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Gabrielle Nogueira – Med 3° período UniFG Exame Físico do Lactante Exame Físico do Lactante Ectoscopia Estado Geral: Bom, regular, comprometido ou ruim estado geral Atitude: Ativo, Reativo, Hipoativo, Hiporeativo/ Posições características Estado psíquico: Irritado, prostado, sonolento, comatoso Fáceis: Normal ou atípica Anormal ou típica Mucosas: Conjuntiva e oral (observar coloração: icterícia, cianose, palidez e lesões). Estado de nutrição: Desnutrido, Magro, Estrófico, Sobrepeso, obeso Estado de hidratação: Olhos (se estão fundos ou ressecados) Lágrimas Boca (se está seca) Sinal da Prega Cutânea (Permanece para cima depois de liberada = baixo turgor) Fontanelas (Olhar se estão deprimidas ou escavadas que pode indicar desidratação) Edemas Inspeção geral da pele: - Cor: corada, hipocorada, cianose, palidez, icterícia - Vasos sanguíneos: circulação colateral - Erupção, cicatrizes, turgor, elasticidade - Descamação, cicatrizes, estrias - Cabelos: normodistribuidos, coloração, textura. Antropometria Peso: Até os 2 anos (ou 25 kg) realizada na balança pediátrica. Normal RN: 2500 A 4000g O lactante deve permanecer sem roupa e sem frauda. Comprimento/estatura: Até 2 anos: regra antropométrica Normal RN: 48 a 53 cm Zonas de Kramer A criança permanece deitada (decúbito dorsal). A haste fixa é colocada na cabeça e a haste móvel abaixo do pé. ; Gabrielle Nogueira – Med 3° período UniFG Perímetro cefálico: deve ser medido em todas consultas até os 2 anos Passa uma fita métrica envolvendo os maiores diâmetros do osso occipital e frontal. Normal RN: 33 a 35 cm. Perímetro torácico: É feita com fita métrica na altura dos mamilos. Normal do RN: 30,5 a 33 cm Perímetro Abdominal: Medir na linha cicatriz umbilical Sinais Vitais Temperatura: Mensuração oral, retal e ou axilar, sendo a retal mais precisa. (deixar de 2 a 3min) Temperatura axilar < 1°C menor que a retal e < 0,5°C da oral Normal: 36,5°C – 37,2°C Frequência Cardíaca: Palpar os pulsos periféricos (as artérias femorais na região inguinal, radial ou carotídeo) ou auscultar o coração. Frequência respiratória: Observar o padrão respiratório por min de 60s = observando os movimentos de incursão abdominal / Ausculta do tórax ou colocação do estetoscópio diante da boca e das narinas No lactente e na primeira infância predomina a respiração diafragmática. Pressão arterial: Deve ser feita de forma rotina a partir dos três anos de idade em criança assintomática Criança sintomática: atendimento de emergência e em situações sugestivas de hipertensão. Achar o ponto médio entre o acrômio e o olecrano (cotovelo) = Circunferência Braquial Circundar 80 a 100% da circunferência do braço Microcefalia: perímetro cefálico < 33 cm Gabrielle Nogueira – Med 3° período UniFG Largura: 40% da circunferência braquial (braço dinheiro). Exame Físico Segmentado Sentido Craniocaudal Cadeias Ganglionares: Palpação das cadeias de linfonodos , principalmente as cervicais, submandibulares e retroauriculares. Descrever: Tamanho, consistência, dor, mobilidade e aderência Outras: supra e intraclavicular, axilares, inganais, occiptais, pré auriculares, auriculares, cervical superior, posterior, submandibular, submentoniana. Cabeça: - Crânio: couro cabeludo Suturas e fontanelas (espaço de tecido entre ossos do crânio e suas intersecções) Conformação anatômica (simétrica?) Fáceis: Simetria fácies sindrômicas Paralisia facial implantação das orelhas distância entre os olhos tamanho do queixo Fontanela: concavidades moles Fontanela anterior: fecha entre 4 meses e 2 anos/2meses. (4 a 6cm) Fontanela posterior: fecha até os 2 meses de vida. (1 a 2 cm) Obs: Craniossinostose: fechamento precoce de uma ou mais sutura craniana Cefalohematoma: abaixo do periósteo. Respeita as suturas Possui limites Regride em semanas Caput succedaneum ou Bossa serossanguinolenta: sob o couro cabeludo Não respeita as suturas/sem limite Regride em dias Fissuras palpebrais - Fissuras pra cima: Síndrome de Down - Fissuras para baixo: Síndrome de Noonan - Fissuras encurtadas (SAF) Gabrielle Nogueira – Med 3° período UniFG Pescoço: Inspeção palpação (se há massas adicionais = cistos congênitos) mobilidade (ativa, passiva), Palpação da tireoide. Olhos: Examinar a esclera, conjuntiva e córnea. Examinar os movimentos oculares Examinar Pupilas (fotoreatividade/ se há anisocoria?) Pálpebras (infecção – ptose) Pesquisar: estrabismo, exoftalmia, enolftalmia, nistagmo Orelhas: Forma, tamanho, simetria Pesquisar se há apêndices pré-auriculares Pesquisar presença de sinus pré-auricular Membrana timpânica: transparência, hiperemia, abaulamentos Sensibilidade Otoscopia (Observar se há inchaço, secreção ou obstrução no canal auditivo) Reflexo acústico: estalar os dedos a 30cm da orelha (piscadela do RN e do lactente em resposta a um som agudo. Nariz: Forma Septo Nasal (se está na linha média) Aspecto da mucosa Batimento da Asa de Nariz (Normal ou Dilatada?) Pesquisar Epistaxe (sangramento), tumores, secreção Presença de seios maxilares e etmoidais Boca - lábios: paralisias, fissuras, vesículas e pústulas, cor, edema / Se há palidez perioral Boca: Se há odor, trisma/ salivação dentes: número, conservação, escovação gengiva: coloração/ se há infecção, sangramento, cisto, hipertrofia mucosa oral: aspecto, coloração (Se há monilíase, enantema, petéquias, ulcerações) língua: papilas, cor, aspecto (alterações: geográfica,framboesa), tamanho, cicatrizes, língua presa (anquiloglossia), cisto, paralisia Palato e faringe: cor, fenda, perfuração/ se há sangramento, palato ogival, úvula/ Observar faringe posterior, amígdalas (tamanho, coloração, se há escudato) Laringe: voz, rouquidão, estridor Oroscopia (FEITO NO FINAL DO EXAME) com abaixador Tórax: INSPEÇÃO: Forma, simetria e expansibilidade. Sinais de Raquitismo (cintura diafragmática e rosário raquítico) Observar a mama (Escala de Tanner) Tipo de respiração: torácica, abdominal, paradoxal Frequência respiratória: Presença ou não de tiragem Movimentos respiratórios normais e simétricos Sistema Respiratório: Palpação: Aquecer as mãos Acúmulo de secreção na via respiratória pode ser identificada palpação do tórax Fremito toracovocal: Palmas das mãos. Pontos dolorosos Sensibilidade, simetria e expasibilidade: Expansibilidade normal e simétrica Ausculta: Ruídos respiratórios audíveis Sons respiratórios normais Ruídos adventícios Murmúrios vesiculares presentes normodistribuidose sem sons adventícios Otoscopia - Puxa a orelha da criança para baixa (até 1 ano) e introduz o otoscópio no orifício da orelha/entre 1 e 5: cima e para trás - Espéculo: ponta do otoscópio FEITO NO FINAL DO EXAME FÍSICO - Se a criança chora moderadamente, pode auxiliar na ausculta, pois o choro equivale à voz - Inspiração profunda auxilia a ausculta do murmúrio vesicular. Gabrielle Nogueira – Med 3° período UniFG Percussão: Percutir face anterior, lateral e posterior do tórax Realizados do ápice para a base Som claro pulmonar Hipersonoridade: Aumento do ar (pneumotórax) Macicez: Relação ar e tecido está reduzida (pneumonia, derrame pleural) Sistema Cardiovascular: Inspeção e palpação do ictus cordis. (quanto mais novo, mais alto) Ausculta: Ritmo cardíaco: Binário 2T, Triplice: 3T. Regular/Irregular Sopros: Localização, tipo, intensidade e irradiação. Sopro inocente: Sopro vibratório de Still (Sopro sistólico, intensidade baixa ou moderada) Frequência Cardíaca Descrição das bulhas quanto ao som: Hipofonéticas, Hiperfonéticas BNRNF em 2 T sem presença de sopros. Sistema Digestória: Inspeção: Observar alterações globais forma e volume (ex: abdômen ascítico, distendido ou obeso). Se há hérnias umbilicais, ventrais ou diástases dos retos. (observar durante o choro) Se há circulação colateral, peristalse. Ausculta: peristaltismo, borborigmo, meteorismo, sopros Normal: Presença de ruídos hidroaéreos, borborigmos, não apresenta sopros vasculares e não apresenta pulsações e