucoma, 
descolamento de retina, etc.) 
 
Didaticamente podemos classificar os tipos de miopia em: 
1) miopia axial: causada pelo globo ocular ser mais alongado, com diâmetro ântero-posterior maior que 
o normal. 
2) miopia de curvatura: aumento da curvatura da córnea ou cristalino, trazendo um poder de refração 
excessivo para um olho de tamanho normal. 
HM V – ESTAÇÃO OFTAMO- KATARINA ALMEIDA DIAS 
 
 
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3) miopia secundária: pode ser associada à Catarata Nuclear, quando a degeneração do cristalino o seu 
poder de refração (miopia de índice ou refrativa); pode também ocorrer após trauma ou cirurgia para 
glaucoma, pelo seu deslocamento anterior do cristalino. 
4) miopia congênita: alto grau de miopia ao nascimento4) miopia congênita: alto grau de miopia ao 
nascimento 
Correção para miopia 
Não existe exatamente uma cura para miopia, mas sim tratamentos para corrigir o embaçamento visual 
e ajudar a conviver melhor com ela. Os mais comuns são: 
Óculos: Até hoje é o tratamento mais comum. Utilizam-se lentes negativas (divergentes) para que as 
imagens sejam focadas corretamente na retina. 
Lentes de contato: Também um tratamento comum, mas devemos sempre lembrar do uso correto e 
higiene adequada para reduzir o risco de infecções e inflamações nos olhos. 
Cirurgia refrativa: Cirurgia que utiliza laser para alterar a curvatura da córnea e modificar o poder de foco 
do olho 
HIPERMETROPIA 
A Hipermetropia é um erro de refração que faz com que a imagem seja focada atrás da Retina. Dessa 
forma, a capacidade refratária é alterada em relação aos olhos com visão normal. A hipermetropia causa 
dificuldade para enxergar objetos próximos 
e principalmente para leitura de textos. 
Sintomas de hipermetropia: O principal 
sintoma da hipermetropia é a visão 
embaçada mais para perto, mas també m 
podem existir queixas de dores de cabeça 
ou cansaço ocular, sensação de peso ao 
redor dos olhos, ardor, vermelhidão 
conjuntival e lacrimejamento ocular. 
Tratamento de hipermetropia: A hipermetropia pode ser corrigida com o uso de óculos, Lentes de 
Contato ou Cirurgia Refrativa se houver indicação de um oftalmologista especialista em córnea. 
ASTIGMATIMOS 
O astigmatismo é uma doença ocular causada, na maioria das vezes, 
por irregularidade da córnea e o seu efeito é a distorção de image m, 
pois os raios de luz não chegam ao mesmo ponto na retina. 
Sintomas de Astigmatismo: Dependendo do grau e da atividade da 
visão, seja para perto ou longe, a imagem fica borrada e algumas 
queixas são frequentes, tais como dor de cabeça, sensação de 
ardor e hiperemia conjuntival. A intensidade varia conforme a 
gravidade do problema e o esforço visual. 
Tratamento de Astigmatismo: A correção do astigmatismo pode 
ser feita por óculos, lentes de contato ou Cirurgia Refrativa 
quando houver indicação de um oftalmologista especialista em 
córnea 
 
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CATARATA 
A catarata é a opacificação do cristalino (lente natural que existe 
no interior do globo ocular). A principal função do cristalino é 
permitir o foco das imagens na retina. A perda da transparência 
desta lente é denominada catarata. 
Causas: A opacidade parcial ou total do cristalino pode ser 
desencadeada por vários fatores, como traumatismo, idade, 
diabetes mellitus, uveítes uso de medicamentos etc. É uma doença 
conhecida há milhares de anos e sua cirurgia já é realizada há 
séculos. A catarata está geralmente relacionada à idade, porém alguns fatores de risco como trauma 
ocular, doenças infecciosas, doenças reumatológicas, diabetes e uso de algumas medicações (como 
corticóides, por exemplo) podem acelerar o desenvolvimento da doença. 
 
 
Sintomas: Tipicamente apresenta-se como embaçamento visual progressivo que pode levar a cegueira ou 
visão subnormal. As pessoas com catarata notam perda progressiva na nitidez da imagem. As cores 
perdem o brilho e as imagens começam a ficar embaçadas. Além disso, é comum os pacientes se 
queixarem de sensibilidade à luz. No início, os sintomas são leves, mas podem progredir e reduzir a visão 
de forma significativa, deixando as imagens completamentenubladas. Esse processo pode atingir os dois 
olhos e a identificação é o primeiro passo na abordagem à catarata. A compreensão do efeito da catarata 
na qualidade de vida do paciente e o discernimento médico de quando intervir também são muito 
importantes, pois são os aspectos diferenciais de uma consulta mais personalizada e humana. 
Diagnostico: é realizado pelo exame de biomicroscopia. Abaixo um vídeo mostrando o exame, quando a 
catarata é diagnosticada pelo especialista em catarata. 
Outros exames também podem ser solicitados como: 
• Tonometria; 
• Mapeamento de retina; 
• Microscopia especular; e 
• Biometria, que é o cálculo do número da lente que vai dentro do olho. 
O tratamento da catarata não precisa ser imediato, entretanto, é essencialmente cirúrgico e consiste na 
remoção do cristalino opacificado e sua substituição por uma lente intra-ocular. 
 
