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Planejamento reprodutivo ⇣ Atenção humanizada na gravidez ⇣ Parto ⇣ Puerpério e ⇣ À criança o direito de nascimento seguro Objetivos claros: ●Novo modelo de atenção ao parto, nascimento e à saúde da criança até os 2 anos de idade; ●Rede de atenção que garanta o acesso, acolhimento e resolutividade; ●Redução da mortalidade materna e neonatal. Os 4 componentes da rede cegonha são: ↳ Pré-natal – Captação precoce da gestante (antes de 12s) o acolhimento com classificação de risco e vulnera- bilidade, a consulta integrada, os exames pré-natais, os programas educativos, a vinculação da gestante ao local de parto e a implantação da consulta odontológica. ↳ Parto e nascimento – correspondem à presença de acompanhante, visita hospitalar da equipe de saúde, cen- tro de parto normal e agendamento da consulta puerpe- ral. Prioriza ações relacionadas às boas práticas de aten- ção ao parto e nascimento, associadas a investimentos para o aumento e qualificação da capacidade instalada. ↳ Puerpério e atenção integral à saúde da criança– As visitas domiciliares na primeira semana após o parto, pro- moção, proteção e apoio ao aleitamento materno e con- sulta puerperal entre o 30º e o 42º dia pós-parto. Quanto à saúde da criança (puericultura) de 0 a 24 me- ses, as visitas domiciliares devem ocorrer na primeira se- mana pós-parto, busca ativa de crianças vulneráveis, apoio ao aleitamento materno e alimentação complemen- tar saudável, promoção do crescimento e desenvolvi- mento, acompanhamento do calendário vacinal e informa- ção para prevenção de hábitos bucais deletérios. ↳ Sistema logístico – Transporte sanitário e regulação visam garantir o acesso aos serviços em tempo hábil e com qualidade. A gestante pode ser atendida na própria unidade, ou referenciada para outra unidade, por meio da central de regulação. Quem acolhe será responsável pela gestante, até a garantia de seu atendimento em outra unidade evitando a “peregrinação”. ➝ O transporte in- ter-maternidades será feito pelo Samu. Pontos de atenção da Rede Cegonha Boas práticas de atenção ao parto e nascimento Categoria A – Comprovadamente benéficas ↳ Plano individual de parto: Nele a gestante pode colocar todas as suas recomendações a partir de orientações e deixa registrado. ↳Avaliação de risco gestacional: avaliado continuamente durante o pré-natal; I - Pré- Natal II - Parto e Nascimento III - Puerpério e atenção integral à saúde da criança IV - Sistema logístico Boas práticas na assistência ao parto Estratégia que visa implementar uma rede de cuidados assegurando a mulher desde: ↳Respeito à escolha da mãe sobre local do parto e acom- panhante: (Lei11.108/2005); ↳Apoio empático pelos prestadores de serviço durante o trabalho de parto e parto: respeitar a privacidade e von- tades da gestante ↳Oferta de líquidos durante o trabalho de parto e parto ↳Métodos não invasivos e não farmacológicos de alívio da dor: como massagem e técnicas de relaxamento, durante o trabalho de parto; ↳Liberdade de posição e movimento durante o trabalho de parto; ↳Monitoramento fetal por meio de ausculta intermitente; ↳Utilização do partograma; ↳Contato cutâneo direto precoce entre mãe e filho e apoio ao início da amamentação na primeira hora após o parto: Golden hour; ↳Exame rotineiro da placenta e membranas ovulares: não deixar os restos na puérpera; ↳Uso de ocitocina profilática (10UI (2 amp), IM/IV) no 3º estágio de trabalho de parto para prevenção de hemor- ragia pós-parto. ↳Clampeamento tardio (não antes de1 minuto) do cordão umbilical: melhora os resultados de saúde e nutrição ma- terna e infantil. ↳Atrasar o primeiro banho do bebê em até 24h. Se não for possível por questões culturais, atrasar por no mí- nimo 6h ↳Todos os RN’s devem receber 1 mg de vitamina K in- tramuscular profilática após o nascimento. Categoria B – Prejudiciais ou ineficazes ↳Uso rotineiro de tricotomia: desnecessário ↳Cateterização venosa profilática de rotina: deve ser feita quando realmente necessário ↳Uso rotineiro de posição supina ou litotômica: ineficaz e incômodo para o parto ↳Massagem e distensão do períneo durante o segundo estágio do trabalho de parto ↳Amniotomia precoce de rotina no primeiro estágio do trabalho de parto: por vezes é prejudicial e leva à uma cesárea ↳Ocitocina precoce para agilizar o trabalho de parto: prejudicial ↳Aspiração nasal e oral em