atritos. Palpação: superficial e profunda, parede abdominal (presença de hérnias), presença de massas palpáveis, ascite, visceromegalias, dígado, baço Percussão: timpanismo ou macicez Aparelho Genito-urinário: Avaliar lojas renais e fazer a palpação renal MENINOS: - Avaliar forma do pênis e da bolsa escrotal - Avaliar exposição da glande - Avaliar localização da uretra - Testículos (tamanho, consistência e localização) - Avaliar hidrocele - Procurar hérnia - Identificar fimose MENINAS: - Avaliar tamanho do clitóris, lábios maiores e menores - Observar se há sinequia (aderência dos peq. lábios) - Avaliar hímen - Identificar corpos estranho REGIÃO GLÚTEA: - Analisar ânus (fistulas e fissuras) - Identificar dermatite perianal - Identificar anomalias congênitas anorretais Aparelho locomotor: EXTREMIDADES: -Avaliar simetria de membros - Observar anomalias de dedos e membros - Examinar pregas palmares - Exame articulação (observar sinais inflamatórios: edema, calor, rubor e dor) O desdobramento de B2 é encontrado em 25% a 33% das crianças. Gabrielle Nogueira – Med 3° período UniFG - Avaliar pulso/ Obs: diminuição ou ausência dos pulsos femorais, comparado com os radiais, sugere coarctação aórtica. Luxação congênita no quadril: MANOBRA DE ORTOLANI: Serve para pesquisa de luxação: Displasia congênita de quadril - Segurar as pernas e as coxas da criança em 90°, apoiando as mãos no joelho do RN, abduz e eleva (emburar). tentando segurar na articulação coxofemural. - O movimento é de abertura. (abdução) - Positivo quando se escuta um “clic”. MANOBRA DE BARLOW: Serve para identificar se o fêmur está se movendo para fora do acetábulo. - Contrário ao de ORTOLANI, e na mesma posição, fazer o movimento contrário. (fechando) = adução - As duas devem ser realizadas na mesma ocasião/ positivo: quadril deslocável. Exame Neurológico: Observar estado mental Função motora e tônus muscular Sensibilidade (petelecos na palma da mão ou na sola do pé) Nervos Cranianos Reflexos primitivos - Presentes ao nascimento, mas devem sumir com o tempo, pois sua presença mostra integridade do SNC e sua permanência mostra uma disfunção do mesmo. Sua ausência, pode ser sinal de imaturidade ou falta de mielinização do SNC. REFLEXO DA PREENSÃO PALMAR: Coloque seus dedos na mão do bebê e faça pressão contra as superfícies palmares. Esperado: O bebê flexiona todos os dedos para agarrar os seus. Do nascimento até 3 a 4 meses (Bates) Após 4 meses: sugere disfunção do trato piramidal e mãos cerradas além de 2 meses sugere lesão do SNC Reflexo de Preensão Plantar: Tocar a sola do pé na base dos artelhos. Esperado: Flexão dos dedos, artelhos se curvam Nascimento até 6 a 8 meses Após os 8 meses sugere disfunção do trato piramidal. Gabrielle Nogueira – Med 3° período UniFG Reflexo cutâneo plantar em extensão (Sinal de Babinski): estimula-se a lateral da planta do pé. Esperado: Abertura em leque dos dedos ou extensão do hálux. Nascimento até 12-18 meses (1 ano e 6 meses). Após 18 meses imaturidade do sistema piramidal Reflexo de busca: Estimular a pele perioral nos cantos da boca (estando de Luva). Esperado: abertura da boca, movimentação da cabeça e da língua. para o lado do estímulo. Nascimento até 3 a 6 meses Ausência de reflexo de busca indica doença generalizada ou do SNC. Reflexo da sucção: Coloca-se o dedo enluvado na boca da criança para avaliar seu estímulo de sucção Esperado: movimento involuntário de abertura da boca e pressão do dedo. Desaparece ao 7° mês. Reflexo dos olhos da boneca: move-se a cabeça do recém-nascido e seu olhar é desviado para o outro. Desaparece: 4 meses Reflexo de Moro (“Reflexodo Susto”): Segura o bebê em decúbito dorsal, apoiando sua cabeça, as costas e as pernas. Abaixa bruscamente todo o corpo cerca de 60 cm. Esperado: Os braços fazem abdução, as mãos se abrem e as pernas se flexionam. O RN pode chorar. Nascimento até 4 meses. Persistência após 4 meses: doença neurológica (ex.: paralisia cerebral), após 6 meses: sugestivo