 
 
 
 
 
 
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9 
GL AUCOMA 
Glaucoma não é uma doença única, mas 
sim um grupo de doenças que resultam na 
lesão no nervo óptico, o responsável por 
levar os estímulos visuais captados pelos 
olhos até o cérebro. Com o nervo óptico 
lesado, as imagens captadas pelos olhos 
não chegam cérebro e o resultado é a 
cegueira. 
O glaucoma é a principal causa de cegueira 
irreversível no mundo. A cegueira pela 
catarata é mais comum que pelo glaucoma, 
mas ela é uma causa de cegueira reversível. 
Sintomas 
O glaucoma do ângulo estreito ocasionalmente pode apresentar sintomas, como fisgada no olho, 
associada a olho vermelho, borramento temporário da visão e percepção de halos coloridos ao redor de 
luzes. Porém, na maioria dos casos, o glaucoma evolui lentamente, sem que o paciente perceba. O 
diagnóstico precoce só é feito em exame oftalmológico preventivo. 
TIPOS DE GLAUCOMA 
Existem diversos tipos de glaucoma, mas há quatro deles que são os mais comuns: 
Glaucoma primário de ângulo aberto - também conhecido como “glaucoma crônico simples” afeta 
geralmente as pessoas acima dos 40 anos e representa 80% dos casos. Ocorre aumento da pressão ocular 
que pode ser assintomático (não apresenta sintomas); 
Glaucoma primário de ângulo fechado - a principal característica é que há um aumento súbito da pressão 
intraocular, turvamento da visão e dor intensa neste olho afetado; 
 
Glaucoma congênito - é mais raro e acontece em recém-nascidos e crianças. Os sintomas são 
principalmente assimetria do tamanho dos olhos e diminuição do brilho ocular; 
 
Glaucoma secundário - é decorrente de outras doenças como diabetes, cataratas, entre outras. 
COMO DIAGNOSTICAR E TRATAR O GLAUCOMA? 
Existem dois sinais do glaucoma: a pressão intraocular acima da média e as alterações no nervo ótico, 
ambos perceptíveis somente ao exame do oftalmologista. Esses fatores podem contribuir no diagnóstico 
da doença. 
O tratamento do glaucoma varia de acordo com a manifestação no paciente. Geralmente o tratamento é 
clínico, realizados com colírios e medicamentos via oral. Em alguns casos é necessária a intervenção 
cirúrgica ou a laser. 
 
 
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RETINOPATIA DIABÉTICA 
A diabetes é uma doença complexa e progressiva que afeta os vasos sanguíneos do olho. Um material 
anormal é depositado nas paredes dos vasos sanguíneos da 
retina que é a região conhecida como "fundo de olho", 
causando estreitamento e às vezes bloqueio do vaso 
sanguíneo, além de enfraquecimento da sua parede – o que 
ocasiona deformidades conhecidas como micro-
aneurismas. Estes micro-aneurismas freqüentemente 
rompem ou extravasam sangue causando hemorragia e 
infiltração de gordura na retina. Existem duas formas de 
retinopatia diabética: exsudativa e proliferativa. Em ambos 
os casos, a retinopatia pode levar a uma perda parcial ou 
total da visão. 
» Retinopatia Diabética Exsudativa: ocorre quando as hemorragias e as gorduras afetam a mácula, que é 
necessária para a visão central, usada para a leitura. 
» Retinopatia Diabética Proliferativa: surge quando a doença dos vasos sanguíneos da retina progride, o 
que ocasiona a proliferação de novos vasos anormais que são chamados "neovasos". Estes novos vasos 
são extremamente frágeis e também podem sangrar. Além do sangramento, os neovasos podem 
proliferar para o interior do olho causando graus variados de destruição da retina e dificuldades de visão. 
A proliferação dos neovasos também pode causar cegueira em conseqüência de um descolamento de 
retina. 
Causas :O diabetes melittus é o fator desencadeante desta doença, na qual o corpo humano não pode 
fazer uso adequado de alimentos, especialmente de açúcares. O problema específico é uma quantidade 
deficiente do hormônio insulina nos diabéticos. 
 Tratamentos: O controle cuidadoso da diabetes com uma dieta adequada, uso de pílulas 
hipoglicemiantes, insulina ou com uma combinação destes tratamentos, que são prescritos pelo médico 
endocrinologista, são a principal forma de evitar a Retinopatia Diabética. 
• Fotocoagulação por raios laser: é o procedimento pelo qual pequenas áreas da retina doente são 
cauterizadas com a luz de um raio-laser na tentativa de prevenir o processo de hemorragia. O 
ideal é que este tratamento seja administrado no início da doença, possibilitando melhores 
resultados por isso é extremamente importante a consulta periódica ao oftalmologista. 
PTERÍGIO 
É uma pequena membrana avermelhada (fibro-vascular) que cresce sobre a córnea (parte anterior 
transparente do olho). Popularmente conhecida como “carne 
no olho”. O pterígio geralmente invade a córnea por seu lado 
nasal (lado mais próximos do nariz), mas também pode surgir 
do lado temporal (lado mais próximos da orelha) ou em outras 
localizações. 
A córnea é uma membrana transparente localizada na 
superfície do globo ocular e não apresenta vasos sanguíneos nem opacidades, o que possibilita a 
passagem da luz através dela. Já no caso do pterígio a membrana que alastra-se para a córnea apresenta 
vasos sanguíneos e tecido fibroso, podendo dificultar assim a visão por tornar a córnea opaca (leucoma) 
e causar a distorção da curvatura desta (astigmatismo) 
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Sintomas do Pterígio 
• Sensação de areia nos olhos; 
• Ardência; 
• Episódios de dor e coceira; 
• Olho vermelho; 
• Membrana que cresce em direção à íris. 
Tratamento 
O crescimento do pterígio é benigno, porém, quando seu desenvolvimento é contínuo, são indicados 
procedimentos cirúrgicos para evitar que a membrana chegue à pupila e afete a visão. Pessoas que se 
submetem à exposição solar excessiva podem voltar a ter pterígio, mesmo após a intervenção cirúrgica.

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