RNs que nasceram em líquido amniótico claro e que começaram a respirar por conta própria ↳Esforço de puxo prolongado e dirigido utilizando a mano- bra de Valsalva ↳Revisão uterina de rotina após parto Categoria C – Práticas sem evidências ↳Prática de atrasar a admissão em sala de parto até que a mulher esteja na fase ativa: deve-se ter bastante cui- dado e uma boa avaliação ↳Alguns métodos não farmacológicos de alívio de dor como por exemplo, ervas ↳Manobras relacionadas à proteção do períneo e ao ma- nejo do pólo cefálico no momento do parto: pode ser uti- lizado ↳Estimulação do mamilo para estimular a contratilidade uterina durante o terceiro estágio do trabalho de parto. Categoria D – Práticas inadequadas ↳Restrição hídrica e alimentar durante o trabalho de parto ↳Uso de máscaras e aventais estéreis durante a assis- tência ao trabalho de parto: não é necessário ↳Exames vaginais repetidos ou frequentes, especial- mente por mais de um prestador de serviço: é extrema- mente incômodo e falta de ética. ↳Cateterização da bexiga ↳Estímulo para o puxo quando se diagnostica dilatação cervical completa ou quase completa, antes que a mulher sinta o puxo involuntário. ↳Parto operatório! Uso liberal e rotineiro de episiotomia. Métodos não farmacológicos para o alívio da dor Os métodos não farmacológicos para alívio da dor são uma opção para substituir a analgesia durante o TP/parto, auxiliando as parturientes com as queixas álgicas. Exercícios fisioterapêuticos: Ajudam no encaixe e nas do- res lombares, dentre eles há: •Caminhar •Balançar a pelve – ajuda na diminuição da du- ração do trabalho de parto •Deitar sobre traves- seiros •Dançar •Sentar na bola suíça – tem maior efeito na re- dução da dor, associado ao aumento na liberação de endorfina e diminuição de epinefrina. •Levantar o abdômen Toque: •Massagem •Acariciar •Contrapressão na região lombar •Acupressão – estimula, através do toque, fibras que transmitem impulsos à medula espinhal. ↳Existe o ponto Hegu/Hugo/Hoku, localizado entre o 1º e o 2º ossos metacarpais do lado radial da mão que reduz e estabiliza percepções de dor. ↳O ponto Sanyinjiao, localizado na perna 5 cm acima da região superior do maléolo interno, tem ação sobre os órgãos reprodutivos. Calor e frio: Banho de banheira e/ou chuveiro, com água morna Compressas quentes/frias – o calor promove a libera- ção de endorfinas, amenizando a sensação de dor Cognitivo: •Padrões de respiração – promove o encurtamento da duração do trabalho de parto e diminuição das percep- ções de dor, com maior efetividade no período expulsivo. •Visualização – algumas gestantes ao ver o parceiro podem se sentir apoiadas e isso ajudar no alívio da dor. Aromaterapia: ajuda na diminuição da percepção da dor. Cromoterapia: Vermelho Indicado no trabalho de parto (TP) para estimular as con- trações. Produz contração da musculatura estriada. Con- traindicado para febre, taquicardia e pressão alta. Tensão emocional excessiva e câimbras musculares. Laranja Indicada para melhorar o humor durante o trabalho de parto. Como também, o empoderamento do ato de parir. É revigorante e estimulante. Contraindicado nos casos de trombose. Amarelo Indicado para diminuir os enjoos. Reduz levemente a pro- dução de ácidos gástricos. Contraindicado nos casos de infecção, inflamação, gastrite e úlcera. Verde Muito indicada no trabalho de parto para acalmar sem desacelerar o processo. Tranquiliza, revigora econtribui para a mulher ter a força necessária para parir. Auxilia na dilatação do colo uterino. Regulariza a PA e proporciona leve contração dos músculos involuntários. Deve ser evi- tado em situações de fadiga intensa da parturiente, pois pode acentuar. Azul Indicada na redução da percepção da dor no TP (analgé- sico). Reduz a PA, diminui o ritmo respiratório, inibi a des- carga de adrenalina. Acalma e auxilia na vocalização du- rante as contrações. É a cor de maior propriedade tera- pêutica. Não possui contraindicações. O que é? Índigo No TP auxilia na aceitação e entendimento do processo, contribuindo para um estado meditativo. Auxilia também no pós-parto no processo de coagulação e dequitação. Sem contraindicação. Violeta Indicado na regeneração do sistema nervoso esgotado e estressado do TP. Controla a irritabilidade do TP. Contra- indicação na hipoglicemia e há possibilidade de desacelerar o TP.
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