de doença neurológica. Resposta assimétrica: fratura na clavícula ou úmero, ou lesão plexo braquial. Reflexo tônico cervical assimétrico/ Magnus Kleijin/ Reflexo do esgrimista: Com o RN em decúbito dorsal, vira a cabeça dele para um dos lados, Segurando a mandíbula sobre o ombro. Esperado: O braço e a perna do lado para qual a cabeça é girada Esticam, enquanto o braço e a perna opostos flexionam. Nascimento até 3 meses. Persistência após 3 meses: desenvolvimento assimétrico do sistema nervoso, Preditivo do surgimento de paralisia cerebral. Gabrielle Nogueira – Med 3° período UniFG Reflexo de sustentação dos membros inferiores ou Apoio plantar: Apoio do pé do RN sobre superfície, estando este seguro pelas axilas. Esperado: Extensão das pernas e ereção da coluna e cabeça. Desaparece: 4 meses Reflexo da marcha reflexa (feita após apoio plantar): Endireita-se o tronco, inclina-se levemente RN para frente Esperado: movimento sucessivo de marcha pelos membros Inferiores de forma simétrica. Desaparece: 4 meses Reflexo de Galant: Segura em decúbito ventral com uma mão E estimula com um dos lados das costas a 1 cm da linha média, do ombro até as nádegas. Esperado: Coluna se encurva em direção ao lado estimulado Nascimento até 2 meses. Persistência pode indicar atraso no desenvolvimento e a ausência sugere lesão ou agravo raquimedular transverso. Reflexos Posturais Substituem os reflexos primitivos. São automáticos e mantém a posição e o equilíbrio do corpo durante o repouso e o movimento. Reflexo de Landau: RN é posicionado em decúbito ventral na posição. Esperado: elevação da cabeça acima do tronco. Quando o examinador abaixa a cabeça, as pernas se abaixam. É um reflexo postural fundamental para sentar e andar. Presente a partir de 4 ou 5 meses de idade Apoio lateral: É desencadeado lateralizando-se o tronco do bebê sentado. Observa-se extensão do braço ipsilateral ao lado da queda, com apoio da palma da mão na maca. Está presente a partir de 6 ou 8 meses de idade. Gabrielle Nogueira – Med 3° período UniFG Manobra de paraquedas: percebe-se quando seguramos a criança em posição vertical e o jogamos para frente. Verificamos a extensão do braço para frente, como se fosse amparar a queda. Presente: a partir de 8 a 9 meses, obrigatoriamente deve estar presente aos 12 meses. Reação de Anfíbio: Em decúbito ventral, estimula-se a crista ilíaca, tendo como resposta a criança levando para frente em flexão e abdução a perna do lado estimulado presente: 4 aos 6 meses Domínio de funções Desenvolvimento motor grosseiro: uso dos músculos grandes do corpo - Sustento cefálico = 3 meses - Sentar com apoio = 6 meses - Sentar sem apoio = 9 meses - Pinça superior = 9 meses - Em pé com apoio = 10 meses - Andar sem apoio = 18 meses Desenvolvimento motor fino: uso dos pequenos músculos das mãos Desenvolvimento de cognição: uso de processos mentais como memória, linguagem, comunicação simbólica com significado. Desenvolvimento social-pessoal: é a interação com o meio/pessoas - Olhar e seguir o examinador em 180º = 2 meses - Sorriso social = 3 meses - Leva mão a objetos = 4 meses - Dá tchau e bate palma = 15 meses - Imita atividades diárias = 18 meses Sinais de alerta no fim do 1º trimestre: - Ausência do sorriso facial - Olhar vago, pouco interessado - Nenhuma reação a ruídos fortes - Mãos persistentemente fechadas Gabrielle Nogueira – Med 3° período UniFG Sinais de alerta aos 9 meses: - Não senta sem apoio (hipotonia do tronco) - Pernas duras, “em tesoura” (espasticidade) - Pernas moles, em posição de rã (hipotonia) - Mãos persistentemente fechadas - Incapacidade de localizar um som - Sorriso social pobre - Não tem interesse no jogo “esconde-achou” Sinais de alerta no 1º ano: - Ausência de sinergia pés-mãos (colocada em pé com apoio, não procura ajuda com as mãos. - Criança parada - Movimentos anormais - Psiquicamente inerte ou irritada, sorriso social pobre - Não fala sílabas.
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